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Juizado Especial Civil e Criminal

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Juizado Especial Cível e Criminal
Prof. Jose Cláudio Domingos Moreira
07.02.18
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS
 Cível
 Estadual Criminal
 Juizados Especiais Fazenda Pública
 Federal
Divide-se em Juizado Especial Estadual e em Juizado Especial Federal. Dentro do Juizado Especial Estadual tem o cível, o criminal e a Fazenda Pública.
Qual a origem dos Juizados Especiais? Como surgem e por que surgem? A grande crítica que se tem em relação à justiça é a sua monosidade.
Recentemente, o ministro Barroso fez um levantamento de estudo com relação às decisões do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) de qual era o índice de reforma no STF (Supremo Tribunal Federal) em recursos, no processo crime, o quanto se reformava no Supremo. São 05 (cinco) anos de levantamento. O STF (Supremo Tribunal Federal) e o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) reformam menos de 1% das decisões criminais. 99% das decisões são mantidas.
A qualidade das sentenças é razoável então. A sociedade criticando a qualidade das decisões do juiz, isso não se vê.A grande crítica esta em relação ao prazo, está em relação à demora.
Proclamação da Carta Magna – “Joãosem-terra”. O rei era uma pessoa dada à gasto e ficou sem dinheiro. Havia um forte risco de invasão da Inglaterra pela França e pela Espanha. Um rei precisa de força e a força era o exército. Precisava de soldado para defender a coroa e o território inglês. Não tendo dinheiro, facilmente perde a coroa, o território. Qual foi a proposta dos nobres que tinham dinheiro? Eles tinham dinheiro e o rei tinha algum poder oriundo da coroa. Então, os nobres com dinheiro são os novos ricos, queriam algumas garantias contra o rei. O rei tinha que assinar uma carta de que não podia prender as pessoas sem antes ver o que estava acontecendo. Tinha que ter um grupo de pessoas para julgar que não fosse o rei. O rei fez isso porque precisava de dinheiro.
A Carta Magna do “Joãosem-terra” não foi feita porque estávamos interessados em proteger o povo.Os direitos fundamentais nasceram para proteger ricos.
Em 1215 foi dito que era possível o acesso a uma justiça, a um órgão para que eu reclamasse direito criado para a nobreza.Séculos depois, pouco importava o acesso a justiça. Isso era um primeiro momento que não satisfazia mais. Precisava-se de um prazo razoável. Precisava-se de um acesso a justiça com um prazo razoável e uma justiça com efetividade.O prazo razoável do processo ingressa através da Emenda Constitucional nº 41 e o Pacto José da Costa Rica (art. 5º inciso ... da CF).
A ideia do Juizado Especial nasce até um período anterior ao pacto no Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul tem uma tradição de vanguarda na sua jurisprudência e na sua inovação da interpretação do direito. Nós no Estado de São Paulo temos um perfil conservador.O Rio Grande do Sul tem sua importante função social nesse aspecto.
Não é que a causa é menor. A lesão ao direito é a mesma.
Nós somos criados para litigar. Não temos uma consciência.
O Novo CPC não muda a consciência dos Tribunais, do dia a dia, de processos desnecessários que poderiam ser resolvidos.
No Rio Grande do Sul baixaram atos normativos dizendo que o rito de ações seriasimplificado. O juiz vai no local do fato tentar a conciliação (exemplo:acidente de veículo).
O Juizado acabou trazendo alguma inclusão. Trouxe as causas de pequeno valor econômico. Exemplo: há um pedreiro que realizou um contrato de empreitada, trabalhou duas horas para trocar uma torneira, com o pagamento de 40 reais e não recebeu esse valor.Qual era a probabilidade de a pessoa contratar um advogado e este aceitar uma causa destas?Cai no gosto pela simplicidade, pelo fato de ser um processo economicamente viável, na sua origem tem a dispensa do advogado e não há custas de despesas processuais. Cai no gosto social. Pessoas que não iam no fórum, passam a ter esse contato com os Juizados.
A parte que vai para o Juizado não tem medo do juiz.
O serviço público é para o povo, quem paga é o destinatário do serviço.
A justiça comum é diferente. Há um maior grau de ansiedade.
A experiência do Juizado foi boa, o constituinte na CF de 1988 colocou a obrigação do Estado de criar os Juizados.
Art. 98 da CF.
A experiência dos Juizados nesses atos normativos foi tão positiva que na evolução disso a CF passou a prever. “Os Estados criarão Juizados Especiais”. A CF prevê isso, é obrigação.
A causa de menor complexidade não é unicamente uma questão econômica, é complexidade do rico de produção de provas, é causa que tenha interesse de incapaz.
Art. 57 da CF diz que cabe ação de qualquer valor.
No Juizado não cabe custas e nem honorários.
21.02.18
ORIGEM DOS JUIZADOS ESPECIAIS
NO MUNDO
Havia um forte risco de invasão da Inglaterra pela França e pela Espanha. Um rei precisa de exército. Não tendo dinheiro, facilmente ele perde a coroa (João sem-terra).
Os nobres tinham dinheiro, o rei João tinha algum poder oriundo da coroa, logo, os nobres exigiram algumas garantias contra o rei: não pode tomar dinheiro sem lei, deve haver um grupo de pessoas para julgar que não sejam o rei, direito de herança – o rei que está pobre é obrigado a assinar a carta, o que dá a ideia de Constituição.
A Carta Magna não foi feita porque se estava interessado em proteger ao povo, mas somente aos nobres – possibilidade de acesso à estrutura para que se reclamasse direitos dos nobres.
Séculos depois, chegou-se à conclusão que pouco importa o acesso à justiça, porque ele é um primeiro momento do direito fundamental, mas ele não satisfaz nada a mais. Logo, desejava-se acesso à prestação jurisdicional dentro em prazo razoável e dotada de efetividade.
Visava-se a dignidade dentro do processo e uma prestação jurisdicional de qualidade e dotada de efetividade.
NO BRASIL
A grande crítica que se tem em ralação à justiça é a sua morosidade.
O Ministro Barroso juntamente com um juiz do STJ (Superior Tribunal de Justiça) fez um estudo com relação às decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em âmbito penal (qual era o índice de reforma de recursos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em processo crime vindo do STJ (Superior Tribunal de Justiça)).
Descobriu-se quanto se reformava no Supremo das decisões monocráticas e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e, chegou-se à conclusão que o STF (Supremo Tribunal Federal) e o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reformam menos de 1% das decisões criminais que vem de instâncias inferiores, no que diz respeito ao mérito – as alterações que se registram se inserem, geralmente, no regime de pena, valoração da pena, valoração de multa, etc.
Isso traz a certeza de que a qualidade das certezas no que diz respeito ao mérito é razoável.
*O prazo razoável do processo ingressa no ordenamento jurídico através da Emenda Constitucional nº 45 – previsão nos últimos incisos ou parágrafo do art. 5º da Constituição Federal – e por meio do art. 8º do Pacto de São José da Costa Rica.
A ideia dos juizados nasce até antes do Pacto de São José no Rio Grande do Sul, que tem uma tradição de vanguarda na sua jurisprudência e na inovação da interpretação do direito.
Enquanto que o Rio Grande do Sul é ousado, São Paulo é extremamente conservador: o Rio Grande do Sul dissertou, por exemplo, que não seria possível que uma causa envolvendo acidente de transito demora 20 anos na justiça.
No Rio Grande do Sul os processos que não demandavam produção de provas complexas, eles baixavam atos normativos (adm.) no cartório dizendo: nesses tipos de ações o rito será simplificado.
Não é que a causa é menor, não existe causa menor, sobre o aspecto da filosofia do direito o direito de receber R$ 5,00 é o mesmo que receber R$ 5.000,00, porqueo mesmo direito foi lesado – uma lesão quantitativa de 05 (cinco) reais não é diferente de uma lesão de 05 (cinco) mil reais.
Do mesmo modo, não é razoável que processos de menor complexidade (não do direito, mas sim do rito procedimental. Exemplo:processo que não necessita de perícia é menos complexo) demorem tanto para ser solucionados.
Processo de menor complexidade é processo que não precisa de perícia. A complexidade está na quantidade de atos processuais que se devem realizar para a solução do litígio.
A grande inovação do Código de Processo Civil é ficar parecido com o juizado (Lei nº 9.099).
Joao Batista na obra “ideologia do processo” diz que o grande problema está na ideologia, pois o Código de Processo Civil não mudou a forma dos profissionais do direito de trabalhar, porque todos são criados para litigar.
O Juizado acabou trazendo, também, alguma inclusão, por, sobretudo, causas de pequeno valor econômico.
Exemplo: pedreiro realizou contrato de empreitada e trabalhou 02 (duas) horas para trocar uma torneira com o pagamento de R$40,00 e não recebeu esse valor.
Qual era a probabilidade de o pedreiro contratar um advogado para entrar com a ação?
Qual era a probabilidade de o advogado aceitar a ação?
O Juizado cai no gosto social pela simplicidade e por possui processos economicamente viáveis, pois na sua origem há dispensa de advogado e em primeiro grau de jurisdição não há custas ou despesas processuais – o Juizado promove a inclusão social, vez que pessoas que não frequentavam o fórum passam a ter esse contato.
Segundo o professor, a parte que vai ao Juizado não tem medo do Juizado e nem do juiz, o que é diferente da justiça comum, onde há maior grau de ansiedade – o Juizado traz uma legitimidade maior para o sistema jurídico, pela proximidade.
A experiência dos atos normativos do Rio Grande do Sul foi tão positiva que no art. 98 da Constituição Federal de 1988 o Constituinte colocou a obrigação de os Estados criarem os Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
A causa de menor complexidade não é somente determinada pela questão econômica, mas também pela complexidade do rito da produção de provas.
Exemplo 1:qual a dificuldade de uma ação de alimentos onde a mãe, representante do filho, pede 30% do salário mínimo para o pai?A mãe junta a certidão de nascimento para comprovar a filiação (aobrigação alimentar decorre de vínculo de parentesco, filiação).O filho tem dois dias de vida, logo, absolutamente incapaz, de necessidade presumida.O pai é milionário.Essa ação não pode tramitar no Juizado, porque se considera complexa, vez que o Ministério Público deverá se manifestar, pois o autor é incapaz.
A causa de menor complexidade é aquela cujo rito dispensa:
Intervenção estatal;
Intervenção do Ministério Público;
Realização de perícia;
Citação por edital.
*No caso 
da intervenção do Ministério Público
: quando o autor se torna incapaz no curso do processo seria um contrassenso negar a duração razoável do processo – a competência, uma vez determinada, no ajuizamento da ação, também não se modifica.
Diz o art. 57 da Lei nº 9.099/95 que o acordo extrajudicial pode ser homologado no Juizado mesmo que verse sobre qualquer natureza ou valor.
Exemplo: 
acidente de uma empresa de ônibus, onde a pessoa “A” perdeu uma perna. A empresa fez um acordo extrajudicial (prótese de melhor qualidade para o resto da vida da pessoa “A”, a ser trocada a cada dois anos; medicamentos; quantia alta de indenização – somando tudo tinha-se, em torno, de 1 milhão de reais). A pessoa “A” e a empresa apresentaram o acordo extrajudicial para ser homologado no Juizado, com base no art. 57 da Lei nº 9.099/95.
*É vantajoso homologar um acordo de 1 milhão de reais no Juizado, porque não cabe custas nem honorários.
Exemplo 2: qual a dificuldade de uma ação de cobrança de um cheque de R$ 100,00? A pessoa “A” entra com uma ação cobrando R$ 100,00. A pessoa “B” está em local incerto e não sabido, logo, a citação deverá se dar por edital.O processo não pode correr no Juizado.
O Código de Processo Civil atual, adotando a conciliação e a mediação não inovou, pois tudo já se encontrava previsto na Constituição.
Em 10 outubro de 1995, foi promulgada a Lei nº 9.099/95, que institui os Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
A Lei 9.099/95 é aplicada subsidiariamente aos Juizados Especiais Federais e ao Juizado da Fazenda Pública.
Do art. 1º ao art. 59 dessa Lei trata-se dos Juizados Especiais Cíveis e do art. 60 em diante dos Juizados Especiais Penais.
O art. 1º praticamente repete o que a Constituição diz quando à obrigatoriedade de instituição dos JEC.
Em 1995 já se apostava na conciliação como meio de composição de litigio capaz de trazer uma prestação jurisdicional em prazo razoável e com efetividade.
O Código de Processo Civil aposta a grande maioria das fichas na conciliação e mediação.
Art. 1º.
Na Constituição Federal de 1924 já se mencionava a conciliação, bem como no Código de 39 e no Código de 73 (art. 381 estabelecia a obrigatoriedade da forma de conciliação).
O Professor Ovídio Batista, em sua obra “Ideologia do processo”, diz que o processo não é feito para funcionar, pois há uma classe dominante, que muitas vezes não se sabe nem quem é (quem exerce o poder), que determina o destino de todos e, essa mesma classe dominante não quer um processo que funcione.
A própria formação jurídica brasileira incentiva a batalha e não a solução do processo por meio de conciliação e mediação.
Mediação: o mediador tem atitude mais passiva e não deve opinar sobre o acordo, criando, apenas, ambiente processual favorável para que as partes cheguem à conclusão e ao resultado da lide (o mediador conduz).
Conciliação: o conciliador tem postura mais ativa, devendo participar da construção do acordo, opinando sobre o mesmo.
Hoje, a Lei da Mediação e Conciliação estabelece:
Conciliador e mediador não podem ser a mesma pessoa que julgará o processo;
Exemplo: a pessoa “A” se envolveu em um acidente de veículos e vai à audiência de conciliação e mediação.Quem faz acordo é o próprio juiz da causa. A pessoa “A” nunca reconhecerá a culpa, porque se não houver acordo ele é quem julgará o caso concreto.
Conciliador e mediador têm obrigação de sigilo de tudo o que ouvirem durante a conciliação ou mediação.
Art. 2º.
A Lei funciona como um verdadeiro microssistema dos Juizados Especiais – não se necessita do Código de Processo Civil tecnicamente, sendo aplicado apenas subsidiariamente.
A corregedora do CNJ disse que o Juizado tem dinâmica própria, sistema próprio e lei própria, logo, o Código de Processo Civil só se aplica aos JECS quando este expressamente prevê que se aplica.
Exemplo: prazo em dia útil (CPC – Código de Processo Civil) e prazo em dia corrido (JEC).
Critério no art. 4º corresponde aos princípios norteadores do Juizado.
Norma X Princípio:a norma apresenta uma maior concretude e sua função é regular uma situação hipotética que possa ensejar o caso concreto, a norma é concreta.
Exemplo 1 (norma): matar alguém. Pena: de 6 a 20 anos.Prevê-se em abstrato, mas ocorre na vida real.
Exemplo 2 (norma):art. 927 do Código Civil – aquele que pratica ato ilícito e causa dano a outrem fica obrigado a reparar o dano.O princípio não tem essa concretude, ele é fluido, possui maior abstração, ou seja, pode variar de forma.
Exemplo (princípio): o princípio é água, logo, sempre será água, mas poderá vir a ocupar o espaço que o ambiente sugere.
PRINCÍPIOS
Os princípios que norteiam os Juizados são: simplicidade, oralidade, economia processual.
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
O Princípio da Oralidade determina a concentração de maior número de atos possíveis na audiência (una) – cabe, inclusive, contestação, na audiência una.
No Juizado, em 1995, já havia procedimento único, não havia sumário nem sumaríssimo e, a divisão do Código de Processo Civil anterior em procedimento comum/ordinário ou comum/sumário acabou.
O Código de Processo Civil anterior tratava do processo cautelar e o JEC não tem processo cautelardesde 1995 e o Professor não viu ninguém chorando nos corredores do fórum (no JEC cabe medidas liminares).
No JEC não cabe consignação, pois a consignação tem rito especial.
Art. 6º.
O Código de Processo Civil de 1973 era legalista ao extremo (princípio da subsunção do pedido à decisão).
No JEC isso não ocorre, sendo que o juiz deve adotar aquilo que ele entender mais justo ao caso concreto, mesmo que isso fuja do pedido.
Exemplo: A pessoa “A” comprou celular e veio com defeito e quer que troque.O processo demorou 90 dias e a pessoa “A” já comprou celular. A pessoa “B” apresenta proposta de acordo: troca de celular. A pessoa “A” já tem celular, agora quer dinheiro.A decisão mais justa ao caso concreto é o dinheiro.
PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE
O Princípio da Simplicidade determina o desapego ao formalismo do processo, sendo importante dar a prestação jurisdicional dentro de prezo razoável e com certa qualidade.
Exemplo:a pessoa “A” entra com ação de reparação de dano de acidente de veículo contra a pessoa “B”. Valor da causa R$ 4.000,00. A pessoa “B” é citada e diz que vendeu o carro à pessoa “C” 06 (seis) meses antes do acidente, só não transferiu.Como a pessoa “B” prova? Extrato do banco do pagamento, contrato de compra e venda, imposto de renda, etc.A transferência de bem móvel se dá por tradição.
*Código de Processo Civil de 1973: de “B” alegou isso? Ilegitimidade passiva, extinção sem resolução de mérito.
*JEC: Princípio da Simplicidade, substituição processual – preocupa-se com o resultado do processo.
*O Novo Código de Processo Civil diz para não se acolher ilegitimidade passiva e extinguir o processo se houver a possibilidade de inclusão da pessoa correta do polo passivo.
PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE
Art. 3º.
A 9.099/95 é Lei Federal, logo, os Estados não podem ampliar nem restringir a competência prevista no art. 3º (lei estadual não pode interferir em lei federal).
I - Causas cujo valor não exceda a 40 vezes o salário mínimo.
O salário mínimo a ser observado é o nacional e não o regional ou estadual, porque se não se teria competências diversas conforme o Estado.
Deve ser observado o valor do salário mínimo na data do ajuizamento da ação, pois, no curso da ação pode ser que causas acarretem no aumento do valor da condenação.
Exemplo: dá-se uma liminar para que se encerre uma conta (o banco não encerrava a conta e isso gerava encargo).
Havia multa diária de R$ 1.000,00.
O banco reconheceu e fez acordo para encerrar, mas não encerrou.
Novamente se aplicou multa.
Exceções: (1) a multa diária, os juros e a correção monetária pode, muitas vezes, ultrapassar os 40 salários mínimos e; (2) o art. 57 diz que é possível a homologação de acordo extrajudicial de qualquer natureza e de qualquer valor.
A vantagem da homologação encontra-se prevista no art. 55, que prevê que em primeiro grau não há custas no Juizado.
II - Causas enumeradas no art. 275, II, CPC.
A causas do art. 275, II do Código de Processo Civil eram do procedimento sumário no Código de Processo Civil de 1973.
Na 9.099, diz: é da competência do JEC julgar os processos do 275.
Não há mais isso no 275, logo, o que ocorreu com isso? Não existe mais esse inciso?
Esse artigo ainda vigora (disposições transitórias do Código de Processo Civil).
Art. 1.063 do Novo Código de Processo Civil – enquanto não houver lei específica tratando do tema, fica mantido o 275 nos JECS.
Por esse motivo poder-se-ia falar que o Código de Processo Civil atual procedeu à revogação parcial do CPC anterior.
III – A ação de despejo para o uso próprio.
Na lei do inquilinato, na locação urbana, toda ação para retirar o inquilino do imóvel é ação de despejo (por falta de pagamento, uso próprio, termino de relação trabalhista, quebra ou descumprimento contratual, etc.).
No JEC cabe ação de despejo para uso próprio, somente. Pode-se entrar com ação de cobrança de aluguéis (dentro do valor de até 40 vezes o salário mínimo).
Pode-se cumular ação de despejo de falta de pagamento com cobrança de pagamento? Não.
IV – Ações possessórias sobre bens imóveis de valor menor a 40 salários mínimos.
Ações possessórias de bens imóveis.
Pode-se entrar com ação possessória de móvel? Não, pois trata-se de rito especial e não cabe procedimento especial no Juizado, porque o Juizado já é um rito especial.
Na prática o professor aceita o valor venal do imóvel, porque não se tem possibilidade de perícia, nem discussão acerca do valor do bem.
O §1º, II – Cabe ação de execução no JEC? Sim. Tanto na ação de conhecimento quanto execução.
28.02.18
O art. 5° da Lei 9.099 – fala da questão da prova, todo meio de prova desde que moralmente admitida licita pode ser produzida. 
O NCP trouxe mudança na questão do ônus da prova? É possível negocio jurídico processual, em que as partes celebram um contrato distribuindo ônus, o que querem produzir de prova e quais os fatos desejam provar. Estes institutos do NCPC tocante a prova não se aplica a esta lei.
Não cabe pericia no juizado, pois a pericia torna um processo demorado. Neste artigo o juiz tem livre liberdade para deferir as provas que achar pertinente. Não se aplica o CPC no negocio jurídico.
O juiz deve tomar cuidado com a defesa, não pode esquecer-se do direito de defesa e do direito de ação. 
Art. 6 – ele trata da equidade. O juiz poderá decidir o processo da maneira que entender mais justa fazendo valer a equidade. O juiz reputara, tomara decisão que entender mais justa ao caso concreto. 
Obs.: A lei 9.099 é de 95, em 95 nos tínhamos o CPC de 73, que era um CC patrimonializante, a preocupação em 73 é o patrimônio. A formação processual em 73 é extremamente processual. 
O artigo 6° ele prestigia a justiça, justiça muitas vezes é um sentimento, para fazer justiça às vezes é necessário se afastar do direito, por questão de equidade.
Equidade tem a liberdade de decidir sem a rigidez da lei. Este artigo portanto já dizia em 95 que o juiz pode se afastar da legalidade e aplicar a equidade na decisão dos juizados.
Art. 7° - aqui temos já em 95 a preocupação com os conciliadores, conciliador e mediador são diferentes, conciliador tem uma atividade ativa para construção do acordo, o conciliador deve sugerir solução do caso, o mediador tem uma atividade passiva, deve ter manter o ambiente para que as partes resolvam o caso. Um bom mediador deve trazer o ambiente propicio para que as partes construam a melhor solução para o caso.
Este artigo fala quem pode ser conciliador: todos aqueles que fizerem o curso de conciliador preferencialmente o bacharel em direito. Já o juiz leigo (é desprovido do conhecimento técnico) juiz leigo é o advogado com mais de 05 anos de experiência jurídica, o juiz leigo que é o advogado com mais de 05 anos de experiência ele pode realizar instrução nos juizados (ouvir testemunha), fazer uma minuta de sentença e que se houver a concordância do juiz togado, o juiz togado homologa a minuta de sentença e fica valendo para efeito de resolução do processo. Tanto o juiz leigo como conciliador são auxiliares da justiça.
O art. 8 – dentre os princípios que norteiam a lei tem celeridade, formalidade e outros que tem a ver com o prazo do processo, acesso a justiça, o prazo razoável, são direitos fundamentais e por fim a questão de ter uma prestação jurisdicional dentro do prazo e com efetividade.
Porque essas pessoas não podem ser parte no processo: pela questão do prazo razoável do processo. 
O incapaz devera ser assistido ou representado, e se há interesse de incapaz o MP devera funcionar no processo, e o MP como fiscal da lei, será intimado e terá o prazo em dobro para qualquer ato processual, portanto leva tempo e fere a questão da celeridade, no incapaz não pode.
Réu preso – a regra no Processo Civil será necessário um curador especial que dar-se-a ao réu citado por edital, curador tem que ser intimado de todos os atos e acaba a informalidade.
Insolvente e massa falida – precisa de interventores na administração da massa, tudo incompatível com o rito simples do juizado.
Fazendapública nos mesmos moldes que o MP no atual CPC prazo em dobro e intimação pessoal. 
Art. 9° - traz um assunto que a justiça do trabalho absorveu que é a dispensa do advogado nas causas que o salário não ultrapasse 20 vezes o salário mínimo. 
É alo que foi questionado frente ao artigo 133 da CF que afirma que o advogado é indispensável a administração da justiça, como justificar que neste artigo 9, temos a dispensa do advogado nas causas cujo valor n ao ultrapasse 20 vezes o salário mínimo na data do ajuizamento da ação? O STF entendeu que o artigo 9° não ofende o artigo 133 da CF, o art. 9 ° é constitucional sobre fundamento do direito ao acesso a justiça. 
Se tiver causa de pequeno valor a inexigibilidade do advogado torna inacessível o direito. Ex: pessoa pleiteava uma recarga de R$5,00 que não caiu. Não pode ter tratamento celetista de se desejar um tratamento diferenciado por conta do valor da lesão, mas exigir que o advogado esteja presente em uma ação desta é negar acesso.
Se uma das partes comparecerem com advogado o juiz é obrigado garantir a outra parte presença de advogado. É feito através da defensoria pública, a obrigatoriedade de praticar defensoria gratuita é da defensoria pública, a defensoria faz isto mediante convênios. 
Este art. 9 também no § traz uma regra importante, quando o autor entra com a ação ele tem que dizer aonde é sua residência, isto é requisito da intimação ou reclamação, quando o réu é citado se o réu foi citado à relação jurídica se tornou perfeita. No juizado não cabe citação por hora certa e nem por edital, se alguma das partes mudar de endereço ela deve informar no processo, se a parte não informar no processo valem todas as intimações encaminhadas para o endereço anterior. 
§3° - é um mandato verbal para o processo, o juizado permite a outorga ao advogado verbal salvo aos poderes especiais, para todos os poderes de postulação do processo. Se for “ad judicia” pode ser verbal é o princípio da oralidade. A procuração pode ser verbal, só é necessário ser escrito quando for “ad extra”.
§4° - o juizado, a pessoa jurídica é representada pelo preposto.
A falta da carta de preposição – alguns juízes entendem que da revelia, outros dizem que pode ser prazo. O preposto, precisa conhecer os fatos, não pode ser um abajur, não é conhecer os fatos afundo, bastando ler inicial e contestação que a conhece os fatos. Se não souber confissão ficta.
Não precisa ser funcionário para ser preposto. 
Para interposição de recurso sempre será necessário advogado independente do valor da causa
Art. 10 – intervenção de terceiros. Quem é terceiro? Quem não é autor e quem não é réu (autor=réu= juiz são as partes que estão no processo). 
A relação jurídica se torna mais complexa quando um terceiro intervém nela. Por isso não admite intervenção de terceiro, salvo quando for vantajoso para o processo o litisconsortes é vantajoso porque pode ter no polo ativo ou passivo mais de uma pessoa, ao vez de três processos, tem uma pessoa só, é vantajoso pela celeridade, por exemplo. 
Art. 11 – MP intervém no processo quando for cabível. Ele intervém quando houver causa superveniente ao ajuizamento da ação. Ajuizada autor o réu falece, e tem herdeiro menor de idade, sendo assim há interesse de incapaz o herdeiro tem que se habilitar, assim intervém o MP; 
Art. 12 – quando foi criada a lei, a ideia do legislador era trazer para a justiça pessoas que são excluídas, a ideia foi inclusão. Muitas vezes a pessoa não consegue ir ao fórum por causa de horário. Deixar o juizado funcionamento à noite, para que n ao retire o acesso a justiça. Hoje tem regulamentação que nenhum funcionário pode ficar dentro das dependências do fórum dentro do horário de funcionamento das 09 as 19 por questão de segurança.
Não tem direito absoluto. 
07.03.18
Audiência de instrução e julgamento
A conciliação pode ser tentada realizada pelo conciliador ou pelo juiz togado. Para ser conciliador é necessário o bacharel em direito.
O juiz togado juiz leigo é advogado com mais de 05 anos de experiência jurídica.
Juiz leigo para conciliador – o juiz leigo ele pode realizar a instrução do processo e ele faz uma minuta de sentença que pode ser homologada pelo juiz. 
No dia da audiência o juiz pode tentar novamente conciliação que é a finalidade maior da forma de autocomposiçao e solução do conflito, se houver acordo homologa, e a sentença homologatória é de mérito e resolve o processo. A execução do acordo pode ser no próprio juizado.
Senão tem acordo vai para defesa, a contestação que pode ser escrita ou oral, principio da oralidade no juizado pode apresentar a defesa oralmente.
Se as duas partes estiverem sem advogado o juiz realiza a audiência, se for só uma das partes ajuíza a assistência gratuita para a parte que esta sem advogado. A contestação pode ser oral.
Na contestação pode ser apresentada:
Exceção de competência territorial
Exceção de competência Absoluta
Impugnação ao valor da causa
Toda matéria de defesa que possam ter – todas preliminares
O réu pode apresentar o pedido contraposto que é diferente de reconvenção – diferenças – a reconvenção tem natureza jurídica de ação. Tem efeitos de honorários e na lide, o pedido contraposto é um contra ataque não tem natureza jurídica de ação. Na contestação também pode apresentar o pedido contra posto é o que o réu faz contra o autor, n ao cabe a reconvenção.
Pelo principio da oralidade o réu pode apresentar documentos novos na audiência de instrução e julgamento, onde deve ter a concentração do maior número de atos processuais. 
A oral, a impugnação, a impugnação no valor da causa, prescrição, documentos novos podem ser na audiência instrução e julgamento.
Por conta disso o autor deve apresentar replica tudo na audiência de instrução e julgamento. Se fizer nesta audiência não tem prazo, tudo produzido na audiência deve cobrar a audiência, e o juiz aprecia tudo isso na própria audiência, sem concessão de prazo.
A prova oral tem a mesma ideia do CPC pode colher o depoimento da parte e tenha finalidade de promover confissão. Ouve o depoimento para buscar confissão da parte contraria. Testemunha não presa depoimento pessoal, só pode pedir depoimento pessoal da parte contraria e não da parte que representa.
Quem pergunta é o juiz e o advogado da parte contraria.
Se for empresa deve ser representada por preposto que não precisa ser funcionário, mas tem que ter conhecimento dos fatos, sob pena de confissão. 
Autor e réu são intimados para audiência. Se o autor não aparecer na audiência de instrução e julgamento ocorre a extinção do processo sem resolução de mérito. Ele pode entrar com a ação de novo desde que paga custas processuais da extinção do processo
Se for beneficiário da justiça gratuita não paga.
Se o réu citado ou intimado não comparece a audiência – revelia. 
Se o réu não comparece, mas protocolou no processo digital sua contestação? Revelia. O comparecimento das partes no juizado especial é pessoal e obrigatório. 
Se o autor não comparece, mas seu advogado com procuração compareceu ocorre a extinção do processo, comparecimento é pessoa e obrigatório.
Se o réu não comparece, mas se advogado comparece, ocorre a revelia. Comparecimento pessoal e obrigatório, não supre pela presença do advogado
Numero de testemunhas até 03 para cada parte. 
Testemunhas deverão comparecer independentemente de intimação, princípio da informalidade e celeridade, a parte interessada que alegue, só haverá intimação se a parte requerer até 05 dias da audiência, e tem que fundamentar o porquê de intimar. 
De regra a lei não previu a expedição de carta precatória, não há previsão legal. Faz com que tenha divergência, tem juízes que autoriza e diz que senão compareceu não ouve e não autoriza a carta precatória.
Se a testemunha não comparecer no caso em que for intimada, a lei diz que o juiz pode suspender a audiência e mandar o oficial com a polícia trazer a testemunha no ato. A lei 9.099 não prevê a hipótese de resignação da audiência.	
Na audiência decide todasas impugnações incidentais, decide no ato, se o juiz acolher uma exceção de incompetência relativa ou territorial, o juiz deve extinguir o processo. No CPC remete os autos ao juiz competente. Aqui pelo principio da cerelidade e simplicidade extingue o processo com base no art. 51, III da Lei 9.099. 
Se todos os incidentes têm que ser resolvido na audiência, como fazer com o agravo? Como regra não cabe o agravo de instrumento. 
Juizado todas questões incidentais na audiência, não cabe agravo. 
A sentença deve ser proferida em audiência, pelo princípio da oralidade, no próprio termo.
Antes da sentença termina as oitivas das testemunhas, o juiz não é obrigado a dar tempo de debates, não precisa abrir a palavra para as parte. Terminou a oitiva das testemunhas já da à sentença. Pode abrir para debate, mas não precisa.
Esta lei fala que o juiz deve apenas registrar os atos mais importantes do processo. Antes era processo físico e a lei diz para registrar apenas o que for importante. Isto causa uma divergência de procedimento. 
A sentença deve ser oral e no próprio termo de audiência.
No juizado no art. 38 da lei 9.099 ela diz que o juiz pode na sentença dispensa o relatório da sentença. Não precisa do relatório.
Ai fundamenta e decide, se constar o relatório pode isto não prejudica. 
O CPC traz um artigo que trata do que deve constar da sentença. Este artigo não se aplica ao juizado.
Só aplica o NCPC na lei 9.099 quando o CPC for expresso dizendo que é para aplicar. 
Embargo de declaração é cabível no juizado, o prazo é de 15 dias e efeito devolutivo. É o mesmo do CPC no que diz respeita a prazo e o efeito.
Recurso cabível: da sentença cabe embargos no mesmo prazo e efeito do NCPC, e cabe recurso inominado – não é apelação. É inominado porque não tem nome, legislador não deu um nome, no prazo de 10 dias. 
Não se aplica no estado de SP a contagem de prazo úteis do juizado, a contagem do juizado será de 10 dias corridos, conforme o recurso inominado. 
Prazo para interposição de preparo no CPC e se recolher a menor tem salvação? Como faz o preparo no CPC? Apresenta no ato da apelação e junta o preparo. 
Na lei 9.099 interpõe o recurso nominado e tem o prazo de 48 horas para o preparo. Vários estados 48 horas são 48 horas contadas minutos a minutos, independente se cair em final de semana ou não. 
Não há possibilidade de complementação do preparo a menor no juizado. Se recolher a menor é deserção, não se aplica subsidiariamente a regra da complementação do preparo. Isto é pacifico. 
Diferenças do preparo: no CPC junta o preparo no ato da interposição do recurso, na lei 9.099 até 48 horas, no CPC se for a melhor complementa, na lei não. 
Efeito da sentença: o efeito tradicionalmente no direito é devolutivo e suspensivo. O juiz de 1º grau acaba sendo um rito de passagem sem efeito nenhum, tem que esperar a decisão do tribunal para executar.
No CPC a sentença tem duplo efeito, suspensivo e devolutivo. A regra do jec é execução mediata da sentença, a sentença tem efeito meramente devolutivo. No jec sempre é possível a execução provisória. 
O recurso inominado é julgado por uma turma recursal de juízes de primeiro grau de jurisdição que é o colégio recursal. Para ser juiz do colégio recursal, precisa estar no fim da carreira de 1° grau e precisa o tribunal nomear. 
Há vários projetos de lei que buscam aumentar a competência do juizado. 
Quanto a prazo processual juizado, os prazos do juizado contam da intimação e não de juntada no processo. Não cabe citação por edital no juizado.
Se o réu não for localizado o processo deve ser extinto.
Não cabe citação por hora certa no juizado especial civil. 
Quanto a citação existe fóruns nacionais de juizados especiais, a lei do juizado trata do processo como informalidade e surge muita duvida, medidas que são constitucionais ou não. 
Não é preciso que o réu pessoalmente assine o AR, basta que seja entregue na residência do mesmo. 
A lei não fixa prazo para audiência de instrução e julgamento. Tem que observar prazo mínimo entre a citação e a audiência? A lei não fixa prazo. O juizado especial federal tem que ser no mínimo 30 dias da citação. No estadual não tem fixação de prazo. Pelo principio da ampla defesa e de que a contestação é apresentada na audiência a jurisprudência diz que deve ter o prazo de 10 dias. 
Excepcionalmente se houver pedido fundamentado pode ser representado na audiência por advogado se o juiz autorizar. 
14.03.18
EXECUÇÃO NO JUIZADO
O Novo Código de Processo Civil não foi inovador no processo de execução. O grande problema do processo civil é a execução.
O que o devedor quer é receber. O que a parte quer é o dinheiro.
O Novo Código de Processo Civil não fez muita coisa com a execução.
Questão da responsabilidade civil – patrimonialidade. O que responde pela dívida é o patrimônio.
Foi dito que a execução tem que estar pautada em um título executivo e este pode ser título executivo extrajudicial e o judicial que decorre de sentença.
O rito procedimental no extrajudicial inicia-se com a citação para o réu, o executado será citado para pagar, nomear bens ou ocorrerá a penhora. O título extrajudicial tem que ser o título executivo líquido e certo.
Citou, pagou – extinção pelo pagamento.
Não pagou – abre a possibilidade de ele nomear bens à penhora.
É comum, é da tradição que o credor se esqueça que o protesto do título é uma das melhores formas para coagir o devedor a pagar.
O réu suporta um protesto.
O protesto não tem ônus, não tem despesa nenhuma ao credor. Quem arca com a despesa é o devedor.
O juiz pode de ofício – quando ele entrou com a ação, o juiz já pode antes de citar, já pode fazer pesquisa BACEN, RENAJUD e ARISP.
BACEN (Banco Central Nacional) é do banco, RENAJUD é de veículos (ver se tem veículos no nome da pessoa), e ARISP é de imóvel.
Se você comprou e o imóvel está no nome do devedor, vai penhorar o imóvel sim.
Tem muito imóvel em conta, porque tem pouco dinheiro, e tem muita gente quebrada.
Se pagou – extingue.
Se nomeou bens – ótimo.
Se o título é extrajudicial, pode ter acontecido de que não tem penhora (sem penhora).
Se não pagou – tem duas circunstâncias: ou teve penhora ou não teve penhora. Ou tem bens para garantir ou não tem bens.
Sem penhora – não tem bens. Daí, extingue a execução e devolve o título.
O credor quer é receber. Se o devedor não tem absolutamente nada para garantir a execução, ele não vai receber. Se não vai receber, julga extinto e devolve o título.
No Código atual, precisa de penhora para apresentar embargos? Não. Diferente do Código de 1973. Não precisa de penhora para apresentar embargos. Só apresenta embargos se tiver penhora no caso citado antes. É diferente do Código.
O credor quer receber, esse é o raciocínio.
Tomando conhecimento de que o devedor tem bens, se ele conseguiu localizar algum, ele entra novamente com a ação.
Para apresentação de embargos no juizado, precisa de penhora. No processo civil não precisa.
Se ocorreu a penhora, há a audiência de conciliação. Nessa audiência pode ter acordo ou pode ser que não tenha acordo. Se teve acordo, homologa. Se não teve acordo, há os embargos do devedor. Na audiência, apresentou os embargos, terá o julgamento dos embargos. Pode acontecer de ele acolher os embargos e daí ele possivelmente julga extinta a execução ou diminui o débito, etc., ou ele não acolhe os embargos / afasta os embargos (a matéria de defesa não foi acolhida) e daí a execução prossegue e tem a adjudicação. Se ele afastou, ele deve perguntar ao credor se ele não quer adjudicar os bens da dívida.
O juiz dará oportunidade ao credor para este adjudicar o bem. O credor tem preferência a qualquer outro para adjudicar o bem. Pode fazer isso a qualquer momento.
A execução deve se dar de forma menos onerosa ao devedor. Em vista disso, pode ter o parcelamento.
Se ele adjudicar o bem, o juiz expede mandado de remoção do bem e julga extinta a execução. Só julga extinta a execução depois que o credor tiver na posse do bem.
Não teve a adjudicação,ocorre o leilão.
Teve adjudicação do credor em relação ao bem, julga extinta a execução.
Não teve a adjudicação, ocorre o leilão ou a hasta pública (este último utilizado para imóveis e leilão utilizado para móveis e semoventes).
O leilão, no juizado, dispensa a avaliação por perito. Será o leiloeiro ou o próprio oficial de justiça. A empresa de leilão tem que estar credenciada no tribunal de justiça. Uma vez credenciada, está habilitada a promover leilões judiciais, que é como a compra no mercado livre, na OLX, etc. A empresa leiloeira promoverá toda a divulgação pelo site, como você compra um produto pelo site. O juiz autoriza a venda e é comunicado à empresa de leilão. Esta, anuncia por um período certo e por um valor certo o bem, seja móvel, seja imóvel. A empresa adquire 5% de lucro – contraprestação ao leiloeiro.
Não há despesas.
Levado o bem a leilão, pode acontecer a arrematação (alguém comprou) e morreu o processo. Se não houver o leilão, ocorre a possibilidade de novo leilão. Pergunta se o credor quer ficar com o bem, se não quer, faz leilão de novo. Depois de tantas tentativas de leilão e ninguém quer comprar, julga extinto porque tentou de tudo, e daí devolve o título.
O Novo Código traz a possibilidade de o credor adjudicar imóvel e pagar parceladamente.
Na extrajudicial não há certidão de crédito. Só tem na judicial. Na judicial tem que estar calçado em uma sentença ou acórdão.
No Novo Código tem o prazo para o pagamento voluntário e se não houver esse, tem multa de honorários.
A execução judicial tem que estar pautada em título executivo judicial, que é uma sentença ou um acórdão.
Se não pagar voluntariamente – multa de 10%.
Se ele pagou – julga extinta.
Se não tiver bens, a regra é a mesma da extrajudicial – julga extinta.
Além de julgar extinta a execução, irá pedir uma certidão de crédito. A certidão de crédito é só para execução de título judicial. Por que? Como tem sentença e acórdão e não achou nenhum bem, tem que julgar extinta a execução e o processo vai para arquivo. E daí entrega ao credor uma certidão narrando os fatos. Serve de título executivo para ele entrar com a ação se ele localizar bens.
21.03.18
REVISÃO DA LEGISLAÇÃO
Art. 10 – proibição de intervenção de terceiros. Não se admite intervenção de terceiro. A finalidade de juizado está na concentração de atos processuais nas audiências, o maior número de atos a ser concentrado nas audiências, e o rito deve ser simplificado e passa pela impossibilidade que não é autor nem réu intervir na relação jurídica processual. Admite no juizado litisconsortes que trará pluralidade de autor ou réus com mesma causa de pedir, evita várias ações do mesmo fato.
Art. 11 – não intervém salvo nas hipóteses previstas em lei, pois só há intervenção por incapaz ou quando age por causa própria ou como fiscal da lei (MP) – não há processo coletivo no juizado. 
Intervém na hipótese de morte do réu e que o processo não possa ser extinto.
Se a ação é judicial fica no juizado não tem para onde ir. Se o autor morreu quem se torna credor é o seu herdeiro menor de idade ai sim o MP pode intervir.
Art. 12 – os atos são públicos e podem ser realizadas em período noturno, pela incompatibilidade do horário de trabalho de certas pessoas. 
Ex: Juizado Especial do Torcedor também tem horários diferentes. Bane por determinado tempo os torcedores por algum caso especifico.
A proibição que fique no fórum fora do horário de expediente, isto por conta de risco a segurança do fórum, patrimônio e as demais pessoas. 
Juizado funciona no horário das varas comuns
Art. 13 - §1º- não se decreta nulidade sem que tenha prova de prejuízo, os atos processuais devem nortear a solução do caso concreto. O objetivo do processo é a realização do bem comum. 
O art. Diz que não decreta nulidade de nada se pode aproveitar. 
Art. 14 - o processo vai se formar pela apresentação do pedido na secretaria do juizado. Nos casos que dispensa o advogado até 20x o salário mínimo terá que ser feito o pedido na secretaria do juizado. Em Bauru no fórum ou Poupatempo.
Não usa petição, porque a petição é ato próprio do advogado, só advogado pode fazer petição, escrevente faz reclamação e não petição. 
Essa reclamação se não é petição não precisa dos mesmos requisitos da petição.
Art. 15 – alternativo é um ou outro, ou pode ser cumulado ou subsidiário (impossibilidade o outro) não podem ultrapassar o teto.
Dano material e moral - cumulado
Art. 16 - Registrado o pedido, independentemente de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias. No caso concreto isto não é possível. Tem que apresentar prazo mínimo de audiência no prazo mínimo de 10 dias para a parte ter conhecimento.
As audiências não podem ultrapassar a 100 dias. 
Art. 17 – a conciliação está a cargo do CEJUSC. Conteúdo pela resolução 125 do cnj tem que estar certificado para conciliador e mediador, para isto passa por estagio e então estará apto para trabalhar no CEJUSC para processos judiciais e litígios na fase pré-processual. 
Esta primeira audiência o comparecimento das partes é pessoal e obrigatório, logo autor tem que comparecer a audiência se não comparecer extinção, réu se não comparecer revelia. A presença do advogado não retira a obrigatoriedade do comparecimento.
Art. 18 – em 95 deveria ser citado por carta AR. A regra no CPC anterior era citação por mandado do oficial de justiça. 
Aqui se inverte a ordem a regra é a citação por carta AR, a exceção é por mandado. 
Art. 19 – Enunciado nº 5 – diz que a carta citatória não precisa ser entregue na pessoa do réu, pode ser entregue na residência a qualquer pessoa, que esteja na residência e seja identificada. 
Não é possível a citação por edital no juizado. Se não ter endereço julga extinto o processo e entra na justiça comum
O CPC determina que o autor apresente a qualificação completa do réu no juizado não tem este rigorismo. 
§1º - sai as partes intimadas dos atos praticados pelas partes
§2º - as partes comunicarão para o juiz toda e qualquer alteração de endereço, é válida se for para o endereço anterior se não informou a mudança. E se não for para audiência é extinto sem resolução de mérito, e terá extinção do processo, ele pode entrar novamente desde que ele pague custas. 
Art. 20 – revelia serve e aplica aqui – como confissão ficta de factos. Revelia não causa consequência jurídica em matéria de direito.
O juiz pode julgar contrário à revelia, ele não está vinculado.
Art. 21 – o juiz togado é o juiz concursado, juiz leigo é o advogado com mais de 05 anos de assistência jurídica. 
Art.22- no juizado pode ser celebrado acordo judicial de qualquer valor, se foi celebrado no juizado a execução também será no juizado.
Art. 23 - não comparecendo revelia
Art. 24 – não há juiz arbitral. Se tiver aplica a lei de arbitragem. Se falar que quer suspende o processo e vai perito para arbitragem. A sentença homologatória do laudo arbitral é irrecorrível.
Não cabe ação rescisória no juizado.
Art. 25 – o árbitro pode decidir por equidade
Art. 26 – se o juiz homologar a lauda arbitral não cabe recurso.
Art. 27 – não resulte prejuízo para defesa para que tenha prazo mínimo para se defender. Conciliação e instrução e julgamento não podem ser no mesmo dia
§ único – só leu
Art. 28 - Na audiência de instrução e julgamento serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a sentença.
No juizado não se aplica o prazo em dobro, mesmo pela celeridade, uniformidade. 
 Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes que possam interferir no regular prosseguimento da audiência. As demais questões serão decididas na sentença. Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência.
O atual cpc diz que a parte tem que se manifestar com documentos novos em 15 dias úteis. Documento novo a parte se manifesta na audiência.
Art. 30 – contestação oral e em audiência.Toda matéria na contestação.
Art. 31 – pedido contraposto (natureza jurídica de defesa e contra ataque e reconvenção (natureza jurídica de ação)
Art.32 – como a reconvenção é um contra-ataque e é um elemento novo ele pode sair condenado e pode pedir para uma nova designação de audiência para tomar conhecimento do pedido contraposto e fazer defesa deste pedido.
Art. 33 – só leu
Art. 34 – princípio da oralidade. Pode apresentar documento novo sem ter requerido antes. Tudo pode na audiência mesmo sendo documento novo.
Art. 35 – só leu. 03 testemunhas para cada parte. 
Não há previsão para carta precatória. Quando a parte é pessoa física pode ser que aconteça.
§1º só leu
§2º - o juiz não precisa resignar a audiência. 
Não precisa trazer a testemunha, mas ela é obrigada a comparecer.
Art. 36 – pericia informal.
§1º inspeção de pessoa ou coisa, vai no local ver. 
Art. 36 – a prova oral não será reduzida a termo. Se não é reduzida o professor gravaria. 
Art. 37 - só leu 
Art. 28 – sentença do juizado não precisa do relatório.
28/03/18
Juizado Especial Federal – 10.259/2001
Diferença – juizado especial e federal 
A lei 10.259/2001 tem 27 artigos 
Juizado Especial Estadual tem 69 artigos 
JEF – aplica subsidiariamente a lei 9.099
O juizado especial federal não tem previsão na CF originariamente. Juizado é originariamente especial.
A lei do juizado é uma lei estadual. Os da justiça federal que aplicou esta lei pediu-se arguição de nulidade, por conta disto há uma emenda constitucional que a lei federal criara os juizados federais. 
A lei 10.259/01 tem 27 artigos – porque aplica subsidiariamente a lei 9.099 – trata das diferenças com o jec.
Juizado especial cível estadual – a competência é facultativa, entra se quiser. É opcional. Aonde existe a Justiça Federal – a competência é absoluta – não tem opção. 
Salário Mínimo no JEC Estadual é 40 salários mínimos nacional.
No JEF são 60 salários mínimos considerados na data do ajuizamento da ação.
Não cabe incapaz no JEC. Só pode ser parte maior e capaz.
No JEF o capaz e o incapaz pode ser parte. No JEF foi criado para desafogar ações previdenciárias. 
Não cabe perícia no JEC estadual. Já no JEF cabe perícia.
No JEC tem ônus ao não comparecimento – extinção. Para o réu ocorre revelia, a presença do advogado no supre. JEC comparecimento pessoal e obrigatório
JEF – art. 10 cabe representação através de procuração. 
A questão da morosidade da justiça está ligada a postura do estado brasileiro. O estado brasileiro no que diz respeito a morosidade ele tem no atual código prazo em dobro. 
O JEF não dá prazo diferenciado. Não tem no JEF.
A regra da intimação pessoal do procurador não cabe no JEF
Até 60 s.m admite o ofício requisitório. Até 60 s.m não forma precatório – 
Oficia para pagar não pagou - bloqueio judicial.
Se pedir beneficio de 05 s.m competência do JEC – 12x o valor do pedido
O que ultrapassar 60 voce pode abrir mão e entrar no ofício requisitório. Não pode desmembrar.
Art. 1º - lei 9099 é subsidiaria
Art. 2º - só leu
Art. 3º - jec estadual 40 JEF – 60. são as causas que não cabem no JEF
Art. 4 – só leu
Art. 5 – só leu
Art. 6- aqui o incapaz pode ser parte pois ele não mencionou
art. 7º - vai citar o chefe da repartição. 
Art. 8º - só leu 
Quando não tem o JEF entra no estadual 
Art. 9º - não tem prazo diferenciado
Art. 10 – no JEF não precisa ser pessoal
Art. 11 – tem que apresentar todos os documentos que tenha para interferir no resultado da demanda, pelo princípio da cooperação
Art. 12 - fala em laudo.
§2º - peritagem normal do cível.
Art. 13 – não tem reexame necessário – é coerência do sistema, o CC, fala que não a reexame nas causas cujo valor não ultrapasse 60 s.m. Reexame necessário é uma condição de transjulgado, consiste na remessa de oficio que o juiz deve fazer quando julga contrário a união para que o próprio estado/ tribunal reexamine de oficio essa decisão independentemente de recurso 
Art. 14 – uniformização se vale para todo mundo. Tem que uniformizar a jurisprudência. 
Art. 15 – só leu
Art. 16 – só leu 
Art. 17 – o grande problema na execução contra o estado é o precatório, pois não pagam. 
§1º - 
§2º - sequestro
§3º - pode renunciar o valor para ter oficio requisitório, mas não pode ser fracionado.
§4º 
Art. 18
Art. 19
Art. 20 – vedada aplicação da lei no juízo estadual 
Art. 21
JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA 12.153/09 - Cria juizados especiais da Fazenda Pública – faz parte fazenda pública municipal e estadual. Porque a federal a esta no JEF.
Aplica subsidiariamente
São as mesmas observações. 60 s.m., cabe incapaz, pericia, competência absoluta e pode ter representação. 
O precatório aqui se for de município pequeno de 60sm vai comprometer, o precatório portanto varia conforme o tamanho do município.
04/04/18 – faltei não deu aula

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