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Roteiro respondido para prova de Teoria Geral do Estado

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Universidade de Brasília
Teoria Geral do Estado
Dara Aldeny Lima Alves
Matricula:16/0117372
O Controle Judicial de Constitucionalidade das leis no Direito Comparado. Cappelletti, Mauro.
1 - Qual a relação entre a jurisdição constitucional e o controle judicial de constitucionalidade das leis? Por que, para Cappelletti, o controle de constitucionalidade das leis seria talvez a dimensão mais relevante da jurisdição constitucional? 
RESPOSTA: A jurisdição constitucional é uma ferramenta de defesa da Constituição, que tem como finalidade preservar as normas constitucionais e as clausulas pétreas de interpretações arbitrárias e alterações desnecessárias, para manter o núcleo essencial e a estabilidade das normas. O controle judicial de constitucionalidade é um dos aspectos da jurisdição constitucional, ou seja, é uma “espécie” do “gênero” jurisdição constitucional e atua como um mecanismo de verificação da conformidade das leis com a Constituição, preservando o caráter supremo da Constituição, ou seja, ele impede que uma lei hierarquicamente inferior à Constituição contrarie as disposições constitucionais.
A grande relevância do controle de constitucionalidade se dá pelo fato de ele impedir que os direitos e garantias previstos na Constituição, como os direitos fundamentais, sejam lesados. 
2 - O que caracteriza o controle político de constitucionalidade das leis em contraposição ao judicial? 
RESPOSTA: O controle politico é exercido pela corte ou conselho (como o Conseil Constitutionnel), não pelo judiciário, além disso, ele é preventivo, ou seja, é estabelecido antes das leis serem criadas, promulgadas e entrarem em vigor, também não possuem poder vinculatório, apenas consultivo. O controle judicial, por outro lado, é aplicado após a elaboração das leis e possui força vinculatória, se uma lei não está em conformidade com a Constituição Federal, o controle judicial impede que ela entre em vigor.
3 - O que é um sistema misto de controle de constitucionalidade das leis? Qual país do mundo o adota? Como funciona?
RESPOSTA: Um sistema misto de controle de Constitucionalidade é o sistema que possui tanto o critério difuso como o concentrado, ele é exercido conjuntamente pelo órgão jurisdicional e pelo poder politico. Cabe ao judiciário a função repressiva, que é aplicada após a elaboração do ato normativo, visando eliminá-lo do ordenamento caso não esteja em conformidade com a Constituição Federal; já ao órgão politico (Legislativo, Executivo) cabe a função preventiva, que é aplicada sobre o projeto de lei, ou seja, durante a elaboração do ato normativo visando impedir que, caso ele esteja em desconformidade com a Constituição, ele nem entre no ordenamento. Brasil e México são exemplos de países com sistema de controle de constitucionalidade misto.
4 - Qual a distinção entre o "controle de constitucionalidade das leis" e o "controle de legalidade dos atos"? Há judiciário que não faça “controle de legalidade dos atos”? 
RESPOSTA: No controle de constitucionalidade das, as normas constitucionais disciplinam o ato que está sendo examinado, já no controle de legalidade doa atos, é a lei que disciplina o ato em questão, se o critério de legitimidade do ato se encontra na constituição, caso o ato não o possua ele será inconstitucional, mas se o critério se encontra na lei, caso o ato não o possua ele será ilegal.
5 - Por que a tese de Grant conquanto substancialmente verdadeira não é historicamente correta? 
RESPOSTA: A tese é substancialmente verdadeira quanto à afirmativa de que a Constituição norte-americana iniciou o movimento de afirmação das Constituições sobre seu caráter rígido ao invés de flexível, e da supremacia constitucional. Por outro lado, não é historicamente correta, pois em sistemas jurídicos mais antigos, como o da civilização ateniense, já existia um tipo de “supremacia” de uma determinada lei ou corpo de leis, que poderiam ser chamadas atualmente de leis constitucionais ou fundamentais, o que seria semelhante à ideia de supremacia da Constituição.
6 - Como se explica a aparente contradição do princípio da supremacia do parlamento inglês haver dado origem ao princípio da supremacia do judiciário nas ex-colônias inglesas?
RESPOSTA: Muitas colônias inglesas da América foram construídas como companhias comerciais, e a maior parte delas obedecia a “cartas de la carona” que seriam as primeiras constituições das colônias, tanto por serem vinculatórias para a legislação colonial, quanto por regularem as estruturas jurídicas fundamentais das colônias. Essas cartas determinavam que as coloniais podiam aprovar suas leis, desde que não contrariassem as leis do Reino da Inglaterra, assim é, não contrariassem a vontade suprema do parlamento inglês. Então, por força da supremacia da lei inglesa em conformidade com a doutrina de supremacia do parlamento diversas vezes o Privy Council do rei determinou que as leis coloniais deveriam ser aplicadas por juízes se não confrontassem as leis do Reino.
7 - Quais os fundamentos teórico, prático e jurídico-positivo das teses de Hamilton e de Marshall no sentido de afirmar a competência do judiciário para realização do controle de constitucionalidade das leis na Constituição dos EUA?
8 - O que caracteriza o critério difuso ou norte-americano de controle de constitucionalidade das leis em face do critério concentrado ou austríaco?
RESPOSTA: No sistema difuso o poder de controle compete a todos os órgãos judiciários, ou seja, todos tem o poder e dever de não aplicar uma lei inconstitucional ao caso concreto que estão julgando, além disso, é incidental, nesse sistema a decisão reconhece uma nulidade prévia, a questão incide numa ação, ação essa que nunca será de constitucionalidade, poderá ser, por exemplo, trabalhista, civil, penal, dentre outras. Já no sistema concentrado, o poder de controle compete a apenas um órgão judiciário, além disso, no sistema concentrado o controle não é feito baseando-se na mera interpretação de juízes, aqui é considerada a doutrina da supremacia da lei e da separação dos poderes, excluindo o poder de controle judicial de juízes comuns.
9 - Quais os fundamentos teórico e prático do critério concentrado? 
10 – Em que sentido Cappelletti afirma que o controle judicial de critério concentrado é uma solução intermediária entre o sistema de controle político 
e o judicial de critério difuso?
11 - Por que, para Cappelletti, afirmar que o princípio do Stare Decisis estaria derrogado nos EUA, sobretudo em matéria constitucional, é apenas uma meia-verdade?
12 - Quais os modos ou vias de argüição de inconstitucionalidade das leis no critério difuso, no concentrado originário e no posterior à reforma constitucional de 1929 na Áustria? O que recomendou a reforma?
13 - Quais os efeitos pessoais e temporais das decisões de inconstitucionalidade nos modos direto e misto no controle austríaco? E no controle judicial concentrado posteriormente adotado na Alemanha, na Itália e na Espanha? Qual a razão da alteração havida no que toca aos efeitos pessoais e temporais da decisão de inconstitucionalidade de lei no modo misto?
14 - Quais os efeitos da decisão judicial de inconstitucionalidade de lei transitada em julgado na via ou modo incidental ?
15 - O que é "living constitution"? O que essa expressão tem a ver com os efeitos de decisão definitiva de inconstitucionalidade de lei no do modo incidental?

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