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7-Apostila 3-7

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BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS 
 
 
ÍNDICE 
 
 
Página 
 
 
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE HERBICIDAS ................................ 169 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 169 
2. ALVO BIOLÓGICO E EFICIÊNCIA....................................................... 169 
3. FORMULAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS................................ 170 
4. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS .................................. 171 
4.1. Aplicação Via Líquida ...................................................................................... 171 
4.2. Cobertura do Alvo ............................................................................................ 172 
4.3. Qualidade de Distribuição da Pulverização ...................................................... 173 
4.4. Deriva – Causas e Controle .............................................................................. 175 
4.5. Equipamentos e Técnicas para Aplicação Via Líquida .................................... 176 
4.5.1. Componentes básicos dos pulverizadores hidráulicos ................................ 176 
4.5.1.1. Tanque ou depósito do pulverizador ..................................................... 176 
4.5.1.2. Agitadores de tanque ............................................................................. 176 
4.5.1.3. Registros................................................................................................ 177 
4.5.1.4. Filtros..................................................................................................... 177 
4.5.1.5. Bomba ................................................................................................... 177 
4.5.1.6. Câmara de Compensação ...................................................................... 177 
4.5.1.7. Regulador de Pressão ............................................................................ 178 
4.5.1.9. Manômetro ............................................................................................ 178 
4.5.1.10. Registros ou Válvulas Direcionais ...................................................... 178 
4.5.1.11. Barra .................................................................................................... 179 
4.5.1.12. Bicos.................................................................................................... 179 
4.5.2. Calibração do pulverizador de barra ........................................................... 181 
5. EXEMPLOS DE CÁLCULOS................................................................... 182 
6. LISTA DE EXERCÍCIOS ........................................................................... 186 
LITERATURA CITADA .................................................................................. 188 
 
GLOSSÁRIO...................................................................................................... 189 
 
 
FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. Biologia e Controle de Plantas Daninhas 
 
Tecnologia de A
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE HERBICIDAS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Entende-se por tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas o emprego de todos os 
conhecimentos científicos que proporcionem a colocação correta do produto biologicamente 
ativo no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica, com o mínimo de contaminação 
ambiental. 
A aplicação de defensivos nos tempos atuais ainda não é muito diferente daquela 
praticada n século XX e se caracteriza por considerável desperdício de produto 
químico (M 2001). No entanto, o crescente aumento do custo de mão-de-obra e de 
energia e ão cada vez maior em relação à poluição ambiental têm realçado a 
necessidade
Para isso, s
trabalhador
 
2. ALVO
 
O d
controlar. P
bactéria Qu
eficácia e e
No 
defensivos 
as plantas 
folhas das 
passa ser a
quanto em
Segundo H
momento d
O a
aplicação. 
aplicação e
meio da tra
A ef
a dose efeti
 
 
 
 
Ond
empregada.
Qua
essa eficiên
aplicado em
daninhas, a
das plantas
emergência
daninhas el
o início do
atuo et al., 
a preocupaç
plicação de Herbicidas 169 
 de tecnologia mais acurada para aplicação do produto químico no alvo mais correto. 
ão necessários procedimentos e equipamentos mais adequados à maior proteção ao 
 e ao ambiente. 
 BIOLÓGICO E EFICIÊNCIA 
efensivo agrícola deve exercer a sua ação sobre determinado organismo que se deseja 
ortanto, o alvo a ser atingido é esse organismo, seja ele planta daninha, fungo ou 
alquer quantidade de produto aplicado, que não atinge o alvo, não terá qualquer 
stará representando uma forma de perda. 
caso específico da disciplina “Biologia e Controle das Plantas Daninhas” os 
agrícolas a serem aplicados serão os herbicidas e os alvos a serem atingidos serão são 
daninhas. Considerando os herbicidas aplicados em pós-emergência, o alvo será as 
plantas daninhas ou os caules. Para os produtos aplicados em pré-emergência o alvo 
s sementes, as raízes ou os caulículos. Percebe-se que, tanto na aplicação em pós 
 pré-emergência, boa parte dos herbicidas aplicados não atingem o alvo correto. 
imel (1974), em média, 30% do produto aplicado visando a folha atinge o solo no 
a aplicação. 
lvo é um local eleito para ser atingido, direta ou indiretamente, pelo processo de 
Diretamente, quando se coloca o produto em contato com o alvo no momento da 
 indiretamente pelo processo de redistribuição. Essa redistribuição poderá se dar por 
nslocação sistêmica ou pelo deslocamento superficial do depósito inicial do produto. 
iciência da aplicação é a relação entre a dose teoricamente requerida para o controle e 
vamente empregada, geralmente expressa em porcentagem. 
e, E = eficiência de aplicação (%); dt = dose teórica requerida e dr = dose realmente 
 
ndo o alvo é de dimensões grandes e quando a coleta do produto químico é favorável, 
cia pode ser relativamente alta. Por exemplo, essa eficiência depende se o herbicida é 
 pré ou pós-emergência, variando com o tipo de solo, com o tamanho das plantas 
rquitetura e cerosidade das folhas,condições climáticas, com a forma de distribuição 
 daninhas no campo, além de outros fatores. Na aplicação do herbicida em pré-
 a eficiência é muito menor, porque antes de o herbicida ser absorvido pelas plantas 
e pode ser adsorvido pelos colóides do solo, lixiviado, volatilizado ou degradado ou, 
E = (dt/dr)100 
Biologia e Controle de Plantas Daninhas FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. 
 
Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 170 
até mesmo, absorvido pelas culturas. Essa eficiência pode chegar a valores ainda muito mais 
baixos, no caso de não se conhecer bem as espécies daninhas presentes e, também, a sua 
distribuição na área. 
A melhoria nessa eficiência poderá ser alcançada por meio da evolução no processo, nos 
seus mais variados aspectos. O melhor treinamento do homem que opera o equipamento de 
aplicação é, sem dúvida, um dos pontos mais importantes. No entanto, deve-se desenvolver 
novos equipamentos capazes de cumprirem essa tarefa com maior eficiência. É importante 
salientar que os investimentos efetuados até hoje estão muito aquém das necessidades, embora 
nos últimos anos muitos avanços tenham sido registrados, como adoção de controladores, uso do 
sistema GPS e sistema de injeção direta. Entretanto para que esses recentes avanços possam se 
tornar realidade no campo, muitos esforços devem ser despendidos, em todas as áreas desta 
matéria multidisciplinar (Matuo et al, 2001). 
 
3. FORMULAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 
 
Formular um defensivo agrícola, seja ele herbicida ou não, consiste em preparar os 
componentes ativos na concentração adequada adicionando substâncias denominadas 
adjuvantes, tendo-se em vista que o produto final deve ser disperso,em determinadas condições 
técnicas de aplicação, para cumprir eficazmente a sua finalidade biológica, mantendo-se essas 
condições durante o armazenamento e transporte (Costa et al.,1974). 
Segundo Matuo et al. (2001) os principais tipos de formulação são: 
a) - Pó-Seco 
É uma formulação de pronto uso, para aplicação via sólida, praticamente não é mais 
utilizada; 
b) - Grânulos (GR) 
É formulação de pronto uso, para aplicação via sólida, predomina os inseticidas 
sistêmicos, sendo mais raros os fungicidas e herbicidas; 
c) - Pó-Molhável (PM) 
É uma formulação para ser diluída em água e posteriormente aplicação via liquida. Muito 
utilizada para fungicidas (esmagadora maioria), herbicidas e inseticidas. Está sendo substituída 
gradualmente pela formulação suspensão concentrada; 
d) - Pó-Solúvel (PS) 
É uma formulação sólida destinada à diluição em água e posterior aplicação via liquida, 
sem necessidade de agitação no tanque do pulverizador; 
f) - Concentrado Emulsionável (CE) 
É uma formulação liquida destinada à aplicação via liquida, quando em mistura com a 
água forma uma emulsão de aspecto leitoso, cuja estabilidade da calda é muito melhor que a da 
suspensão, portanto a necessidade de agitação não é tão crítica. É bastante comum para 
inseticidas e herbicidas; 
g) - Solução Aquosa Concentrada (SaqC) 
É uma formulação líquida, para ser diluída em água, cujo ingrediente ativo, geralmente 
na forma de sal, é solúvel em água; 
h) - Suspensão Concentrada (SC) 
É uma formulação líquida para ser diluída em água. Na maioria das vezes, é o pó 
molhável que é suspenso em pequena porção de água e nele se adicionam os adjuvantes para 
manter essa suspensão estável. É uma formulação que está se popularizando entre os fungicidas e 
herbicidas; 
i) - Ultra Baixo Volume (UBV) 
FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. Biologia e Controle de Plantas Daninhas 
 
Tecnologia de Apl
É uma formulação líquida de pronto uso em pulverização a ultra baixo volume. Na sua 
elaboração o ingrediente ativo é dissolvido em um solvente não fitotóxico, de baixa volatilidade, 
baixa viscosidade e alta capacidade para dissolver o ingrediente ativo; 
j) - Grânulos Dispersíveis em Água (GRDA) 
São formulações granuladas que, ao serem diluídas em água, se dissolvem prontamente, 
formando soluções estáveis. Algumas são embaladas em sacos hidrossolúveis que podem ser 
colocados no tanque do pulverizador sem oferecer riscos ao operador. Há uma tendência de 
rápida expansão de uso desta formulação. 
Outras formulações como comprimido (CP), tabletes (TB), pastilha (PT), fibras plásticas 
(FP) também existem. 
 
4. MÉTO APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS 
 
Os m
gasosa, em 
utilizando a 
forma de got
(rega ou inje
 
4.1. Aplicaç
 
A ág
obtenção, de
a água aprese
A alt
forma esféri
basta adicion
Com isso a 
integrantes 
tensoativos e
a tensão sup
alguns herbi
cobertura fo
da mesma qu
A eva
uma gota de
observado na
 
 
 
onde, t = te
temperatura 
Segu
são: a) - Apl
ser interrom
úmido exced
b) - A
170 µm dev
bulbo seco e
DOS DE
icação de Herbicidas 171 
étodos de aplicação em uso podem ser agrupados em aplicação via sólida, líquida e 
função do estado físico do material a ser aplicado. Dentre esses, a via líquida, 
água como diluente, é o método mais utilizado. Na via líquida a aplicação é feita na 
as (pulverização), podendo em alguns casos também ser na forma de filetes líquidos 
ção) ou na forma de gotas muito diminutas formando neblina (nebulização). 
ão Via Líquida 
ua é o principal diluente ou veículo de aplicação para a via líquida por ser de fácil 
 baixo custo e por contar com ampla opção de formulações compatíveis. Entretanto 
nta duas limitações: alta tensão superficial e fácil evaporação (Matuo, et al., 2001) . 
a tensão superficial faz com que uma gota depositada numa superfície permaneça na 
ca, fazendo com que tenha pouca superfície de contato. Para corrigir este problema 
ar nela algum agente tensoativo (surfactante) que lhe diminua a tensão superficial. 
gota se espalha facilmente na superfície, molhando maior área. Alguns adjuvantes 
da formulação como os agentes molhantes, emulsionantes, etc, são agentes 
, portanto, a simples presença deles na formulação pode ser suficiente para diminuir 
erficial da água até os níveis desejados. Outras vezes, no momento da aplicação de 
cidas, é necessário adicionar espalhante adesivo ou óleo mineral, para melhorar a 
liar. A molhabilidade da folha das plantas daninhas também depende da cerosidade 
e varia conforme a espécie e também com as condições ambientais. 
poração da água afeta em muito a qualidade da pulverização. O tempo de “vida” de 
pende do seu tamanho e das condições ambientais (Quadro 1), conforme pode ser 
 fórmula: 
mpo de “vida” da gota (seg); d = diâmetro da gota (µm); ∆T = diferença de 
(oC) entre os termômetros de bulbo seco e bulbo úmido de psicrômetro. 
ndo Johstone e Johstone (1977) as condições limites para aplicações com aeronaves 
icações com volumes de calda de 20 a 50 L/ha, usando gotas de 200 a 500µm devem 
pidas quando a diferença de temperatura entre os termômetro de bulbo e de bulbo 
er a 8 oC ou quando a temperatura exceder a 36 oC; 
plicações com calda com volumes de calda de 10 a 15 L/ha, usando gotas de 150 a 
em ser interrompidas quando a diferença de temperatura entre os termômetro de 
 de bulbo úmido exceder a 4,5 oC ou quando a temperatura exceder a 32 oC. 
T = d2/80 ∆T 
Biologia e Controle de Plantas Daninhas FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. 
 
Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 172 
Quadro 1 – Tempo de “vida” e distância percorrida pela gota de água na queda, em duas 
condições de temperatura e umidade relativa 
Condição Condição 1 Condição 2 
Temperatura (oC) 
∆T(oC) 
Umidade relativa (%) 
20 
2,2 
80 
30 
7,7 
50 
Diâmetro inicial (µm) Tempo até extinção 
(seg) 
Distância da queda 
(m) 
Tempo até extinção 
(seg) 
Distância da queda 
(m) 
50 14 0,127 4 0,032 
100 57 6,7 16 1,8 
200 227 81,7 65 21 
Fonte: Adaptado de Matuo et al (2001). 
 
 
Essa alta capacidade de evaporação da água limita a utilização de gotas muito pequenas, 
principalmente nos climas tropicais. Quando for necessário o emprego de pequenos volumes de 
aplicação (abaixo de 50 L/ha) é necessário controlar a evaporação da água ou, então, utilizar 
outro diluente que não seja volátil, como por exemplo o óleo mineral agrícola. 
Nas condições noturnas, a umidade relativa é elevada e a evaporação é drasticamente 
reduzida, o que permite a utilização de gotas menores. Vários herbicidas podem ser aplicados à 
noite, porém outros não apresentam a mesma eficácia que nas aplicações diurnas. 
Segundo Matthews (1979), existem cinco categorias de volume de aplicação para culturas 
de campo: alto volume (maior que 600 L/ha, pulverização acima da capacidade máxima de 
retenção das folhas, ocorre escorrimento); volume médio (200 – 600 L/ha); volume baixo (50 – 
200 L/ha); volume muito baixo (5 - 50 L/ha) e volume ultra baixo (< 5 L/ha). No caso da 
aplicação a alto volume, a dose é dada por concentração do produto na calda (gramas/100 L). 
Para os demais casos, a dose é recomendada em L ou kg/ha. 
A tendência atual é a utilização de menor volume de calda, devido ao alto custo do 
transporte de água ao campo e a perda do tempo representada pelas constantes paradas para 
reabastecimento do pulverizador, visando diminuir o custo e aumentando a rapidez do 
tratamento. Também o menor volume de calda é importante quando a qualidade da água não é 
boa (presença de sais minerais). 
 
4.2. Cobertura do Alvo 
 
A cobertura do alvo é calculada pela formula de Courshee (1967): 
 
 
 
 
onde, C = cobertura (% da área); V = volume aplicado (L/ha); R = taxa de recuperação(% do 
volume aplicado captado pelo alvo); K = fator de espalhamento de gotas; A = superfície vegetal 
existente no hectare e D = diâmetro de gotas. 
Segundo essa fórmula, para se conseguir elevadas coberturas devem-se manter altos os 
valores do numerador ou baixos os do denominador. Em aplicações a alto volume se consegue 
elevada cobertura, mesmo com gotas grandes. O aumento da taxa de recuperação (R) se 
consegue utilizando tamanho de gotas mais eficientemente coletadas pelo alvo. Gotas carregadas 
C = 15(VRK2)/AD 
FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. Biologia e Controle de Plantas Daninhas 
 
Tecnologia de A
eletricamente induzem na superfície foliar carga elétrica de sinal contrário e no momento 
seguinte são atraídas eletrostaticamente, aumentando consideravelmente a taxa de recuperação 
pelas folhas. O aumento do fator de espalhamento de gotas (K) pode ser conseguido com adição 
de agentes tensoativos que diminuem a tensão superficial, permitindo melhor espalhamento da 
gota. Quanto aos fatores do denominador, observa-se que o aumento da área foliar implica em 
redução da cobertura, caso os demais fatores permaneçam constantes. Em áreas foliares grandes 
normalmente aumenta-se o volume pulverizado. O tamanho da gota também é fator importan-
tíssimo, gotas menores proporcionam maior cobertura, porém também apresentam tempo de vida 
menor e maior capacidade de deriva. Então, o tamanho ideal das gotas depende das condições 
ambientais (vento, umidade relativa e temperatura) e da cobertura desejada. Por outro lado, a 
cobertura desejada depende do tipo de herbicida a ser aplicado se é sistêmico ou de contato. 
Para se expressar numericamente o tamanho e a uniformidade das gotas são utilizados 
quatro parâmetros: 
a) - Diâmetro mediano volumétrico (vmd) – é a mediana do volume das gotas. É o 
volume da gota que divide o volume pulverizado em duas metades iguais. O valor do vmd está 
situado mais próximo das classes superiores do diâmetro, pois o volume de poucas gotas grandes 
equivale ao de muitas gotas pequenas; 
b) - Diâmetro numérico (nmd) – é a mediana do número de gotas. É o diâmetro que 
divide o número de gotas em duas porções iguais; 
c) - dispersão (r) – refere-se a relação entre vmd e nmd . 
 
 
 
O coeficiente de dispersão expressa a uniformidade do conjunto de gotas. Se o valor de r 
for igual a 1, indica que todas as gotas têm o mesmo diâmetro e o conjunto é rigorosamente 
homogêneo. Quanto mais o valor de r se afastar de 1, maior a heterogeneidade das gotas. Na 
prática, considera-se que, quando r < 1,4, o conjunto de gotas é homogêneo; 
d) - Amplitude de dispersão (Span) – é uma outra forma de expressar a uniformidade das 
gotas e, seg tuo et al (2001), é mais empregado nos dias atuais. É dado pela fórmula: 
 
 
 
 
onde, V1 0 é
e V9 0 é o d
V5 0 é o va
uniforme é 
 
4.3. Qualid
 
Um
herbicida o
de distribu
essencial p
contaminaç
são: 
a) -
qualidade d
b) -
permite un
r =vmd/nmd 
undo Ma
Coeficiente de 
plicação de Herbicidas 173 
 o diâmetro da gota abaixo do qual os volumes acumulados totalizam 10% do volume 
iâmetro da gota abaixo do qual os volumes acumulados totalizam 90% do volume. 
lor do vmd. Assim, quanto menor o valor da amplitude (próximo de zero), mais 
o conjunto das gotas na amostra e vice-versa. 
ade de Distribuição da Pulverização 
 dos fatores mais dominantes que pode influenciar drasticamente a eficiência de um 
u qualquer outro defensivo agrícola é a distribuição da pulverização. A uniformidade 
ição da pulverização, ao longo da barra ou faixa de aplicação, é um componente 
ara atingir a máxima eficiência do produto, com um mínimo de custo e de 
ão fora do alvo. Os principais fatores que afetam a distribuição da calda pulverizada 
 Bicos - tipo, pressão, espaçamento, ângulo de pulverização, ângulo de desvio, 
o perfil de pulverização, desgaste, entupimento, vazão; 
 Barra - altura (barra acima da altura recomendada propicia deriva e abaixo não 
iformidade no padrão de deposição, ficando pontos com excesso de gotas e outros 
s = (V9 0 – V1 0)/V5 0 
Biologia e Controle de Plantas Daninhas FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. 
 
Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 174 
com falta); estabilidade da barra (movimento vertical (inclinação) e movimento lateral 
(guinada)); 
c) - Perdas de pressão; 
d) - Filtros obstruídos; 
e) – Problemas de tubulação influenciando a turbulência do líquido; 
f) – Condições ambientais – velocidade e direção do vento; 
g) - Velocidade do pulverizador e a turbulência resultante. 
Quando se pretende fazer observações sobre gotas, a primeira providência é coletar uma 
amostra das mesmas. Para tanto deve se ter uma superfície suscetível de ser marcada pelas gotas 
seja por meio de manchas, crateras ou fenômeno visível. 
A superfície padrão para a coleta de gotas é a lâmina de microscópio revestida por uma 
camada óxido de magnésio. Essa lâmina é analisada ao microscópio, determinando-se o tamanho 
das gotas. Essa técnica é muito trabalhosa. Entretanto, para observações qualitativas, pode-se 
empregar tiras de papel sensível a água que provocam manchas azuis quando em contato com a 
gota de água. Outra forma de menor custo, é colocar um corante na calda (xadrez para paredes) e 
pulverizar sobre tiras de papel comum, cartolina ou papel fotográfico. Se desejar efetuar 
comparações é importante padronizar o papel e, se possível, usar papel de melhor qualidade 
(papel fotográfico). A gota ao atingir o papel irá provocar uma mancha, que é maior que a gota 
que lhe deu origem devido ao espalhamento, por isso essa técnica permite apenas avaliações 
comparativas. Para se conhecer o fator de espalhamento, é necessário determinar o tamanho 
exato da gota, que só é possível em laboratório equipado para tal. Recentemente, foi 
desenvolvido um programa para computador (e-Sprinkle) que, por meio de técnicas de 
Processamento de Imagens, automiza o processo de análise visual da deposição de gotas em 
papéis sensíveis a água e ao óleo ou em Placas de Petri com óleo denso, calculando todos os 
parâmetros para estudo de gotas (vmd, nmd, densidade de gotas/cm2, amplitude relativa, 
coeficiente de variação, taxa de aplicação(L/ha), potencial de deriva, gráficos de deposição de 
gotas, maior e menor diâmetro das gotas). 
Outra técnica bastante interessante é utilização de corantes fluorescente adicionados à 
calda. Esses corantes podem ser tinta cintilante, normalmente vendida em casa material para 
artesanato. Parte das folhas pulverizadas é levada a uma câmara escura provida de luz negra 
(ultravioleta), neste caso o pigmento brilhará intensamente e mostrará os locais onde as gotas se 
depositaram. 
A determinação do tamanho das gotas é fundamental para se enquadrar a pulverização 
dentro das classes: muito fina, fina, média, grossa e muito grossa (Quadro 2), proposta pela FAO 
(1997), citada por Matuo et al.(2001). Considerando que pode haver diferenças no tamanho de 
gotas, dependendo do método utilizado (difração dos raios laiser, análise de imagem, etc.) por se 
basearem em princípios diferentes, a FAO, numa reunião de especialista em 1997, decidiu adotar 
o sistema britânico para determinação de tamanho de gotas. 
 
 
Quadro 2 - Classificação da pulverização segundo bicos de referência (FAO, 1997) 
Designação Bico de Referência para separação entra classes 
Pulverização muito grossa 
Pulverização grossa F80/2.92/2.5 (8008 a 35 psi) 
Pulverização média F110/1.96/2.0 ( 11006 a 28 psi) 
Pulverização fina F110/1.20/3.0 (11003 a 42 psi) 
Pulverização muito fina F110/0.48/4.5 (11001 a 63 psi) 
Fonte: FAO, 1997, citado por Matuo et al. (20001). 
 
FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. Biologia e Controle de Plantas Daninhas 
 
Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 175 
No Quadro 3, observa-seque tipo de pulverização é influenciado pela pressão de 
trabalho. Pressões menores proporcionam pulverização mais grossa, para um mesmo bico, 
enquanto que pressões maiores proporcionam pulverizações mais finas. 
 
 
Quadro 3 - Classificação da pulverização, segundo tamanho de gotas, em muito (MG), 
grossa (G), média (M), fina (F) e muito fina (MF) para pontas de Jato Plano 
Turbo Teejet, trabalhando em diferentes pressões 
Pressão (bar) TT11001 TT11015 TT11002 TT11003 TT11004 
0,7 G G MG MG MG 
1,0 M G G MG MG 
1,5 M M G MG MG 
2,0 M M G G MG 
2,5 M M G G G 
3,0 M M M G G 
3,5 M M M G G 
4,0 M M M M G 
4,5 F M M M G 
5,0 F M M M G 
5,5 F M M M G 
6,0 F M M M G 
Fonte: Spraying Systems CO. (1999). 
 
 
4.4. Deriva – Causas e Controle 
 
Na aplicação de defensivos agrícolas a deriva de pulverização é o termo usado para 
aquelas gotas que não foram depositadas na área alvo. Estas gotas provavelmente são gotas 
muito pequenas, com diâmetro menor que 150 µm e facilmente movidas para fora do alvo pela 
ação do vento associado a outras condições climáticas. 
A deriva pode causar a deposição de produtos químicos em áreas não desejadas com 
sérias conseqüências tais como: 
a) – Danos nos cultivos sensíveis que ficam em áreas adjacentes; 
b) – Contaminação de reservatórios e cursos de água; 
c) – Riscos à saúde de animais e pessoas. 
As causas da deriva são muitas e estão relacionadas com os equipamentos de aplicação, 
formulações e com as condições meteorológicas. As principais são: 
a) - Tamanho da gota – Quanto menor a abertura do orifício do bico e maior pressão, 
menores serão as gotas produzidas e, portanto, maior o número delas serão derivadas. Gotas 
menores que 150 µm são facilmente derivadas; 
b) – Altura da ponta de pulverização – À medida que aumenta a distância entre a ponta de 
pulverização e área alvo, maior será a influência da velocidade do vento sobre a deriva; 
c) – Velocidade de operação – Velocidade mais alta contribui para que as gotas sejam 
arrastadas para trás e levadas pela corrente de vento ascendente, formando um turbilhão sobre o 
pulverizador, arrastando as gotas pequenas aumentando a deriva; 
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Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 176 
d) – Velocidade do vento – é o fator de maior impacto entre os fatores meteorológicos. O 
aumento da velocidade do vento aumenta a deriva, portanto as pulverizações devem ser, 
preferencialmente, realizadas em horários de menores ventos, geralmente no início da manhã e 
início da noite; 
e) - Temperatura e umidade do ar – Temperaturas ambientes acima de 25 oC, com baixa 
umidade relativa as gotas pequenas são especialmente propensas a deriva devido ao efeito da 
volatilização. Em determinadas situações (temperatura muito alta) deve-se aumentar o tamanho 
da gota ou suspender a aplicação, para evitar grandes perdas por deriva; 
f) - Volume de aplicação – Quando se utiliza volume de aplicação muito pequeno, 
geralmente utilizam-se gotas pequenas, facilitando a deriva. 
h) - Formulação utilizada – Se esta apresentar alta pressão de vapor, deve tomar todas as 
medidas possíveis para minimizar a volatilização (ex: menor temperatura e maior umidade 
relativa do ar, diminuem a evaporação). 
Em alguns países europeus, foram definidos um padrão mínimo de gota produzida, em 
termos de DV0,1. Segundo esse critério, os bicos de pulverização devem atingir um DV0,1 
maior do que o valor de um bico XR11002 a pressão de 2,5 bar que é de 115 µm. 
 
4.5. Equipamentos e Técnicas para Aplicação Via Líquida 
 
Os equipamentos para aplicação de líquidos podem ser divididos em injetores, 
pulverizadores e nebulizadores. Os injetores aplicam um filete líquido (sem fragmentação em 
gotas), os pulverizadores aplicam gotas e os nebulizadores aplicam neblina. A aplicação de 
herbicidas, na sua esmagadora maioria, é feita através da pulverização. Essa pulverização pode 
ser feita com pulverizadores de jato lançado e de jato arrastado. No primeiro caso as gotas, 
depois de lançadas no ar pelos bicos, deverão chegar ao alvo pela sua própria energia cinética e 
no segundo caso, uma corrente de ar deverá arrastar as gotas até o alvo. 
 
4.5.1. Componentes básicos dos pulverizadores hidráulicos 
 
Existe grande variedade de pulverizadores. A seguir serão apresentados os pulverizadores 
tratorizados que são os que apresentam o circuito hidráulico mais complexo. Porém se 
comparados, o pulverizador costal e os equipamentos mais sofisticados, como autopropelidos ou 
aviões, não existem diferenças nos princípios de funcionamento dos mesmos. 
Entre as principais partes dos pulverizadores podem ser citadas: depósito, agitadores de 
tanque, registros, filtros, bomba, câmara de compressão, regulador de pressão, manômetro, 
registro ou válvulas direcionais, barra, bicos ou pontas de pulverização. 
Não é objetivo da disciplina “Biologia e Manejo de Plantas Daninhas” descrever com 
detalhes todas as partes de um pulverizador, entretanto será feito algum comentário sobre 
algumas dessas partes. 
 
4.5.1.1. Tanque ou depósito do pulverizador 
 
Não pode conter vazamentos, ter boa capacidade de agitação da calda (mecânico ou 
hidráulico), permitir total esvaziamento da calda. 
 
4.5.1.2. Agitadores de tanque 
 
Devem permitir boa agitação para que a calda seja pulverizada em concentração 
homogênea até o final. 
 
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Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 177 
4.5.1.3. Registros 
 
Não devem apresentar vazamentos para se evitar perdas e contaminação ambiental no 
momento da limpeza de filtros ou na manutenção de outras partes do sistema, quando o tanque 
estiver carregado. 
 
4.5.1.4. Filtros 
 
Devem ser colocados na boca do tanque, antes da bomba, na linha de pulverização e nos 
bicos, totalizando de 3 a 6 filtros por pulverizador, apresentam 4 funções muito importantes: 
a) - Garantir maior uniformidade nas aplicações, não permitindo que entupimento das 
pontas de pulverizações venha causar a distribuição desuniforme da calda; 
b) - Garantir maior capacidade operacional dos pulverizadores, diminuindo o tempo 
parado para desentupir as pontas de pulverização, tratando assim maior área por dia; 
c) - Garantir segurança ao trabalhador, não o expondo ao trabalho de desentupir os bicos, 
evitando-se assim o contato direto com a calda, ficando o trabalhador com a função de apenas 
conduzir o conjunto pulverizador; 
d) - Garantir maior durabilidade às pontas pulverizadoras, diminuindo as impurezas e, 
assim, a abrasão nos bicos, além de evitar o uso de material não recomendado, como arame para 
desentupir os bicos. 
As malhas dos filtros devem ser escolhidas em função da formulação do herbicida a ser 
aplicado. Pó-molháveis e seus derivados (suspensão) devem usar filtros com malha 50. Para as 
formulações pó-solúveis, solução-aquosa e concentrados emulsionáveis podem ser usadas 
malhas 80 ou 100. O modelo e tamanho das pontas de pulverização também influenciam na 
escolha da malha do filtro. As pontas de menor vazão exigem filtros mais finos (malha 100) e 
para as de maior vazão as malhas podem ser mais grossas (malha 50). É importante seguir as 
recomendações dos catálogos. 
 
4.5.1.5. Bomba 
 
A função da bomba é pressionar a calda, colocando no sistema energia que será usada 
para fazer a pulverização. Existem vários tipos de bombas como de pistão, de diafragma, de 
roletes, de engrenagens e centrífuga. A esmagadora maioria de bombas comercializadas no 
Brasil ainda é de pistão, embora a bomba centrífuga esteja sendo muito utilizada nos 
autopropelidos. As bombas de pistão têm sua capacidade de deslocamento diretamente ligada à 
sua rotação e estão projetadaspara trabalhar entre 450 e 540 RPM. No Brasil a capacidade 
nominal de uma bomba pistão é medida a 540 RPM; assim uma bomba especificada para 
40 L/mim se estiver a 450 RPM desloca apenas 33,3 L/mim. Esse cálculo é feito por regra de 
três simples. 
Assim, ao regular um pulverizador para aplicação de herbicida, deve-se somar a vazão 
individual dos bicos e observar se a bomba é capaz de deslocar volume suficiente para atender a 
demanda dos bicos. Tecnicamente não se deve usar mais de 60% do volume real deslocado, o 
restante muitas vezes tem que ser usado para agitação da calda no tanque. 
 
4.5.1.6. Câmara de Compensação 
 
Tem a função de eliminar as pulsações de pressão nas bombas de pistão. É instalada no 
circuito após a bomba. Bombas centrífugas ou bombas com mais de três pistões não necessitam 
da câmara de compressão. 
 
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Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 178 
4.5.1.7. Regulador de Pressão 
 
Basicamente é um divisor de volume no qual uma parte da calda vai para os bicos e a 
outra parte retorna ao tanque. Essa peça contém uma entrada que recebe a calda (líquido) que 
vem do tanque e duas saídas, uma que comunica com os bicos e a outra que leva o excesso de 
calda ao tanque. Para variar a proporção do liquido que vai para os bicos e a que retorna ao 
tanque, basta girar um parafuso que comprime uma mola que comanda a passagem para o 
retorno. Quanto mais se comprime essa mola, mais difícil será o retorno e mais líquido será 
enviado aos bicos. Como a saída dos bicos é pequena, a pressão nessa parte do circuito se elevará 
até que os bicos permitam a vazão desejada, por isso é chamado de regulador de pressão. Os 
pulverizadores de maior capacidade como autopropelidos já são equipados com sistemas 
eletrônicos computadorizados onde o regulador de pressão tem um sistema que ajusta a pressão 
de acordo com o volume pré-programado e a velocidade de operação com uma válvula de esfera 
funcionando como estrangulamento ou retorno. Também nesses pulverizadores já estão sendo 
instalados controladores de pulverização que têm gerado grandes ganhos em uniformidade de 
pulverização, economia de produtos e aumento da capacidade operacional. 
 
4.5.1.9. Manômetro 
 
Tem a função de medir a energia do sistema para pulverizar (lb/pol2 ou kg/cm2). Os 
manômetros com banho de glicerina têm durabilidade maior, entretanto não suportam as árduas 
condições de trabalho no campo. Os manômetros devem ser usados apenas no momento da 
calibração, depois devem ser desligados ou retirados dos circuitos. Uma boa alternativa para 
prolongar a vida útil deste equipamento seria o kit manômetro que é instalado no bico no 
momento da calibração e é depois retirado. Além de aumentar a durabilidade do manômetro, 
determina a pressão real de saída da calda. Normalmente o manômetro colocado no circuito, 
longe dos bicos, pode indicar pressão maior que a real encontrada no bico, pois existem perdas 
de pressão por mangueiras, conectores, filtros, cotovelos, etc. 
 
4.5.1.10. Registros ou Válvulas Direcionais 
 
Depois do regulador de pressão e manômetro é necessário registros para que o operador 
possa comandar (abrir ou fechar) a passagem da calda para os bicos. O número de registros varia 
de acordo com o número de seções da barra. Ao fechar uma das seções da barra, nos comandos 
mais simples a pressão do sistema aumenta, aumentando a vazão dos bicos em funcionamento. 
Esse aumento é variável de 5 a 15%, dependendo do número de seções, tipos de comandos, 
pressão de trabalho, etc. Esse tipo de problema pode ser evitado, usando o sistema tipo Mastre 
Flow da Jacto, que para cada seção existe uma válvula reguladora de retorno da seção. Nesse 
caso, depois de regulado o pulverizador, deve-se fechar cada uma das seções individualmente e 
regular o retorno de cada seção, para não alterar a pressão total das seções que continuam 
abertas. Esses sistemas podem ser dotados de válvulas mecânicas ou elétricas, sendo que o uso 
desta última tem crescido nos últimos anos em tratores com cabines, pois da cabine, por meio de 
um painel elétrico, o operador realiza todos os comandos, sem o risco de exposição do corpo ao 
produto pulverizado. Os pulverizados acoplados com GPS são essenciais para a Agricultura de 
Precisão. Eles utilizam o sistema de navegação baseado em informações via satélite. A barra de 
luzes direciona com precisão o trabalho do operador evitando falhas ou que a máquina passe 
mais de uma vez no mesmo local. Permite o retorno preciso ao local onde a operação for 
interrompida. É uma excelente ferramenta para a aplicação noturna. Alguns modelos de 
pulverizadores possuem o sistema de injeção direta do herbicida, permitindo a aplicação de mais 
um produto sem misturá-los no tanque do pulverizador. Os herbicidas são injetados diretos na 
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Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 179 
bomba de defensivos, podendo ser dosados ou interrompidos eletronicamente a qualquer 
momento. Essa tecnologia permite aplicar o herbicida de acordo com infestação e distribuição 
das plantas daninhas no campo. A maioria dos pulverizadores de grande porte (autopropelidos) 
está sendo equipada com GPS e com Comandos eletrônicos de pulverização. 
 
4.5.1.11. Barra 
 
O comprimento da barra varia conforme o modelo do pulverizador. Quanto mais compri-
da maior a capacidade operacional, embora também aumente a oscilação e a heterogeneidade da 
aplicação. Tanto as oscilações verticais, quanto horizontais, influenciam na uniformidade de 
deposição da calda pulverizada. O sistema de barra auto-estáveis, tornando a barra independente 
da estrutura do trator, com molas e amortecedores para absorver os impactos provenientes das 
irregularidades do terreno, possibilitou a construção de barras bastante longas (27 m), sem 
grandes problemas de oscilações, com sistema de nivelamento individualizado para cada barra, 
mantendo a altura (0,50 a 1,80 m). 
 
4.5.1.12. Bicos 
 
É todo o conjunto e suas estruturas de fixação na barra (corpo, capa, ponta, filtro, 
adaptador, etc). A ponta de pulverização é o componente responsável pela formação e 
distribuição adequada das gotas na pulverização. Segundo Matthews (1979) as pontas podem ser 
classificadas de acordo com a forma de energia utilizada na formação das gotas em: energia 
gasosa, centrífuga, cinética, térmica, elétrica, hidráulica ou combinada. Dentre esses diferentes 
tipos de pontas de pulverização as de energia hidráulica ainda são a esmagadora maioria para a 
aplicação dos produtos fitossanitários entre eles os herbicidas, por isso apenas essas serão 
discutidas a seguir. 
As pontas de energia hidráulica de pulverização na agricultura têm três funções muito 
importantes e suas relações são: 
a) - Determinar a vazão = função (tamanho do orifício, pressão e característica do 
líquido); 
b) - Distribuição = função (modelo da ponta, pressão e característica do líquido); 
c) - Tamanho da gota = função (modelo da ponta, pressão e característica do líquido). 
É importante observar que todas as funções da ponta de pulverização dependem da 
pressão, que é a fonte de energia para formação da gota. A unidade internacionalmente usada é o 
bar, porém a mais comum é “libras” (lb/pol2). 
 Veja a seguir outras unidades e as relações entre as mesmas: 
 
 
 
 
A vazão de uma ponta de pulverização depende do tamanho do orifício de saída, da 
pressão de trabalho e da densidade e viscosidade do líquido. Para cada um desses fatores, é 
possível utilizar fórmulas e tabelas de correção,para determinar a vazão correta dos mesmos. 
Entretanto as variáveis mais importantes são a pressão e densidade. 
 
 
 
onde, V1 = vazão da ponta 1; V2 = vazão da ponta 2; P1 = pressão 1 e P2 = pressão 2 
 
1 bar = 14,22 lb/pol2 ; 1 kg/cm2 =14,56 lb/pol2 ; 1 bar = 100 kPa 
V1/√P1 = V2/√P2 
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Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 180 
Sendo assim, para dobrar a vazão de uma ponta, é necessário quadruplicar a pressão de 
trabalho. 
A variação da vazão, devido à densidade do líquido, pode ser corrigida utilizando-se os 
fatores de conversão do Quadro 4. Como as tabelas são calculadas para o uso da água (densidade 
=1), deve-se fazer a conversão quando a densidade da calda for diferente de 1. 
 
 
Quadro 4 - Fatores de conversão de vazão para líquidos com densidade diferente da água 
Densidade kg/L 0,84 0,96 1,00 1,08 1,20 1,28 1,32 1,44 1,68 
Fator de conversão 0,92 0,98 1,00 1,04 1,10 1,13 1,15 1,20 1,30 
Fonte: MATTUO et al. (2001). 
 
 
Quanto à forma do jato e sua distribuição, os bicos hidráulicos se dividem em pontas de 
jato cônico e de jato leque. Os de jato cônico se subdividem em cone cheio e cone vazio e as 
pontas de jato plano se subdividem em pontas de impacto e leque. 
a) - Pontas de Jato Cônico 
São de uso muito comum, dentre os bicos hidráulicos, sendo que os de cone vazio são 
predominantes. A deposição de gotas no cone vazio se concentra somente na periferia do cone, 
sendo que no centro do cone praticamente não há gotas. Já nos de cone cheio, a distribuição das 
gotas atinge o centro da pulverização. Existem dois modelos de bicos cônicos: os da série X e os 
da série D. Os bicos da série X são bicos de baixa vazão com gotas muito pequenas. Essas pontas 
tem seu número relacionado à vazão de galões americano por hora, trabalhando a 40 lb/pol2, 
assim um bico X1 é uma ponta capaz de aplicar 3,785 L/hora, se estiver trabalhando a 40 lb/pol2.. 
Nos bicos da série D, o filtro é de ranhuras e não de malhas como nos demais bicos. O 
núcleo é conhecido com outros nomes como: difusor, caracol, espiral, e “core” e serve para 
proporcionar o movimento helicoidal ao jato líquido que por ele passa. Após tomar esse 
movimento, o líquido passa através do orifício circular formando um cone. A combinação de 
difusores e chapa orifício é que determina se o cone é cheio ou vazio. No cone cheio, o difusor 
tem apenas um furo no centro e, no cone vazio, o difusor só tem furos nas laterais. 
Nos bicos da Spraying Systems, o núcleo pode receber as numerações 13, 23, 25, 45, etc. 
O primeiro algarismo indica o número de abertura existente no núcleo ou difusor, e o segundo 
indica o tamanho da abertura. O disco recebe a numeração como D2, D4, D5, etc., sendo que o 
número após a letra D indica o diâmetro do orifício (ex: 2/64, 5/64). Da combinação núcleo-
disco resulta a identificação do bico (ex:D2-13, D4-45). 
Nos bicos da “Jacto”, o núcleo é identificado pelo do número de furos, o número 1 possui 
um furo e número 2, dois furos. O disco pode ser 10 ou 14, sendo que esses números, também, 
indicam o diâmetro do orifício (1,0 mm e 1,4 mm respectivamente). Assim, o bico JD14-1 tem 
disco 14 e núcleo de um furo; e bico JD10-2 tem disco 10 e núcleo com dois furos. 
b) - Pontas de Jato Leque de Impacto 
Nas pontas de impacto, conhecidas como TK, o líquido bate em um plano inclinado e se 
abre na forma de leque. O padrão de deposição dos bicos de impactos convencionais é muito 
irregular. Podem trabalhar a baixa pressão, têm angulo grande (130 o), o que permite aplicar 
herbicidas sob as saias das árvores e arbustos. Recentemente, a Spraying Systems lançou um 
novo modelo o Turbo Floodjet (TF-VS) que produz gotas maiores que as defletoras normais, 
formando um ângulo de 130o e com perfil de deposição elíptico, largo e afinado, ideal para 
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Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 181 
compor em barras de aplicação em área total, com excelente distribuição e baixo coeficiente de 
variação ao longo da barra. 
c) - Pontas de Jato Leque 
Produzem jato em um só plano e seu uso é mais indicado para alvos planos, como solo, 
culturas (soja, trigo, milho, etc,) e paredes. Como a maioria dos herbicidas é aplicada com bicos 
leque, ficou arraigada a crença de bico leque é para aplicar herbicida, o que não é verdade. 
Os bicos leque podem ser de deposição contínua ou descontínua. Os de deposição 
continua (bico “Even”) pulverizam uma faixa com deposição uniforme, são indicados para 
pulverização em faixas sem haver sobreposição com os bicos vizinhos. Os bicos de deposição 
descontínua produzem um padrão de deposição desuniforme decrescendo do centro para as 
extremidades. São recomendados para trabalhar em barras, havendo 30% de sobreposição com 
cada bico vizinho. Deve-se observar não somente o padrão de deposição de um bico isolado, mas 
a somatória da aplicação. O coeficiente de variação da somatória da aplicação não deve exceder 
a 10%. 
Os bicos tipo leque são comercializados com diferentes tipos de ângulos, sendo os mais 
comuns os de 800 e 110 0. Esses bicos são padronizados pela cor, sendo que a cor laranja indica 
vazão de 0,10 galões por minuto, os verdes 0,15 galões por minuto, os amarelos 0,20 galões por 
minuto, os azuis 0,30 galões por minuto e os vermelhos 0,4 galões/minutos, isto se estiverem 
trabalhando a 40lb/pol2.Cada galão equivale 3,785 litros. 
O tamanho de gotas produzidas pelas pontas de pulverização é variável e dependente do 
tamanho do orifício, da pressão de trabalho e da característica do líquido. Como já foi discutido 
o tamanho da gota tem relação direta com a deriva, evaporação e cobertura do alvo. Portanto, 
escolher uma ponta que produz uma gota de tamanho adequado ao produto a ser utilizado e ao 
alvo a ser atingido é de fundamental importância, conforme pode ser observado no Quadro 5 . 
 
 
 
Quadro 5 - Guia de seleção de pontas para pulverização com herbicida, em área total, em 
função do tipo de aplicação 
Pós-emergência 
Ponta de pulverização Incorporado ao solo Pré-emergência 
Contato Sistêmico 
XR Teejet excelente excelente Excelente excelente 
Teejet Boa Boa Boa boa 
DG Teejet excelente excelente Boa excelente 
Turbo Teejet excelente excelente Boa Excelente 
AI Teejet excelente excelente Boa excelente 
Twinjet excelente 
Turbo Floodjet excelente excelente excelente 
Fulljet excelente excelente excelente 
Fonte: Spraying Systems CO. (1999). 
 
 
4.5.2. Calibração do pulverizador de barra 
 
É a regulagem da máquina visando aplicar de maneira mais uniforme possível a 
quantidade de herbicida recomendada. Consiste em determinar o volume de calda que o 
pulverizador vai aplicar por unidade de área. 
Biologia e Controle de Plantas Daninhas FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. 
 
Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 182 
Principais passos da calibração: 
 
a) Verificar o funcionamento da máquina, se não há eventuais vazamentos e se os 
componentes estão funcionando a contento; 
b) Verificar a velocidade ideal de trabalho. Nos pulverizadores acoplados no sistema de 
três pontos do trator a velocidade varia de 4 a 6 km/h, todavia nos autopropelidos a velocidade 
pode chegar a 20 km/h; 
c) Dimensionar a barra em função da topografia do terreno e do tipo de barra. A altura da 
barra deve-se manter constante. Em terrenos planos as barras podem atingir até 27 m de largura; 
d) Escolher o tipo de bico correto em função do alvo a ser atingido, da cobertura 
necessária (herbicida sistêmico ou de contato),do padrão de deposição do mesmo, da formulação 
a ser aplicada, das condições ambientais (vento, umidade relativa do ar e temperatura) e não, 
apenas,em função do volume a ser aplicado; 
e) Ajustar a pressão de trabalho de acordo com o bico selecionado. Ver a recomendação 
dos fabricantes; 
f) Determinar a distância entre bicos e a altura de trabalho da barra. A altura correta da 
barra depende do ângulo do bico e da distância entre eles; 
g) Verificar a uniformidade dos bicos (padrão de deposição individual e na barra), 
eliminando-se os com desvio superior a 10%; 
h) Marcar uma distância de 50 metros no local onde será feita a aplicação; 
i) Percorrer esses 50 metros, simulando a pulverização, determinando-se o tempo gasto 
(ex. 40 segundos); 
k) Determinar a vazão da barra nesse tempo (ex: em 40 seg. a vazão média de uma barra 
de 10 bicos 110 03 espaçados, entre si de 50 cm, foi 10 litros; 
l) Determinar a faixa pulverizada. (Faixa pulverizada = número de bicos x distância entre 
eles). No caso do exemplo : Fp = 10 x 0,5 = 5 m; 
m) Determinar a área pulverizada no tempo gasto para percorrer os 50 m (área 
pulverizada = faixa pulverizada x distância percorrida). No caso do exemplo : 
 Ap = 5 m x 50 m = 250 m2 
n) Determinar o volume de aplicação por hectare 
 250 m2 ----------------10 litros 
 10000 m2 --------------X = 400 L/ ha 
 
5. EXEMPLOS DE CÁLCULOS 
 
1) - Determinar a quantidade de Scepter a ser colocada no tanque de 200 litros, sabendo-
se que o volume de calda é de 400L/ha, a recomendação é 150 gramas/ha de imazaquin e que a 
marca comercial Scepter tem 15 % de imazaquin. 
imazaquin - 100 % ----------------------- 150 g 
Scepter - 15 % ---------------------------- X g = 1000 g/ha 
 400 L de água ----------------------------1000 g de scepter 
200 L de água---------------------------- X g = 500 g de scepter é a quantidade a ser 
colocada no tanque de 200 L para que seja aplicada a dose de 150 g/ha de imazaquim, nas 
condições de pulverização anteriormente definidas. 
2) Os problemas que normalmente são encontrados no campo, podem ser resumidos nas 
seguintes questões: 
2.a) - Qual a ponta ideal para determinada aplicação? 
2.b) - Qual a vazão necessária de cada ponta? 
2.c) - Qual a pressão de trabalho de uma determinada ponta? 
2.d) - A capacidade da bomba é suficiente? 
FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. Biologia e Controle de Plantas Daninhas 
 
Tecnologia d
2.e) - Que tamanho de bomba é necessário? 
2.f) - Qual a velocidade ideal para ajustar uma aplicação? 
2
2
2
P
E
calibraçã
pulveriz
120 L/m
velocida
trator = 
540 rpm
ponta de
22,5 lb/p
 
S
 
2
A
produz e
T
G
evaporaç
ser tratad
o volum
G
evaporaç
normalm
N
seu mod
(aplicado
grandes.
menores
T
A
Na distri
por toda
uniforme
cultura d
N
normal. 
 
2
P
esse fim
 
 
 
V
.g) - Qual o volume de calda para ajustar uma aplicação? 
e Aplicação de Herbicidas 183 
.h) - Quantos hectares são tratados por tanque? 
.i) - Qual a quantidade de herbicida a ser colocado na tanque? 
ara exemplificar cada uma das situações acima imagine-se o seguinte exemplo: 
m assistência técnica a um produtor, você é solicitado a realizar a regulagem e 
o de um pulverizador para as condições propostas. Na propriedade dispõe-se de um 
ador de barras contendo 36 bicos espaçados de 0,5 m, equipado com bomba de pistão de 
in e tanque com capacidade de 2000 litros, com as seguintes condições de trabalho: 
de medida na área de aplicação = 6 km/h (ou 30 seg. para percorrer 50 m); rotação do 
1400 rpm (sabe-se que para este trator é necessário ter 1600 rpm no motor para se obter 
 na tomada de força); volume de calda desejado 200 L/ha; dose do herbicida = 1 L/ha; 
 pulverização a ser utilizada TF-VS2 (vazão de 0,91 L/min a 15 lb/pol2 , 1,12 L/min a 
ol2 e 1,29 L/min a 30 lb/pol2). 
olução e comentários: 
.a) - Qual a ponta ideal para determinada aplicação? 
 seleção de modelo de ponta, está baseada primeiramente no tamanho de gota que ela 
 no tipo de distribuição que ela proporciona. 
amanho de gotas (veja os extremos): 
otas maiores são menos arrastadas pelo vento e apresentam menores problemas com a 
ão no trajeto da ponta até o alvo, porém promovem uma menor cobertura da superfície a 
a e uma menor concentração de gotas/cm2. Normalmente não é possível reduzir muito 
e de calda aplicado com esse tipo de gota. 
otas menores são mais arrastadas pelo vento e apresentam grandes problemas com 
ão durante a aplicação, porém a cobertura do alvo e quantidade de gotas/ cm2 são 
ente altas (se as condições climáticas permitirem). 
a escolha da ponta, deve-se considerar a praga, o alvo que ela se encontra, o produto e 
o de ação e absorção. Sendo assim, para herbicidas aplicados em pré-emergência 
 no solo) ou herbicida sistêmico aplicado em pós-emergência, pode-se usar gotas 
 Se o herbicida for de contato e aplicado em pós-emergência, deve-se usar gotas 
, pois é necessário uma cobertura total do da folha. 
ipo de distribuição: 
penas cone ou leque não define se é para aplicar herbicida ou fungicida ou inseticida. 
buição é mais importante observar se a ponta é de jato que propicia a sua distribuição 
 a barra uniformemente (leque comum) ou se uma distribuição em faixas (leque 
). Os bicos leques são utilizados para aplicações em superfícies planas como solo, 
e milho, soja, etc. 
o caso do exemplo o bico TFVS-2 produz gotas grandes e padrão de distribuição 
.b) - Qual a vazão necessária de cada ponta? 
ara resolver esta questão, basta usar uma “regra de 3” ou aplicar a fórmula proposta para 
. 
azão da ponta (L/min)= (6 x 50 x 200)/60000 = 1 L/im 
Vazão da ponta (L/min) = veloc (km/h) x Esp. Bicos (cm) x volume de aplic. (L/ha)/60.000 
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Resposta a vazão do bico é de 1litro por minuto. 
 
2.c) - Qual a pressão de trabalho de uma determinada ponta? 
Na aplicação do herbicida, a ponta proposta é TFVS-2 e, como pode se observar, sua 
capacidade de vazão está entre 0,91 L/min (15 lb/pol2 ) a 1,29 L/min(30 lb/pol2 ). 
Resposta: Observando a tabela, vê-se que a pressão necessária está um pouco acima de 15 
lb/pol2 e um pouco abaixo de 22,5 lb/pol2, porém dentro da faixa de uso. Esse é o fator mais 
importante: dentro da faixa de uso. 
 
 
2.d) - A capacidade da bomba é suficiente? 
O valor da capacidade de vazão da bomba, só é verdadeiro se a rotação no eixo for de 540 
rpm. Para isto, o trator deverá estar na rotação determinada pelo fabricante. Neste caso, a rotação 
necessária do trator para se obter 540 rpm na PTO é de 1680 rpm. Assim, se trabalhar a uma 
rotação de 1400 rpm, como proposto no problema, por “regra de 3” tem-se: 
 
rpm no trator rpm na tomada de força 
1680 540 
1400 x = 450 rpm na PTO. 
 
É importante lembrar que, se a rotação no eixo da bomba (= a rotação da PTO) é de 450 
rpm, a bomba de pistão não poderá aplicar 120 L/min. Deve-se calcular capacidade real ou pelo 
menos tomar cuidado, pois isso pode ser um fator limitante na aplicação. 
Calculando a capacidade operacional dessa bomba,nas condições propostas pelo 
problema, tem-se: 
540 rpm 120 L/min 
450 rpm x = 100 L/min. 
Então, essa bomba, nessas condições, só aplica 100 L/min e não 120. 
Para saber se vazão da bomba é suficiente, deve-se calcular a vazão da barra. A vazão 
individual dos bicos = 1 L/min, tem-se o número de bicos na barra que é de 36. Então: a vazão 
total na barra é 36 x 1 = 36 L/min. Sabe-se que a bomba do equipamento, nas condições 
propostas, tem a capacidade de aplicar 100 L/min e que tecnicamente não se deve usar mais do 
que 60% do volume real deslocado, sendo que no máximo, pode-se usar até 80 %. Sendo assim, 
36 L é menos do que os 60% do que a bombadesloca. 
Resposta: Sim, a capacidade da bomba é suficiente. 
2.e) - Que tamanho de bomba é necessário? 
 Para as condições propostas, a bomba que joga 100 L/min é suficiente. 
 
2.f) - Qual a vazão individual de cada bico para que a capacidade máxima da bomba seja 
explorada? 
A bomba mencionada tem vazão de 100 L/min, então a capacidade máxima de uso é 80 
L/min (80%), sendo que a barra tem 36 pontas. Então: 80/36 = 2,22 L/min. 
Resposta: a vazão máxima de cada ponta poderá ser de 2,22 L/min. 
2.g) - Qual a velocidade ideal para ajustar uma aplicação, com um volume de calda de 
600 L/ha, com vazão individual dos bicos de 2,22 L/min? Pode-se resolver através da fórmula: 
 
 
 
2,22 L/min = veloc (km/h) x 50 cm x 600 (L/ha)/60000 = 4,44 km/h 
Resposta: a velocidade deverá ser de 4,44 km/h 
Vazão da ponta (L/min) = veloc (km/h) x Esp. Bicos (cm) x volume de aplic. (L/ha)/60.000 
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Outra maneira de resolver seria por “regra de 3”: 
Tem-se que a vazão individual dos bicos é de 2,22 L/min, então a vazão da barra em um 
minuto é de 79,92 L. Precisa-se calcular a área pulverizada em um minuto. Isso pode ser feito 
fazendo-se a relação: 
600 L pulveriza 1 ha ou 10000 m2 
79,92 L pulveriza x m2 = 1332 m2 
Usando a fórmula para calcular área pulverizada: 
 
 
 
1332 m2 = distância percorrida(m/min) x 18 m 
distância percorrida = 74 m/min = 4,4 km/h , neste caso a distância percorrida é igual a 
velocidade de aplicação. 
2.h) - Qual o volume de calda ideal para ajustar uma aplicação, para uma ponta de 
pulverização 110 02 a 40 lb/pol2 e velocidade de 6 km/h? 
A vazão da ponta 110 02 a 40 lb/pol2 = 0,76 L/min, pois um galão é igual a 
3,785 L/mim. 
Pode-se usar a mesma fórmula 
 
 
 
0,76 (L/min) = 6 km/h x 0,5 m x volume de aplicação (L/ha)/6000 
Volume de aplicação =152 L/ha 
Outra maneira de resolver é por regra de 3 
Vazão da barra em 1 minuto = 36 bicos x 0,76 L = 27,36 L/min 
 
 
 
Largura da faixa = 36 x 0,5 m =18 m 
Área pulverizada em 1 minuto = distância percorrida x faixa pulverizada 
Área pulv. = 100 m/min (6 km/h) x 18 m = 1800 m2 
Então, 
1800 m2 gasta 27,36 L 
10000 m2 gasta Y = 152 L/ha 
Resposta: O volume de calda deverá ser de 152 L/ha. 
 
2.i) - Quantos hectares são tratados por tanque de 2000 L, considerando o volume de 
aplicação de 152 L/ha. 
A resolução é por “regra de 3”: 
152 L pulveriza 1 ha 
2000 L pulveriza Y ha = 13, 16 ha 
Resposta: são tratados 13,16 ha com um tanque de 2000 L. 
 
2.k) - Qual a quantidade de herbicida a ser colocada no tanque? 
Seguindo o exemplo anterior, tem que a dose a ser aplicada é de 1 L/ha , assim também 
por “regra de 3” tem-se: 
1 ha coloca-se 1 L de herbicida 
13,16 ha coloca-se X = 13,16 L de herbicida por tanque de 2000 L. 
Outra maneira de resolver seria: 
152 L de calda coloca-se 1 L de herbicida 
área pulverizada(m2/min = distância percorrida (m/min) x largura da faixa (m) 
Vazão da ponta (L/min) = veloc (km/h) x Esp. Bicos (cm) x volume de aplic. (L/ha)/60.000 
Largura da faixa pulverizada = número de bicos x distância 
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2000 L calda coloca-se X = 13,16 L por tanque. 
Resposta: a quantidade de herbicida a ser colocada no tanque será de 13,16 litros. 
 
6. LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
1- Cultura do milho (aplicação em faixa de 0,5 m na linha do milho); herbicida - Gesaprin 
500 e Sanson 40 SC (produto comercial); dose – 2,0 kg/ha de atrazine e 40 g/ha de nicosulfuron 
(ingrediente ativo); espaçamento entre fileira de 1 m; barra com 6 bicos tipo leque 110 03E, 
espaçados entre si de 1,0 m; velocidade de aplicação de 0,833 m/seg; vazão por bico de 
0,8 L/min. 
Calcular: 
a) - Quantidade do produto comercial a ser colocado no depósito do pulverizador, de 
400 L. (Resposta: 5 L de Gesaprin e 1,25 L de Sanson). 
b) - Quantidade de cada herbicida a ser comprada para uma área de 50 alqueires. 
(1 alqueire = 2,4 ha), considerando a aplicação em faixa de 0,5 m na linha de plantio. (Resposta: 
240 L de Gesaprin e 60 L de Sanson). 
 
2 - Cultura : algodão; aplicação em pré-emergência; herbicida: Karmex 500 SC; dose: 
2,0 kg i.a/ha de diuron; barra com 20 bicos, tipo leque 110 03, cobrindo uma faixa de 10 m; 
vazão: 0,8 L/min/bico; 
Calcular: 
a) - A velocidade do trator para que seja colocado 5,0 L de Karmex no tanque de 
400 litros. (Resposta: 50 m/mim ou 3 km/h). 
a) - Quantos litros Karmex serão necessários para pulverizar 100 hectares? (Resposta: 
400 L de Karmex). 
 
3- Cultura do tomate; espaçamento = 1,0 m; herbicida : Sencor 480 (48% de metribuzin); 
dose = 0,48 L/ha do i.a; pulverizador costal 20 litros, barra com dois bicos 80 03 vs; velocidade 
de caminhamento de 1,0 m/seg. 
Calcular: 
a) - Vazão individual dos bicos, para que possa ser colocado 80 mL de Sencor por tanque 
de 20 litros do pulverizador. (Resposta: 0,75 L/min). 
 
4 - Cultura do café com 80000 plantas; espaçamento: 2 m x 4 m; aplicação em pós-
emergência de Roundup (360g/L de glyphosate); dose: 720 g i.a/ha; diâmetro médio das plantas 
de 1,6 m; Consumo: 10 litros na área teste (fora do cafezal) de 400m2. 
Calcular: 
a) - Quantidade do produto comercial a ser colocado no depósito de 20 litros do 
pulverizador costal. (Resposta:160 mL de Roundup/20 L) 
b) -Tempo gasto na aplicação total, sabendo-se que cada carga e aplicação (20 L) leva 
30 minutos. (Resposta: 300 horas). 
c) - A quantidade Roundup a ser comprada. (Resposta: 96 L) 
 
5 - Cultura do milho (aplicação em faixa de 0,4 m na linha do milho); herbicida: Primóleo 
(atrazina + óleo); dose: 6,0 L do p.c. /ha; depósito: 480 L; espaçamento de 1 m; barra: 5 bicos (1 
para cada linha); tempo do trator: 1 min. para percorrer 50 m; bico: 80.03E, trabalhando a 
pressão de 40 lb/pol2 ; 1 galão =3,785 L. 
Calcular: 
a) - Consumo de calda em L/ha. (Resposta: 570 L/ha se aplicação for em faixa de 40 cm) 
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Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 187 
b) - Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito do pulverizador. 
(Resposta: 5,05 L de Primóleo/480 L) 
c) - Quantidade a ser comprada para uma área de 30 alqueires, se a aplicação fosse 
realizada em faixa de 40 cm. (Resposta: 172,8 L de Primóleo) 
 
6 - Cultura: cana-de-açúcar no espaçamento de 1,4 m; herbicida: Sinerge SE (ametrine 
300g/L + clomazone 200 g/L); pulverizador: barra com 8 bicos 80.04 operando a 40 lb/pol2 ; 
Velocidade: 4,8 km/h; largura da faixa: 4 m; dose: 4 L do p.c./ha. 
Calcular: 
a) - Quantidade (PC) a ser colocada no depósito de 600 L do pulverizador. (Resposta: 
6,36 L de Sinerge). 
 
7) - Cultura: Café - espaçamento 4 m x 2 m, com diâmetro médio da copa de 1,6 m; Goal 
(240 g/L) em pós-emergência na entre linha; dose: 480 g do i.a/ ha; consumo de água: 10 L na 
área teste de 400 m2 (Dentro do cafezal). 
Calcular: 
a) - Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito de 20 L do pulverizador 
costal. (Resposta: 120 mL de Goal). 
b) - Quantidade de Goal necessária para o cafezal de 10000 plantas, sabendo-se que o 
diâmetro médio da saia do cafeeiro é de 1,6 m. (Resposta:12 L) 
c) -Tempo necessário para pulverizar o cafezal sabendo-se que gasta-se 30 min para 
abastecer e pulverizar um tanque. (Resposta: 50 horas) 
 
8) - Cultura do algodão; aplicação: Treflan (500 g do i. a/litro) em pré-plantio com 
incorporação; dose: 1,2 kg i.a/ha em solo argiloso; condições operacionais: barra com 20 bicos 
cobrindo uma faixa de 10 m; velocidadede operação: 6 Km/h; bicos 80.02; pressão de trabalho: 
40 lb/pol2 
Calcular: 
a) - A quantidade de produto comercial a ser colocada no depósito de 250 L.do 
pulverizador. (Resposta: 3,95 L) 
 
9) - Analise a situação e dê sua opinião técnica: O agricultor está aplicando 2,4-D em 
cana-de-açúcar próximo a área de algodão, com equipamentos nas seguintes condições: 20 
 bicos 110.01E na barra de 10 metros de largura; altura da barra = 80 cm; pressão de 80 lb/pol2; 
velocidade do trator 8 Km/h; vento 9 km/h e temperatura de 35 ºC. 
 
10) - Quantos quilogramas de um herbicida “A” deve ser aplicado em uma represa com 
350.000.000 litros de água, para se obter uma concentração de 10 ppm do referido herbicida, 
sabendo-se que o mesmo tem 50% de i.a? (Resposta: 3500 kg do i.a ou 7000 kg do produto 
comercial). 
11) - Deseja-se aplicar 1,5 L/ha de Roundup (p.c) numa cultura de café novo (recém 
implantado). O espaçamento é de 3,6 x 1,0 m. A faixa de 1,2 m em cima da linha de plantio do 
café será controlada mecanicamente, pois o café não tolera o herbicida na folha. No restante da 
área (2,4 m de largura), as plantas daninhas serão controladas com Roundup, que será aplicado 
com o bico espuma (faixa de 1,2 m, se trabalhar à uma altura de 50 cm) para evitar deriva. 
Calcular: 
a) – Qual deverá ser a vazão do bico, em litros por minuto, para que possa ser colocado 
no tanque do pulverizador costal de 20 litros 300 mL de Roundup, sabendo-se que a velocidade 
de caminhamento do aplicador seja de 41,7 m/min. (Resposta:0,5 L/min) 
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b) - Quantos litros de Roundup serão necessários para pulverizar 5 hectares da lavoura de 
café nas condições acima mencionadas. (Resposta: 5 L de Roundup) 
 
12) - Deseja-se aplicar 1,5 L/ha de Goal (p.c) numa cultura de café novo (recém 
implantado). O espaçamento é de 3,6 x 1,0 m. A faixa de aplicação será de 1,2 m em cima da 
linha das plantio de café. No restante da área as plantas daninhas não serão controladas para 
evitar erosão. O bico Turbo Floodjet cobre uma faixa de 1,2 m se trabalhar à uma altura de 
50 cm. 
Calcular: 
a) - Qual deverá ser a velocidade de caminhamento do aplicador para que possa ser 
colocado no tanque do pulverizador costal de 20 litros 300 mL de Goal, sabendo-se que a vazão 
do bico Turbo Floodjet é de 0,5 L/min. (Resposta: 41,7 m/mim) 
b) - Quantos litros de Goal serão necessários para pulverizar 5 hectares de café, nas 
condições acima mencionadas.(Resposta: 2,5 L de Goal) 
 
13) - Deseja-se aplicar Fusilade na cultura do feijão. A dose recomendada é de 1,5 L/ha. 
O pulverizador tem um tanque de 400 litros, com uma barra de 18 bicos 110 03, espaçados de 
50 cm. A velocidade de caminhamento do trator será de 1 m/seg e vazão média dos bicos será 
de 0,5 L/min. 
Calcular: 
a) - Qual deverá ser a quantidade de Fusilade a ser colocada por tanque de 400 litros. 
(Resposta: 3,6 L/tanque) 
 
LITERATURA CITADA 
 
COSTA, J.J.; MARGHERITS, A.E.; MARISCO, D.J. Introducción a la terapeutica vegetal. 
Hemisfério Sur, Buenos Aires, 1974. 533p. 
COURSHEE, R.J. Application and use of foliar fungicides. TORGESON, D.C. ed. Fungicide- 
An advance treatise. Academic Press, N. York, 1967. p.239-86. 
HIMEL, C.M. Analytical methodology in ULV. In: SYMPOSIUM ON PESTICIDE 
APPLICATION BY ULV METHODS, Cranfield, 1974. Proccedings, p.112-9 (BCPC 
Monograph 111). 
JOHNSTONE, D.R.; JOHNSTONE, K.A. Aerial spraying of cotton in Swaziland. PANS, 
23(1):13-26, 1977. 
MATTHEWS, J.A. Pesticide application methods. London, Longman, 1979. 334p. 
MATUO, T; PIO, L.C; RAMOS, H.H; FERREIRA, L.R. Tecnologia de aplicação e 
equipamentos. In: ABEAS - Curso de proteção de plantas. Módulo 2. Brasília, DF: 
ABEAS; Viçosa, MG: UFV; 2001. 85p. 
SPRAYING SYSTEMS CO. Produtos de pulverização para agricultura – Catálogo 46M-
BR/P. 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERREIRA, L.R., SILVA, A.A., FERREIRA, F.A. Biologia e Controle de Plantas Daninhas 
 
Tecnologia de Aplicação de Herbicidas 189 
GLOSSÁRIO 
 
Alelo: forma alternativa de um gene. Um gene é formado por um par de alelos. Ex.: AA, 
Aa, aa 
Biótipo: grupo de indivíduos com o mesmo genótipo. 
Códon: trinca de bases no DNA ou RNA que codifica um aminoácido. 
Cromossomo: estrutura nuclear constituída de uma hélice dupla de DNA, que contém os 
genes. 
DNA: ácido desoxirribonucléico; hélice dupla de bases purinas (adenina e guanina) e 
bases pirimidinas (citosina e timina), mantidas emparelhadas por ligações do tipo fosfato-
desoxirribose. 
Dominância: interação intra-alélica que faz com que um alelo se expresse quando em 
heterozigose, excluindo a manifestação do seu alelo alternativo. 
Duplicação: ocorrência dupla de um segmento do cromossomo no conjunto haplóide. 
Fenótipo: características de um organismo, determinadas pelas interações de sua 
constituição genética e o ambiente; aparência de um indivíduo. 
Freqüência gênica: proporção em que aparecem, em uma população, os alelos 
alternativos de um gene. 
Gene: unidade física e funcional da hereditariedade que codifica uma proteína funcional 
ou molécula de RNA; segmento cromossômico, plasmídio ou molécula de DNA contendo 
regiões precedendo e seguindo a região codificadora. 
Genótipo: constituição genética total de um organismo. 
Herança citoplasmática: transmissão de caracteres hereditários pelo citoplasma, em 
contraste com a transmissão por meio dos genes nucleares. Herança extra-cromossômica. 
Mecanismo de ação herbicida: é a primeira reação bioquímica ou biofísica que provoca 
a morte da planta ou ação final do produto. 
Mutação: variação herdável de um gene ou de uma estrutura de um cromossomo. 
Mutagênico: capacidade de causar alterações genéticas. 
Polimerase: grupo de enzimas que catalisam a formação do DNA ou RNA a partir de 
precursores, na presença de moldes de DNA e RNA. 
População: grupo de indivíduos de uma espécie que compartilham de um mesmo grupo 
de genes. 
Recessivo: alelo que não se expressa na presença do alelo dominante. 
Replicação: duplicação da fita do DNA. 
RNAm (RNA mensageiro): RNA transcrito de um gene que especifica a síntese de uma 
proteína. 
Seleção: favorecimento de determinados indivíduos em relação a outros. 
Tradução: síntese de um polipeptídio cuja seqüência de aminoácidos é estabelecida pelo 
códon do RNAm correspondente. 
Transcrição: processo pelo qual a informação genética é transmitida do DNA para o 
RNAm.

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