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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ADAM UTRI MATHEUS CHIQUETTO KAVA PRISCILA MACEDO MOREIRA GERADOR DE VAN DER GRAFF E LINHAS DE CAMPO ELÉTRICO RELATÓRIO FÍSICA III GUARAPUAVA 2017 2 ADAM UTRI MATHEUS CHIQUETTO KAVA PRISCILA MACEDO MOREIRA GERADOR DE VAN DER GRAFF E LINHAS DE CAMPO ELÉTRICO Relatório apresentado como requisito parcial à obtenção de nota avaliativa na disciplina de Física III do curso de Engenharia Civil, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Guarapuava. Orientador: Prof.ª Dra. Aline Milan Farias GUARAPUAVA 2017 3 1. Objetivos Identificar os processos de eletrização em um gerador Van der Graaff e observar as linhas de campo elétrico em torno de corpos eletrizados. 2. Introdução O gerador de Van der Graaff é uma máquina fundamentada em conceitos eletrostáticos. Figura 1 - Componentes de um gerador de Van der Graaff (FERREIRA, 2014). Quando o gerador é ligado, o motor produz uma rotação no rolete inferior, que movimenta a correia. Esta produz eletrização por atrito em contato com um material condutor. As cargas são transferidas para a cúpula, o que resulta em uma superfície eletrizada negativamente. Depois de desligado o gerador, a superfície deve ser descarregada. 3. Materiais e Métodos Os Materiais utilizados no experimento foram: Gerador de Van der Graaff; Papel alumínio; Régua; Tesoura; Fita adesiva; 4 Bastão (com uma extremidade condutora e outra isolante); Cabos condutores; Peças metálicas; Recipiente acrílico; Óleo; Fubá. O primeiro procedimento foi realizado utilizando-se o Gerador de Van der Graaff, o papel alumínio, a régua, a tesoura, a fita adesiva, uma estrutura metálica e o bastão. Primeiramente cortamos duas tiras do papel alumínio, com dimensões de 1,0 cm de largura e 25 cm de altura. Dobramos as duas tiras, juntando as extremidades da altura. Com a fita adesiva, fixamos a extremidade dobrada de uma das tiras de alumínio na superfície do gerador. Quando o gerador foi ligado, pudemos observar as extremidades da tira se afastando uma da outra, e ambas se afastando do gerador. Desligamos o gerador e descarregamos a superfície. Depois instalamos uma peça metálica com um gancho na ponta. Neste gancho colocamos as duas tiras de alumínio dobradas, uma por cima da outra. Quando o gerador foi ligado, pudemos observar as quatro extremidades se afastando umas das outras, e todas se afastando da superfície. Novamente, com o gerador desligado, descarregamos a cúpula. Posteriormente, experimentamos ligar o gerador enquanto uma pessoa tocava na superfície. A pessoa tinha cabelos longos, e quando o gerador foi ligado pudemos observar um leve afastamento dos fios. Então, outra pessoa experimentou tocar na pessoa que tocava o gerador, não pudemos observar nada. O gerador foi desligado e a superfície descarregada. Na segunda etapa do experimento, utilizou-se o gerador, os cabos condutores, as outras peças metálicas, o recipiente acrílico, o óleo e o fubá. Colocamos o óleo no recipiente. Depois escolhemos as peças metálicas conforme orientação e montamos primeiro uma combinação de duas peças no recipiente com óleo. Instalamos os cabos no gerador e nas peças metálicas, de modo que uma peça ficou carregada positivamente e outra, negativamente. Quando ligamos o gerador, soltamos uma pitada de fubá para simular partículas neutras. Ao entrar em contato com o óleo e com as estruturas metálicas carregadas, as partículas de fubá desenharam as linhas do campo elétrico no 5 óleo. Repetimos o mesmo procedimento para outras sete combinações de peças metálicas. Ao finalizar o experimento, depois que o gerador já estava desligado, descarregamos a superfície do gerador. 4. Resultados e Discussões Quanto ao primeiro experimento, foi observado o afastamento das tiras de alumínio, esse fenômeno ocorre pela propriedade de acúmulo de cargas em pontas ou estreitamentos. Como as tiras de alumínio possuem uma espessura muito inferior ao da cúpula do gerador, as cargas acabavam se acumulando em sua extremidade, logo como ambas extremidades das tiras apresentavam cargas com o mesmo sinal, existia uma força eletrostática que realizava o afastamento das tiras, até entrarem em equilibrio com a força da gravidade, que atraia ambas para baixo. De modo semelhante, como os pêlos e cabelos possuem uma espessura muito inferior ao resto do corpo, eles apresentam um acúmulo de cargas que acabam se repelindo, arrepiando os cebelos. Uma outra observação importante é, que devido à umidade excessiva, o gerador não apresentou a sua capacidade de eletrização máxima, pordendo carga para as moléculas de água que entraram em contato com ele, reduzindo assim drasticamente os efeitos da eletrização. O segundo experimento propunha a observação das linhas de campo em diversas situações, a interação entre dois polos eletroestáticos alinhavam as partículas de fubá em diversas configurações propiciando a vizualização. Como as partículas de fuba contém cargas eletricas minúsculas, elas interagem com campos eletricos, e se acomodam em regiões onde adquirem maior estabilidade. Nesse caso, a viscosidade do óleo e a agitação das partículas que tocavam os polos, acabavam por não propiciar uma vizualisação perfeita dos campos, mas mesmo assim, foi possivel observar os padrões gerados. Dentre diversas combinações diferentes, cada uma apresentou um resultado diferente, por vezes apenas alterando o sentido do campo, e com base nas observações, foram feitas representações gráficas de cada experimento: 6 Figura 3 - Dipolo com cargas opostas Figura 4 - Anel carregado e carga pontual Figura 2 - Dipolo com cargas de mesmo sinal 7 Figura 5 - Carga pontual e Anel carregado Figura 6 - Anéis carregados Figura 7 - Anel carregado, anel neutro e carga pontual Figura 8 - Placas carregadas 8 5. Conclusão Com os experimentos realizados no laboratório de Física da UTFPR-GP, pode-se concluir que mesmo não sendo possível de visualizar as cargas elétricas do gerador de Van der Graff, é perceptível a sua presença ao ver as tiras de papel alumínio se afastando e também pelo contato. O dia úmido prejudicou a percepção da troca de cargas entre superfícies com potenciais diferentes, representadas pela pessoa que encostou na outra, enquanto a segunda pessoa encostava no gerador. Mas com isso pudemos concluir que o ar com alto teor de umidade é condutor. Através de uma configuração simples conseguiu-se visualizar a formação das linhas equipotenciais dos campos elétricos gerados. Notou-se o seu comportamento diante de cada mudança estabelecida através da troca de configuração e disposição dos materiais usados nos experimentos. Portanto, pode-se comprovar que as linhas de força são sempre perpendiculares às superfícies metálicas dos eletrodos, pois as linhas demonstram o trajeto do campo elétrico de um eletrodo ao outro formando um “caminho” para a circulação da corrente elétrica, constatou-se assim, a existência do campo elétrico e fez-se o seu mapeamento com o auxílio da farinha de milho sobre o óleo. Através da aplicação de um campo elétrico é que as cargas positivas e negativas se deslocam, buscando um alinhamento na direção das linhas de força do campo em uma formação, por esta razão é que as partículas de farinha de milho se alinham quandoenergizados os eletrodos (HALLIDAY, 2013). 6. Bibliografia FERREIRA, Rafael Cintra Hensel. Multiplicador de tensão utilizando capacitores. 2014. Relatório Final. Unicamp. Disponível em: http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F609_2 014_sem2/Rafael_Varlei_RF2.pdf. Acesso em: 28/03/2017. HALLIDAY, D., Resnick, R., Fundamentos de física, 9ª ed., vol. 3, Rio de Janeiro: LTC, 2013, pp. 0138.
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