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MANUAL DE ORIENTAÇÃO Lei Federal nº 13019/2014 MANUAL DE GESTÃO DE PARCERIAS VOLUNTÁRIAS ENVOLVENDO OU NÃO REPASSE DE RECURSOS FINANCEIROS Rogério Luciano Pacheco Prefeito Municipal de Concórdia Edilson Massocco Vice-Prefeito Marciano Coradi Auditor Interno Este Manual é uma publicação da Auditoria Geral do Município. 1ª edição, maio de 2017. 03 APRESENTAÇÃO O presente Manual foi elaborado com base no texto do Manual publicado pela Controladoria Geral do Município de Vitória, Espírito Santo, publicado em agosto de 2016. A Lei Federal n.º 13.019/2014 e alteração, trouxe diver-sas inovações para a realização das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos nanceiros, entre a Administração Pública e as Organizações da Sociedade Civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de nalidades de interesse público. Tratando a mencionada Lei de tema novo às Entidades e à Administração Municipal, a m de cumprir o disposto no art. 63, § 1°, da Lei 13.019/2014 e alteração, a Auditoria Geral do Município de Concórdia, conjuntamente com a Assessoria Jurídica e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Cidadania e Habitação, realizou adaptações no Manual editado pela Controladoria Geral do Município de Vitoria, ES, a m de cumprir também, a Legislação do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina. O presente Manual, servirá de material de apoio e de consulta rápida para os servidores públicos municipais e às Organizações da Sociedade Civil que venham a celebrar parcerias com a Administração Pública Municipal. Os anexos constantes neste manual poderão ser atualizados conforme alterações da Legislação aplicada. Os modelos de documentos apresentados nos anexos são exemplicativos, podendo ser alterados conforme as especicidades de cada parceria, observado o disposto na Lei Federal n.º 13.019/2014 e alterações posteriores e na Instrução Normativa IN.TC 14/2012 do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina. 04 MUNICÍPIO DE VITÓRIA, ESPIRITO SANTO. Controladoria Geral. 1ª edição – Agosto/2016.dispovível em http://sistemas.vitoria.es.gov.br/docOficial/operacoes/exibirDocumento.cfm?cod=11286. Acessado em: mai. de 2017. 05 SUMÁRIO CONCEITOS MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS PELO ADMINISTRADOR PÚBLICO ANTES DA CELEBRAÇÃO DAS PARCERIAS DA PUBLICIDADE E TRANSPARÊNCIA DO PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EXIGÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL PODEREM CELEBRAR PARCERIAS COM O MUNICÍPIO Dos Requisitos: Da Documentação para a celebração da parceria. Documentos complementares para realização de obras e serviços de adequação do espaço físico necessário para a execução do Projeto: Requisitos para Atuação em Rede. REQUISITOS A SEREM OBSERVADOS PELO MUNICÍPIO PARA REALIZAR PARCERIAS DAS VEDAÇÕES DA COMISSÃO DE SELEÇÃO DOS REQUISITOS PARA SELEÇÃO DO CHAMAMENTO PÚBLICO QUANDO O CHAMAMENTO PÚBLICO PODERÁ SER DISPENSADO OU NÃO SER EXIGIDO DO PLANO DE TRABALHO DA LIBERAÇÃO, APLICAÇÃO, MOVIMENTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS Da Movimentação Financeira. Da Movimentação Financeira entre Organização da Sociedade Civil e Prestadores de Serviços e Fornecedores: Dos orçamentos para o alcance do objeto proposto: ORIENTAÇÕES GERAIS Dos Comprovantes das Despesas Realizadas. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS Recibo de Pagamento de Salário/ Contracheques Nota Fiscal de serviço avulsa: 08 12 13 14 15 15 16 18 19 19 21 23 24 25 27 28 30 31 33 33 34 34 37 37 37 Recibo de Pagamento à Autônomo – RPA 37 06 SUMÁRIO Despesas com Capacitação de prossionais (cursos, seminários, palestras) ou contratação de outros serviços de terceiros; Despesas com Aluguéis Despesas com Transporte Combustíveis, lubricantes e consertos de veículos Comprovante de Qualicação Prossional. Anotação de Responsabilidade Técnica ou Registro de Responsabilidade Técnica Demais documentos DOS BENS DO ACOMPANHAMENTO E DA FISCALIZAÇÃO São atribuições do Gestor: DAS DESPESAS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DA ANÁLISE DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS: Das Irregularidades, Glosas e Devoluções. Do Arquivo e da Documentação DOS PRAZOS Relação de Parcerias Celebradas com o Município: Prorrogação de Prazo: Prorrogação de Ofício: Prestação de Contas Noticação e Saneamento de Irregularidade em Prestação de Contas: Apreciação da Prestação de Contas: Publicação da Justicativa da Dispensa ou Inexigibilidade: Impugnação à Justicativa da Dispensa ou Inexigibilidade: Devolução de Recursos: Pesquisa de Satisfação: Rescisão da Parceria: Prescrição de Penalidade Guarda de Documentos: 38 39 39 39 39 40 40 40 42 44 46 48 51 54 55 55 55 56 56 56 56 56 57 57 57 57 58 58 58 07 SUMÁRIO 58Adequação de Parcerias Anteriores à Lei nº 13.019/2014: DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL DAS SANÇÕES ANEXOS: Anexo I: Passo a passo da Administração, para Formalização do Termo de Fomento/ Colaboração/ Acordo de Cooperação; Anexo II: Passo a passo para a prestação de Contas; Anexo III: Ordem da Documentação na prestação de contas apresentada pela Organização da Sociedade Civil; Anexo IV: Relação da documentação necessária para formalização da parceria; Anexo V: Modelo Plano de Trabalho Anexo VI: Relatório de Execução Financeira Anexo VII: Relatório de Execução do Objeto; Anexo XIII: Ofício de Encaminhamento; Anexo IX: Modelo Parecer Conselho Fiscal; Anexo X: Modelo Balancete; Anexo XI: Modelo Conciliação Bancária; Anexo XII: Modelo de Termo de Recebimento Denitivo; Anexo XIII: Modelo Termo Homologação; Anexo XIV: Modelo Relatório Técnico de Monitoramento e Avaliação; Anexo XV: Parecer Técnico Fundamentado de Prestação de Contas De Termo De Colaboração/Fomento; Anexo XVI: Modelo de Carimbo a ser aposto em todos os Documentos de Despesa 59 60 61 63 69 71 73 76 79 80 82 83 84 85 87 86 88 89 91 Referências Bibliográcas 92 08 1. CONCEITOS 1.1. Organização da Sociedade Civil – OSC: 1.1.1. Entidade privada sem ns lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva; 1.1.2. As sociedades cooperativas previstas na Lei nº 9.867, de 10 de novembro de 1999; as integradas por pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas por programas e ações de combate à pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas para fomento, educação e capacitação de trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural; e as capacitadas para execução de atividades ou de projetos de interesse público e de cunho social; 1.1.3. As organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos de interesse público e de cunho social distintas das destinadas a ns exclusivamente religiosos. 1.2. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP: Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público são Organizações não Governamentais – ONGS, criadas por iniciativa privada, que obtêm um certicadoemitido pelo Ministério da Justiça ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria. A lei que regula as OSCIP's é a nº 9.790, de 23 março de 1999. 1.3. Administração Pública: União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público, e suas subsidiárias, alcançadas pelo disposto no § 9º do artigo 37 da Constituição Federal. 1.4. Parceria: Conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação jurídica estabelecida formal- mente entre a administração pública e OSC, em regime de mútua cooperação, para a consecução de nalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto expres- sos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação. 1.5. Atividade: Conjunto de operações que se realizam de modo contínuo ou permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à satisfação de interesses compartilhados pela administração pública e pela OSC. 1.6. Projeto: Conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto destinado à satisfação de interesses compartilhados pela administração pública e pela OSC. 1.7. Termo de Colaboração: Instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administra- ção pública com OSC, para a consecução de nalidades de inte- resse público e recíproco, propostas pela administração pública, que envolvam a transferência de recursos nanceiros. 1.8. Termo de Fomento: Instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com OSC, para a consecução de nalidades de interesse público e recíproco, propostas pelas OSC, que envolvam a transferência de recursos nanceiros. 1.9. Acordo de Cooperação: Instrumento pelo qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com OSC, para a consecução de nalidades de interesse público e recíproco, que não envolvam a transferência de recursos nan- ceiros. 09 10 1.10. Chamamento Público: Procedimento destinado a selecionar OSC para rmar parceria por meio de termo de colaboração ou de fomento, no qual se garanta a observância dos princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 1.11. Termo Aditivo: Instrumento que tem por objetivo a modicação do instrumento de parceria celebrado, vedada a alteração do objeto aprovado. 1.12. Plano de Trabalho: Será parte integrante e indis- sociável a qualquer modalidade de parceria, que conterá toda a informação necessária à boa execução da parceria, com a apli- cação eciente dos recursos públicos. Fundamental para o pla- nejamento, scalização e análise das prestações de contas. 1.13. Dirigente: Pessoa que detenha poderes de adminis- tração, gestão ou controle da OSC, habilitada a assinar termo de colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação com a administração pública para a consecução de nalidades de interesse público e recíproco, ainda que delegue essa competência a terceiros. 1.14. Administrador Público: Agente público revestido de competência para assinar termo de colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação com OSC para a consecução de nalidades de interesse público e recíproco, ainda que delegue essa competência a terceiros. 1.15. Gestor: Agente público responsável pela gestão de parceria celebrada, designado por ato publicado em meio ocial de comunicação, com poderes de controle e scalização. 1.16. Conselho de Política Pública: Órgão criado pelo poder público para atuar como instância consultiva, na respectiva área de atuação, na formulação, implementação, acompanhamen- to, monitoramento e avaliação de políticas públicas. 11 1.17. Comissão de Seleção: Órgão colegiado destinado a processar e julgar chamamentos públicos, constituído por ato publicado em meio ocial de comunicação, assegurada a participação de pelo menos um servidor ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da administração pública. 1.18. Comissão de Monitoramento e Avaliação: Órgão colegiado destinado a monitorar e avaliar as parcerias celebradas com OSC, constituído por ato publicado em meio ocial de comunicação, assegurada a participação de pelo menos um servidor ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da administração pública. 1.19. Bens Remanescentes: Os de natureza permanente adquiridos com recursos nanceiros envolvidos na parceria, necessários à consecução do objeto, mas que a ele não se incorporam. 1.20. Prestação de Contas: Procedimento em que se analisa e se avalia a execução da parceria quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade, economicidade, eciência e ecácia, pelo qual seja possível vericar o cumprimento do objeto da parceria e o alcance das metas e dos resultados previstos, compreendendo 2 (duas) fases: 1.21. Apresentação das contas, de responsabilidade da OSC: 1.21.1. Análise e manifestação conclusiva das contas, de responsabilidade da administração pública, sem prejuízo da atuação dos órgãos de controle. 1.22. Improbidade Administrativa: A improbidade é uma prática desonesta, que denota mau caráter e caminha contra a hon- radez, a boa-fé, a integridade, o bom caráter e a lisura. A improbi- dade administrativa é a ocorrência de atos ilícitos praticados por agentes públicos que passam a agir sem a observância da lei, da moral e dos costumes, como por exemplo, agir negligentemente na celebração, scalização e análise das prestações de contas de par- cerias rmadas pela administração pública com entidades privadas. 12 1.23. Tomada de Contas Especial: A Tomada de Contas Especial é um instrumento de que dispõe a administração pública para buscar o ressarcimento de eventuais prejuízos que lhe forem causados, sendo o processo revestido de rito próprio e instaurado somente depois de esgotadas as medidas administrativas para reparação do dano. 1.23.1. O TCE tem como base a conduta do agente público que agiu em descumprimento à lei ou daquele que, agindo em nome de um ente público, deixou de atender ao interesse público. Essa conduta se dá pela não apresentação das contas (omissão no dever de prestar contas) ou pelo cometimento de irregularidades na gestão dos recursos públicos, causando o dano ao erário. 1.24. Convênio: Em conformidade com o artigo 3º combinado com o parágrafo único do artigo 84 da Lei 13.019/2014, só será celebrado entre entes federados da administração pública ou pessoas jurídicas à eles vinculadas (administração pública: União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autar- quias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público, e suas subsidiárias, alcançadas pelo disposto no § 9° do artigo 37 da Constituição Federal;) e as entidades lantrópicas e as sem ns lucrativos da área de saúde (§ 1º do artigo 199 da Constituição Federal). 2. MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS PELO ADMINIS- TRADOR PÚBLICO ANTES DA CELEBRAÇÃO DAS PARCERIAS 2.1. O Administrator deverá considerar, obrigatoriamen- te, antes de efetuar a parceria, a capacidade operacional da Administração Pública para celebrar a parceria, cumprir as obri- gações dela decorrentese assumir as respectivas responsabi- lidades e as propostas de parceria com o rigor técnico necessário. 2.2. A Administração pública designará gestores habilitados a controlar e scalizar a execução em tempo hábil e de modo ecaz. 13 3. DA PUBLICIDADE E TRANSPARÊNCIA 3.1. A administração pública deverá manter, em seu sítio ocial na internet, a relação das parcerias celebradas e dos respectivos planos de trabalho, até cento e oitenta dias após o respectivo encerramento. 3.2. A OSC deverá divulgar na internet e em locais visíveis de suas sedes sociais e dos estabelecimentos em que exerça suas ações todas as parcerias celebradas com a administração pública. 3.3. Informações que devem ser publicadas: 3.3.1. data de assinatura e identicação do instrumento de parceria e do órgão da administração pública responsável; 3.3.2. Nome da OSC e seu número de inscrição no Cadas- tro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ da Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB; 3.3.3. Descrição do objeto da parceria; 3.3.4. Valor total da parceria e valores liberados, quando for o caso; 3.3.5. Situação da prestação de contas da parceria, que deverá informar a data prevista para a sua apresentação, a data em que foi apresentada, o prazo para a sua análise e o resultado conclusivo; 3.3.6. Quando vinculados à execução do objeto e pagos com recursos da parceria, o valor total da remuneração da equipe de trabalho, as funções que seus integrantes desempenham e a remuneração prevista para o respectivo exercício. 3.4. A administração pública deverá divulgar pela internet os meios de representação sobre a aplicação irregular dos recursos envolvidos na parceria. 14 3.5. A administração pública divulgará, na forma de regulamento, nos meios públicos de comunicação por radiodifusão de sons e de sons e imagens, campanhas publicitárias e programações desenvolvidas por OSC, no âmbito das parcerias previstas nesta Lei, mediante o emprego de recursos tecnológicos e de linguagem adequados à garantia de acessibilidade por pessoas com deciência. 4. DO PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL 4.1. Instrumento por meio do qual a OSC, poderá apresentar propostas ao poder público para que este avalie a possibilidade de realização de um chamamento público objetivando a celebração de parceria. 4.2. A proposta a ser encaminhada à Administração Pública deverá atender aos seguintes requisitos: 4.2.1. Identicação do subscritor da proposta; 4.2.2. Indicação do interesse público envolvido; 4.2.3. Diagnóstico da realidade que se quer modicar, aprimorar ou desenvolver e, quando possível, indicação da viabilidade, dos custos, dos benefícios e dos prazos de execução da ação pretendida. 4.3. A administração pública deverá tornar pública a proposta em seu sítio eletrônico e, vericada a conveniência e oportunidade para realização do Procedimento de Manifestação de Interesse Social, o instaurará para oitiva da sociedade sobre o tema. 4.4. A realização do Procedimento de Manifestação de Interesse Social não implicará necessariamente na execução do chamamento público, que acontecerá de acordo com os interesses da administração caso entenda conveniente a formalização de parceria. 15 4.5. A proposição ou a participação no Procedimento de Manifestação de Interesse Social não impede a OSC de participar no eventual chamamento público subsequente. 4.6. É vedado condicionar a realização de chamamento público ou a celebração de parceria à prévia realização de Procedimento de Manifestação de Interesse Social. 5. EXIGÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL PODEREM CELEBRAR PARCERIAS COM O MUNICÍPIO 5.1 Dos Requisitos: 5.1.1. Para celebrar as parcerias previstas nesta Lei, as OSC deverão ser regidas por normas de organização interna que prevejam, expressamente: 5.1.1.1. Objetivos voltados à promoção de atividades e nalidades de relevância pública e social (dispensado para as organizações religiosas e as sociedades cooperativas); 5.1.1.2. Que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido seja transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos da Lei nº 13.019/2014 e alterações e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta; 5.1.1.3. Escrituração de acordo com os princípios fun- damentais de contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade (dispensado para as organizações religiosas e as sociedades cooperativas); 5.1.1.4. Possuir: 5.1.1.4.1. No mínimo um ano de existência, com cadastro ati- vo, comprovados por meio de documentação emitida pela Secre- taria da Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, admitida a redução desse prazo por ato especíco na hipótese de nenhuma organização atingi-lo; 16 5.1.1.4.2. Experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante; 5.1.1.4.3. Instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas. 5.1.2. Na celebração de acordos de cooperação, somente será exigido que a OSC tenha objetivos estatutários voltados à promoção de atividades e nalidades de relevância pública e social. 5.1.3. As sociedades cooperativas deverão atender: 5.1.3.1. Às exigências previstas na legislação especíca; 5.1.3.2. Ter escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade (dispensado para as organizações religiosas). 5.2. Da Documentação para a celebração da parceria: 5.2.1. Solicitação ao dirigente máximo da Unidade Administrativa concedente; 5.2.2. Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas; 5.2.3. Comprovante de endereço da entidade e do seu representante legal; 5.2.4. Cópia autenticada do RG e do CPF do presidente da entidade ou do ocupante de cargo equivalente; 5.2.5. Cópia do estatuto e de suas alterações, devidamente registrados no cartório competente ou, tratando-se de sociedade cooperativa, certidão simplicada emitida por junta comercial; 5.2.6. Cópia autenticada da ata da última assembleia que elegeu o corpo dirigente da entidade, registrada no cartório competente; 5.2.7. Cópia do alvará de funcionamento fornecido pela Prefeitura Municipal; 5.2.8. Atestado de funcionamento fornecido pelo Conselho Municipal ou órgão de scalização com jurisdição sobre a entidade do município a que pertencer a entidade, com data de emissão não superior a doze meses; 5.2.9. Comprovante de abertura de conta corrente vinculada ao projeto; 5.2.10. Plano de trabalho devidamente preenchido e assinado pelo representante legal da entidade interessada; 5.2.11. Certicação de entidade benecente de assistência social, emitida por Conselho de Assistência Social, nos termos da legislação, se for o caso; 5.2.12. Cópia da Lei de utilidade pública, quando exigida pela legislação da concedente; 5.2.13. Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União, que abrange inclusive as contribuições sociais; 5.2.14. Certicado de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – CRF; 5.2.15. Certidão Negativa de débitos municipais; 5.2.16. Relatório de atividades desenvolvidas nos últimos doze meses; 17 5.2.17. Prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos do artigo 29, inciso V, da Lei nº 8.666/93,quando envolver o pagamento de pessoal com os recursos pretendidos; 5.2.18. Relação nominal atualizada dos dirigentes da enti- dade, com endereço, número e órgão expedidor da carteira de identidade e número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF da Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB de cada um deles. 5.2.19. Declarações previstas no art. 39 da Lei 13.019/2014 e alterações. 5.3. Documentos complementares para realização de obras e serviços de adequação do espaço físico necessário para a execução do Projeto: 5.3.1. Certidão emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis comprovando a propriedade plena do imóvel com data não superior a trinta dias, nos casos em que o repasse tiver como objeto a execução de obras e serviços de adequação do espaço físico necessária à execução do projeto, inclusive para a contratação de projeto arquitetônico; 5.3.2. Licença ambiental prévia e, se for o caso, outras licenças expedidas pelos órgãos ambientais competentes, quando o contrato envolver obras, instalações ou serviços que exijam estudos ambientais, conforme previsto na legislação federal e estadual aplicável; 5.3.3. Alvarás de licença necessários à realização de obras, expedidos pelos órgãos municipais competentes; 5.3.4. Registro fotográco da situação por ocasião do pedido, em se tratando de reforma, supressão ou acréscimo; 18 5.3.5. Projeto básico, conforme denido na Lei Federal sobre licitações e contratos, que poderá ser dispensado pela autoridade competente no caso de objeto padronizado. 5.4. Requisitos para Atuação em Rede: 5.4.1. É permitida a atuação em rede, por duas ou mais OSC, mantida a integral responsabilidade da organização celebrante do termo de fomento ou de colaboração, desde que a OSC signatária do termo de fomento ou de colaboração possua: 5.4.1.1. Mais de cinco anos de inscrição no CNPJ; 5.4.1.2. Capacidade técnica e operacional para supervisionar e orientar diretamente a atuação da organização que com ela estiver atuando em rede. 5.4.2. A OSC que assinar o termo de colaboração ou de fomento deverá celebrar termo de atuação em rede para repasse de recursos às não celebrantes, cando obrigada a, no ato da respectiva formalização: 5.4.2.1. Vericar, nos termos do regulamento, a regularidade jurídica e scal da organização executante e não celebrante do termo de colaboração ou do termo de fomento, devendo comprovar tal vericação na prestação de contas; 5.4.2.2. Comunicar à administração pública em até sessenta dias a assinatura do termo de atuação em rede. 6. REQUISITOS A SEREM OBSERVADOS PELO MUNICÍPIO PARA REALIZAR PARCERIAS 6.1. A celebração e a formalização das parcerias dependerão da adoção das seguintes providências pela administração pública: 6.1.1. Realização de chamamento público, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei nº 13.019/2014 e suas alterações; 19 20 6.1.2. Indicação expressa da existência de prévia dotação orçamentária para execução da parceria; 6.1.3. Demonstração de que os objetivos e nalidades institucionais e a capacidade técnica e operacional da OSC foram avaliados e são compatíveis com o objeto; 6.1.4. Aprovação do plano de trabalho, a ser apresentado nos termos do item 12 deste manual; 6.1.5. Emissão de parecer de órgão técnico da administra- ção pública, que deverá pronunciar-se, de forma expressa, a respeito: 6.1.5.1. Do mérito da proposta, em conformidade com a modalidade de parceria adotada; 6.1.5.2. Da viabilidade de sua execução; 6.1.5.3. Da vericação do cronograma de desembolso; 6.1.5.4. Da descrição de quais serão os meios disponíveis a serem utilizados para a scalização da execução da parceria, assim como dos procedimentos que deverão ser adotados para avaliação da execução física e nanceira, no cumprimento das metas e objetivos; 6.1.5.5. Da designação do gestor da parceria; 6.1.5.6. Da designação da comissão de monitoramento e avaliação da parceria; 6.1.6. Emissão de parecer da Assessoria Jurídica acerca da possibilidade de celebração da parceria; 6.1.7. Não será exigida contrapartida nanceira como requisito para celebração de parceria, facultada a exigência de contrapartida em bens e serviços cuja expressão monetária será obrigatoriamente identicada no termo de colaboração ou de fomento; 21 6.1.8. Caso o parecer técnico ou o parecer jurídico de que concluam pela possibilidade de celebração da parceria com ressalvas, deverá o administrador público sanar os aspectos ressalvados ou, mediante ato formal, justicar a preservação desses aspectos ou sua exclusão; 6.1.9. Na hipótese de o gestor da parceria deixar de ser agente público ou ser lotado em outro órgão ou entidade, o administrador público deverá designar novo gestor, assumindo, enquanto isso não ocorrer, todas as obrigações do gestor, com as respectivas responsabilidades; 6.1.10. Será impedida de participar como gestor da parceria ou como membro da comissão de monitoramento e avaliação pessoa que, nos últimos 5 (cinco) anos, tenha mantido relação jurídica com, ao menos, 1 (uma) das OSC partícipes. Congurado o impedimento, deverá ser designado gestor ou membro substituto que possua qualicação técnica equivalente à do substituído. 7. DAS VEDAÇÕES 7.1. Ficará impedida de celebrar qualquer modalidade de parceria a OSC que: 7.1.1. Não esteja regularmente constituída ou, se estran- geira, não esteja autorizada a funcionar no território nacional; 7.1.2. Esteja omissa no dever de prestar contas de parceria anteriormente celebrada; 7.1.3. Tenha como dirigente membro de Poder Público, ou dirigente de órgão ou entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o termo de colaboração ou de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por anidade, até o segundo grau (não são considerados membros de Poder os integrantes de conselhos de direitos e de políticas públicas); 7.1.4. Tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos, exceto se: 7.1.4.1. For sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente imputados; 7.1.4.2. For reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição; 7.1.4.3. A apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com efeito suspensivo; 7.1.5. Tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a penalidade: 7.1.5.1. Suspensão de part icipação em l icitação e impedimento de contratar com a administração; 7.1.5.2. Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública; 7.1.5.3. Suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades da esfera de governo da administração pública sancionadora, por prazo não superior a dois anos; 7.1.5.4. Declaração de inidoneidade para participar de chamamento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a OSC ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no item anterior; 7.1.6. Tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos; 22 7.1.7. Tenha entreseus dirigentes pessoa: 7.1.7.1. Cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos; 7.1.7.2. Julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão ou função de conança, enquanto durar a inabilitação; 7.1.7.3. Considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos estabelecidos nos incisos I, II e III do artigo 12 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; 7.2. Ocorrendo uma das hipóteses de vedação acima elencadas, no âmbito de parcerias em execução, ca igualmente vedada a transferência de novos recursos, sob pena de responsabilidade solidária, excetuando-se os casos de serviços essenciais que não podem ser adiados sob pena de prejuízo ao erário ou à população, desde que precedida de expressa e fundamentada autorização da administração pública. 7.3. Enquanto não houver o ressarcimento do dano ao erário, pelo qual seja responsável a OSC, persiste o impedimento para celebrar novas parcerias. 7.4. É vedada a celebração de parcerias que tenham por objeto, envolvam ou incluam, direta ou indiretamente, delegação das funções de regulação, de scalização, de exercício do poder de polícia ou de outras atividades exclusivas de Estado. 8. DA COMISSÃO DE SELEÇÃO 8.1. O Município nomeará Comissão de Seleção para processar e julgar o Chamamento Público, sendo este órgão colegiado destinado a processar e julgar chamamentos públicos, constituído por ato publicado em meio ocial de comunicação, assegurada a participação de pelo menos um servidor ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da administração pública. 23 24 8.2. No ato de nomeação estará previsto quais membros serão o Presidente e o Secretário da Comissão de Seleção, responsáveis por conduzir os trabalhos. 8.3. Será impedida de participar da comissão de seleção pessoa que, nos últimos cinco anos, tenha mantido relação jurídica com, ao menos, uma das entidades participantes do chamamento público. Congurado tal impedimento, deverá ser designado membro substituto que possua qualicação equivalente à do substituído. 9. DOS REQUISITOS PARA SELEÇÃO 9.1. Somente depois de encerrada a etapa competitiva e ordenadas as propostas, a administração pública procederá à vericação dos documentos que comprovem o atendimento pela OSC selecionada dos requisitos previstos no item 5 deste manual. 9.2. Na hipótese de a OSC selecionada não atender aos requisitos exigidos no item 5 deste manual, aquela imediatamente mais bem classicada poderá ser convidada a aceitar a celebração de parceria nos termos da proposta por ela apresentada. 9.3. Caso a organização convidada aceite celebrar a parceria, proceder-se-á à vericação dos documentos que comprovem o atendimento aos requisitos previstos. Tal procedimento será seguido sucessivamente até que se conclua a seleção prevista no edital. 9.4. Caso a comissão entenda haver necessidade, por motivo de força maior, a sessão poderá ser suspensa e, de imediato, nova data e hora será marcada. Isto ocorrendo, será lavrada ata justicando a necessidade da suspensão. 9.5. O grau de adequação da proposta aos objetivos especícos do programa ou da ação em que se insere o objeto da parceria e, quando for o caso, ao valor de referência constante do chamamento constitui critério obrigatório de julgamento. 25 9.6. Será obrigatoriamente justicada a seleção de proposta que não for a mais adequada ao valor de referência constante do chamamento público. 9.7. A homologação não gera direito para a OSC à cele- bração da parceria. 9.8. O resultado do julgamento, após homologado, será divulgado no Diário Ocial do Município e em seu Portal na internet (https://concordia.atende.net). 10. DO CHAMAMENTO PÚBLICO 10.1. A administração pública deverá adotar procedimen- tos claros, objetivos e simplicados que orientem os interessados e facilitem o acesso direto aos órgãos da administração pública, independentemente da modalidade de parceria a ser celebrada. 10.2. Sempre que possível, a administração pública estabelecerá critérios a serem seguidos, especialmente quanto às seguintes características: objetos, metas, custos, indicadores quantitativos ou qualitativos de avaliação de resultados. 10.3. Para a celebração das parcerias e quando o objeto do acordo de cooperação envolver a celebração de comodato, doação de bens ou outra forma de compartilhamento de recurso patrimonial, o município deverá realizar o chamamento público para selecionar OSC que torne mais ecaz a execução do objeto, exceto nos casos de dispensa e inexigibilidade previstos nos artigos 30 e 31 da Lei nº 13.019/2014 e suas alterações. 10.4. É vedado admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo em decorrência de qualquer circunstância impertinente ou irrelevante para o especíco objeto da parceria, admitidos: 10.4.1. A seleção de propostas apresentadas exclusiva- mente por concorrentes sediados ou com representação atuante e reconhecida na unidade da Federação onde será executado o objeto da parceria; 26 10.4.2. O estabelecimento de cláusula que delimite o território ou a abrangência da prestação de atividades ou da execução de projetos, conforme estabelecido nas políticas setoriais. 10.5. É vedado condicionar a realização de chamamento público ou a celebração de parceria à prévia realização de Procedimento de Manifestação de Interesse Social. 10.6. O edital do chamamento público especicará, no mínimo: 10.6.1. A programação orçamentária que autoriza e viabiliza a celebração da parceria; 10.6.2. O objeto da parceria; 10.6.3. As datas, os prazos, as condições, o local e a forma de apresentação das propostas; 10.6.4. As datas e os critérios de seleção e julgamento das propostas, inclusive no que se refere à metodologia de pontuação e ao peso atribuído a cada um dos critérios estabelecidos, se for o caso; 10.6.5. O valor previsto para a realização do objeto; 10.6.6. As condições para a interposição de recurso administrativo; 10.6.7. A minuta do instrumento por meio do qual será celebrada a parceria; 10.6.8. De acordo com as características do objeto da parceria, medidas de acessibilidade para pessoa com deciência ou mobilidade reduzida e idosa; 10.7. O edital deverá ser amplamente divulgado em página do sítio ocial do Município, com antecedência mínima de trinta dias. 27 11. QUANDO O CHAMAMENTO PÚBLICO PODERÁ SER DISPENSADO OU NÃO SER EXIGIDO 11.1. As parcerias que envolvam recursos decorrentes de emendas parlamentares às leis orçamentárias anuais e os acordos de cooperação serão celebrados sem chamamento público. 11.2. Os casos de dispensa e inexigibilidade previstos nos artigos 30 e 31 da Lei nº 13.019/2014 são: 11.3. A Administração Pública poderá dispensar a realização do chamamento público: 11.3.1. No caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de atividades de relevante interesse público, pelo prazo de até cento e oitenta dias; 11.3.2. Nos casos de guerra, calamidade pública, grave perturbação da ordem pública ou ameaça à paz social; 11.3.3. Quando se tratar da realização de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa comprometer a sua segurança; 11.3.4. No caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação, saúde e assistência social, desde queexecutadas por OSC previamente credenciadas pelo órgão gestor da respectiva política. 11.4. Será considerado inexigível o chamamento em razão: 11.4.1. Da natureza singular do objeto da parceria; 11.4.2. Se as metas somente puderem ser atingidas por uma entidade especíca, quando: 11.4.3. O objeto da parceria constituir incumbência prevista em acordo, ato ou compromisso internacional, no qual sejam indicadas as instituições que utilizarão os recursos; 28 11.4.5. A parceria decorrer de transferência para OSC que esteja autorizada em lei na qual seja identicada expressamente a entidade beneciária, inclusive quando se tratar da subvenção social (inciso I do § 3º do artigo 12 da Lei no 4.320/1964), observado o disposto no artigo 26 da Lei Complementar no 101/2000. 11.5. Sob pena de nulidade do ato de formalização da parceria, o extrato da justicativa da dispensa ou da inexigibilidade deverá ser publicado, na mesma data em que for efetivado, no Portal do Município na internet (https://concordia.atende.net) e no Diário Ocial dos Municípios. 11.6. Admite-se impugnação à justicativa, apresentada no prazo de cinco dias a contar de sua publicação, cujo teor deve ser analisado pelo Ordenador de Despesas em até cinco dias da data do respectivo protocolo. Havendo fundamento na impugnação, será revogado o ato que declarou a dispensa ou considerou inexigível o chamamento público, e será imediatamente iniciado o procedimento para a realização do chamamento público, conforme o caso. 12. DO PLANO DE TRABALHO 12.1. O plano de trabalho é o documento obrigatório a qualquer modalidade de parceria, devendo conter toda a infor- mação necessária à boa execução da parceria, com a aplicação eciente dos recursos públicos. 12.2. São elementos necessários a todos os planos de trabalho: 12.2.1. Identicação e credenciais do proponente, objetivos sociais da entidade, com informações relativas à capacidade técni- ca e operacional para a execução do objeto; 12.2.2. Descrição do título, do objeto e da nalidade do projeto, de modo a permitir a identicação precisa do que se pre- tende realizar ou obter; 29 12.2.3. Justicativa contendo a caracterização do interesse público do objeto, evidenciando os benefícios econômicos e sociais a serem obtidos; 12.2.4. Especicação de todas as demais fontes de recursos que irão nanciar o objeto, com os valores estimados, se for o caso; 12.2.5. Plano de aplicação com orçamento detalhado dos bens e serviços a serem adquiridos ou contratados; 12.2.6. Cronograma físico de execução; 12.2.7. Cronograma nanceiro de desembolso; 12.2.8. Especicação completa dos bens a serem produzidos ou adquiridos, bem como dos serviços a serem contratados, discriminando o custo de sua aquisição no mercado. 12.2.9. Descrição da realidade que será objeto da parceria, devendo ser demonstrado o nexo entre essa realidade e as atividades ou projeto e metas a serem atingidas; 12.2.10. Descrição de metas a serem atingidas e de atividades ou projetos a serem executados; 12.2.11. Previsão de receitas e de despesas a serem realizadas na execução das atividades ou dos projetos abrangidos pela parceria; 12.2.12. Forma de execução das atividades ou dos projetos e de cumprimento das metas a eles atreladas; 12.2.13. Denição dos parâmetros a serem utilizados para a aferição do cumprimento das metas; 12.3. Elementos recomendados pela Auditoria Geral a constarem no plano de trabalho: 30 12.3.1. Plano de Aplicação dos recursos a serem desem- bolsados pela administração pública; 12.3.2. O detalhamento dos valores dos impostos, contribuições sociais, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, férias, décimo terceiro salário, salários proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais incidentes sobre as atividades previstas para a execução do objeto, de responsabili- dade da entidade, a serem pagos com os recursos transferidos por meio da parceria, durante sua vigência, desde que: 12.3.2.1. Correspondam às atividades previstas para a consecução do objeto e à qualicação técnica necessária para a execução da função a ser desempenhada; 12.3.2.2. Sejam compatíveis com o valor de mercado da região onde atua e não superior ao teto do Poder Executivo; 12.3.2.3. Sejam proporcionais ao tempo de trabalho efetiva e exclusivamente dedicado à parceria celebrada; 12.4. Valores a serem repassados, mediante cronograma de desembolso compatível com os gastos das etapas vinculadas às metas do cronograma físico; 12.5. Modo e periodicidade das prestações de contas, compatíveis com o período de realização das etapas vinculadas às metas e com o período de vigência da parceria; 12.6. O plano de trabalho da parceria poderá ser revisto para alteração de valores ou de metas, mediante termo aditivo ao plano de trabalho original. 13. DA LIBERAÇÃO, APLICAÇÃO, MOVIMENTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS 13.1. Os recursos recebidos em decorrência da parceria serão depositados em conta corrente especíca isenta de tarifa bancária na instituição nanceira pública determinada pela administração pública. 13.2. Quando o prazo previsto para a utilização dos recursos for superior a 30 (trinta) dias, a partir da data do recebimento, o valor deverá ser obrigatoriamente aplicado em caderneta de poupança ou em fundo de aplicação nanceira de curto prazo lastreado em títulos da dívida pública federal; 13.3. Os rendimentos de ativos nanceiros serão aplicados no objeto da parceria, estando sujeitos às mesmas condições de prestação de contas exigidas para os recursos transferidos. Estes não serão considerados como contrapartida, e deverão ser devolvidos ao Município, ou aplicados, quando autorizados, no objeto da parceria. 13.4. Por ocasião da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção da parceria, os saldos nanceiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações nanceiras realizadas, serão devolvidos à administração pública no prazo improrrogável de trinta dias, sob pena de imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente da administração pública. 13.5. Toda a movimentação de recursos no âmbito da parceria será realizada mediante transferência eletrônica sujeita à identicação do beneciário nal e à obrigatoriedade de depósito em sua conta bancária. 13.6. Os pagamentos deverão ser realizados mediante crédito na conta bancária de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços. 13.7. Demonstrada a impossibilidade física de pagamento mediante transferência eletrônica, o termo de colaboração ou de fomento poderá admitir a realização de pagamentos em espécie. 14. DA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA. 31 32 14.1. A movimentação dos recursos repassados pelo Município e da contrapartida nanceira, quando houver, deverá ser feita exclusivamente na conta bancária especíca, aberta para esta nalidade, e somente para pagamento de despesas previstas no Plano de Trabalho aprovado. 14.2. As parcelas dos recursos transferidos no âmbito da parceria serão liberadas em estrita conformidade com o respectivo cronograma de desembolso aprovado, exceto nos casos a seguir, nos quais carão retidas até o saneamento das impropriedades: 14.2.1. Quando houver evidências de irregularidade na aplicação de parcela anteriormente recebida; 14.2.2. Quando constatado desvio de nalidade na aplicação dos recursos ou o inadimplemento da OSC em relação às obrigações estabelecidas na parceria celebrada; 14.2.3. Quando a OSC deixar de adotar sem justicativa as medidassaneadoras apontadas pela administração pública ou pelos órgãos de controle interno ou externo. 14.3. Os recursos recebidos em decorrência da parceria celebrada serão depositados em conta corrente especíca, isenta de tarifa bancária, em instituição nanceira pública determinada pela administração pública. 14.4. Os rendimentos de ativos nanceiros serão aplicados no objeto da parceria, estando sujeitos às mesmas condições de prestação de contas exigidas para os recursos transferidos. 14.5. Por ocasião da conclusão, denúncia, rescisão ou ex- tinção da parceria, os saldos nanceiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações nanceiras realizadas, serão devolvidos à administração pública no prazo improrrogável de trinta dias, sob pena de imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente da administração pública. 33 15. Da Movimentação Financeira entre Organização da Sociedade Civil e Prestadores de Serviços e Fornecedores: 15.1. Toda a movimentação de recursos no âmbito da parceria será realizada mediante transferência eletrônica sujeita à identicação do beneciário nal e à obrigatoriedade de depósito em sua conta bancária. 15.2. Os pagamentos deverão ser realizados somente após vericação da regularidade scal dos fornecedores, mediante emissão das Certidões Negativas de Débito junto ao Município de Concórdia e à Receita Federal, que abrange inclusive as contribuições sociais, bem como Certicado de Regularidade do FGTS – CRF, mediante crédito na conta bancária de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços. 16.1. O responsável pela aplicação dos recursos repassados ca obrigado a adotar os procedimentos que atendam às disposições do artigo 3º da Lei nº 8.666/93, visando em especial à economicidade e à impessoalidade, mediante pesquisa de preços junto à no mínimo 3 (três) fornecedores do ramo pertinente ao objeto da transferência voluntária. 16.2. Os orçamentos deverão ser emitidos por fornece- dores dos quais suas atividades principais ou secundárias coincidam com os produtos ou serviços orçados. Em caso de orçamento de pessoa física, apresentar a cópia da identidade do fornecedor e a descrição da atividade a ser desempenhada. 16.3. Os orçamentos devem conter o carimbo de “confere com original”, assinado pelo Gestor da parceria nas cópias, e os originais devem ser em papel timbrado com a identicação do respectivo fornecedor, além do carimbo e do cartão CNPJ da empresa, contendo o número do telefone de contato, a data da pesquisa, o detalhamento do bem ou serviço, incluindo a quantidade, o valor unitário, o valor total e estar assinado pelo representante legal da empresa. 16. Dos orçamentos para o alcance do objeto proposto: 34 16.4. Na hipótese de orçamento ser encaminhado via correio eletrônico, solicitar ao fornecedor que digitalize o orçamento com o carimbo de CNPJ e a assinatura do responsável. Quando da prestação de contas, deverá ser apresentada a cópia do corpo do e- mail e do orçamento para ns de autenticação, nos termos do artigo 32 da Lei 8.666/93. 16.5. A pesquisa de preços deverá ser elaborada junto a fornecedores regulares, com consultas em sítios de fornecedores conáveis e preços atualizados em sítios ociais (Exemplos: Tabela de preços referenciais do Governo, Bolsa Eletrônica de Compras, Portal de Compras do Governo Federal, Ministério da Saúde, Comprasnet, etc.). 17. ORIENTAÇÕES GERAIS 17.1. Dos Comprovantes das Despesas Realizadas: 17.1.1. Para efeitos legais e de registros contábeis, o comprovante regular de despesa pública deve ser o documento que, por imposição de leis e regulamentos, é destinado ao credor. Assim, todos os documentos que tenham o objetivo de comprovar as despesas realizadas devem estar em nome da entidade parceira; 17.1.2. Os comprovantes de despesas não poderão possuir data anterior ou posterior ao período de vigência do ajuste. 17.2. Serão aceitos como comprovantes de despesa: 17.2.1. Notas scais, notas scais de serviço, recibo de pagamento à autônomo (RPA) e cupons scais, desde que conste no referido cupom scal, a razão social e CNPJ da OSC, e que o produto adquirido esteja previsto no Plano de Trabalho aprovado; 17.2.2. Os recibos dos correios, como sedex, avisos de recebimento, avisos de recebimento com vericação de conteúdo e aviso de recebimento com mão própria e outros, desde que possuam o nome do beneciado ou contenham elementos que identiquem o beneciado como remetente; 17.2.3. Os bilhetes de passagens de ônibus, de trem ou de avião acompanhados de relatório contendo o itinerário da viagem e comprovação da participação no evento, reunião, simpósio, audiência, perícia, diligência, etc.; 17.2.4. Recibo de pagamento de inscrição em eventos, simpósios e outros, acompanhado de relatório onde conste o programa, os temas abordados e os resultados atingidos com a participação e anais, se houver; 17.2.5. Comprovante de pagamento de impostos e encargos sociais, quando autorizados pelo ajuste; 17.3. As despesas serão comprovadas mediante documentos originais scais, ou em cópia reprográca autenticada por cartório, ou por servidor municipal. 17.4. O documento comprobatório da despesa deverá conter o carimbo de “certico” com a assinatura do responsável, certicando que o material foi recebido ou o serviço prestado. 17.5. Nos casos de fornecimento parcelado de material ou prestação de serviço continuado, estes deverão ser objeto de contrato entre a OSC e o fornecedor. 17.6. No caso de prestador de serviço não estabelecido nesta municipalidade, somente serão aceitos 3 (três) Recibos de Pagamento à Autônomo – RPA, por CPF, durante toda vigência da parceria. 17.7. É obrigatória a apresentação de contrato de prestação de serviços e locação de imóvel, com reconhecimento de rma das assinaturas em cartório. 17.8. Poderão ser pagas, entre outras despesas, com recursos vinculados à parceria: 35 36 17.8.1. Remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de pessoal próprio da OSC, durante a vigência da parceria, compreendendo as despesas com pagamentos de impostos, contribuições sociais, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, férias, décimo terceiro salário, salários proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais e trabalhistas; 17.8.2. Diárias referentes a deslocamento, hospedagem e alimentação nos casos em que a execução do objeto da parceria assim o exija; 17.8.3. Custos indiretos, necessários à execução do objeto, independente da proporção em relação ao valor total da parceria; 17.8.4. Aquisição de equipamentos e materiais permanen- tes essenciais à consecução do objeto e serviços de adequação de espaço físico, desde que necessários à instalação dos referidos equipamentos e materiais. 17.9. As notas scais poderão ser de venda ao consumidor, prestação de serviço ou cupom scal, observando os requisitos de preenchimento correto de data, nome da entidade, CNPJ, a discriminação dos materiais ou serviços com seus valores com destaques de eventuais retenções tributárias, quantidades, e o total geral. 17.10. Os documentos scais apresentados deverão ser compatíveis com o objeto do serviço ou compra efetuada (nota scal de prestação de serviços não poderá conter mercadorias e vice versa). 17.11. Deverá vir acompanhado de cada nota scal, o comprovante de transferência bancária. 17.11.1. Não serão aceitos documentos scais que contenham rasuras, diferenças na cor da caneta,ausência do carimbo de certico ou aceite, valores ilegíveis, ou sem preenchimento; 18. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS 18.1. Recibo de Pagamento de Salário/ Contracheques: 18.1.1. Devem vir datados e assinados pelo empregado favorecido, ou acompanhado da comprovação de depósito bancário na conta individual do empregado beneciado, anexando: 18.1.1.1. Guia de recolhimento do INSS quitada; 18.1.1.2. Guia de recolhimento do FGTS quitada e Informação Previdenciária (GFIP) completa; 18.1.1.3. Comprovante de recolhimento do Imposto de Renda na Fonte quitado, quando for o caso; 18.2. Nota Fiscal de serviço avulsa: 18.2.1. Deverá conter retenção de 11% (onze por cento) sobre o valor total da nota scal, por parte do contratado, referente a contribuições previdenciárias; 18.2.2. Se o contratado já contribui sobre o teto máximo estipulado pela Previdência Social, o desconto citado acima deve ser desconsiderado, contudo, o referido recolhimento deverá ser comprovado através de documentos plausíveis; 18.2.3. A entidade deverá providenciar o recolhimento de 20% (vinte por cento) do valor total pago ao contratado, referente à contribuição previdenciária da parte patronal, podendo ser paga com recursos do Termo. 18.3. Recibo de Pagamento à Autônomo – RPA: 18.3.1. No caso de apresentação de RPA, o mesmo deverá conter, no mínimo, a seguintes informações: 18.3.1.1. Nome completo do prestador do serviço; 37 38 18.3.1.2. Atividade desempenhada; 18.3.1.3. Data da contratação; 18.3.1.4. Horas de trabalho que estão sendo remuneradas e o valor da mesma; 18.3.1.5. Descrição dos trabalhos desempenhados; 18.3.1.6. Mês a que se refere o pagamento; 18.3.1.7. Nome da OSC e CNPJ; 18.3.1.8. Retenções (quais e valores); 18.3.1.9. Valor total pago (numérico e por extenso); 18.3.1.10. Data e assinatura do prestador de serviço; 18.4. Despesas com Capacitação de prossionais (cursos, seminários, palestras) ou contratação de outros serviços de terceiros. 18.4.1. Deverão ser apresentados os seguintes documentos: 18.4.1.1. Contrato de prestação de serviços assinado; 18.4.1.2. Comprovante de habilitação dos prossionais que ministraram os cursos de capacitação ou prestaram os serviços; 18.4.1.3. Listas de presença devidamente assinadas pelos participantes com nome, endereço completo e telefone, data e local em que ocorreu o evento, nome do palestrante ou instrutor; 18.4.1.4. Currículo do palestrante, instrutor ou ocineiro; 18.4.1.5. Tema abordado, carga horária e cópia do material didático utilizado; 39 18.4.1.6. Fotos datadas das atividades; 18.4.1.7. Folder ou cartazes elaborados para sua divulgação. 18.5. Despesas com Aluguéis: 18.5.1. No caso de previsão de pagamento de aluguel à pessoa física, a depender do valor, deverá fazer a retenção do IRRF e apresentar a guia de recolhimento do imposto paga. 18.6. Despesas com Transporte: 18.6.1. No caso de contratação de veículos para transporte terrestre de pessoas, junto à nota scal, deverá ser anexada a listagem dos passageiros, detalhamento do trajeto, quilometragem inicial e nal, menção das datas e a identicação do carro e do motorista, fornecida pelo prestador dos serviços. 18.7. Combustíveis, lubricantes e consertos de veículos: 18.7.1. Quando autorizadas no plano de trabalho, as notas scais de despesas deverão ser acompanhadas de: 18.7.1.1. Declaração do beneciado onde conste a vincula- ção ao tipo de trabalho realizado; 18.7.1.2. A descrição do veículo utilizado; 18.7.1.3. O itinerário percorrido; 18.7.1.4. A quilometragem realizada; 18.7.1.5. O nome, o endereço e o número do telefone das pessoas que se deslocaram; 18.7.1.6. Cópia do documento do veículo. 18.8. Comprovante de Qualicação Prossional. 40 18.8.1. No caso de contratação de serviços técnicos regulamentados por conselho de classe, junto à nota scal deverá ser apresentado o comprovante de qualicação prossional, observada a vedação de contratação de serviços de consultoria, com ou sem produto determinado. 18.9. Anotação de Responsabilidade Técnica ou Registro de Responsabilidade Técnica: 18.9.1. Em caso de obras e serviços de adequação do espaço físico, essenciais a execução do objeto, apresentar ART ou RRT de execução e de scalização, o laudo técnico de cada medição assinado pelo engenheiro responsável, bem como registros fotográcos em que que evidente o antes e o depois de cada etapa da obra, desde o início até sua conclusão. 18.10. Demais documentos: 18.10.1. Cópia do termo de aceitação denitiva da obra, quando o instrumento objetivar a execução de obra ou serviço de engenharia para adequações na sede; 18.10.2. Comprovante de recolhimento do saldo de recursos, à conta indicada pela concedente; 18.10.3. Cópia do despacho adjudicatório e homologação das licitações realizadas ou justicativa para sua dispensa ou inexigibilidade, com o respectivo embasamento legal; 18.10.4. Comprovante de recolhimento dos encargos sociais e scais de obrigação do beneciário incidentes sobre pagamentos efetuados com recursos repassados pelo Município. 19. DOS BENS 19.1. Caso a OSC adquira equipamentos e materiais permanentes com recursos provenientes da celebração da parceria, o bem será gravado com cláusula de inalienabilidade, e ela deverá formalizar promessa de transferência da propriedade à administração pública, na hipótese de sua extinção. 41 19.2. As despesas com bens permanentes adquiridos, construídos ou produzidos durante a vigência da parceria, serão comprovadas através de relação nominal e fotograas que permitam a sua visualização e identicação. 19.3. É vedada a utilização ou o armazenamento de bens permanentes, adquiridos, construídos ou produzidos durante a vigência da parceria, em locais inadequados ou sujeitá-los à destruição, perecimento ou deterioração. 19.4. Os bens móveis e imóveis deverão ser mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento, correndo às custas do beneciado toda e qualquer despesa neste sentido. 19.5. Em caso de roubo, furto, posse indevida ou evento que possa ser caracterizado como de força maior ou excludente de responsabilidade, atingindo os bens móveis e imóveis a OSC deverá: 19.6. Comunicar, imediatamente e por escrito, para conhecimento da Administração Municipal, o detalhamento do ocorrido e as medidas cabíveis tomadas, como por exemplo: a comunicação do fato à autoridade policial (Boletim de Ocorrência – B.O.), as medidas de defesa da posse, medidas administrativas e judiciais. 19.7. Na prestação de contas juntar no processo para exame da área técnica da Unidade Administrativa responsável pela parceria, a ocorrência policial (Boletim de Ocorrência – B.O.), as medidas tomadas, administrativas e judiciais, como também, apresentar outros elementos e documentos de comprovação dos fatos e eventos narrados e das medidas tomadas. 19.8. O Município deverá estipular em seus termos de fomento ou de colaboração o destino a ser dado aos bens remanes- centes da parceria. 19.9. Os bens remanescentes são equipamentos e ma- teriais permanentes adquiridos com recursos da parceria, neces- sários à consecução do objeto, mas que a ele não se incorporam. 19.10. Tais bens poderão, a critério do Ordenador de Despesas, ser doados após a consecução do objeto, quando não forem necessários para assegurar a continuidade do objeto pactuado, observado o disposto no respectivo termo e na legislação vigente. 19.11. Na hipótese de não execução ou má execução da parceria em vigor ou de parceria não renovada, exclusivamente para assegurar o atendimento de serviçosessenciais à população, o Município poderá, por ato próprio e independentemente de autorização judicial, a m de realizar ou manter a execução das metas ou atividades pactuadas, retomar os bens públicos em poder da OSC, qualquer que tenha sido a modalidade ou título que concedeu direitos de uso de tais bens. 20. DO ACOMPANHAMENTO E DA FISCALIZAÇÃO 20.1. A administração pública é obrigada a realizar procedimentos de scalização das parcerias celebradas para ns de monitoramento e avaliação do cumprimento do objeto. 20.2. As parcerias formalizadas com o Município deverão prever a forma de monitoramento e avaliação, com a indicação dos recursos humanos e tecnológicos que serão empregados na atividade. 20.3. Nas parcerias com vigência superior a 1 (um) ano, a Unidade Administrativa responsável pela parceria realizará, sempre que possível, pesquisa de satisfação com os beneciários do plano de trabalho e utilizará os resultados como subsídio na avaliação da parceria celebrada e do cumprimento dos objetivos pactuados, bem como na reorientação e no ajuste das metas e atividades denidas. 20.4. A Unidade Administrativa responsável pela parceria emitirá relatório técnico de monitoramento e avaliação da parceria e o submeterá à Comissão de Monitoramento e Avaliação designada, que o homologará, independentemente da obrigatoriedade de apresentação da prestação de contas devida pela OSC. 42 20.5. A Comissão de Monitoramento e Avaliação é órgão colegiado destinado a monitorar e avaliar as parcerias celebradas com OSC mediante termo de colaboração ou termo de fomento, constituído por ato publicado em meio ocial de comunicação, assegurada a participação de pelo menos um servidor ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da administração pública. 20.6. O relatório técnico de monitoramento e avaliação da parceria deverá conter no mínimo: 20.6.1. A descrição sumária das atividades e metas estabelecidas; 20.6.2. Análise das atividades realizadas, do cumprimento das metas e do impacto do benefício social obtido em razão da execução do objeto até o período, com base nos indicadores estabelecidos e aprovados no plano de trabalho; 20.6.3. Valores efetivamente transferidos pela Unidade Administrativa responsável pela parceria; 20.6.4. Análise dos documentos comprobatórios das despesas apresentados pela OSC na prestação de contas, quando não for comprovado o alcance das metas e resultados estabelecidos no respectivo termo de colaboração ou de fomento; 20.6.5. Análise de eventuais auditorias realizadas pelos controles interno e externo, no âmbito da scalização preventiva, bem como de suas conclusões e das medidas que tomaram em decorrência dessas auditorias. 20.7. No caso de parcerias nanciadas com recursos de fundos especícos, o monitoramento e a avaliação serão realizados pelos respectivos conselhos gestores. 20.8. Sem prejuízo da scalização realizada pelo Município e pelos órgãos de controle, a execução da parceria será acompanhada e scalizada pelos conselhos de políticas públicas das áreas correspondentes de atuação existentes. 43 44 20.9. O Município deverá viabilizar o acompanhamento pela internet dos processos de liberação de recursos referentes às parcerias celebradas. 20.10. Caberá ao Técnico Designado para realizar a avaliação: 20.10.1. Acompanhar e scalizar in loco a execução da parceria garantindo a vericação da legalidade a qualquer tempo; 20.10.2. Confrontar os serviços e/ou bens adquiridos com o previsto no plano de trabalho aprovado, atentando-se para as quantidades e qualidades dos mesmos; 20.10.3. Vericar se os bens e serviços adquiridos estão sendo efetivamente utilizados na execução da parceria; 20.10.4. Informar ao Gestor da parceria a existência de fatos que comprometam ou possam comprometer as atividades ou metas da parceria e de indícios de irregularidades na gestão dos recursos, bem como as providências adotadas ou que serão adotadas para sanar os problemas detectados; 20.10.5. Emitir Relatório Técnico de Acompanhamento in loco da parceria, contendo material fotográco para comprovação dos fatos. 20.11. São atribuições do Gestor: 20.11.1. Acompanhar os termos de parceria, gerenciando seus prazos de vigência, alterações, prorrogações, repactuações e outros eventos administrativos, por meio de termos aditivos; 20.11.2. Disponibilizar materiais e equipamentos tecnoló- gicos necessários às atividades de monitoramento e avaliação; 20.11.3. Propor a adoção de providências legais que se zerem necessárias ao Ordenador de Despesas, na hipótese de inadimplementos, baseada nas informações do Fiscal da parceria; 45 20.11.4. Manter atualizado o banco de dados das parcerias rmadas, de modo a contribuir para o seu ecaz gerencia- mento, ao longo do tempo; 20.11.5. Emitir parecer técnico conclusivo de análise das prestações de contas parcial (se for o caso) e prestação de contas nal, com base no Relatório de Monitoramento e Avaliação, observando o que segue: 20.11.5.1. No caso de prestação de contas única, o Gestor emitirá parecer técnico conclusivo para ns de avaliação do cumprimento do objeto; 20.11.5.2. Se a duração da parceria exceder um ano, a OSC deverá apresentar prestação de contas ao m de cada exercício, para ns de monitoramento do cumprimento das metas do objeto; 20.11.5.3. Para ns de avaliação quanto à ecácia e efetividade das ações em execução ou que já foram realizadas, os pareceres técnicos elaborados pelo Gestor, deverão obrigatoria- mente, mencionar: 20.11.5.3.1. Os resultados já alcançados e seus benefícios; 20.11.5.3.2. Os impactos econômicos ou sociais; 20.11.5.3.3. O grau de satisfação do público alvo; 20.11.5.3.4. A possibilidade de sustentabilidade das ações após a conclusão do objeto pactuado. 20.11.6. Na hipótese de inexecução por culpa exclusiva da OSC, a administração pública poderá, exclusivamente para assegurar o atendimento de serviços essenciais à população, por ato próprio e independentemente de autorização judicial, a m de realizar ou manter a execução das metas ou atividades pactuadas: 20.11.6.1. Retomar os bens públicos em poder da OSC parceira, qualquer que tenha sido a modalidade ou título que concedeu direitos de uso de tais bens; 20.11.6.2. Assumir a responsabilidade pela execução do restante do objeto previsto no plano de trabalho, no caso de para- lisação, de modo a evitar sua descontinuidade, devendo ser consi- derado na prestação de contas o que foi executado pela OSC até o momento em que o Município assumiu essas responsabilidades. 20.11.7. Em ambas as situações, é dever do Gestor promover a comunicação formal ao Ordenador de despesas. 21. DAS DESPESAS 21.1. O gerenciamento administrativo e nanceiro dos recursos recebidos das parcerias, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio, de investimento e de pessoal serão de responsabilidade exclusiva da OSC; 21.2. A responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários, scais e comerciais relacionados à execução do objeto previsto nos termos de parceria é exclusiva da OSC, não implicando qualquer responsabilidade, seja solidária ou subsidiária, à administração pública pela inadimplência da OSC do referido pagamento. 21.3. É vedado: 21.3.1. Utilizar recursos para nalidade alheia ao objeto da parceria; 21.3.2. Pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público com recursos vinculados à parceria, salvo nas hipóteses pre-vistas em lei especíca e na lei de diretrizes orçamentárias. 21.4. Poderão ser pagas com recursosvinculados à parceria, desde que aprovadas no plano de trabalho e demonstrada a compatibilidade com o valor de mercado da região onde atua, as seguintes despesas: 46 47 21.4.1. Remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de pessoal próprio da OSC, durante a vigência da parceria, compreendendo as despesas com pagamentos de impostos, contribuições sociais, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, férias, décimo terceiro salário, salários proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais e trabalhistas; 21.4.2. Diárias referentes a deslocamento, hospedagem e alimentação nos casos em que a execução do objeto da parceria assim o exija; 21.4.3. Custos indiretos necessários à execução do objeto, seja qual for a proporção em relação ao valor total da parceria; 21.4.4. Aquisição de equipamentos e materiais permanen- tes essenciais à consecução do objeto e serviços de adequação de espaço físico, desde que necessários à instalação dos referidos equipamentos e materiais. 21.5. Importante destacar que: 21.5.1. O pagamento de remuneração da equipe contratada pela OSC com recursos da parceria não gera vínculo trabalhista com o poder público; 21.5.2. A inadimplência da OSC em decorrência de atrasos na liberação de repasses relacionados à parceria não poderá acarretar restrições à liberação de parcelas subsequentes; 21.5.3. A inadimplência da administração pública não transfere à OSC a responsabilidade pelo pagamento de obrigações vinculadas à parceria com recursos próprios; 21.5.4. Quando os custos indiretos forem pagos também por outras fontes, a OSC deve apresentar a memória de cálculo do rateio da despesa, vedada a duplicidade ou a sobreposição de fontes de recursos no custeio de uma mesma parcela dos custos indiretos. 48 22. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS 22.1. A prestação de contas apresentada pela OSC deverá conter elementos sucientes que permitam ao Gestor da parceria, avaliar o andamento ou concluir que o seu objeto foi executado conforme pactuado, com a descrição pormenorizada das atividades realizadas e a comprovação do alcance das metas e dos resultados esperados, até o período de que trata a prestação de contas. 22.2. A prestação de contas e todos os atos que dela decorram dar-se-ão em plataforma eletrônica, permitindo a visualização por qualquer interessado e deverá conter no mínimo os seguintes documentos: 22.2.1. Processo de Concessão do Recurso; 22.2.2. Ofício de encaminhamento; 22.2.3. Balancete de prestação de contas, assinado pelo representante legal da entidade beneciária e pelo tesoureiro; 22.2.4. Parecer do Conselho Fiscal, quanto à correta aplica- ção dos recursos no objeto e ao atendimento da nalidade pactuada; 22.2.5. Borderô discriminando as receitas, no caso de projetos nanciados com recursos públicos em que haja cobrança de ingressos, taxa de inscrição ou similar; 22.2.6. Originais dos documentos comprobatórios das despesas realizadas (nota scal, cupom scal, recibo, folhas de pagamento, relatório-resumo de viagem, ordens de tráfego, bilhetes de passagem, guias de recolhimento de encargos sociais e de tributos, faturas, duplicatas, etc.); 22.2.7. Extratos bancários da conta corrente vinculada e da aplicação nanceira, com a movimentação completa do período; 22.2.8. Ordens bancárias e comprovantes de transferência eletrônica de numerário ou cópia dos cheques utilizados para pagamento das despesas; 49 22.2.9. Guia de recolhimento de saldo não aplicado, se for o caso; 22.2.10. Declaração do responsável, nos documentos comprobatórios das despesas, certicando que o material foi recebido e/ou o serviço prestado, e que está conforme as especicações neles consignadas; 22.2.11. Cópia do certicado de propriedade, no caso de aquisição ou conserto de veículo automotor; 22.2.12. Relatório sobre a execução física e o cumprimento do objeto do repasse ou de sua etapa, com descrição detalhada da execução, acompanhado dos contratos de prestação de serviço, folders, cartazes do evento, exemplar de publicação impressa, CD, DVD, registros fotográcos, matérias jornalísticas e todos os demais elementos necessários à perfeita comprovação da execução; 22.2.13. Relatório de execução do objeto, elaborado pela OSC, contendo as atividades ou projetos desenvolvidos para o cumprimento do objeto e o comparativo de metas propostas com os resultados alcançados; 22.2.14. Relatório de Atendimento (áreas de Assistência Social, Saúde e Educação); 22.2.15. Relatório de execução nanceira do termo de cola- boração ou do termo de fomento, com a descrição das despesas e receitas efetivamente realizadas e sua vinculação com a execução do objeto, na hipótese de descumprimento de metas e resultados estabelecidos no plano de trabalho; 22.2.16. Relatório de visita técnica in loco eventualmente realizada durante a execução da parceria; 22.2.17. Relatório técnico de monitoramento e avaliação, homologado pela comissão de monitoramento e avaliação designada, sobre a conformidade do cumprimento do objeto e os resultados alcançados durante a execução do termo de colaboração ou de fomento; 50 22.2.18. Demonstrativo da Execução da Receita e Despesa, evidenciando os recursos recebidos em transferências, a contrapartida econômico nanceira, quando houver, os rendimentos auferidos da aplicação dos recursos no mercado nanceiro, quando for o caso, e os saldos; 22.2.19. Relação de pagamentos; 22.2.20. Relação de bens (adquiridos, produzidos ou construídos) acompanhados de registros fotográcos em que que evidente a quantidade e o modelo desses bens; 22.2.21. Extrato da conta bancária especíca abrangendo todo o período de vigência da parceria; 22.2.22. Extrato de aplicação nanceira se houver; 22.2.23. Comprovante de recolhimento dos encargos sociais e scais de obrigação do beneciário incidentes sobre pagamentos efetuados com recursos repassados pelo Município; 22.2.24. Demonstração da aplicação da contrapartida, por meio do Relatório de Execução Físico Financeira; 22.2.25. Conciliação bancária se houver. 23. Documentos Complementares que devem acompa- nhar a Prestação de Contas quando houver obras e serviços de adequação do espaço físico necessária à execução do projeto: 23.1. Laudo técnico de cada medição, assinado pelo engenheiro responsável; 23.2. Comprovação da real ização com registros fotográcos da situação anterior e posterior às obras e serviços de adequação do espaço físico necessária à execução do projeto; 23.3. Declaração do responsável com sucinta caracteriza- ção das etapas efetuadas e, no caso de conclusão, acompanhada do respectivo termo de recebimento; 51 23.4. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), conforme estabelecido na Legislação Federal. 24. A prestação de contas deverá ser apresentada no prazo de até noventa dias a partir do término da vigência da parceria, ou no nal de cada exercício se a duração da parceria exceder um ano, podendo ser prorrogado por até 30 (trinta) dias, desde que devidamente justicado, quando o valor for repassado em parcela única . 25. Quando o repasse for realizado em parcelas, para cada parcela repassada haverá um processo de prestação de contas que será anexado ao processo de concessão. 26. O prazo para a prestação nal de contas será estabelecido de acordo com a complexidade do objeto da parceria. 27. DA ANÁLISE DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS: 27.1. A análise da prestação de contas deverá considerar a verdade real dos fatos e os resultados alcançados, conforme estabelecido no Plano de Trabalho
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