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Prof. Bruno Eduardo silva Ferreira – brunoed@hotmail.com AULA 2: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA JURÍDICA PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES O desenvolvimento do pensamento científico no final do Século XIX cria a busca pela explicação de comportamentos delituosos. Exemplos: Frenologia (tamanho do crânio) e Antropologia Criminal (fatores hereditários), de influência biológica. Alguns crimes, contudo, não apresentavam motivos aparentes, nem podiam ser atribuídos à loucura. A psicologia, assim, fornece as bases para a perícia e para o exame criminológico. 2 Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES A psicologia do testemunho também se destaca; buscava-se avaliar a fidedignidade dos testemunhos apresentados. Através de testes, os psicólogos verificavam se os fenômenos psicológicos afetavam ou não a veracidade dos relatos. Neste momento histórico, ainda não se considerava o contexto da pessoa nem o da sociedade nesta análise. Percebe-se assim o papel de psicodiagnóstico da psicologia forense da época. 3 Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira PSICOLOGIA JURÍDICA NO BRASIL Esta abordagem, contudo, acaba por favorecer o controle e a exclusão social, reforçando a natureza repressora do direito. A partir da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, a psicologia passa a ressignificar seu papel no contexto forense, ampliando sua atuação. Esta lei traz uma profunda alteração na forma de lidar com esta população, refletindo uma nova visão sobre as pessoas em conflito com a lei. 4 Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira PSICOLOGIA JURÍDICA E O ECA O ECA reflete a CF/88, que não possui apenas um caráter proibitivo/punitivo, mas sim de garantia de direitos. Assim, o ECA considera a criança e o adolescente sujeitos de direitos e pessoas em desenvolvimento, que precisam ser amparadas pelo Estado em caso de omissão de outras instituições. Esta nova visão exige novos posicionamentos da psicologia junto ao direito, ampliando sua atuação para além da prática forense. 5 Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira PSICOLOGIA FORENSE E JURÍDICA A psicologia, chamando a atenção para questões humanas e relacionais que não cabem na atuação do direito, assume para si este espaço, passando a se chamar psicologia jurídica desde então. Desta forma, a psicologia trabalha fornecendo desde o psicodiagnóstico até intervenções terapêuticas para vítimas e agressores em contextos variados. Atualmente a Psicologia Jurídica possui algumas formas de atuação, a seguir apresentadas: 6 Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA Esclarecimento dos fatos: Procedimentos que visam avaliar a veracidade e a validade das provas testemunhais e também a capacidade de responsabilidade dos agentes envolvidos; Modo de proceder na busca de fatos: Situações de interrogatório, por exemplo; Predição de conduta: Análise dos comportamentos em relação à família (visitas, guarda dos filhos), adoção (família substituta, adaptação), criminal (reintegração à sociedade, medidas socioeducativas), entre outros; 7 Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA A psicologia, então, busca dar voz ao sujeito do processo, ajudando a construir soluções mais duradouras, reduzindo o retorno das partes e desafogando o sistema judiciário; O psicólogo visa alcançar a justiça, sem se ater exclusivamente às leis; observa aspectos conscientes e inconscientes, individualizados e grupais, entre outros, que mobilizam os indivíduos às condutas; Estuda ainda a complexidade da vida humana em relação à agressão, influências sociais e familiares, abusos, conduta social (adolescentes e adultos) e reclusão/ressocialização. 8 Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira
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