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AULA 2 –CONTAS
1 – CONCEITO DE CONTAS
Vários são os conceitos apresentados para contas:
É o nome técnico que identifica os elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações e P.L.) e de resultado (despesa e receita).
Conta é a representação gráfica dos débitos e créditos que qualifica os componentes patrimoniais
Conta é um título que identifica um componente do patrimônio ou de resultado
Conta é um termo técnico utilizado pela contabilidade para registrar as ocorrências que envolvem o Patrimônio, as Receitas e as Despesas.
Existem três Escolas Doutrinárias quanto a divisão de grupos de contas:
Teoria Patrimonalista
Patrimoniais: contas representativas de bens, direitos, obrigações e contas do P.L;
Resultado: despesa e receita.
Teoria Materialista
Integrais: bens, direitos e obrigações;
Diferenciais: P.L. receita e despesa.
Teoria Personalista
Contas do Agente Consignatário – bens;
Contas do Agente do Correspondente – direitos e obrigações;
Contas do Proprietário – Patrimônio Líquido e suas variações, despesas e receitas.
2 – ELEMENTOS DE UMA CONTA
Os elementos fundamentais de uma Conta são:
TÍTULO – É o nome da Conta onde identifica-se o elemento que ela representa.
DÉBITO – São registros efetuados na coluna de Débito da Conta; representa a situação de dívida da Conta.
CRÉDITO – São os registros efetuados na coluna de Crédito da Conta; representa o que a Conta tem a haver.
HISTÓRICO – Relata o fato acontecido em relação ao patrimônio.
SALDO – É a diferença existente entre o débito e crédito de uma Conta.
Uma conta pode apresentar os seguintes Saldos:
SALDO DEVEDOR – Quando o Débito é maior que o Crédito
SALDO CREDOR – Quando o Crédito é maior que o Débito
SALDO NULO – Quando o Débito é igual ao Crédito
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA CONTA:
Título
	Data
	Histórico
	D
	C
	Saldo
RAZONETE
Obs.: Para estudos, explicações, resoluções de problemas etc., sempre usamos o gráfico simplificado, denominado conta “T” , RAZONETE ou RAZONETE EM T, como abaixo:
 Débito Crédito
O lado esquerdo da Conta chama-se Débito, enquanto o lado direito chama-se Crédito.
3 – FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS CONTAS
Função: Registrar as operações que ocorrem com o Patrimônio.
Ex.:			CONTA	FUNÇÃO 
Caixa		Registrar as operações de recebimentos e pagamentos em dinheiro.
Veículos		Registrar as aquisições e baixas de veículos pertencentes à empresa.
Capital		Registrar os valores que constituem o Capital Social registrado.
etc.
Funcionamento: É a forma pela qual a Conta é movimentada. Relaciona-se com os registros a Débito ou a Crédito das Contas.
4 – DËBITOS E CRÉDITOS
Todas as operações ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Esses aumentos e diminuições são indicados através dos Débitos e Créditos efetuados nas Contas.
DEBITAR uma conta é registrar um valor na coluna do Débito.
CREDITAR uma conta é registrar um valor na coluna do Crédito. 
 Exemplo:
	 Caixa					 Capital Social
D C 	 D C 
 200,00 200, 00
A conta Caixa está debitada por $ 200,00 e a conta Capital Social está creditada por $ 200,00
																		CAIXA
	Data
	Operações
	D
	C
	D/C
	Saldo
	20.07.20X4
	a Capital
	200
	
	D
	200
																	CAPITAL
	Data
	Operações
	D
	C
	D/C
	Saldo
	20.07.20X4
	de caixa
	
	200
	C
	200
SALDO
É a diferença entre débito e crédito numa mesma conta
	CAIXA
									DÉBITOS		CRÉDITOS
	Débitos > Créditos = Saldo Devedor											Créditos > Débitos = Saldo Credor
 Débitos = Créditos = Saldo Nulo
5 – CONTAS SINTÉTICAS E ANALÍTICAS
As Contas sintéticas ou de 1º Grau – São as contas principais do plano de contas.
As Contas Analíticas ou de 2º Grau – São as contas auxiliares das contas sintéticas. Individualizam os registros.
	
CONTA SINTÉTICA 						CONTA ANALÍTICA
BANCO CONTA MOVIMENTO						Banco Bradesco
Banco do Brasil
Banco Real
DUPLICATAS A PAGAR							Petrobrás
(Fornecedores)		 						XEROX do Brasil S.A
White Martins.
DUPLICATAS A RECEBER							Coca-Cola
(Clientes)									Rede Globo
Curso Progressão LTDA.
ESTOQUES								Produtos Acabados
Produtos em Elaboração
Mercadorias
Matéria Prima
6 – CONTAS DE RESULTADO
		O resultado (ou rédito) de uma entidade, num determinado período, poderá ser lucro ou prejuízo. Será lucro, se o total de receitas auferidas pela entidade for maior que o total de despesas. Será prejuízo, caso a despesas ultrapassarem as receitas
Ex: 		Receitas – 16.000
		Despesas – (9.000)
		Lucro	 7.000
			
Receitas – 	 23.000
 Despesas – 	(27.000)
 Prejuízo	 	 4.000
DESPESAS
		São variações negativas do patrimônio líquido entre outras formas, tem origem no consumo de bens e na utilização de serviços. Visam, direta ou indiretamente, à obtenção de Receitas.
Ex: Patrimônio da Cia. X antes e após o pagamento do aluguel de março no próprio mês de março no valor de 5.000
Antes: 		Ativo: 		98.000
		Passivo Exigível: 32.000
		P.L. 98.000 – 32.000 = 66.000
Após: 		Ativo: 98.000 – 5000 = 93.000 (–) 5000
		Passivo Exigível: 32.000
		P.L. 93.000 – 32.000 = 61.000
Ex: Suponhamos que a Cia X pagasse, em abril, o aluguel de março, no valor de 5.000. a contabilização (reconhecimento da dívida) seria feita em março. O P.L. antes e após a contabilização, seria o seguinte:
Antes: 	Ativo: 		98.000
	Passivo Exigível: 32.000
	P.L. 98.000 – 32.000 = 66.000
Após: 	Ativo: 98.000 (–) 5000
	Passivo Exigível: 32.000 + 5.000 = 37.000
	P.L. 98.000 – 37.000 = 61.000
RECEITAS
		São variações positivas do patrimônio Líquido. Entre outras formas, tem origem nas vendas de mercadorias (empresa comercial) de produtos (empresa industrial) os serviços (empresa prestadora de serviço).
Ex: A Cia Alfa alugou; para Cia Beta; imóvel de sua propriedade. Em março de 1999, a Cia recebeu 3.000 da Cia Beta, referente do aluguel do mês. Imediatamente antes do recebimento, o Ativo era de 78.000 e o passivo de 23.000, consequentemente, o P.L. 55.000. após o recebimento da Cia Alfa, teremos:
Antes: 	Ativo: 		78.000
			Passivo Exigível: 23.000
			P.L. 78.000 – 23.000 = 55.000
Após: 		Ativo: 78.000 + 3.000 = 81.000 (+) 3000
			Passivo Exigível: 23.000 
			P.L. 81.000 – 23.000 = 58.000
Ex: A comercial Lumex ltda vendeu, à vista lustres por 34.000 sendo o custo de tais bens, 18.000. Assim; teremos:
Vendas = 34.000 (receita)
Custo = 18.000 (despesa)
Variação do P.L. = 34.000 – 18.000 = 16.000	(Lucro)
SINÔNIMOS:
Aluguéis	passivo =	Despesa de Juros = Aluguéis pagos
Aluguéis	ativo = Receitas de Juros = Aluguéis recebidos
RESUMO:
RECEITA – Ingresso de valores no Patrimônio através do Ativo. 
É uma origem de recursos
É creditada.
Aumenta o Ativo (Receita a Vista aumenta o Caixa, Receita a Prazo aumenta Duplicatas a Receber).
Aumenta o Patrimônio Líquido.
DESPESA – Saída de valores do Patrimônio.
É uma aplicação de recursos.
Diminui o Ativo (quando consumida e paga).
Aumenta o Passivo (quando consumida e não paga). O mesmo que apropriada.
Diminui o Patrimônio Líquido.
7 – CONTAS BILATERAIS E UNILATERAIS
Considerando os mecanismos de débito e crédito, as contas quanto ao funcionamento podem ser classificadas em:
BILATERAL e UNILATERAL.
CONTA BILATERAL – É aquela que recebe registros tanto a DÉBITO quanto a CRÉDITO.
Ex.: Caixa, Duplicatas a Receber (Clientes), Duplicatas a Pagar (Fornecedores), Banco c/movimento, Correção Monetária, etc.
CAIXA		 	 DUPLICATAS A PAGAR		 CORREÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO
 D C D C 	 D C
 100,00 20,00 200,00 500,00100,00 80,00
Uma conta Bilateral pode apresentar tanto saldo devedor como saldo credor. Quando apresenta saldo devedor é chamada
BILATERAL ATIVA (ex. caixa) e quando apresenta saldo credor é chamada
BILATERAL PASSIVA (Ex. Duplicatas a Pagar). A conta Correção Monetária do Balanço é uma conta de resultado Bilateral. (pode ser ativa ou passiva).
CONTA UNILATERAL – É aquela que só recebe registros a DÉBITO ou a CRÉDITO. 
Ex.: Capital Social, Veículos, Imóveis, Contas de Despesas, Contas de Receitas.
Uma conta unilateral que recebe somente registros a Débito apresenta saldo devedor, enquanto que a conta unilateral que recebe somente registros a crédito apresenta saldo credor.
 
 JUROS ATIVOS ALUGUEL PASSIVO SALÁRIOS
 D C D C D C
 500 120 600
	
	DÉBITO
	CRÉDITO
	SALDO
	ATIVO
	AUMENTA
	DIMINUI
	DEVEDOR
	PASSIVO
	DIMINUI
	AUMENTA
	CREDOR
	P.L.
	DIMINUI
	AUMENTA
	CREDOR
	DESPESA
	AUMENTA
	DIMINUI
	DEVEDOR
	RECEITA
	DIMINUI
	AUMENTA
	CREDOR
	CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO
	DIMINUI
	AUMENTA
	CREDOR
	CONTAS RETIFICADORAS DO PASSIVO
	AUMENTA
	DIMINUI
	DEVEDOR
Exemplos de contas Retificadoras:
	ATIVO
	PASSIVO
	P.L
	
	Juros a Transcorrer
	Capital a Realizar
	Provisão para crédito de liquidação duvidosa
	
	Prejuízos Acumulados
	Depreciação Acumulada
	
	Ações em Tesouraria
	Amortização Acumulada
	
	
	Exaustão Acumulada
	
	
	Provisão para ajuste de mercado
	
	
	Provisão para perdas prováveis
	
	
	Provisão para ajuste a valores presentes
	
	
 CONTABILIDADE (MÓD. II) 
14
Estrada da Cacuia nº 409 Ilha do Governador Tel: 2466-8332 / 3363-7612
13
			As retificadoras são contas que tem a função de reduzir o saldo de uma determinada conta do ativo, passivo ou patrimônio líquido. 
	ATIVO
	PASSIVO
	BENS
	OBRIGAÇÕES
	DIREITOS
	
	(-) RETIFICADORAS DO ATIVO
	(-) RETIFICADORAS DO PASSIVO
	
	PL
	
	CONTAS DO PL
	
	(-) RETIFICADORAS DO PL
Balancete de Verificação
É a relação de contas e seus respectivos saldos extraídos do Livro Razão, cujo objetivo é verificar se o total de débitos é igual ao total de créditos.
	DÉBITOS (SALDOS DEVEDORES)
	CRÉDITOS (SALDOS CREDORES)
	BENS
	OBRIGAÇÕES
	DIREITOS
	CONTAS DO PL
	RETIFICADORAS DO PASSIVO E PL
	RETIFICADORAS DO ATIVO
	DESPESAS
	RECEITAS
	TOTAL = TOTAL DE CRÉDITOS
	TOTAL = TOTAL DE DÉBITOS
8 – PLANO DE CONTAS
		É um conjunto composto pela relação ordenada e codificado das contas utilizadas pela entidade, bem como de todas as normas e procedimentos adotados pelo seu sistema contábil, objetivando servir como meio de padronização, a fim de facilitar à análise e elaboração dos registros e demonstrações contábeis.
		Cada empresa deverá elaborar o ser próprio plano de contas, de acordo com o seu porte, ramo de atividades e quaisquer outros fatores que determinem características peculiares relacionadas com seus controles internos e sistemas contábeis.
		Basicamente, o que irá determinar uma maior ou menor quantidade de informações contidas num plano de contas é o grau de exigência de seus usuários, o qual está diretamente vinculado à complexidade das operações realizadas pela empresa.
		O Plano de Contas não deve ser rígido e inflexível, ele deve ser organizado, permitindo que seja possível fazer tantas alterações quantas sejam necessárias e será elaborado de acordo com a estrutura e tamanho da empresa, obedecendo ao que determina a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, atualizada pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, quanto ao agrupamento das contas. 
Composição do Plano de Conta:
Elenco de Contas
É a estrutura do plano de contas. Compreende a relação ordenada e codificada de todas as contas utilizadas pela entidade.
No caso das empresa, a ordenação do plano de contas deve ser de acordo com o disposto na Lei 6.404/76. No caso de entidades ligadas a setores da economia de relevante controle governamental, tais como órgãos públicos, instituições financeiras e seguradoras, o plano de contas é padronizado pelos respectivos órgãos de fiscalização. 
Manual de Contas
Sua função é explicar o uso correto de cada conta componente do plano de contas, definindo os seguintes elementos:
Função: Razão da sua existência
Funcionamento: Quando a conta será debitada e quando será creditada
Natureza: Devedora ou Credora
Lançamento Explicativo
Usado para registro de acontecimento que raramente ocorre na empresa.
Contas de Compensação
São contas utilizadas para registro de acontecimentos que não afetam o patrimônio da empresa.
Ex: remessa de duplicatas ao Banco
Livro razão
Balancete Inicial
 Apuração => Resultado => Distribuição (Dividendos)
Balancete Final
Balanço
	ATIVO
	PASSIVO
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	Ativo Não Circulante
- Realizável a Longo Prazo
	Passivo Não Circulante
	- Intangível
	
	- Investimento 
	Patrimônio Líquido
	- Imobilizado
	+ Capital Social
	
	+ Reservas de Capital 
	
	
	
	+ Reservas de Lucro
	
	
	
	( - ) Capital a Realizar
	
	( - ) Ações em Tesouraria
	
	( - ) Prejuízos Acumulados 
+ ou – ajuste de avaliação patrimonial
ATIVO
        Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
        I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
Disponibilidades: representam bens numerários em poder da empresa, logo podemos entender que são valores utilizáveis como meio de pagamento. 
Exemplo:
Caixa, enquanto os bens numerários permanecerem no cofre da empresa;
Banco Conta Movimento, bens numerários depositados em conta corrente;
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata, aplicações financeiras que podem ser movimentadas livremente sem prazo de resgate;
Numerários em Trânsito, representam remessas de valores entre contas bancárias, desde que o valor seja conhecido na data do balanço.
Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Seguinte: São direitos a curto prazo, onde a realização financeira se dará até o término do exercício social seguinte ao do fechamento do Balanço Patrimonial. 
Entretanto é importante ressaltar que os direitos realizáveis, no sentido jurídico, compreendem os direitos reais e pessoais. Direitos pessoais são créditos a receber com pessoas física ou jurídica, como duplicatas a receber de um cliente, já os direitos reais compreendem o direito sobre a coisa própria, bens que serão realizados no exercício seguinte, como por exemplo: os estoques
	DIREITOS PESSOAIS
	DIREITOS REAIS
	Duplicatas a receber
	Estoques de mercadorias
	Clientes
	Estoques de Matérias Primas
	Promissórias a receber
	Estoques de Produtos Acabados
	ICMS a recuperar
	Estoques de Produtos em Elaboração
	Adiantamentos a fornecedores
	Estoques de Material de Expediente
Exemplo:
01.01.X1		exercício atual	31.12.x1
01.01.X2	exercício seguinte		31.12.x2
01.01.X3 	exercício após o seguinte	31.12.x3
Data do Balanço Patrimonial: 31.12.X1
Duplicatas a receber 100.000, data da realização financeira: 30.12.X 2 
Duplicatas a receber 500.000, data da realização financeira: 5/02/X3
Portanto no Balanço Patrimonial, em 31.12. X1, teremos:
Ativo
Circulante
Duplicatas a receber 100.000, a realizaçãofinanceira será no curso do exercício social seguinte
Não circulante
Realizável a longo prazo
Duplicatas a receber 500.000, uma vez que a realização financeira ultrapassa o término do exercício social seguinte. 
Obs: Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Despesas do Exercício Seguinte: são despesas antecipadas, cujos os fatos geradores incorrerão até o término do exercício social subseqüente. De acordo com o princípio da competência, as despesas pagas dentro do exercício mas que pertençam ao exercício subseqüente devem ser registradas no ativo circulante, e apropriação para o resultado do exercício ocorrerá a medida que o fato gerador desta despesa vai incorrendo.
Exemplo: 
Em 18.12.2009, a Cia Botafogo fez um seguro para suas instalações, pagando um valor de $ 24.000 para uma vigência de 12 meses, tendo início em 01.01.2010.
No exercício de 2009 o fato gerador da despesa de seguros ainda não incorreu, portanto o valor de 24.000, deverá ser apresentado no ativo circulante como prêmios de seguros a vencer
	   II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
Direitos Realizáveis após o Exercício Seguinte: São direitos cuja realização financeira se dará após o término do exercício subseqüente;
Os direitos derivados de negócios não usuais com sócios, acionistas, diretores, proprietários, coligadas e controladas deverão ser apresentados no balanço patrimonial no ativo não circulante realizável a longo prazo, independente do prazo de realização financeira do mesmo.
	OPERAÇÕES USUAIS 
	OPERAÇÕES NÃO USUAIS
	VENDA DO OBJETO PRINCIPAL DE COMERCIALIZAÇÃO:
	QUANDO NÃO FOR A VENDA DO OBJETO PRINCIPAL DE COMERCIALIZAÇÃO:
	venda de mercadorias
	venda de bens do imobilizado
	venda de produtos acabados
	venda de bens ou direitos do investimento
	venda de serviços
	adiantamentos
	
	empréstimos
De acordo com o art. 183, inciso VIII e art. 184, inciso III, os direitos e as obrigações a longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais quando houver efeito relevante. 
Exemplo:
	Duplicatas a receber a longo prazo 100.000, supondo que há 10.000 de juros embutidos no saldo das duplicatas.
BALANÇO APÓS O AJUSTE
	ATIVO
	PASSIVO
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	CAIXA 200.000
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	DUPLICATAS A RECEBER L/P 100.000
	
	(-) PROVISÃO PARA AJUSTE A VALOR PRESENTE (10.000)
	PL
	
	CAPITAL 200.000
	
	(-) PREJUÍZOS ACUMULADOS (10.000)
	TOTAL 290.000
	TOTAL 290.000
        III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
	São bens e direitos que não são usados nas atividades da empresa e que não podem ser classificados em outros grupos e subgrupos do ativo, como obras de arte, ações em outras empresas e imóveis de renda (destinados à locação).
	No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem ser classificadas as participações societárias permanentes, assim entendidas as importâncias aplicadas na aquisição de ações e outros títulos de participação societária, com a intenção de mantê-las em caráter permanente, seja para se obter o controle societário, seja por interesses econômicos, entre eles, como fonte permanente de renda.
Essa intenção será manifestada no momento em que se adquire a participação, mediante sua inclusão no subgrupo de investimentos (caso haja interesse de permanência) ou registro no ativo circulante (não havendo esse interesse).
Será, no entanto, presumida a intenção de permanência sempre que o valor registrado no ativo circulante não for alienado até a data do balanço do período-base seguinte àquele em que tiver sido adquirido o respectivo direito.
        IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
	Diferentemente do investimento, são bens materiais duráveis que serão utilizados no desenvolvimento das atividades da entidade em mais de um exercício social.
Exemplo:
máquinas, equipamentos, imóveis de uso, móveis e utensílios, ferramentas, computadores, veículos, terrenos, instalações, equipamentos de computadores (hardwares), obras em andamento etc
       V – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
	Resulta de direitos contratuais que tem por objeto bens imateriais, que serão utilizados no desenvolvimento das atividades da entidade em mais de um exercício social, como marcas, patentes, fundo de comércio, concessões obtidas, direitos de exploração de minérios ou florestas, softwares etc.
                     A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: 
        a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
        b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
        c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.   
  
   
	Ex: 
	ATIVO
	PASSIVO
	INVESTIMENTO
	
	IMOBILIZADO
	
	VEÍCULOS 100.000
	
	(- ) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 20.000
	
	INTANGÍVEL
	
	CONCESSÕES OBTIDAS 1.000.000
	
	( - ) AMORTIZAÇÃO ACUMULADA 100.000
	
	DIREITOS DE EXPLORAÇÃO 2.000.000
	
	( - ) EXAUSTÃO ACUMULADA 200.000
	
 
	Este assunto será mais bem explicado no capítulo 7.
PASSIVO 	
         Art. 180.  As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
	As obrigações cujo o prazo de vencimento ocorra até o término do exercício social seguinte ao do fechamento do balanço patrimonial, deverão ser classificadas no passivo circulante, caso ultrapasse esse prazo serão consideradas obrigações a longo prazo, logo classificadas no balanço como passivo não circulante. 
	
Resultados de Exercícios Futuros 
        Art. 181. Serão classificados como resultados de exercícios futuros as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a ela correspondentes e não sujeitas a devolução de bens ou serviços.
 (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
		 Art. 299-B O saldo existente no resultado de exercícios futuros em 31 de dezembro de 2008 deverá ser classificado para o passivo não circulante em conta representativa de receita diferida. (MP 249/08)
	São receitas antecipadas, onde o recebimento ocorre antes da realização do fato gerador da receita. De acordo com o princípio da competência as receitassomente deverão ser levadas ao resultado do exercício caso estejam realizadas dentro do exercício social
Entretanto, cabe ressaltar, que serão consideradas como resultados de exercícios futuros as receitas antecipadas, deduzidas de seus respectivos custos e despesas, mas não sujeitas a devolução de bens ou serviços. 
	ATIVO
	PASSIVO
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	ALUGUÉIS ATIVOS A VENCER
	
	(-) CUSTOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
	
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
      
O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo de contas que registra o valor contábil pertencente aos acionistas ou quotistas.
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, a divisão do patrimônio líquido será realizada da seguinte maneira:
 
a) Capital Social
b) Reservas de Capital
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial
d) Reservas de Lucros
e) Ações em Tesouraria
f) Prejuízos Acumulados.
  Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
	O Capital Social corresponde o montante subscrito no estatuto da empresa, logo é o valor que os sócios se comprometem a investir na empresa.
	A parcela não realizada corresponde parte do capital que ainda não está integralizado no ativo, ou seja, os sócios ainda não entregaram à empresa, portanto representado no patrimônio pela conta capital a realizar.
Exemplo:
Cia Botafogo constitui um capital, no valor de 500.000, sendo integralizados no ato, em dinheiro, 250.000, ficando o restante a ser integralizado futuramente.
	ATIVO
	PASSIVO
	CAIXA 250.000
	
	
	PL
	
	CAPITAL Subscrito 500.000
	
	(-) CAPITAL A REALIZAR (250.000)
	TOTAL 250.000
	250.000
CAPITAL SUBSCRITO 500.000 (montante subscrito)
(-) CAPITAL A REALIZAR (250.000) (parcela não realizada)
= CAPITAL SOCIAL 250.000
	        § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
Corresponde o montante que ultrapassar o capital no momento da integralização. O capital social, no estatuto, é divido em número de ações em virtude desse motivo as mesmas possuem valor nominal, o ágio é exatamente o valor pago pelo subscritor acima do valor nominal das ações.
Exemplo:
Foram emitidos 100.000 ações com os valores nominais de 10,00 cada, adquiridas pelos acionistas por 15,00.
	ATIVO
	PASSIVO
	CAIXA 1.500.000
	
	
	PL
	
	CAPITAL SOCIAL 1.000.000
	
	Ágio na Emissão de Ações 500.000
	TOTAL 1.500.000
	TOTAL 1.500.000
o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
São títulos de créditos negociáveis, sem valor nominal, emitidas por companhias fechadas, que dão aos titulares a participarem, no máximo em 10%, no lucro da empresa e por um período máximo de 10 anos, e quando não resgatadas no período máximo da sua emissão, serão convertidas em ações da companhia.
A reserva de capital corresponde o valor da venda destes títulos.
Exemplo:
Alienação de partes beneficiárias no valor de 100.000
BALANÇO ANTES DA VENDA
	ATIVO
	PASSIVO
	CAIXA 500.000
	
	
	PL
	
	CAPITAL 500.000
	TOTAL 500.000
	TOTAL 500.000
BALANÇO APÓS A VENDA
	ATIVO
	PASSIVO
	CAIXA 600.000
	
	
	PL
	
	CAPITAL 500.000
	
	ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS 100.000
	TOTAL 600.000
	TOTAL 600.000
Bônus para subscrição são títulos negociáveis, emitidos por sociedades anônimas, dentro do limite para aumento do capital autorizado previsto no estatuto da empresa, e que dão aos seus titulares o direito de subscreverem novas ações.
A reserva de capital corresponde o valor da venda desses títulos.
Exemplo:
Venda de bônus para subscrição no valor de 100.000
BALANÇO ANTES DA VENDA
	ATIVO
	PASSIVO
	CAIXA 500.000
	
	
	PL
	
	CAPITAL 500.000
BALANÇO APÓS A VENDA
	ATIVO
	PASSIVO
	CAIXA 600.000
	
	
	PL
	
	CAPITAL 500.000
	
	BÔNUS PARA SUBSCRIÇÃO 100.000
        c) doações e subvenções para investimentos  (Revogado pela Lei nº 11.638)
prêmios recebidos na emissão de debêntures. (Revogado pela Lei nº 11.638)
       § 3°  Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
exemplo: 
	Supondo que uma Cia avalie um imóvel adquirido por $ 100.000, a valor justo por $ 150.000.
			BALANÇO ANTES DA AVALIAÇÃO
	ATIVO
	PASSIVO
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	CAIXA 200.000
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	IMOBILIZADO
	
	IMÓVEL 100.000
	PL
	
	CAPITAL 300.000
	TOTAL 300.000
	TOTAL 300.000
											
BALANÇO APÓS A AVALIAÇÃO
	ATIVO
	PASSIVO
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	CAIXA 200.000
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	IMOBILIZADO
	
	IMÓVEL 150.000
	PL
	
	CAPITAL 300.000
	
	AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 50.000
	TOTAL 350.000
	TOTAL 350.000
	
        § 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
	Corresponde parte do lucro que permanecerá no patrimônio líquido. A princípio todo o resultado do exercício deve ser distribuído aos acionistas da empresa, a não ser que existam fortes razões para não fazê-lo, como a constituições de algumas reservas de lucro.
Exemplo:
Lucro líquido do exercício 100.000
Reserva de lucro 5%
5% X 100.000 = 5000, portanto a empresa constituirá uma reserva de lucro no valor de 5.000 o restante deverá ser distribuído aos acionistas sobre a forma de dividendos.
	Lucro líquido
	→
	Lucros acumulados
	→ 
	Reservas de lucro
	BALANÇO ANTES DA DISTRIBUIÇÃO DO RESULTADO O EXERCÍCIO
	ATIVO
	PASSIVO
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	CAIXA 30.000
	
	ESTOQUE 100.000
	
	DUPLICATAS A RECEBER 70.000
	PL
	
	CAPITAL 100.000
	
	LUCROS ACUMULADOS 100.000
	TOTAL 200.000
	TOTAL 200.000
		
CONSTITUIÇÃO DA RESERVA DE LUCRO DE 5.000
	ATIVO
	PASSIVO
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	CAIXA 30.000
	
	ESTOQUE 100.000
	PL
	DUPLICATAS A RECEBER 70.000
	CAPITAL 100.000
	
	LUCROS ACUMULADOS 95.000
	
	RESERVA DE LUCRO 5.000
	TOTAL 200.000
	TOTAL 200.000
	PROVISIÃO DOS DIVIDENDOS A SEREM PAGOS
	ATIVO
	PASSIVO
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	CAIXA 30.000
	DIVIDENDOS A PAGAR 95.000
	ESTOQUE 100.000
	PL
	DUPLICATAS A RECEBER
	CAPITAL 100.000
	
	RESERVA DE LUCRO 5.000
	TOTAL 200.000
	TOTAL 200.000
      
Os lucros ou prejuízos representam resultados acumulados obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera de absorção futura (quando prejuízos).
 
Com o advento da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008, o saldo final desta conta não poderá mais ser credor.
 
Respectivos saldos de lucros acumulados precisam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembléia geral ordinária. Observe-se que a obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações.
 
Essa conta continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros.
 
Desta forma, para as sociedades porações,  o saldo respectivo deverá ser composto apenas pelos eventuais prejuízos acumulados (saldo devedor), não absorvidos pelas demais reservas.
 
Entretanto, para as demais sociedades (como as limitadas, exceto aquelas consideradas de grande porte e sujeitas à Lei 6.404/1976), a conta lucros acumulados poderá continuar apresentando saldo nos balanços encerrados a partir de 31.12.2008, conforme se desprende do item 115 da CT 03 - Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008, aprovado pela Resolução CFC 1.157/2009, adiante reproduzido:
 
"A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. Assim, saldos nessa conta precisam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembléia geral ordinária."
  § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
	Portanto as ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como retificadoras das reservas.
 	São ações representativas do capital de empresa adquiridas pela própria entidade e mantidas em tesouraria, de acordo com a lei das S/A, no limite do saldo das reservas, exceto a reserva legal. 
Exemplo:
	A Cia Botafogo adquiriu ações próprias, no valor de 50.000, a serem mantidas em tesouraria.
BALANÇO ANTES DA AQUISIÇÃO
	ATIVO
	PASSIVO
	CAIXA 300.000
	
	
	PL
	
	CAPITAL SOCIAL 200.000
	
	RESERVA DE LUCRO 100.000
	TOTAL 300.000
	TOTAL 300.000
											BALANÇO APÓS A AQUISIÇÃO
	ATIVO
	PASSIVO
	CAIXA 250.000
	
	
	PL
	
	CAPITAL SOCIAL 200.000
	
	RESERVA DE LUCRO 100.000
	
	(-) AÇÕES EM TESOURARIA 50.000
	TOTAL 250.000
	TOTAL 250.000
	ATIVO
	PASSIVO
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	DISPONÍVEL
	OBRIGAÇÕES COMERCIAIS A SEREM PAGAS ATÉ O TÉRMINO DO EXERCÍCO SOCIAL SEGUINTE
	Caixa
	Títulos pagar
	Banco conta movimento
	Fornecedores
	Aplicações de liquidez imediata
	Duplicatas a pagar
	
	Fretes a pagar
	
	Adiantamento de clientes
	CRÉDITOS A SEREM REALIZADOS ATÉ O TÉRMINO DO EXERCÍCO SOCIAL SEGUINTE
	
	Icms a recuperar
	Obrigações fiscais
	Duplicatas a receber
	Icms a recolher
	
	Pis a recolher
	(-) provisão para crédito de liquidação duvidosa
	Cofins a recolher
	Adiantamento a fornecedores
	Provisão para contribuição social
	
	Provisão para imposto de renda
	ESTOQUES
	
	mercadorias
	OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS
	Produtos em elaboração
	Salários a pagar
	(-) PROVISÃO PARA AJUSTE AO VALOR LÍQUIDO DE REALIZAÇÃO
	Provisão para 13° salário
	DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE (Aplicações de Recursos que Incorrerão no Exercício Social Seguinte)
	Fgts a recolher
	Prêmios de seguros a apropriar
	Inss a recolher
	
	Provisão para contingência
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	
	REALIZÁVEL A LONGO PRAZO A SEREM REALIZADOS APÓS O TÉRMINO DO EXERCÍCO SOCIAL SEGUINTE
	OUTRAS OBRIGAÇÕES
	CRÉDITOS
	Financiamentos bancários
	Duplicatas receber
	Aluguéis a pagar
	Empréstimos a sócio (OPERAÇÕES NÃO USUAIS COM SÓCIOS, ACIONISTAS, DIRETORES, PROPRIETÁRIO, COLIGADAS E CONTROLADAS)
	
	
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	
	EXIGÍVEL A LONGO PRAZO A SEREM PAGAS APÓS O TÉRMINO DO EXERCÍCO SOCIAL SEGUINTE
	INVESTIMENTOS
	Financiamento bancários
	Ações de outras sociedades
	Duplicata a pagar
	Obras de arte
	RESULTADOS DE EXERCÍCOS FUTUROS (receitas antecipadas não sujeitas a devoluções de bens ou serviços)
	
	( - ) Custos de Exercícios Futuros
	Imóveis de renda
	Aluguéis ativos a apropriar
	(-) PROVISÃO PARA PERDAS PERMANENTES EM INVESTIMENTOS
	Prêmios na emissão de debêntures
	IMOBILIZADO (os direitos que tenham por objeto bens corpóreo destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa o exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens) 
	
	Veículos
	
	Móveis e utensílios
	
	Imóveis
	
	máquinas
	
	(-) depreciação acumulada
	
	Direito de exploração de minas e jazidas
	
	(-) exaustão acumulada
	
	INTANGÍVEL
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Fundo de comércio
	Capital social
	Marcas e patentes
	(-) Capital a Realizar
	
	+ ou (-) ajustes de avaliação patrimonial
	(-) amortização acumulada
	
	
	Reservas de capital
	
	Reservas de lucros
	
	(-) ações em tesouraria
	
	(-) Prejuízos acumulados
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