Introdução ao estudo do Direito - Aula 7 estacio.

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CCJ0003 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Aula 07: Teoria da Relação Jurídica
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Introdução ao Estudo do Direito
Conteúdo desta aula
RELAÇÃO JURÍDICA: CONCEITO E DISTINÇÕES
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ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
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ESPÉCIES DE RELAÇÕES JURÍDICAS
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RELAÇÕES JURÍDICAS DE DIREITO MATERIAL E DE DIREITO PROCESSUAL
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PRÓXIMOS 
PASSOS
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
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Relações Jurídicas
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
Sociedade
Relações:
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Contexto Histórico
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
Afirma-se que o estudo das relações jurídicas teve início a partir dos trabalhos formulados por Savigny, no século XIX, que definiu a relação jurídica como “um vínculo entre pessoas, em virtude do qual uma delas pode pretender algo a que a outra está obrigada”.
A relação jurídica é um vínculo que une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato jurídico, cuja amplitude relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos.
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Conceito de Relação Jurídica
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
Relação jurídica é o vínculo entre duas ou mais pessoas conferindo-se a uma ou algumas delas o direito subjetivo de exigir da(s) outra(s) o cumprimento de um dever.
Relação jurídica é toda relação social tutelada ou regulada pelo Direito.
No plano objetivo (relativo ao objeto)
No plano subjetivo (relativo aos sujeitos)
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Relações Jurídicas
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
As relações jurídicas ligam pessoas, conferindo direitos e gerando obrigações para as partes envolvidas.
Exemplo: João, desejando comprar um carro, chega a José, que lhe vende o automóvel. Tal fato obriga João apagar o preço e José à entrega do veículo (art. 481 e ss do CC).
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Exemplo: em uma compra e venda, o conteúdo da relação jurídica é a obrigação da entrega do objeto e o poder de exigir o preço, por um lado, e o dever do pagamento do preço e direito de exigir a entrega da coisa, de outro.
Conteúdo da Relação Jurídica
É o poder conferido ao titular do Direito subjetivo. Os homens, ao estabelecerem uma relação jurídica, criam entre si direitos e obrigações. Tais direitos e obrigações compõem o conteúdo da relação jurídica.
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Elementos da Relação Jurídica
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
São os elementos necessários para que a relação jurídica tenha existência.
Paulo Nader classifica como: sujeitos, objeto e o vínculo de atributividade.
Manuel de Andrade classifica como: sujeitos, objeto, fato gerador e garantia.
Orlando Gomes classifica: sujeitos, objeto e fato propulsor.
Seguindo a corrente dominante, adotamos a corrente que alinha sujeitos, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo.
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Elementos da Relação Jurídica: Sujeitos
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
São as pessoas (jurídica ou física) entre as quais a relação jurídica se estabelece. 
Pode existir mais de um em cada polo.
O direito subjetivo e o dever jurídico são um poder e um dever de certas pessoas que estão entre si em relação:
Sujeito Ativo
Titular do Direito
Sujeito Passivo
Responsável pelo 
cumprimento da obrigação
Sujeitos da Relação Jurídica
Os sujeitos (ativo e passivo) são as partes envolvidas na relação jurídica. As pessoas não envolvidas são conhecidas como terceiros.
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Elementos da Relação Jurídica: Sujeitos
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
Sujeito Passivo
Responsável pelo 
cumprimento da obrigação
Sujeito Ativo
Titular do Direito
Facultas agendi
Norma agendi
VÍNCULO JURÍDICO
MUNDO DOS DIREITOS
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Elementos da Relação Jurídica: Objeto
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É o próprio objeto do direito subjetivo, são as coisas ou utilidades sobre as quais incide o interesse legítimo do sujeito ativo a que se refere o dever do sujeito passivo. 
Pode ser:
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Elementos da Relação Jurídica: Fato Jurígeno ou Gerador
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
É um fato a que a lei atribui um especial efeito (fato gerador ou fato jurídico). Os fatos jurígenos são os fatos que dão origem:
À constituição de uma relação jurídica (fatos constitutivos)
À modificação de uma relação jurídica (fatos modificativos)
À extinção de uma relação jurídica (fatos extintivos)
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Elementos da Relação Jurídica: Garantia
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
O direito caracteriza-se pela coercibilidade que acompanha os seus preceitos. À infração dos deveres que as normas jurídicas impõem, segue-se um procedimento sancionatório, a aplicação de sanções jurídicas. 
A sanção em matéria de direito privado não atua geralmente por iniciativa direta do Estado, mas a solicitação dos titulares dos correspondentes direitos subjetivos.
E toma, sobretudo, a forma de uma reparação, da garantia de obter coativamente à realização do interesse reconhecido por lei, ou indenização equivalente.
Fonte: ambito-juridico.com.br
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Elementos da Relação Jurídica: Vínculo
AULA 07: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
Exemplo: na batida entre dois veículos, o título legitimador é a lei, em razão do ato ilícito praticado (art. 186 e 927, CC).
Ele surge com a ocorrência do Fato gerador, que funciona como iniciador da relação jurídica. 
Dessa forma, a relação jurídica colocada na lei abstratamente, materializa-se com a ocorrência do fato jurídico (fato gerador), ligando os sujeitos em torno de um objeto e respaldando (garantia) o direito subjetivo como uma garantia para a efetivação daquele dever jurídico descrito na Lei.
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Espécies de Relações Jurídicas
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Relações Jurídicas Abstratas 
São aquelas em que não se individualizam os titulares dos direitos e obrigações. São relações jurídicas tal como colocadas na lei. 
Observação: antes de o fato ocorrer é abstrato. É o que está na lei. Quando ocorre, o fato se concretiza.
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Espécies de Relações Jurídicas
Relações Jurídicas Concretas
A lei aplicada ao caso concreto. É o abstrato tornando-se concreto pela ocorrência de um fato.
Os sujeitos são individualizados.
Exemplo: A bateu no carro de B. Sua conduta amoldou-se à regra do art.186 CC, uma vez que causou prejuízo a outrem. Agora, está ele obrigado a reparar o dano a B.
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Espécies de Relações Jurídicas
Relações Jurídicas Simples
Quando os direitos são conferidos a uma das partes e somente deveres a outra parte. 
Exemplo: no testamento, o sujeito ativo é aquele que faz o testamento e o passivo é o testamenteiro (aquele que vai abrir o testamento e dizer quem é o beneficiário, e pode ser herdeiro — depende do tipo de testamento).
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Relações Jurídicas Complexas
São aquelas em que os direitos e as obrigações recaem sobre ambos os sujeitos da relação.
Exemplo: contrato de compra e venda.
O contrato de compra em venda é uma relação jurídica, mas não dá para saber quem é a pessoa ativa e quem é a passiva, pois todos os dois possuem direitos e obrigações. Só poderá ser realmente definido quando existir algum problema no contrato, como uma das partes não cumprir uma cláusula.
O sujeito ativo, então, nesse caso, é quem entra com a ação.
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Espécies de Relações Jurídicas
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Relações Jurídicas Principais
Têm vida autônoma, não dependem de nenhuma outra relação jurídica para sobreviver.
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Relações Jurídicas Acessórias
Dependem de uma outra relação jurídica, não têm autonomia.
Exemplo: o contrato de sublocação gera uma relação jurídica acessória à da locação, que é a principal. Efeito disso é que, uma vez rescindido o contrato de locação, rescindido estará automaticamente o de sublocação, uma vez que a relação acessória sempre seguirá a principal, pois a relação acessória não tem vida autônoma.
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Relações Jurídicas Públicas
O Estado sempre atua em posição de superioridade.
Exemplo: poder rescindir o contrato sem nenhuma pena. O interesse público supera o particular.
Em uma concessão tipo prefeitura com particular, o Estado tem privilégios. 
Exemplo: os contratos administrativos em que o Estado goza de certos privilégios frente ao particular.
As relações jurídicas podem ser uma ou mais, não necessariamente terá de ser uma única. Pode, por exemplo, ser concreta, complexa e principal.
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Relações Jurídicas Privadas
As partes se encontram em posição de igualdade.
Só entre particulares. 
Exemplo: compra e venda.
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Relações Jurídicas Pessoais
Vinculam o titular do direito a um número determinado de pessoas.
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Relações Jurídicas Obrigacionais
Vinculam pessoas determinadas, sabendo-se quem são os sujeitos da relação.
Objetivo ou Material
Prestação
Subjetivo ou Pessoal
Sujeito Ativo (Credor) —Sujeito Passivo (Devedor) 
Elementos da Relação Obrigacional
Ideal, Imaterial ou Espiritual
Vínculo Jurídico
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Relações Jurídicas Reais
Vinculam o titular do direito a um número indeterminado de pessoas. 
Uma parte da relação é determinada e a outra indeterminada.
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Relações Jurídicas Absolutas
São aquelas que vinculam aos seus efeitos todas e quaisquer pessoas e não apenas as pessoas diretamente envolvidas (operam “erga omnes”).
Exemplo: se eu mudo meu nome, vale para todos, todos terão que aceitar meu novo nome não apenas eu.
Exemplo: direitos personalíssimos e direitos reais (uso, habitação, propriedade).
Os direitos personalíssimos são honra, liberdade. 
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Relações Jurídicas Relativas
Dizem respeito e vinculam aos seus efeitos apenas as pessoas diretamente envolvidas. As pessoas estranhas à relação não são abrangidas. São também chamadas relações pessoais e obrigacionais (inter partes).
Observação: pode ser só uma relação ou até as duas. 
Exemplo: direito de família, relações contratuais, relações sucessórias. Direito de família, sucessão — pessoal. Obrigacional seria a contratual.
Exemplo: em uma separação, posso ter relação pessoal ou obrigacional com relação aos alimentos. Posso pedir ou não, mas, se pedir, passo a ser obrigado a dar.
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Relações Jurídicas de Direito Material
Relações Jurídicas Civis
Estabelecem-se entre pessoas consideradas em pé de igualdade. 
São as relativas à pessoa em si mesma ou no seio da família, bem como as decorrentes da sucessão “mortis causa” (casamento, nascimento, óbito, inventário, adoção etc.), além daquelas estabelecidas entre particulares de caráter patrimonial (contratos, propriedade etc.) art. 1533 CC — Casamento, Contrato 481 CC..
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Espécies de Relações Jurídicas
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Relação Jurídica Penal 
É aquela que o Estado (titular do direito de punir) trava contra o autor de uma conduta definida como crime na Lei.
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Relações Jurídicas de Direito Material
Relação Jurídica Tributária
 
Estabelece-se entre o Estado e o particular, com a finalidade de criar e cobrar tributos, visando prover recursos que se voltarão para benefício de toda a sociedade.
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AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Ler o capítulo 7 – Direito Subjetivo, Objetivo e Potestativo, páginas 115 a 133, do Livro Didático de Introdução ao Estudo do Direito.
Resolver o caso concreto e a questão objetiva da aula 8 e postar os resultados no SAVA.
Navegar pelos demais itens das trilhas de conhecimento do SAVA.
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