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RADIOLOGIA CONVENCIONAL I TECNICAS RDIOLÓGICAS I TNR JULIENE G. DA SILVA INTRODUÇÃO Vamos relembrar! Descoberta dos raios X; 1985? Elementos radioativos; 1902 Tório? Danos causados; Aplicação. 1895 RÁDIO Tópicos da aula 1. Radiação X 2. Produção dos raios-x 3. Radiação bremsstrahlung 4. Radiação Característica 5. Efeitos Danosos 6. Coadjuvantes na formação dos raios-x PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FÍSICA O átomo é o alicerce para a compreensão da interação entre radiação ionizante e matéria. Matéria é tudo que tem massa e ocupa espaço. A matéria contém energia condensada. Átomo Os átomos são as unidades fundamentais de qualquer elemento particular. Não podem ser divididos, mas podem ser quebrados em partículas menores ainda, de característica subatômica próprias, a dissociação ocorre com utilização de técnicas especiais utilizando-se de energias de alta performance. A órbita atômica é mantida pela força eletrostática de atração produzida pelas cargas negativas dos elétrons e positivas do núcleo, que balanceia uma força centrifuga. Partícula NÚCLEO ELÉTRON PRÓTON NEUTRON REX O INTERIOR DO ÁTOMO No centro de um átomo está o seu núcleo, que apesar de pequeno, contém quase toda a massa do átomo. Os prótons e os nêutrons são as partículas nele encontradas, cada um com uma massa atômica unitária. O Número de prótons no núcleo estabelece o número atômico do elemento químico e, o número de prótons somado ao número de nêutrons é o número de massa atômica. Os elétrons ficam fora do núcleo e tem pequena massa. Características das Partículas: Prótons: tem carga elétrica positiva e uma massa unitária. Nêutrons: não tem carga elétrica, mas tem massa unitária. Elétrons: tem carga elétrica negativa e quase não possuem massa. Camadas da Órbita Cada camada ou órbita tem sua própria energia eletrostática, produzida pela interação das cargas magnéticas e pela excitação dos elétrons, o que produz uma força centrifuga, mantendo esses elétrons em movimento contínuo e orbital. Para que se desloque um elétron de sua órbita é necessário utilizarmos de uma energia superior àquela que o mantém em órbita. Para movermos um elétron de sua órbita para uma órbita mais distante do núcleo, a energia que precisa ser desprendida deve ser igual a diferença das energias presentes na órbita origem para a órbita para qual se tenta deslocar. Átomo K L M N O P Q K ENERGIA L EK > EL RADIAÇÃO É a propriedade que os núcleos instáveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas, para se tornarem estáveis. A reação que ocorre nestas condições, isto é, alterando o núcleo do átomo chama-se REAÇÃO NUCLEAR. Rádio-nuclídeo ou radioisótopo é um núcleo emissor de radiação. A radioatividade natural ocorre, geralmente, com os átomos de números atômicos maiores que 82 Ex: Radio, uranio, Tório, Polônio. RADIAÇÃO X Tipo de radiação de alta energia, com capacidade de penetrar em organismos vivos e atravessar tecidos de menor densidade. Ondas eletromagnéticas que se propagam a velocidade da luz. Tem o poder de penetrar diversas estruturas e impressionar películas radiográficas e florescer certos sais. É absorvido pelas partes mais densas do corpo, como os ossos e os dentes. Em razão dessa característica, o principal uso dos raios X é em radiografias para diagnóstico médico. TIPOS DE FONTES Equipamentos emissores de radiação ionizante: → Necessitam de fontes de energia para o funcionamento Materiais Radioativos: → Naturais ou produzidos artificialmente → Emitem radiação continuamente. Radioatividade Natural: A radioatividade natural ocorre espontaneamente na natureza em determinados elementos que emitem de seus núcleos as três emissões radioativas naturais: alfa (α), beta (β) e gama (γ). A sua descoberta se deu em 1896, quando Antoine Henri Becquerel (1852-1908), juntamente com o casal de cientistas Pierre Curie (1859-1906) e Marie Curie (1867-1934), começou a estudar os minérios de urânio que emitiam raios que impressionavam filmes fotográficos. Eles constataram que essa propriedade era comum a todas as substâncias que continham o elemento químico urânio e, portanto, devia ser o urânio o responsável pelos raios emitidos que impressionavam o filme. A propriedade do urânio em emitir esses raios foi chamada de radioatividade. Com o tempo, outros elementos ainda mais radioativos foram descobertos, tais como o polônio e o rádio. Em 1900, independentemente e praticamente de modo simultâneo, os cientistas Ernest Rutherford (1871-1937) e Pierre Curie (1859- 1906) identificaram experimentalmente as partículas alfa e beta emitidas espontaneamente pelo núcleo atômico instável dos elementos radioativos. E nesse mesmo ano, a radiação gama foi identificada pelo físico francês Paul Ulrich Villard (1860-1934). Uma aplicação importante de um isótopo radioativo natural é o método que utiliza o carbono 14 para determinar com certa precisão a idade de fósseis animais e vegetais, e até mesmo de objetos que sejam subprodutos de um ser vivo. Radioatividade Artificial: Já a radioatividade ou transmutação artificial está ligada ao bombardeamento de átomos por meio de partículas aceleradas (partículas alfa, beta, próton, nêutron, pósitron e dêuteron). Ocorre então uma transformação dos átomos do elemento bombardeado em átomos de outro elemento, que não ocorre naturalmente na natureza, mas que são induzidos em laboratório. O produto desse bombardeamento pode ser um isótopo natural do elemento químico bombardeado ou um isótopo artificial. O primeiro isótopo radioativo artificial foi produzido pelo casal de pesquisadores franceses Jean Frédéric Joliot- Curie (1900-1958) e Irène-Curie (1897-1956) – filha de Marie Curie. Como se pode ver abaixo, eles bombardearam uma placa de alumínio 27 com partículas alfa e obtiveram o isótopo radioativo artificial fósforo 30: 13 27Al + 2 4α → 15 30P + 0 1n IONIZAÇÃO Poder de penetração da partícula na matéria. depende: Sua capacidade de ionização depende da energia cinética expressa pela formula M x V=I que está relacionada a taxa de transferência de energia linear TEV A cada transferência a partícula perde energia. Peso atômico tamanho velocidade COMPRIMENTO DE ONDAS Onda: É uma perturbação que se propaga através de um meio. Toda onda transmite energia sem transportar matéria. Quanto a natureza podem ser: Mecânicas – necessitam de um meio material para se propagar (ex. som); Eletromagnéticas – não necessitam de um meio material para se propagar (ex. luz, raios X e raios gama) Comprimento de onda e Freqüência D W W F = 3 F = 2 Energia Energia Curtas Longas Natureza dos Raios X Radiação X Propaga-se em linha reta Elétrons • Frenagem • Transição para camadas internas Natureza dos Raios X Propriedades da Radiação X Fluorescência Certos sais • Platino-cianeto de bário • Tungstato de cálcio Impressão em películas e placas. Atravessa subst. Opacas... Natureza dos Raios X Propriedades da Radiação X Propagação • Velocidade • Linear Não tem influência de campo magnético e elétrico Natureza dos Raios X Propriedades da Radiação X Ionizam gazes Ações sobre células • Intensidade • Tempo • Características do tecido Utilização inadequada Campo de Aplicação Indústria Ciências da saúde e experimentos AgriculturaArqueologia Esterilização Segurança Tubo de raios x Produção de Raios x http://dent.osu.edu/radiology Componentes do Tubo de Raios X 1 2 4 3 5 8 6 7 9 1. cátodo 6. haste de cobre 2. filamento 7. envoltório de vidro 3. corrente de elétrons 8. raios x 4. vácuo 9. janela 5. alvo Produção de Elétrons Todo corpo posto em incandescência emite elétrons Filamento de tungstênio tem carga positiva provoca atração Quanto maior o grau de aquecimento (elétrons produzidos), tanto maior será a intensidade da corrente entre o cátodo e o anodo do tubo, e maior a quantidade de raios x produzida. filamento filamento quente elétrons http://dent.osu.edu/radiology Por Que o Vácuo? Elétrons acelerados sem a interferência de gás Oxidação prematura do filamento. Determinada condição pode provocar a ineficácia na perpetuação dos feixes, por obstruir a janela. Aceleração dos Elétrons Ocorre ao aplica um ddp entre o filamento e o ânodo. Produzindo energia cinética Calor e Radiação A energia do elétron, que é acelerada pela tensão V, é dada pela fórmula E = e.v e = 1,6x10 -19 Detenção Brusca dos Elétrons A energia cinética dos elétrons se transforma em outras formas de energia. 99,8% da energia cinética é convertida em calor e somente 0,2% a 1% em raios x. Princípio do Foco Linear Área focal efetiva Área focal real Alvo (Anodo) Cátodo RI http://dent.osu.edu/radiology + 110, 220 - 110, 220 positivo negativo Alvo positivo; Elétrons fluem Alvo negativo; Elétrons não fluem Alvo positivo; Elétrons fluem 0 Voltagem começa em zero e alcança um máximo de 110 a 220 antes de voltar a zero http://dent.osu.edu/radiology 1. Pressione o botão de exposição Produção de Raios X 2. Ativar o circuito de baixa voltagem para aquecer o filamento 3. Ativar o circuito de alta voltagem para puxar os elétrons4. Elétrons atravessam o tubo, chocam-se com o alvo e produzem raios x 5. A produção de raios x cessa, quando termina o tempo de exposição. Libere o botão de exposição. http://dent.osu.edu/radiology RADIAÇÃO GERAL (BREMSSTRAHLUNG) É produzida quando elétrons são freados bruscamente contra um anteparo. Quando elétrons acelerados passam perto dos núcleos dos átomos de tungstênio. Ou quando os elétrons colidem diretamente com o núcleo. Radiação Bremsstrahlung +Elétrons de alta velocidade do filamento entra no átomo de tungstênio Elétron desacelerado devido a carga positiva do núcleo; a energia e liberada em forma de raios x Elétron continua em direção diferente para interagir com outros átomos até perder toda sua energia http://dent.osu.edu/radiology Radiação de Bremsstrahlung Máxima energia Elétron de alta velocidade do filamento entra no átomo de tungstênio e choca-se com o alvo, perdendo toda sua energia e desaparecendo Os raios x produzidos têm energia igual a do elétron de alta velocidade; esta é a máxima energia possível + http://dent.osu.edu/radiology RADIAÇÃO CARACTERÍSTICA Ocorre quando um elétron acelerado da corrente do tubo remove um elétron das camadas do átomo que constitui o alvo consequentemente ionizando-o. Espaço vazio será preenchido por um elétron de outra camada próxima havendo a produção de raio x de baixa intensidade. É somente uma menor porção da fonte de radiação emitida em um tubo de raios x. Sua energia é característica do alvo envolvido Produção de Radiação Característica L K M Elétron de alta velocidade com pelo menos 70 kev de enrgia (deve ser maior do que a energia de ligação do átomo de tungstênio) atinge o elétron na camada k, deslocando-o de sua órbita Eletron ejetado deixa o átomo Elétron com pouca energia deixa o átomo vacância Raios x com 59 kev de energia produzido. 70 (energia de ligação do elétron da camada K) menos 11 ( energia de ligação de elétron da camada L) =59 Elétron da camada L cai para preencher a vacância na camada K http://dent.osu.edu/radiology Fatores Físicos de controle do feixe e limitadores de dose Kv MaS Frequência Timer O timer controla a duração da exposição. Os números pretos representam os impulsos. Os vermelhos são os segundos. Botão de Exposição O timer determina a duração da exposição, não quanto tempo você segura o botão de exposição; você não é capaz de expor em excesso (sobre expor) segurando o botão de exposição por um período de tempo maior. Contudo, você pode sub expor liberando o botão de exposição mais cedo; A exposição termina assim que você solta o botão. http://dent.osu.edu/radiology mA setting Seletor de milliAmpere (mA) O ajuste da miliamperagem determina a quantidade de corrente que passará pelo filamento no cátodo. Este filamento é muito fino, não suporta muita corrente (voltagem) para aquecê-lo. Quanto maior o ajuste da miliamperagem maior a temperatura do filamento e maior a quantidade de elétrons que saõ produzidos. http://dent.osu.edu/radiology Circuitos Geradores de Raios x Transformador de Baixa Tensão Autotransformador Transformador de Alta Tensão Transformador de Baixa Tensão Se a voltagem fluindo através do filamento é alta demais, o filamento irá queimar. A fim de reduzir a voltagem, a corrente passa por um transformador de redução de voltagem antes de alcançar o filamento. A voltagem que chega ao transformador de baixa voltagem é determinada pelo ajuste de miliamperagem. O tranformador de baixa voltagem reduz a voltagem de entrada a cerca de 10 V, que resulta numa corrente de 4-5 amperes passando pelo filamento. Tranformador de Baixa Tensão Primário Secundário 110 volts ou menos F lu x o d e c o rre n te 10 volts F lu x o d e c o rre n te A corrente entra no transformador de baixa voltagem no lado primário (input) e sai no lado secundário (output). Quanto menos voltas no enrolamento secundário, menor será a voltagem na saída. O enrolamento primário abaixo terá 110 voltas, o secundário 10. (cada giro do espiral é uma “volta”; o número de voltas no diagrama abaixo, foi reduzido para facilitar a visualização. http://dent.osu.edu/radiology Controlador de kiloVolt pico (kVp) kVp readout kVp control knob O controlador de KVp regula a voltagem do tubo de raios x. (1 KV representa 1000V; 70 KV é igual a 70.000 V. Um ajuste de um pico de 70 KVp significa que o pico, ou voltagem máxima é 70.000V. Quanto maior a voltagem, mais rápido os elétrons viajam do filamento para o alvo. O botão de controle de KVp regula o autotransformador. http://dent.osu.edu/radiology Autotranformador O autotransformador determina quanta voltagem irá ao transformador de alta voltagem. Basicamente, um transformador é uma série de fios enrolados. No autotransformador, quanto mais voltas do enrolamento forem selecionados (usando o botão do controle de KVp) maior será a voltagem através do tubo de raios x. Isto é similar a função do reostato. O slide seguinte mostra como isto funciona. A voltagem da linha de entrada será de 110 V. A voltagem de saída será de 65 V se o controle de KVp estiver ajustado para 65. A voltagem de saída será de 80 se tiver ajustado para 80. 110 V 65 volts flu x o d e c o rre n te Autotransformador: oajuste inicial é 65;65 volts deixam o autotransformador. 80 volts Transformador de alta voltagem Autotransformador: se o ajuste for mudado para 80;80 volts saem do autransformador. http://dent.osu.edu/radiology A voltagem vinda do autotransformador em seguida passa pelo transformador de alta voltagem, onde é drasticamente aumentada. A voltagem de saída do transformador de alta é mil vezes mais alta que a de entrada. Por exemplo, se você selecionar no botão de KVp para 65, 65 volts deixaram o autotransformador. Estes 65 V são aumentados para 65.000 V no transformador de alta. (O “k” em kVp equivale a mil; 65 kV é 65.000 volts). O lado do transformador de alta em que a voltagem entra (lado primário) tem muito menos voltas no enrolamento que o lado de saída. Transformador de Alta Voltagem Transformador de Alta Voltagem Primário Secundário 65-90 volts F lu x o d e c o rre n te 65.000 para 90.000 volts F lu x o d e c o rre n te A corrente entra no transformador de alta no lado primário (input) e sai no lado secundário (output). Quanto mais voltas no enrolamento do lado secundário, maior será a voltagem de saída. O enrolamento secundário do transformador de alta tem mil vezes mais voltas que o primário. (novamente, o número de voltas foi reduzido para fácil visualização). http://dent.osu.edu/radiology Botão de exposição óleo filtro O aparelho de raios x está ligado na tomada elétrica (110 volts em geral) A duração da exposição é selecionada com o timer.Quando o botão de exposição é pressionado, a corrente flui no cabeçote do tubo de raios x. Isto ativa o circuito de baixa voltagem que aquece o filamento. Enquanto mantiver o botão pressionado, o circuito de alta voltagem está ativo para empurrar os elétrons para o alvo. filamento Os raios passam através do filtro e colimador antes de sairem do aparelho. Transf. de Alta Transf. de Baixa colimador http://dent.osu.edu/radiology PROPRIEDADES DOS RAIOS X 1. Capacidade de penetrar corpos opacos 2. Capacidade de afetar os sais halogenados de prata do mesmo modo que a luz 3. Capacidade de produzir fluorescência ou reluzir em contato com cristais de determinados compostos químicos 4. Os raios x são invisíveis e viajam em linha reta com a mesma velocidade da luz 5. Comumente não sofrem reflexão ou refração e não podem ser focalizados por lentes 6. Os raios x não são desviados pela ação de um campo magnético ou elétricos diferença capital com os raios catódicos 7. Os raios x tem amplo espectro de comprimento de onda,entre 0,01- 0,05 nm de comprimento 8. Os raios x não podem ser focalizados em um ponto;ao longo da distância o feixe diverge,muito semelhante ao feixe luminoso 9. Os raios x são absorvidos de formas diferentes pela matéria
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