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TENS
Eletroestimulação nervosa transcutânea
Dor
A dor é um mecanismo fisiológico e intrínseco do corpo, trata-se de uma estratégia de defesa do organismo que cria uma espécie de alerta para sinalizar quando há alterações que possam trazer riscos ao seu funcionamento. dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita em termos de tal dano.
Terminações nervosas livres de neurônios aferentes primários presentes nos diferentes tipos de tecidos como pele, músculos, articulações, vasos, meninges, ossos e vísceras responsáveis pela captação de qualquer estímulo nocivo ao corpo. são ativador por:
Estímulos térmicos
Estímulos físicos ou mecânicos
Estímulos elétricos
Estímulos químicos
É necessário que o estímulo atinja o seu limiar de descarga, que é muito mais elevado do que as outras terminações nervosas como termoceptores, mecanoceptores, baroceptores, somente será ativado quando for um estímulo de alta intensidade.
O estímulo álgico é conduzido até a medula espinhal através das fibras sensitivas aferentes, 
Fibras mielinizadas de pequeno diâmetro (TIPO Aδ) conduzem a dor aguda.
Fibras não-mielinizadas de pequeno diâmetro (TIPO C) conduzem a dor crônica
Dor rápida
- Ocorre a 0,1 segundo após a aplicação do estimulo doloroso, com sensação em pontada, ou agulhada;
- Ocorre nos tecidos superficiais;
Ela é transportada pelas fibras dolorosas do tio A delta (velc. 6 a 30m/seg), com um limiar alto, podendo levar a um sofrimento prolongado e insuportável;
- Causada pela estimulação dos nociceptores mecânicos e térmicos.
Dor lenta
- Começa a 1 ou mais segundos após aplicação do estimulo doloroso, aumentando lentamente em segundos ou minutos;
- Está relacionada a destruição tecidual (pele ou tecido profundo);
É transmitida pelas fibras nervosas tipo C
(velc. 0,2 a 2m/ seg), com um limiar de ativação alto;
- Causada pela estimulação dos nociceptores: mecânicos, térmicos e químicos.
Mecanismo inibitório da dor:
Ela admite existir nos cornos posteriores medulares, um mecanismo neural que se comporta como portão, que pode controlar a passagem dos impulsos nervosos transmitidos desde as fibras periféricas até SNC, através da medula.
O estímulo doloroso é conduzido pelas fibras finas (A-delta e C) mais lentas.
A estimulação tátil é conduzida pela atividade das fibras grossas (A-alfa e A-beta) mais rápida.
Teoria de liberação de opiatos
A estimulação da substância cinzenta que circunda o aqueduto cerebral e do núcleo da rafe no bulbo pode produzir analgesia, mediante inibição da transmissão da dor ao nível da medula espinal.
Esta estimulação pode ser gerada pela ativação das fibras mecanossenssíveis.
Estas estruturas possuem receptores para opiatos, e podem ser ativadas por medicamentos como a morfina Opiatos endógenos também ativam estas estruturas, levando-as à produção de analgesia como as:
encefalinas
endorfinas
serotoninas
endofirnas
morfinas
TENS
Técnica de neuroestimulação sensorial não invasiva e não lesiva cujo principal objetivo é controle a dor.
O Tens pode ser monfásico ou bifásico.
Parâmetros bioelétricos:
Freqüência: varia de 1-6 até 200 pulsos/segundo.
• (1 a 10 Hz) tendem a ativar e estimular as estruturas mioneurais
(opiatos).
• (50 a 100 Hz) tendem a ativar o mecanismo da comporta medular.
Largura de Pulso
• pode variar de 1 a 300 ms.
Intensidade
• Dependerá do limiar de sensibilidade preconizado.
• Deverá ser aumentada gradativamente até o limiar.
Tipos de Tens
1. Convencional
2. Acupuntura
3. Breve Intenso
4. Burst (trens de pulso)
Tens convencional
A meta da TENS convencional é ativar seletivamente fibras Abeta de diâmetro largo sem ativar concorrentemente fibras de pequeno diâmetro A gama e C(relacionadas com a dor) ou eferentes musculaturas.
É o mais utilizado
 Frequência – Alta (60 a 100 Hz).
 Largura de Pulso – (60 a 120ms).
 Intensidade – Alta, porém, confortável (12 a 20 mA).
 Tempo de tratamento de 20 a 30 minutos
Início do alívio – 20 minutos após conduta.
 Duração do Alívio – 20 min a 2 horas (curto).
 Atua pelo mecanismo das comportas medulares.
 Sensação – paciente terá que relatar leve formigamento ou parestesia sem contração muscular.
 Utilizado em dores agudas.
Tens breve intenso:
Frequencia – alta (100 a 150 Hz).
• Largura de Pulso (150 a 250 us).
• Intensidade – forte ao nível da tolerância (30 a 80 mA).
• Tempo Mínimo de 15 a 20 minutos de aplicação.
• Não é aconselhado ultrapassar 30 minutos.
Os efeitos são mais transitórios do que os obtidos com o TENS convencional e acupuntura.
• Ìnício do alívio – 10 a 15 minutos.
• Duração do Alívio – pequena apenas durante a estimulação.
• Sensação – fasciculações musculares não rítmicas ou contrações tetânicas.
• Utilizada para alívio imediato.
Tens acunputura
Freqüência – Baixa (1 a 10 Hz).
• Largura do Pulso – 200 a 250 us (largo).
• Intensidade – Forte, no limite do suportável (30 a 80
mA).
Seus eletrodos estarão sobre os pontos de acupuntura.
Provoca um tempo de analgesia prolongado comparado ao TENS convencional.
Tempo máximo de 45 minutos; para a maioria das patologias é preconizado tempo de 15 minutos.
• Início do alívio – 20 a 30, até 1 hora após a conduta.
• Duração do alívio – 2 a 6 horas.
• Sensação – Contrações musculares rítmicas.
• Utilizado em dores crônicas.
Tens Burts
Freqüência – Alta (100 a 150 Hz).
Freqüência de Modulação – 1 a 10 Hz (freqüência dos trens de pulsos).
Duração do Pulso – 200 ms.
Intensidade – variável de forte a fraco (30 a 60 mA).
Tempo mínimo de 30 a 40 minutos de aplicação.
Início do alívio de 10 a 30 minutos.
Duração do alívio – 2 a 6 horas.
Sensação – contrações musculares rítmicas.
Acompanhadas de parestesias
Colocação dos eletrodos:
Colocação dos eletrodos dentro ou ao redor da área dolorosa,
•Percurso do nervo envolvido;
•Escolha dos pontos específicos:
•Pontos motores,
•Pontos gatilhos,
•Pontos de acupuntura,
•Pontos dolorosos.
Tipos de eletrodos:
Siliconizadas ou auto-adesivos
Áreas de utilização dos eletrodos:
Sobre os dermátomos;
◦ Sobre os miotómos;
◦ Sobre os pontos de acupuntura;
◦ Sobre os pontos motores;
◦ Sobre os trigger points.
Disposição dos eletrodos:
# Colocação geral dos eletrodos:
- Estimulação dos pontos motores (de acupuntura ou os de gatilho);
- Estimulação da região dolorosa (dentro dos limites ou ao redor da área da dor);
- Estimulação do dermátomo (em um ou mais dermátomo);
- Estimulação na medula espinhal (paralela a paravertebral na raiz do nervo afetado ou entre os processos espinhosos);
- Estimulação do trajeto do nervo ( colocação proximal e distal ao longo do nervo).
Indicações:
Efeitos analgésicos
Alívio da dor aguda
• Dor pós-operatória
• Dor obstétrica
• Dismenorréia
• Dor musculoesquelética
• Fraturas ósseas
• Procedimentos dentários
 Alívio da dor crônica
• Lombar
• Artrite
• Coto e dor fantasma
• Neuralgia pós-herpética
• Neuralgia trigeminal
• Causalgia
• Lesão de nervos
periféricos
• Angina pectoris
• Dor facial
• Dor óssea metastática
Efeitos não analgésicos
Efeitos antieméticos
• Náusea pós-operatória associada com medicamentos opióides
• Náusea associada com quimioterapia .
• Enjôo matinal
• Enjôo por movimento/viagem
 Melhora do fluxo sangüíneo
• Redução da isquemia devido a cirurgia reconstrutiva
• Redução dos sintomas associados com doença de Raynaud e neuropatia diabética
• Melhora da regeneração de feridas e úlceras.
Contra indicações:
Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por um profissional médico);
 Marcapassos (a menos que recomendada por um cardiologista);
 Doença cardíaca (a menos que recomendada por um cardiologista);
 Epilepsia (a menos que seja recomendada por um profissional médico);
 Gestação: - primeiro trimestre (a menos que recomendada por um profissional médico)
 Não coloque o Tens sobre:
- sobre oútero.
 sobre o seio carotídeo (hipotensão através do reflexo vasovagal e tb causar espasmo da laringe);
 sobre pele danificada;
 sobre pele disestésica;
 internamente (boca).
TEORIA DA LIBERAÇÃO DE ENDORFINAS (Sjölund e Erikson, 1979) 
Consiste no aumento dos peptídeos opiáceos no líquido cefalorraquidiano lombar como consequência da TENS.O corpo produz endorfinas que servem como analgésico endógeno sempre que o corpo sente dor. Os níveis sanguíneos dessa substância aumentam com os sinais de chegada ao cérebro que indica a presença de dor.
A produção de endorfinas pode aumentar com a estimulação elétrica, produzindo uma reação pseudodolorosa sobre as células que produzem endorfina. A dor crônica vem acompanhada sempre de uma hiperatividade do sistema de endorfinas do paciente ou de um consumo aumentado das endorfinas liberadas. A dor crônica é compensada por mudanças no organismo que passa a liberar mais opiáceos endógenos, o TENS de trem de impulsos permite estimular o SNC até a hiper-liberação de opiáceos endógenos, causando analgesia. As endorfinas se liberam na frequência de trens de impulsos de 2-5 Hz, com frequência básica de 100 Hz, com 7 impulsos por trem ( Burst). Ajusta-se o TENS por trens de tal maneira que se produzam contrações musculares locais e agradáveis (no umbral de tolerância).
A depressão pós-excitatória do SN ortosimpático é outra proposta para a compreensão dos mecanismos de eletroanalgesia, onde a estimulação dos nervos tipo II e III provocam uma depressão pós-excitatória da atividade ortossimpática. Deve prevenir-se o estimulo excessivo dos nervos tipo IV.
A teoria das comportas
 é uma outra forma de explicar a neurofisiologia da TENS. Os impulsos da TENS são transmitidos através de fibras de grosso calibre, do tipo A, que são de rápida velocidade, já os estímulos da dor são transmitidos através de fibras de calibre menor, do tipo C, que são lentas.
Desta forma os estímulos da TENS chegam primeiro ao corno posterior da medula, e despolarizam a substância gelatinosa de Holando, impedindo que os estímulos da dor passem para o tálamo. Sendo assim, as comportas ou portões da dor são fechados, daí o nome: Teoria das Comportas ou Porta da dor.
A característica da teoria das comportas inclui neurônios sensoriais (A-Beta), neurônios sensoriais (A-delta-C), a substância gelatinosa que corresponde a lamina II e III do corno posterior da substância cinzenta da medula e uma célula de transmissão T, também conhecido como uma célula-tracto (via) ou neurônio de 2ª ordem. Ambas (A-Beta) e (A-delta-C) fazem conexão com a substância gelatinosa e no neurônio de 2ª ordem. A substância gelatinosa age como um "modulador" pré-sináptico das fibras largas e finas antes da função com a célula T. O controle foi descrito para ocorrer pelos mecanismos neurofisiológicos nomeados inibição pré-sináptica.
Quando a substância gelatinosa está ativa um aumento de controle pré-sináptico nos axonios de 1ª ordem acontece e o "portão" está relativamente fechado, isto é, diminuindo no número de quantidade sensorial chegando ao 2º neurônio. Por outro lado, a redução na atividade da substância gelatinosa resulta na diminuição do controle pré-sináptico e o portão é considerado "aberto" ,isto é, o número de informações sensitivas chegando a célula T é relativamente não alterada. O equilíbrio de atividade nos neurônios sensitivos largos e finos determina a posição do "portão".
Se as fibras largas aferentes são ativadas, um aumento inicial na atividade da célula T acontece e é seguido por uma redução da atividade. Esse aumento inicial e devido uma ativação direto da célula T pelas fibras aferentes. A redução é um resultado indireto trazido pelas próprias fibras largas que acabam ativando as células da substância gelatinosa, o que consequentemente levará a uma inibição pré-sináptica das fibras aferentes. Isso faz com que o "portão" se feche.
Se entretanto, as fibras (finas) são ativadas, o aumento inicial na célula T é devido a atividade aferente primária. As fibras finas aferentes também atuam interneurônios inibitórios que inibem a atividade da substância gelatinosa. O resultado é de diminuição do controle pré-sináptico nas "largas e finas" fibras e abre o portão. 
Melzah e Wall propuseram quando o equilíbrio de finas e largas não se mantém e chega a um valor crítico, a célula T é ativado. A ativação ascende e há a percepção de dor e respostas comportamentais. Um componente do sistema que foi brevemente mas não totalmente descrito foi o controle descendente. Wall propôs que eventos centrais assim como emoção e experiência passada provocam respostas descendentes que atuam no mecanismo do portão para bloquear a sensação no nível espinhal.

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