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Noções Essenciais em Morfologia

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1 
 
PORTUGUÊS 
NOÇÕES ESSENCIAIS EM MORFOLOGIA 
Cap. 01 - Introdução 
I - Introdução 
Sentido Denotativo: sentido literal/ sentido do dicionário. 
Sentido conotativo: sentido figurado/ apresenta diferentes significados. 
Sílabas: são as unidades fonológicas que formam as palavras. Pode definir-se a sílaba como sendo 
o som que, a partir de uma articulação, compõe um núcleo fónico, distinguido de outros através de 
depressões da voz. Classificação: 
a) Monossílabos: Formados por 1 só sílaba. Ex: Gol, mês etc; 
b) Dissílabos: Formados por 2 sílabas. Ex: hora, tempo, salão etc; 
c) Trissílabos: Formados por 3 sílabas. Ex: Legado, Cachorro, Produto etc; 
d) Polissílabos: Formados por 4 ou mais sílabas. Ex: religião, empreendimento etc; 
Quanto à classificação das sílabas tônicas, temos: 
1) Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última. Ex: Será, Você, etc; 
2) Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a quando a sílaba tônica é a penúltima. Ex: Difícil, 
Hífen, AGASALHO, CARINHOSO etc; 
3) Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima. Ex: Pântano; Límpido, etc. 
OBS: nem sempre a sílaba tônica é acentuada graficamente. 
Fonemas: é a unidade fonológica cuja ocorrência contribui para o estabelecimento de diferenças 
de significados entre as palavras. Ex: Jogador = 7 letras e 7 fonemas (sons); vinho = 5 letras e 4 
fonemas; hora = 4 letras e 3 fonemas. 
Dentro do estudo dos fonemas temos ainda palavras que são: 
 Homônimas: são palavras que apresentam a mesma grafia e a mesma pronúncia. Ex: 
Luta (substantivo) Luta (verbo). 
 Homógrafas: são palavras que possuem a mesma grafia mas pronúncia diferente. Ex: 
Almoço (Substantivo) Almoço (verbo de almoçar). 
 Homófonas: são palavras que possuem a mesma pronúncia mas grafia diferente. Ex: 
Sexta (numero ordinal) cesta (substantivo). 
Afixos: dividem-se em: 
 Prefixo: quando o morfema é colocado antes do radical. Ex: Desgoverno. 
 Sufixo: quando o morfema ocorre depois do radical. Ex: Governador. 
 Derivação Parassintética: quando ocorre o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Ex: 
Vista- Avistar / Joelho – Ajoelhar / Maldição – Amaldiçoar. 
Vogais: a,e,i,o,u. Vogal é a base sonora da síbala. 
Semivogais: são as vogais i e u que acompanham outras vogais na mesma sílaba. Ex: Ameixa; 
Mamãe, Náutico etc. 
2 
 
Ditongo: é o encontro de 2 vogais em uma mesma sílaba. Pode ser crescente: quando formado por 
semivogal e vogal. Ex: Ânsia, Vácuo, água etc. Poder ainda decrescente: quando formado por vogal 
e semivogal. Ex: Estou, Conceito, Cautela etc. 
Tritongo: é o encontro de semivogal, vogal e semivogal, nessa ordem, na mesma sílaba. Ex: 
Uruguai; Saguão; Desiguais etc. 
Hiato: é o encontro formado por 2 vogais que ficam em sílabas diferentes. Ex: Glo-ri-a; Pi-a; Po-
ei-ra; Ri-a-cho. 
Dígrafo: Ocorre quando 2 letras são usadas para representar um único fonema. Ex: ch, lh, nh, ss, 
qu, xs, xc etc. 
 
OBSERVAÇÃO 
DIVISÃO SILÁBICA 
 
A divisão silábica apresenta algumas regras, são elas: 
 
1° Ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba. Ex: Au-tô-no-mo; Ig-uais, etc. 
2° Os hiatos são separados em sílabas diferentes. Ex: Du-e-to, Ca-a-tin-ga, etc. 
 
3° Os ditongos ch, lh, nh, gu e qu pertencem a uma única sílaba. Ex: Chu-va, etc. 
 
4° As letras que formam os dígrafos rr, ss, sc, sç, xs, xc devem ser separadas. Ex: Bar-
ro, As-sun-to, ex-ce-to, etc. 
 
5° Os encontros consonantais que ocorrem que ocorrem em sílabas internas devem ser 
separadas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é L ou R. ex: 
 
Con-vic-ção / As-tu-to / Cír-cu-lo / Ad-mi-tir 
 
A-pli-ca-ção / A-pre-sen-tar / A-brir / Re-tra-to 
 
 
OBS: Lembre-se que os grupos consonantais que iniciam palavras não são separáveis. 
Ex: Gnós-ti-co, Pneu-má-ti-co, etc. 
 
 
II. Composição 
É o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem 
dois tipos: Justaposição e Aglutinação. 
II.I. Composição por Justaposição 
Ocorre quando juntamos 2 ou mais palavras ou radicais e não ocorre alteração fonética. Ex: 
Segunda-feira; Para-raios; amor-perfeito, passatempo, girassol etc. 
 
 
3 
 
 
II.II. Composição por Aglutinação 
Ocorre quando ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais 
de seus elementos fonéticos. Ex: Vinagre (vinho+acre); aguardente (água + ardente); planalto (plano 
+ alto);etc. 
III. Substantivos 
Substantivos: são palavras usadas para nomear os seres e as coisas. É uma classe de palavra 
variável que geralmente vem acompanhada por determinantes. Classificam-se em: 
a) Substantivos Concretos: tratam de coisas reais, ou tidas como reais (imaginárias). Ex: 
homem, lobisomem etc. 
b) Substantivos Abstratos: tratam de estados, qualidades e ações. Ex: vida, beleza, felicidade, 
esforço etc. 
c) Substantivos Simples: quando é formado por um só radical. Ex: tempo, chuva, flor etc. 
d) Substantivos Composto: quando possuem mais de um radical. Ex: couve-flor, passatempo etc. 
e) Substantivos Comuns: quando se referem a seres da mesma espécie sem identifica-los. Ex: 
País, pessoa, cidade etc. 
f) Substantivos Próprios: quando se referem a seres e pessoas determinadas. Ex: Brasil, joão, 
Salgueiro etc. 
g) Substantivos Coletivos: se refere a um conjunto de seres da mesma espécie. Ex: álbum (fotos), 
Biblioteca (livros), Cacho (Uvas), etc. OBS: Exigem o verbo no singular. 
h) Substantivos Masculino e Feminino; 
i) Substantivos Epicenos: Quando um só gênero se refere a animais machos e fêmeas. Ex: jacaré, 
hipopótamo etc. 
j) Substantivos Sobrecomuns: quando um só gênero se refere masculino ou feminino. Até o 
artigo que acompanha este substantivo é comum aos dois gêneros..Ex: a criança, o 
monstro, o cadáver, o sujeito etc. 
k) Substantivos Comum de 2 gêneros: quando só existe uma forma para se referir aos indivíduos 
dos 2 sexos. Ex: O artista – A artista; O dentista – A dentista. 
l) Substantivos Singular e Plural; 
m) Substantivos biformes ou heterónimos: Substantivos biformes são os que apresentam duas 
formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical. Ex: 
Menino/Menina; Aluno/Aluna. 
n) Substantivos Primitivos: são aqueles que não resultam de nenhuma outra palavra pré-
existente. Ex: terra, pedra etc. 
o) Substantivos Derivados: derivam de outra. Ex: terraplanagem, pedreira. 
Uma classe morfológica acompanhada por determinantes é um substantivo ou uma palavra 
substantivada. Ou seja, como são determinantes, essas classes morfológicas (Artigo, Adjetivo, 
Numeral, Pronome Adjetivo) concordam em gênero e em número com o substantivo a que se referem. 
Ex: 
 Havia dois entrevistadores engraçados que faziam umas perguntas bobas. 
 Numeral - Substant. - Adjetivo – Artigo - Substant. - Adjetivo 
 Alguns homens nunca conseguirão implementar mais que 3 ideias ao longo da vida 
Pronome – Substantivo Numeral – Subst. / Artigo – Subst. 
4 
 
 
IV. Sujeito 
Sujeito: é o termo com quem o verbo deve concordar. 
OBS: identificação do sujeito: quem é que ou (o) que é que + verbo. 
Classificação: 
1. Sujeito Simples: tem apenas 01 único núcleo. 
 
Ex: O Pior Aluno da turma Passou. Ex: Os dois lutadores caíram. 
 Suj. Simples Suj. Simples 
 (Quem passou?) (Quem Caiu) 
 
 
2. Sujeito Composto: tem mais de 01 núcleo.Ex: José e sua irmã não chegaram. 
 Suj. Composto 
 (Quem não chegou) 
 
 
3. Sujeito Indeterminado: Verbo na 3° pessoa do singular ou plural, e o verbo não se refere a 
qualquer termo identificado. 
 
Ex: Jogaram futebol até tarde . / Comeu todo o bolo. 
 
 
4. Oração sem Sujeito: Ocorre quando não existe elemento ou pessoa gramatical ao qual o 
predicado se refere. Possui verbo impessoal. 
OBS: Predicado é um dos termos essenciais da oração; é tudo aquilo que se diz ou o que se 
declara sobre o sujeito. O predicado é a parte da oração que contém o verbo e que traz informações 
sobre o sujeito, podendo ser classificado como: verbal, nominal ou verbo-nominal. 
 
4.1. Verbos que indiquem fenômenos da natureza. Ex: Choveu sem parar. 
4.2. Haver sinônimo de existir, ocorrer. Ex: há soluções. 
4.3. Fazer indicando tempo decorrido. Ex: faz um ano que ele morreu. 
4.4. Ser, seguido de hora, data ou expressão indicativa de tempo. Ex: É uma hora / Hoje é 1° 
de maio / Daqui até ali é um metro. 
 
IV.I - Concordância do Sujeito com o verbo 
a) Simples: o Verbo deve concordar com o sujeito. 
Ex: O Pessoal não veio hoje. / ex: Aconteceram ali tragédias. 
 Suj. verb. Sujeito Verbo 
 
b) Composto: Divide-se em: 
5 
 
 
b.1) Anteposto: Verbo no Plural. Ex: José e eu iremos. 
 Suj. Composto - Verbo 
 
 
b.2) Posposto: Verbo no plural ou concordando com o 1° núcleo. 
Ex: Faltaram coragem e competência / Ex: faltou coragem e competência. 
 Verbo Verbo 
 
 
c) Verbos Impessoais: divide-se: 
 c.1) fenômenos da natureza: verbo no singular. Ex: Choveu por 3 dias. 
 c.2) Haver. Sempre no singular. Ex: Houve várias propostas. 
 c.3 Fazer: Sempre no singular. Ex: Fazia meses que viajava. 
 c.4) Ser: Concorda com o tempo ou distância. 
Ex: São 02 horas / Ex: São 22 de Maio. 
OBS: É 22 de Maio – ERRADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 
V – Flexões dos Substantivos 
Os substantivos se flexionam em: gênero, número e grau. 
Flexões de gênero: em tese são masculinos todos os substantivos aos quais se pode antepor o artigo 
definido masculino “o(s)”. Por outro lado, são femininos todos os que admitem o artigo definido 
feminino “a(s)”. 
Flexões de número: o número é a capacidade que possuem alguns nomes de indicar ou mais seres 
ou coisas. Singular e Plural. 
Em geral, os substantivos formam o plural com o acréscimo da letra “s” ao singular. Isso 
frequentemente ocorre com os substantivos terminados em Ditongo ou Vogal. Ex: Casa – Casas; 
Janela – Janelas, etc. 
Os substantivos terminados em “ão” fazem o plural de 3 maneiras: 
1. Alguns seguem a regra geral e acrescentam o “s” ao “ão”. Ex: Mão – Mãos; Cristão – 
Cristãos, Chão – Chãos, etc; 
2. Outros trocam o “ão” por “ães”. Ex: Escrivão – Escrivães; Pão - Pães 
3. Alguns Substantivos terminados em “ão” apresentam mais de uma forma para plural. Ex: 
Anão – Anões – Anãos ; Aldeão – Aldeões – Aldeãos; Ancião – Anciões – Anciãos – 
Anciães; Corrimão – Corrimões – Corrimãos; Verão – Verões – Verãos, etc. 
OBS: Em todos os vocábulos terminados no ditongo “au” acrescenta-se “s” — mingau, mingaus; 
luau, luaus 
OBS: Os substantivos terminados em “n” fazem plural tanto com o acréscimo de “es” quanto com 
o acréscimo de “s”. Ex: Próton – Prótones – Prótons; Hífen – Hífenes – Hífens; Abdômen – 
Abdômenes - Abdômens etc. 
6 
 
OBS: Nos vocábulos terminados em “z” acrescenta-se “es”. Ex: Arroz – Arrozes; Giz – Gizes, etc. 
OBS: Xerox não tem plural pois é invariável l!!!! 
V.I. Plural dos Substantivos Compostos 
Para o estudo seguinte tenha mente a seguinte tabela: 
Variáveis Invariáveis 
Substantivo Preposição 
Adjetivo Conjunção 
Pronome Advérbio 
Artigo Interjeição 
Numeral 
Verbo 
 
 
1° Regra: Substantivos compostos formados por palavras variáveis quanto ao número: Ambas as 
palavras devem ir ao plural. As palavras que formam o composto devem, portanto, ser analisadas se, 
isoladamente, são suscetíveis de ir para o plural. 
Ex: Couve-flor – Couves-flores / Terça-feira – Terças-feiras; 
 Substant./ Substant. Numeral/ Subst. 
Ex: Amor-perfeito – Amores-perfeitos. 
 Subst. / Adjet. 
 
2° Regras: substantivos compostos formados por palavra invariável mais uma palavra variável: só 
o segundo elemento deverá ir ao plural. 
Ex: Abaixo-assinado – Abaixo-Assinados; Quebra-mar – Quebra-mares; 
 Adverb. / Adjet. Verbo / Subst. 
Ave-Maria – Ave-Marias ; Beija-Flor – Beija Flores 
 Interjeição / Subst. Verbo / Subst. 
 
3° Regra: Substantivos compostos unidos por preposição: Só o primeiro elemento varia. 
 Ex: Pé-de-Moleque – Pés-de-Moleque; João-de-Barro – Joões-de-Barro. 
 
4° Regra: substantivos compostos em que o segundo elemento delimita o primeiro: só o primeiro 
elemento varia. 
 Ex: Navio-escola: Navios-escola / Peixe-boi – Peixes-boi / Pau-Brasil – Paus-Brasil / 
Banana-Maçã - Bananas-Maça. 
OBS: Lembre-se que nas palavras variáveis ambas variam, então alguns admitirão 2 formas de 
plural. 
7 
 
Ex: Navio-escola - Navios-escola – Navios-escolas 
Peixe-boi – Peixes-boi – Peixes-bois 
Bana-maça - Bananas-Maçã – Bananas-Maçãs 
5° Regra: substantivos compostos formados por palavras repetidas ou palavras onomatopaicas: só 
o segundo elemento se flexiona. 
 Ex: Reco-reco – Reco-recos / Pisca-pisca – Pisca-piscas 
 Ruge-ruge - Ruge-ruges / Tico-tico – Tico-ticos 
 V.II. Plural dos Substantivos Diminutivos 
Para o plural dos substantivos diminutivos devemos obedecer as seguintes orientações: 
 1° coloca-se o substantivo, sem os sufixos do diminutivos no plural; 
 2° Retira-se o “s” do plural desse substantivo; 
 3° Acrescenta-se o sufixo do diminutivo; 
4° Acrescenta-se o fonema “s” que foi retirado. 
Ex: Bar - Bares – Bare(s) – Barezinhos / Pão – Pães – Pãe(s) – Pãezinhos 
Papel – Papéis – Papéi(s) – Papeizinhos / Flor – Flores- Flore(s) – Florezinhas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cap. 02 – Verbos e Artigos 
O verbo é a palavra que indica ação, movimento, estado ou fenômeno meteorológico. O verbo 
possui as flexões de: modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro), 
número e pessoa (singular e plural) e voz (ativa, passiva e reflexiva). 
I. Flexão de Número e Pessoa 
O verbo apresenta flexão de número quando indica o singular ou o plural em sua forma. Aparecem 
no singular quando se referem a uma única pessoa (eu corro/ ela corre) e no plural quando é mais de 
uma pessoa (nós corremos, eles correm). Logo, os verbos se flexionam em número (singular ou 
plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª). 
II. Flexão de Tempo e Modo 
 
A indicação de tempo está geralmente ligada a indicação de modo. O modo verbal indica a atitude 
do falante em relação à ação que anuncia. (Eu arrependo/eu arrependi/ eu arrependerei) 
 
Modo Indicativo: quando o faltante tem a certeza de sua atitude; o fato é ou será uma realidade. 
Ex: Estudei muito para a prova. 
Ex: Estudarei bastante para essa prova. 
 
Modo Subjuntivo: quando o falante não tem certeza da atitude; o fato é duvidoso, incerto. Há 
uma possibilidade de que aconteça. 
 
Ex: Pode ser que eu estude hoje. 
Ex:Se eu fosse você, estudaria. 
 
Modo Imperativo: quando o falante expressa uma ordem, um pedido ou um conselho. 
 
Ex: Não sejas tão indisciplinado. 
 
Os tempos verbais são 3: Presente, Pretérito e Futuro. 
 
III. Flexão de Voz 
 
A voz do verbo faz referência ao tipo de relação entre sujeito e verbo. Há 3 situações possíveis. 
 
a) Voz Ativa: acontece quando o sujeito pratica a ação, o sujeito é o agente da ação. Ex: O 
Juventus derrotou o Corinthians. 
b) Voz Passiva: Acontece quando o sujeito sofre a ação. Ex: O Corinthians foi derrotado pelo 
Juventus. 
9 
 
c) Voz Reflexiva: Ocorre quando o sujeito sofre e pratica a ação. Ex: O rapaz cortou-se com a 
tesoura. 
 
 
IV. Locução Verbal 
 
 São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. 
Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; 
as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos: 
 
Nenhum aluno poderá sair antes do término da prova. 
É provável que ele seja convocado para a copa. 
Está havendo uma profunda transformação na sociedade. 
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por 
meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é usado nas 
locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que 
exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja: 
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa. 
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa. 
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. 
Por exemplo: 
Quero ver você hoje. 
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar 
a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal. 
V. Artigos 
Conceito: artigo, é a palavra que acompanha o substantivo, servindo basicamente para 
generalizar ou particularizar o sentido desse substantivo. Ex: 
Um cidadão / O cidadão Um portão/ O Portão 
Em muitos casos, o artigo é essencial nas especificações do gênero e do número do substantivo. 
Ex: O jornalista recusou o convite do representante dos artistas. 
Os artigos se classificam em: 
a) Artigos definidos: são os que indicam seres determinados dentro de uma espécie; seu sentido 
é particularizante. Assume as formas: o, a, os, as. Ex: Queria ver o cachorro. 
b) Artigo indefinido: indicam seres quaisquer dentro de uma mesma espécie; seu sentido é 
genérico. Assume as formas: um, uma, uns, umas. Ex: queria ver um cachorro. 
OBS: observe o quadro abaixo com combinação de artigos definidos e indefinidos com 
preposições. 
 
ARTIGOS 
10 
 
 
PREPOSIÇÕES o, os a, as um, uns uma,umas 
a ao, aos à, às - - 
de do, dos da, das dum, dumas duma, dumas 
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas 
por (per) pelo, pelo pela, pelas - - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Cap. 03 - Adjetivo 
I. Introdução 
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo, atribuindo-lhe qualidades ou defeitos e modos 
de ser, ou indicando-lhe o aspecto ou estado. 
Locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo, 
caracterizando um substantivo. As locuções adjetivas são formadas maioritariamente pela preposição 
de mais um substantivo: de criança, de pai, de mãe, de morte, de leite, etc. 
Ex: Conselho de pai = Paterno / Atitude sem qualquer cabimento / Jornal de ontem. 
Classificação: os adjetivos são classificados em: 
a) Adjetivos Primitivos: não são formados por derivação de nenhuma outra palavra. Ex: Azul, 
branco, grande, triste, claro, etc. 
b) Adjetivos Derivados: são aqueles formados por derivação de outras palavras. Ex: cheiroso, 
desconfortável, invisível, azulado, etc. 
c) Adjetivos Simples: apresentam um único radical em sua estrutura. Ex: cheiroso, 
desconfortável, invisível, azulado, etc. 
d) Adjetivos Compostos: apresentam pelo menos 2 radicais em sua estrutura. Ex: ítalo-
brasileiro, luso-africano, socioeconômico, etc. 
Adjetivos Pátrios: sãos referentes a países, estados, regiões, cidades ou localidades. Ex: Acre = 
Acreano / Pernambuco = Pernambucano / Recife = Recifense. 
Adjetivos Pátrios Composto: Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento 
aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos: África = Afro / Ásia 
= Asio. 
II. Flexões 
Nas flexões de gênero o adjetivo deve concordar com o substantivo a que se refere. Ex: Uma 
jornalista ativa / Um jornalista ativo. 
Os Adjetivos ainda são classificados em biformes e uniformes. 
Adj. Biformes: possuem uma forma para o gênero masculino e outra forma para o feminino. Ex: 
Português/Portuguesa – Ativo/Ativa – Formoso/Formosa – São/Sã. 
OBS: Algumas formas são invariáveis: hindu, multicor, cortês, bicolor, pedrês, tricolor e incolor. 
OBS: Nos adjetivos compostos formados por 2 adjetivos, apenas o último elemento sofre flexão. 
Ex: Cidadão luso-brasileiro / Cidadã luso-brasileira. 
Adj. Uniformes: São adjetivos que possuem uma única forma para masculino e feminino. Ex: 
Ator ruim – Atriz ruim. 
Flexões de números: o adjetivo deve concordar em número com o substantivo a que se refere. 
Ex: Governador capaz – Governadores capazes. 
Para o plural dos adjetivos compostos deve-se observar 2 regras: 
12 
 
1) Nos adjetivos compostos formados por 2 adjetivos, apenas o segundo elemento vai para o 
plural. Ex: Tratado luso-brasileiro / Tratados luso-brasileiros. 
2) Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis também 
em número. Ex: Recipiente verde-mar – Recipientes verde-mar. 
Flexão de Grau: há 2 graus do adjetivo: Comparativo e Superlativo. 
I. Comparativo: o comparativo pode ser de igualdade ou superioridade ou ainda 
inferioridade. Ex: ele é tão alto quanto o irmão. Estamos mais atentos do que eles. Somos 
menos passivos do que eles. 
 
II. Superlativo: a característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de forma relativa ou 
absoluta. Dividem-se em: 
 
II.I. Superlativo Relativo: exprime superioridade ou inferioridade. Ex: ele é o mais atento de 
todos. Você é o menos crítico de todos. 
II.II. Superlativo Absoluto: Transmite a ideia de excesso. Subdivide-se em: 
 II.II.I. Absoluto Analítico: é formado normalmente com a participação de uma 
advérbio. Ex: você é muito crítico. 
 II.II.II. Absoluto Sintético: é expresso com sufixos. Ex: ele é belíssimo. 
 
 
QUANDO ESTUDAR ADJETIVO VER AULA 2.1 15:30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
Cap. 04 – Advérbios 
Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro 
advérbio, raramente modifica um substantivo. É a palavra invariável que indica as circunstâncias 
em que ocorre a ação verbal. 
Por exemplo: 
 As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente. 
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como: 
 Tempo: Ela chegou tarde. 
 Lugar: Ele mora aqui. 
 Modo: Eles agiram mal. 
 Negação: Ela não saiu de casa. 
 Dúvida: Talvez ele volte. 
OBS: Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do 
processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes. 
Por exemplo: 
 Ninguém manda aqui! 
mandar: verbo / aqui: advérbio de lugar = determinante do verboAs locuções adverbiais são conjuntos de 2 ou mais palavras que têm o valor de advérbio. 
Geralmente, são formadas por preposição e substantivo ou preposição e advérbio. Ex: 
 Moravam lá; 
 Moravam ao lado da estação; 
 Fiquem aqui; 
 Fiquem por perto. 
Os adjetivos são considerados INVARIÁVEIS por não apresentarem flexão de gênero e número. 
No entanto alguns deles apresentam variações de grau semelhantes as do Adjetivo. 
Grau Comparativo: pode ser de igualdade, superioridade ou inferioridade. Ex: ele agia tão 
friamente quanto o comparsa. 
Grau Superlativo: é absoluto e pode ser formado de 2 modos: 
Analítico: o superlativo é obtido por meio do uso de um advérbio de intensidade. Ex: Ele 
procedeu muito calmamente / Certamente estão muito perto da cidade procurada. 
Sintético: o superlativo é obtido por meio do sufixo –íssimo. Ex: Ela crê muitíssimo em suas 
convicções. 
14 
 
OBS: Na linguagem coloquial e familiar, é comum o emprego do sufixo diminutivo para dar aos 
advérbios valor superlativo. 
Ex: Amanhã vamos acordar cedinho. 
 Ela faz tudo devagarinho. 
Cap. 05 – Pronomes 
I. Introdução 
Pronomes são palavras que representam os seres ou se referem a eles. Podem substituir os 
substantivos ou acompanhá-los, para tornar-lhes claro o sentido. Há 6 tipos de pronomes: pessoais, 
possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos. 
II. Pronomes Pessoais 
Indicam diretamente as pessoas do discurso. Estes pronomes variam de acordo com as funções 
que exercem nas orações, dividindo-se em pronomes do caso reto e pronomes do caso oblíquo. 
Também são considerados pessoais os chamados pronomes de tratamento. 
 II.I. Pronomes Pessoais do Caso Reto 
São do caso reto os pronomes pessoais que nas orações desempenham a função de sujeito ou 
predicativo do sujeito. 
 SINGULAR PLURAL 
1° PESSOA EU NÓS 
2° PESSOA TU VÓS 
3° PESSOA ELE/ELA ELES/ELAS 
 
OBS: Na linguagem culta/formal, esses pronomes não devem ser usados como complementos 
verbais. Ex: 
 Eu vi ele na rua; 
 Eu o vi na rua; 
 Encontrei ela na praça; 
 Encontrei-a na praça. 
II.II. Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo 
São do caso oblíquo os pronomes pessoais que, nas orações, desempenham as funções de 
complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. 
 
 SINGULAR PLURAL 
1° PESSOA Me Nos 
2° PESSOA Te Vos 
3° PESSOA O, A, Se, Lhe Os, As, Se, Lhes 
 
OBS 1: Os pronomes, me, te, nos, vos, podem completar verbos transitivos diretos ou indiretos. 
Ex: Ela me ama. O “me” complementa o verbo amar, que não pede preposição (amar alguém). 
15 
 
OBS 2: os pronomes o, a, os e as, atuam exclusivamente como objeto direto, as formas lhe e lhes 
como objeto indireto. No padrão culto não ocorre “Eu lhe amo”. 
OBS 3: como os pronomes, me, te, nos, vos, o pronome pode ser objeto direto ou indireto. 
OBS 4: Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, 
as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, 
no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: 
- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a vocês? 
- Sim, entreguei-to ainda há pouco. - Não, não no-la contaram. 
 
OBS 5: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. 
Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo 
que a terminação verbal é suprimida. 
Por exemplo: 
 
 
fiz + o = fi-lo 
 fazeis + o = fazei-lo 
 dizer + a = dizê-la 
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. 
Por exemplo: 
 viram + o: viram-no 
 repõe + os = repõe-nos 
 retém + a: retém-na 
 tem + as = tem-nas 
 
II.III. Pronome Oblíquo Tônico 
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as 
preposições a, para, de ecom. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto 
indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte. 
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado: 
 SINGULAR PLURAL 
1° PESSOA Mim, comigo Nós, conosco 
2° PESSOA Ti, contigo Vós, convosco 
3° PESSOA Ele, ela Ele, elas 
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda 
pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. 
16 
 
As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca 
pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes 
costumam ser usados desta forma: 
Não há mais nada entre mim e ti. 
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. 
Não há nenhuma acusação contra mim. 
Não vá sem mim. 
OBS: A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas 
especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos 
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia. 
III. Segunda Pessoa Indireta 
Ocorre quando se empregarem pronomes, que apesar de indicarem o interlocutor exigem o verbo 
na terceira pessoa. É o caso dos pronomes de tratamento. 
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques 
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais 
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos 
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) 
altas autoridades e oficiais-
generais 
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades 
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas 
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores 
Vossa Santidade V. S. Papa 
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso 
 
IV. Pronomes Possessivos 
 
 SINGULAR PLURAL 
1° PESSOA Meu, meus, minha, minhas Nosso, nossos, nossa, nossas 
2° PESSOA Teu, teus, tua, tuas, Vosso, vossos, vossa, vossas 
3° PESSOA Seu, seus, sua, suas Seu, seus, sua, suas 
 
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número 
concordam com o objeto possuído. O gênero e número concordam com o objeto possuído. 
Ex: Dou meu apoio e minha solidariedade. 
OBS 1: Os pronomes de tratamento utilizam os possessivos da 3° pessoa. Ex: Vossa Excelência 
apresentou sua proposta na sessão hoje? 
17 
 
OBS 2: Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de 
possessivos. Ex: Vou seguir-lhes os passos = vou seguir seu/os seus passos. 
 
 
V. Pronomes Demonstrativos 
 
 
 
 
 
 
OBS: a forma da 1° pessoa indica proximidade de quem fala ou escreve. Ex: Este rapaz é velho 
companheiro. O demonstrativo de 1° pessoa também pode demonstrar o tempo presente em relação 
a quem fala ou escreve. Ex: Nestas últimas semanas , parece que.... 
OBS 2: as formas esse(s), essa(s) e isso indicam proximidade da pessoa a quem fala ou escreve. 
Ex: O que é isso em sua mão? O demonstrativo de 2° pessoa também pode demonstrar o passado ou 
o futuro próximo de quem fala ou escreve. Ex: Meu rendimento aumentou nesses meses. 
OBS 3: Os pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está distante tanto de quem fala 
ou escreve como da pessoa a quem se fala ou escreve. Ex: Veja aqueles monumentos / Naqueles 
tempos, o país era mais otimista. 
OBS 4: O(s), A(s), são pronomes demonstrativos quando podem ser substituídos por isto, isso, 
aquilo, aquele(s), aquela(s). ex: 
 É preciso que O façamos logo = É preciso que façamos isso logo 
 A que apresentar o melhor texto será aprovada = Aquela que apresentar o melhor... 
OBS 5: Semelhante(s) são demonstrativos quando equivalem a Tal e Tais. Ex: Não se veriam semelhantes grosserias se as pessoas ... = Não se veriam Tais grosserias... 
 
VI. Pronomes Relativos 
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os 
quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo: 
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros. 
(que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva). 
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema"e introduz uma oração subordinada. Diz-
se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo "que". 
PRIMEIRA PESSOA 
SEGUNDA PESSOA 
TERCEIRA PESSOA 
Este, estes, esta, estas 
Isto 
Esse, esses, essa, essas 
Isso 
Aquele, aqueles, aquela, aquelas 
aquilo 
18 
 
Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser antecedidos pelos pronomes demonstrativos "o", 
"a", "os", "as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)", "aquela(s)", "aquilo".). Por 
exemplo: 
Não sei o que você está querendo dizer. 
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. 
Por exemplo: 
Quem casa, quer casa. 
 
Quadro dos Pronomes Relativos 
Variáveis 
Invariáveis 
Masculino Feminino 
o qual 
cujo 
quanto 
os quais 
cujos 
quantos 
a qual 
cuja 
quanta 
as quais 
cujas 
quantas 
quem 
que 
onde 
Note que: 
a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo 
universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu antecedente 
for um substantivo. 
Por exemplo: 
 
 O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) 
 A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) 
 Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) 
 As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) 
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são 
utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem ter várias 
classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por 
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: 
Por exemplo: 
 
 
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso 
de "que" neste caso geraria ambiguidade.) 
 
 Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar "que" 
depois de "sobre".) 
c) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que" e se refere a uma oração. 
Por exemplo: 
19 
 
 
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural. 
OBS: os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência verbal 
dos verbos da oração. 
Por exemplo: 
 
 Havia condições com que não concordávamos. (concordar com) 
 Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de) 
d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a 
"do qual", "da qual", "dos quais", "das quais". 
Por exemplo: 
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. 
 (antecedente) (consequente) 
e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou 
variações) e tudo: 
Por exemplo: 
Emprestei tantos quantos forma necessários 
 (Antecedente) 
g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação 
de lugar. 
Por exemplo: 
A casa onde morava foi assaltada. 
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou "em que". 
Por exemplo: 
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. 
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: 
Como (= pelo qual) 
Por exemplo: 
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada. 
20 
 
Quando (= em que) 
Por exemplo: 
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame. 
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. 
Por exemplo: 
O futebol é um esporte. 
O povo gosta muito desse esporte. 
O futebol é o esporte de que o povo gosta. 
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo "que". 
Por exemplo: 
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava. 
 
OBS: Importância nada relativa 
Os pronomes relativos são peças fundamentais à boa articulação de frases e textos: sua 
capacidade de atuar como pronomes e conectivos favorece a síntese e evita a repetição de 
termos. 
 
VII. Pronomes Indefinidos 
Os pronomes indefinidos referem-se a 3° pessoa do discurso de forma vaga, imprecisa ou 
genérica. Ex: Alguém esteve lá durante minha ausência e levou os documentos. 
Invariáveis Variáveis 
 
 
 
Alguém 
Ninguém 
Algo 
Tudo 
Nada 
Outrem 
Cada 
Mais 
Menos 
Demais 
 
Algum, alguns 
Alguma, algumas 
Nenhum, nenhuns 
Nenhuma, nenhumas 
Todo(s), toda(s) 
Outro(s), Outra(s) 
Muito (a) (s) 
Pouco (a) (s) 
Certo(a) (s) 
Vário(a) (s) 
Quanto(a) (s) 
Um, uns, uma, umas 
Bastante(s) 
Qualquer, quaisquer 
 
 
21 
 
VIII. Pronome Interrogativo 
Os pronomes que, quem, qual quanto, na teoria indefinidos, são classificados particularmente 
como indefinidos. Porque são geralmente empregados para formular interrogações diretas ou 
indiretas. Ex: 
 Que foi isso? 
 Quem é esse rapaz? 
 Quero saber que foi isso? 
 Quanto custa? 
 Qual o melhor intinerário? 
Cap. 06 – Estudo das Preposições 
I. Introdução 
Preposição é a palavra invariável que atua como conectivo entre palavras ou orações, 
estabelecendo sempre uma relação de subordinação. Isso significa que, entre os termos ou orações 
ligados por uma preposição, haverá uma relação de dependência, em que um dos termos, ou uma das 
orações, assume o papel de subordinante e o outro, de subordinado. 
As principais preposições são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, 
por (per), sem, sob, sobre, trás. Ex: 
 Dois filmes COM o melhor da Itália, França e Brasil só PARA você. 
 Os amigos DE João estranharam o seu modo DE vestir. 
Locução Prepositiva: quando o valor ou emprego da preposição é representado por um grupo de 
palavras. Ex: 
 Encaminhei o requerimento JUNTO À documentação – COM A; 
 Levantou-se cedo, A FIM DE pegar o vôo das 5 horas – PARA. 
OBS: Não se deve confundir a preposição “a” com o artigo e pronome “a”. A preposição é 
INVARIÀVEL, o artigo e o pronome se flexionam de acordo com o termo a que se refere. 
 
II. Combinação e Contração 
Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus 
fonemas. É o que acontece entre a preposição “a” e o artigo masculino “o, os, ao, aos”. 
Contração: ocorre quando a preposição ao unir-se a outra palavra, sofre modificações em sua 
estrutura fonológica. As preposições “de” e “em”, por exemplo, formam contrações com os artigos e 
com diversos pronomes, originando formas como as seguintes: 
Do - dos Da – das Num – nuns Numa- numas 
Disto – disso daquilo Naquele – Naqueles Naquela – naquelas 
 
OBS: 
 em + a = na 
em + aquilo = naquilo 
22 
 
 de + aquela = daquela 
de + onde = donde 
As formas pelo(s) e pela(s), resultam da contração da antiga preposição per com os artigos 
definidos. 
III. Preposições Acidentais 
Há palavras de outras classes gramaticais que, às vezes, funcionam como preposições; por isso 
são chamados de preposições acidentais. Podem ser preposições acidentaisas palavras como, 
conforme, consoante, segundo, mediante, durante, visto etc. Ex: 
 Agia conforme sua vontade dominadora. 
 Fez as apresentações consoante o costume. 
 
IV. Preposições Essenciais 
As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são 
chamadas preposições essenciais. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, 
para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. 
OBS 1: A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a significação 
de atrás, depois. Ex: Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após. 
OBS 2: Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em autores modernos. Ex: Dês 
que começaste a me visitar, sinto-me melhor. 
OBS 3: Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas: por trás, para 
trás, para trás de. Como preposição simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado: “Trás mim 
virá quem bom me fará”. 
OBS 4: Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra. Ex: Bianca, alcance aqueles 
livros pra mim. 
OBS 5: Até pode ser palavra denotativa de inclusão. Ex: Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do 
corpo. 
Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como 
preposições. São, por isso, chamadas preposições acidentais: 
como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= 
conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por) 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
Cap. 07 – Conjunção 
I. Introdução 
Conceito: As palavras que ligam 2 elementos de mesma natureza (substantivo + substantivo, 
advérbio + advérbio, etc.) ou ligam orações são chamadas de conjunções. Ex: 
 A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amigas. 
São 3 orações: 
1. A menina segurou a boneca 
2. E mostrou 
3. Quando viu as amiguinhas 
A ligação da primeira oração para segunda é feita por meio do “e” e da segunda para terceira por 
meio de “quando”. 
II. Conjunção Coordenativa e Subordinativa 
II.I. Conjunção coordenativa 
Conceito: São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração 
que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: 
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São 
elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas 
ainda. Ex: 
 A sua pesquisa é clara e objetiva. 
 Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. 
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. 
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Ex: Tentei chegar 
mais cedo, porém não consegui. 
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, 
indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... 
quer, seja... seja, talvez... talvez. Ex: Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou 
consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. 
Ex: Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 
24 
 
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela 
contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Ex: Não demore, que o filme já 
vai começar. 
Saiba que: 
a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem 
a "mas". Ex: 
 Carlos fala, e não faz. 
 O bom educador não proíbe, antes orienta. 
 Sou muito bom; agora, bobo não sou. 
 Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem. 
b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". Ex: Conseguimos vencer não 
por protecionismo, senão por capacidade. 
c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras 
(porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. Ex: 
 Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. 
 Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta. 
d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da 
oração a que pertence. Ex: Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. 
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre 
no início da oração a que pertence. Ex: Não tenha receio, pois eu a protegerei. 
 II.II. Conjunção Subordinativa 
Conceito: São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração 
dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. 
Ex: O baile já tinha começado quando ela chegou. 
 O baile já tinha começado: oração principal; 
 Quando: conjunção subordinativa. 
 Ela chegou: oração subordinativa. 
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 
1. Integrantes 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. 
Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. Ex: 
 Espero que você volte. (Espero sua volta.) 
 Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 
2. Adverbiais 
25 
 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da 
principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São 
elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, 
porquanto, já que, desde que, etc. Ex: 
 Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
 Como não se interessa por arte, desistiu do curso. 
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no 
entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo 
que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Ex: 
 Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
 Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. 
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da 
principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem 
que, etc. Ex: 
 Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
 Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. 
d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com 
outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. Ex: 
 O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
 Arrume a exposição segundo as ordens do professor. 
 
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a 
principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Ex: 
 Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
 Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. 
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à 
ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as 
combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto 
menos... (menos), etc. Ex: 
 O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
 Quanto mais reclamava menos atenção recebia. 
OBS: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida 
em que. 
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstânciade tempo ao fato 
expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas 
as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Ex: 
26 
 
 A briga começou assim que saímos da festa. 
 A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. 
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à 
oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto 
quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. 
Ex: 
 O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. 
 Ele é preguiçoso tal como o irmão. 
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de 
sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como 
antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Ex: 
 Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 
 A dor era tanta que a moça desmaiou. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
NOÇÕES DE SINTAXE 
 
Cap. 01 – Frase, Oração, Período, Sujeito Verbo e Predicado 
I. Frase 
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por 
várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: ideias, emoções, 
ordens, apelo etc. 
Na frase, o uso do verbo é facultativo, denominando-se assim, frase nominal. 
São Tipos de Frase: 
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São 
empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta. 
Ex: 
 Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) 
 Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta) 
b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho 
ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas. Ex: 
 Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) 
 Não faça isso. (Negativa) 
 Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa) 
c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam 
entoação ligeiramente prolongada. Ex: 
 Que prova difícil! 
 É uma delícia esse bolo! 
d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou 
declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. Ex: 
 Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) 
 Ela não está em casa. (Negativa) 
e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. Ex: 
 Deus te acompanhe! 
 Bons ventos o levem! 
De acordo com a construção, as frases classificam-se em: 
Frase Nominal: é a frase construída sem verbos. Ex: 
 Fogo! 
 Cuidado! 
 Belo serviço o seu! 
28 
 
 Trabalho digno desse feirante. 
Frase Verbal: é a frase construída com verbo. Ex: 
 O sol ilumina a cidade e aquece os dias. 
 Os casais saíram para jantar. 
 A bola rolou escada abaixo. 
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos 
essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, 
no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na 
terminação do verbo: nós. 
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o 
"ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar". 
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele 
se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante 
analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, 
teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum 
nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação). 
Observe: 
O amor é eterno. 
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", 
ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o 
nome "eterno". Já na frase: 
Os rapazes jogam futebol. 
O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa 
com o verbo "jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o 
verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal. 
II. Oração 
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário: 
 Que o enunciado tenha sentido completo; 
 Que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal). 
Por Exemplo: 
 Camila terminou a leitura do livro. 
OBS: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: 
elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha 
uma função sintática. 
OBS 2: Nem toda frase é oração. Ex: 
29 
 
 Que dia lindo! 
 
 Esse enunciado é frase, pois tem sentido. 
 Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo. 
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como: 
Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante! 
A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: 
 Brinquei no parque. (uma oração) 
 Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) 
 Cheguei, vi, venci. (três orações) 
III. Período e Predicado 
III.I. Período 
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. 
O período pode ser simples ou composto. 
Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração 
absoluta. Ex: 
 O amor é eterno. 
 As plantas necessitam de cuidados especiais. 
 Quero aquelas rosas. 
 O tempo é o melhor remédio. 
Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. Ex: 
 Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. 
 Quero aquelas flores para presentear minha mãe. 
 Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer. 
 Cheguei, jantei e fui dormir. 
OBS: Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de 
saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais. 
OBS 2: é importante saber para continuar a seguir o que são verbos Nocionais e Não-nocionais. 
Verbo Nocional: são aqueles que exprimem processos, em outras palavras, indicam ação, 
acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental. Esses verbos são sempre núcleos do 
predicado em que aparecem. Ex: 
Lutar - Fazer - Ocorrer - Suceder - Nascer - Trovejar - Querer - Desejar - 
Pretender - Pensar - Raciocinar - Considerar - Julgar 
30 
 
Verbo Não-nocional: São aqueles que exprimem caráter de estado, são mais conhecidos como 
verbo de ligação. Esses verbos fazem parte do predicado mas não atuam como núcleo. Ex: 
Ser - Estar - Permanecer - Ficar - Continuar - Tornar-se - Virar - Andar - Acabar 
 
 III.II. Predicado 
Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo 
ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. 
Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu 
predicado. Ex: 
 No verão a (temperatura) aumenta. 
 Predicado - Suj. - Predicado 
 As mulheres (=Suj.) compraram roupa nova. = (Predicado) 
 
III.II.I. Tipos dePredicado 
Como já foi dito, predicado é a parte da oração que contém a informação, a declaração a respeito 
do sujeito. Vamos agora aos tipos de predicado: 
a) Predicado Verbal: Aqui o núcleo é sempre um verbo. Para ser núcleo do predicado, é 
necessário que o verbo seja nocional. Ex: 
 
 Eles revelaram toda a verdade para a filha 
Predicado Verbal (núcleo = Revelaram) 
 
b) Predicado Nominal: O núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do 
sujeito. Predicativo do sujeito é o termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário 
um verbo. No predicado nominal, esse verbo intermediário é sempre um verbo de ligação. 
Indica estado ou qualidade. Ex: 
 
 Leonardo é competente 
Predicado Nominal 
 
No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do 
sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário 
um verbo de ligação. Os exemplos abaixo mostram como esses verbos exprimem diferentes 
circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao mesmo tempo que o ligam ao predicativo. 
 Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação) 
 A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é = verbo de ligação) 
 O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo de ligação) 
 Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de 
ligação) 
 Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do 
sujeito, virou = verbo de ligação) 
31 
 
 
 
c) Predicado Verbo-Nominal: apresenta dois núcleos: um verbo (que será sempre nocional) e um 
predicativo (que pode referir-se ao sujeito ou a um complemento verbal). Ex: 
 
 Os alunos saíram da aula alegres. 
 Predicado verbo-nominal 
O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo), 
que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o 
estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar que o 
predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal. Veja: 
 Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres. 
O predicado verbo-nominal pode ser formado de: 
1) Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito. Ex: 
Joana saiu contente. Joana = Suj. / Saiu = Verb. Intras. / Contente = Predicativo do Suj. 
2) Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto. Ex: 
 
A despedida deixou a mãe aflita. 
 Suj. Verb. Intr. Obj. Direto Pred. Do Objeto 
 
3) Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito. Ex: 
Os pais observaram emocionados aquela cena. 
Suj. Verb. Trans. Pred. Do Suj. Obj. Direto 
OBS: Uma maneira de reconhecer o predicativo do objeto numa oração é transformá-la na voz 
passiva. Na permutação, o predicativo do objeto passa a ser predicativo do sujeito. Veja: 
Voz Ativa: 
As mulheres julgam os homens insensíveis. 
Sujeito Verbo Significativo Objeto Direto Predicativo do Objeto 
Voz Passiva: 
Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres. 
 Verbo Significativo Predicativo do Sujeito 
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação 
se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva. 
 
32 
 
 
 
 
IV. Oração sem Sujeito 
Conceito: Essas orações são formadas apenas pelo predicado, e, aparecem os chamados verbos 
impessoais. São casos de oração sem sujeito: 
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza. Ex: 
 
 Anoiteceu docemente sobre a cidadezinha; 
 Está amanhecendo; 
 Choveu pouco no último mês de março. 
 
OBS: Quando usados de forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado. Ex: 
 Sujeito 
 Choveram pontapés durante a partida. 
 
b) Os verbos estar, fazer, haver e ser, quando usadas para indicar ideia de tempo ou fenômeno 
natural. Ex: 
 
 Está cedo. 
 É tarde. 
 Eram nove e quinze. 
 Faz muito frio na Europa. 
 Há meses não vejo sua prima. 
 Faz dois anos que não recebo mensagem dela. 
 Deve fazer alguns meses que não conversamos. 
 
c) O verbo haver, quando exprime existência ou acontecimento. Ex: 
 
 Há boas razões para suspeitarmos dele. 
 Houve vários bate-bocas durante a assembleia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Cap. 02 – Termos Relacionados ao Verbo 
I. Verbo Transitivo e Intransitivo 
I.I. Verbos Intransitivos 
Conceito: É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro 
termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita. Ex: 
 O avião caiu. – o verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado 
completo. 
 
 A criança sofre. 
 I. II. Verbos Transitivos 
É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem revela, revela 
algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos complementos, 
para adquirir sentido completo. Veja: 
 Suj. Simples - Verb. Trans. – Complemento verbal (objeto) 
 As crianças /precisam /de carinho 
Os verbos transitivos podem ser: 
1) Transitivos Diretos: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem 
preposição obrigatória. Ex: Nós escutamos nossa música favorita. Escutamos = verbo 
transitivo direto. 
OBS: Que/ o que!!! 
2) Transitivos Indiretos: é quando o complemento vem ligado ao verbo indiretamente, 
com preposição obrigatória. Ex: Eu gosto de sorvete. Gosto = Verbo transitivo indireto. 
 
OBS: de que/ de quem... 
 
II. Verbo de ligação 
É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito 
e características) certos tipos de relações. 
O verbo de ligação pode expressar: 
a) estado permanente: ser, viver. Ex: 
 Sandra é alegre. 
 Sandra vive alegre. 
b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se. Ex: 
 Mamãe está bem. 
 Mamãe encontra-se bem. 
c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se. Ex: 
34 
 
 Júlia ficou brava. 
 Júlia fez-se brava. 
d) continuidade de estado: continuar, permanecer. Ex: 
 Renato continua mal. 
 Renato permanece mal. 
e) estado aparente: parecer. Ex: 
 Marta parece melhor. 
 
III. Adjunto Adverbial 
São termos que se ligam a verbos e indicam uma circunstância, ou ainda intensificam um verbo, 
adjetivo ou advérbio. 
 De tempo (quando?): os jornais publicaram a notícia no dia seguinte; 
 De lugar (onde?): encontrei-o no shopping com a namorada; 
 De modo (como?): nós iremos de avião até Natal; 
 De negação: O empresário não deu a entrevista; 
 De afirmação: falarei, sim, com meu advogado; 
 De intensidade: o show de rap pareceu-me bastante concorrido; 
 De dúvida: o imóvel talvez seja leiloado hoje; 
 De causa (por quê): com a violência ninguém anda tranquilo; 
 De finalidade (para quê): guardou dinheiro para a compra do carro; 
 De companhia (com quem): viajarei com um grupo de amigos; 
 De meio ou instrumento (com quê): aprendeu tudo isso com os livros; 
 De assunto: o palestrante falou sobre os novos rumos da educação 
 
IV. Vozes do Verbo: 
 
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou 
paciente da ação. São três as vozes verbais: 
 
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Ex: 
Ele fez o trabalho. 
sujeito agente ação objeto (paciente) 
b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Ex: 
 
O trabalho foi feito por ele. 
sujeito paciente ação agenteda passiva 
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. 
Ex: O menino feriu-se. 
35 
 
Formação da Voz Passiva 
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético. 
1- Voz Passiva Analítica 
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Ex: 
 A escola será pintada. 
 O trabalho é feito por ele. 
OBS: o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer 
a construção com a preposição de. Ex: 
A casa ficou cercada de soldados. 
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. 
A exposição será aberta amanhã. 
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe 
a transformação das frases seguintes: 
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) 
 O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo) 
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) 
 O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) 
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) 
 O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) 
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal 
da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte: 
 O vento ia levando as folhas. (gerúndio) 
 As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) 
OBS: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem 
eventualmente funcionar como auxiliares. Ex: 
A moça ficou marcada pela doença. 
2- Voz Passiva Sintética 
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome 
apassivador SE. Ex: 
 Abriram-se as inscrições para o concurso. 
 Destruiu-se o velho prédio da escola. 
OBS: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética. 
36 
 
Cap. 03 – Termos Relacionados ao Nome 
 
I. Adjunto e Complemtno Adnominal 
Adjunto Adnominal: é o termo da oração que modifica um substantivo caracterizando-o ou 
determinando-o. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser 
desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos enumerais 
adjetivos. Veja o exemplo a seguir: 
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância. 
Sujeito 
Núcleo//do 
Predicado Verbal 
 Objeto Direto Objeto Indireto 
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do 
sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses 
substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais: 
 O artigo" o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta; 
 O numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos; 
 O artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos 
adnominais de amigo. 
Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, 
sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quando substituímos um substantivo 
por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-
lo nessa substituição. Ex: 
 O notável poeta português deixou uma obra originalíssima. 
Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos: 
 Ele deixou uma obra originalíssima. 
As palavras o, notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de 
adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. 
Veja: 
 O notável poeta português deixou-a. 
Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal 
É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. 
Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte: 
OBS: Primeiramente lembremos o que é Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido 
de um nome, seja este substantivo, adjetivo ou advérbio. Ex: 
A assistência aos aposentados ainda é bastante precário. 
 Subst. Complemento Nominal 
37 
 
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já 
os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro 
que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. 
Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal. 
b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a 
substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. 
O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos: 
Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe. 
A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, 
recebe a ação de amar. 
Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe. 
A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica 
a ação de amar. 
II. Predicativo do Sujeito e do Objeto 
 
Predicativo do Sujeito: é o termo que atribui características ao sujeito da oração. Ex: 
 Os guichês do metrô continuavam fechados esta manhã. 
 Verb. Ligação Pred. do Suj. 
 As águas da cachoeira caiam espumantes e volumosas. 
 Verb. Intransitivo Pred. do Suj. 
Predicativo do Objeto: é o termo que atribui características ao objeto direto ou indireto. Ex: 
 A música tornou Mozart famoso. 
 Obj. Direto Pred. do Objeto 
 
 A apresentação da peça deixou o público bastante emocionado. 
 Obj. Direto Pred. do Objeto 
 
III. Aposto e Vocativo 
 
Aposto: é o termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual ele se 
refere, substantivo, pronome ou equivalente desses. Ex: 
 Aprecio todos os tipos de música: MPB, forro, rock, samba, etc. 
 Obj. Direto Aposto do Obj. Direto 
 
 Dona Ainda servia o patrão, pai de Marina, menina levada. 
 Obj. direto – aposto de patrão - Aposto de Marina 
 
38 
 
Vocativo: é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, 
portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo da oração que se refere a um interlocutor. Ex: 
Não fale tão alto, Rita. (Rita =Vocativo) 
Senhor presidente, queremos nossos direitos. (Senhor presidente) 
OBS: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc. Ex: 
 Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões. 
 Olá professora, a senhora está muito elegante hoje! 
 Eh! Gente, temos que estudar mais. 
Distinção entre Vocativo e Aposto 
- O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração.Ex: 
 Crianças, vamos entrar. 
 Vocativo 
- O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração. Ex: 
 A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada. 
 Sujeito Aposto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Cap. 04 – Orações Coordenadas e Subordinadas 
I. Introdução 
 
Coordenação e Subordinação 
Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta. 
Ex: 
 A menina comprou chocolate. 
Quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de formação: 
a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído apenas de orações independentes, 
coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática. Ex: 
 Saímos demanhã e voltamos à noite. 
b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos 
duas orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal). Ex: 
Não fui à aula porque estava doente. 
Oração Principal Oração Subordinada 
c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas. Ex: 
Fui à escola e busquei minha irmã que estava esperando. 
Oração Coordenada Oração Coordenada Oração Subordinada 
Período Composto Por Coordenação 
Já sabemos que num período composto por coordenação as orações são independentes e 
sintaticamente equivalentes. 
Observe: 
As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo. 
O período é composto de três orações: 
 As luzes apagam-se; 
 abrem-se as cortinas; 
 e começa o espetáculo. 
 
Oração Coordenada Assindética: As orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas 
por uma pausa, sem conjunção, são chamadas assindéticas. É o caso de "As luzes apagam-se" e 
"abrem-se as cortinas". 
40 
 
Oração Coordenada Sindética: As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são 
chamadas sindéticas. No exemplo acima, a oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, 
pois é introduzida pela conjunção coordenativa "e". 
II. Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas 
 
a) Aditivas: são introduzidas pelas conjunções coordenadas aditivas: e, nem, que, não só ... 
mas também, não só ... mas ainda, tanto...como, etc. Ex: 
Coma verduras / e leve uma vida mais saudável. 
Coord. Assindt. Coord. Sindet. Aditiva 
 
b) Adversativas: Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração 
coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção 
adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as 
locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas 
sindéticas adversativas. Ex: 
 
 O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar) 
 O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria. 
 Tens razão, contudo controle-se. 
 
OBS: Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre 
normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes. Ex: 
Deus cura, e o médico manda a conta. 
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a 
uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!" 
A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo. Ex: 
Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta. 
 
c) Alternativa: Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a 
conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... 
quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas. Ex: 
 
 Diga agora ou cale-se para sempre. 
 Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza. 
 Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. 
 
d) Conclusiva: Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As 
conjunções típicas são: logo, portanto epois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, 
assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as 
orações coordenadas sindéticas conclusivas. Ex: 
 
 Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. 
41 
 
 A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente. 
 O time venceu, por isso está classificado. 
 Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente. 
 
e) Explicativa: Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na 
declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, 
porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas 
sindéticas explicativas. Ex: 
 
 Vou embora, que cansei de esperá-lo. 
 Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro. 
 Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário. 
 
III. Orações Subordinadas 
Quando uma oração funciona como termo (sujeito, predicado, objeto, etc.) da outra, ela é chamada 
de oração subordinada. A oração da qual a oração subordinada é termo chama-se oração principal. 
O período formado por uma oração principal e uma ou mais orações subordinadas chama-se período 
composto por subordinação. 
As orações subordinadas dividem-se em três grupos, de acordo com a função sintática que 
desempenham e a classe de palavras a que equivalem. Podem ser substantivas, 
adjetivas ou adverbiais. Para notar as diferenças que existem entre esses três tipos de orações, tome 
como base a análise do período abaixo: 
 Só depois disso percebi a profundidade das palavras dele. 
Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na terminação verbal da palavra "percebi". "A 
profundidade das palavras dele" é objeto direto da forma verbal "percebi". O núcleo do objeto 
direto é "profundidade". Subordinam-se ao núcleo desse objeto os adjuntos adnominais "a" e "das 
palavras dele ". No adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é o 
substantivo "palavras", ao qual se prendem os adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só depois 
disso" é adjunto adverbial de tempo. 
É possível transformar a expressão "a profundidade das palavras dele", objeto direto, em oração. 
Observe: 
 Só depois disso percebi que as palavras dele eram profundas. 
Nesse período composto, o complemento da forma verbal "percebi" é a oração "que as palavras 
dele eram profundas". Ocorre aqui um período composto por subordinação, em que uma oração 
desempenha a função de objeto direto do verbo da outra oração. O objeto direto é uma função 
substantiva da oração, ou seja, é função desempenhada por substantivos e palavras de valor 
substantivo. É por isso que a oração subordinada que desempenha esse papel é chamada de oração 
subordinada substantiva. 
Pode-se também modificar o período simples original transformando em oração o adjunto 
adnominal do núcleo do objeto direto, "profundidade". Observe: 
 Só depois disso percebi a “profundidade” que as palavras dele continham. 
42 
 
Nesse período, o adjunto adnominal de "profundidade" passa a ser a oração "que as palavras dele 
continham". O adjunto adnominal é uma função adjetiva da oração, ou seja, é função exercida por 
adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor adjetivo. É por isso que são chamadas 
de subordinadas adjetivas as orações que, nos períodos compostos por subordinação, atuam como 
adjuntos adnominais de termos das orações principais. 
Forma das Orações Subordinadas 
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: 
 "Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto." 
 Oração Principal Oração Subordinada 
Observe que na Oração Subordinada temos o verbo "existe", que está conjugado na terceira 
pessoa do singular do presente do indicativo. As orações subordinadas que apresentam verbo em 
qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são chamadas 
de orações desenvolvidas ou explícitas. 
Podemos modificar o período acima. Veja: 
 Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto. 
 Oração Principal Oração Subordinada 
Observe que a análise das orações continua sendo a mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo 
objeto direto é a oração subordinada "existir em meu gesto o teu gesto". Note que a oração 
subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção que, conectivo que unia as 
duas orações, desapareceu. As orações subordinadas

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