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CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES avaliação

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CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES 
 
CRIME COMUM 
 
É aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa, ou seja, a lei não exige 
nenhum requisito especial, como por exemplo, homicídio, furto, roubo etc. 
 
CRIME PRÓPRIO 
 
É o crime que é próprio a certo agente, ou seja, só pode ser cometido por pessoa 
determinada ou categorias de pessoas, por exemplo o infanticídio que somente a mãe 
pode ser autora e os crimes contra a Administração Pública, onde só o funcionário 
público pode ser autor (peculato por exemplo). 
 
CRIME DE MÃO PRÓPRIA 
 
Só pode ser cometido pessoalmente pelo agente, por exemplo, falso testemunho. 
- admite participação, mas não coautoria.
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CRIME DE DANO 
 
Exige uma efetiva lesão ao bem protegido – apresenta um dano efetivo como 
resultado da ação – Ex. Furto, Homicídio. 
 
CRIME DE PERIGO 
 
Aquele que para a consumação, basta a possibilidade do dano, ou seja, a mera 
exposição ao perigo configura o crime. Exemplo art. 132 CP – Periclitarão da vida ou 
saúde de outrem. 
 
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 Autoria, coautoria e participação são coisas distintas. Autor e aquele que exerce a ação (ou omissão) 
que causa o crime. Coautoria ocorre quando mais de uma pessoa exerce a ação (ou omissão) que causa 
o crime. Já a participação ocorre quando alguém ajuda alguém a cometer a ação (ou omissão) que causa 
o crime. Por exemplo, se Fulano esfaqueou a vitima, ele eh o autor. Se mais de uma pessoa esfaqueou a 
vitima, ambos são coautores. Se Fulano segurou a vitima enquanto ela era esfaqueada, ele também e 
coautor (a vitima não teria sido esfaqueada se Fulano não a houvesse segurado). Já se Fulano entregou 
a faca ou ficou vigiando a porta enquanto a vitima era esfaqueada, ele e participe. 
CRIME DOLOSO 
 
É aquele em que o agente tem a intenção de produzir o resultado (dolo direto) ou 
assume o risco de produzi-lo (dolo eventual) 
 
CRIME CULPOSO 
 
É praticado pelo agente por negligência, imprudência ou imperícia. O agente não 
tem a intenção de produzir o resultado, mas este era previsível. 
 
CRIME PRETERDOLOSO 
 
É aquele em que há dolo no antecedente e culpa no consequente, ex. 129 §3º 
 
CRIME CONSUMADO 
 
Diz-se o crime consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua 
definição legal (art. 14,I CP), é também chamado de crime perfeito. 
 
CRIME TENTADO 
 
Diz-se o crime tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por 
circunstâncias alheias a vontade do agente (art. 14, II CP), é também chamado de crime 
imperfeito. 
 
CRIME MATERIAL 
 
Crime que só se consuma com a produção de resultado naturalístico, por ex. 
morte; É aquele que a lei descreve a conduta do agente e o crime se consuma com o 
resultado. 
 
 
 
 
CRIME FORMAL 
 
O tipo não exige a produção do resultado para a consumação do crime, embora 
seja possível sua ocorrência, por exemplo, crime de ameaça, neste crime o resultado 
pretendido é a intimidação do agente, todavia o crime se consuma com a mera conduta 
de ameaçar, sendo irrelevante se o resultado foi alcançado. O resultado é mero 
exaurimento. 
Outro exemplo, crime de calunia que se consuma com a simples comunicação do 
fato mentiroso imputado como crime para terceira pessoa, sendo irrelevante se a 
reputação do ofendido foi afetada ou não. 
 
CRIME DE MERA CONDUTA 
 
Aqui o resultado não é apenas irrelevante e sim inexistente, é o caso do crime de 
desobediência em que não existe nenhum resultado que provoque a modificação no 
mundo concreto, basta a mera conduta para a consumação do delito. 
 
CRIME INSTANTÂNEO 
 
O resultado fica logo definido e encerrado, a partir de certo instante, ex. 
homicídio. 
 
CRIME PERMANTENTE 
 
A consumação, embora já realizada, continua acontecendo, renovando-se e 
prolongando-se no tempo, ex. 148 CP. 
 
CRIME PUTATIVO OU IMAGINÁRIO OU ERRONEAMENTE SUPOSTO 
 
O agente pensa que cometeu um crime, mas na verdade cometeu um irrelevante 
penal, ex. pessoa que toma substancia abortiva imaginando estar grávida, mas na 
verdade não está; pessoa que fuma substância acreditando ser droga; pessoa que atirou 
em pessoa já morta, acreditando ter sido o causador do óbito. 
CRIME UNISUBSISTENTE 
 
Consuma-se com um só ato, art.140 CP 
 
CRIME PLURISSUBSISTENTE 
 
Consuma-se com a realização de vários atos, exemplo art.171 do CP, exige além 
da fraude a obtenção de vantagem ilícita em prejuízo alheio. 
 
CRIME DE CONCURSO NECESSÁRIO OU PLURISSUBJETIVO 
 
Exige o concurso de agentes, 137 CP, 288 CP etc. 
 
CRIME DE CONCURSO EVENTUAL OU MONOSSUBJETIVO 
 
Pode ser cometido por um ou mais agentes (121, 157, 155 CP) 
 
CRIME DE AÇÃO MÚLTIPLA 
 
É aquele em que o tipo penal descreve varias modalidades de realização do 
crime, o crime será um só, embora exista a possibilidade da prática de várias condutas, 
exemplo Art. 33 Lei 11343-2006. 
 
CRIME HABITUAL 
 
É o composto pela reiteração de atos que revelam um estilo de vida do agente, 
ex: 230 CP, 282 CP, Só se consumam com a habitualidade na conduta sendo cada ato 
isolado fato atípico. 
 
 
 
 
CRIME PLURILOCAL 
 
É aquele em que a conduta se da em um local e o resultado em outro, dentro do 
mesmo País, Aplica-se a teoria do resultado e o foro competente será o do local da 
consumação. 
 
AUTORIA, COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO 
 
Autoria, coautoria e participação são coisas distintas. Autor e aquele que exerce 
a ação (ou omissão) que causa o crime. Coautoria ocorre quando mais de uma pessoa 
exerce a ação (ou omissão) que causa o crime. Já a participação ocorre quando alguém 
ajuda alguém a cometer a ação (ou omissão) que causa o crime. Por exemplo, se Fulano 
esfaqueou a vitima, ele eh o autor. Se mais de uma pessoa esfaqueou a vitima, ambos 
são coautores. Se Fulano segurou a vitima enquanto ela era esfaqueada, ele também e 
coautor (a vitima não teria sido esfaqueada se Fulano não a houvesse segurado). Já se 
Fulano entregou a faca ou ficou vigiando a porta enquanto a vitima era esfaqueada, ele e 
participe.

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