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por outro lado, não favorece o crescimento. • O tamanho da fatia apropriada em impostos pode estimular ou desestimular investimentos privados e consumo. 25 O Estado e a Economia: Efeitos diretos sobre o crescimento 26 O Estado e a Economia: Efeitos diretos sobre o crescimento • %Dívida Bruta/PIB 27 O Estado e a Economia: Efeitos indiretos sobre o crescimento • Um exemplo de efeitos indiretos da atuação do estado na economia se dá via tributos e transferências. • Uma carga tributária muito alta pode desestimular as pessoas a trabalharem (pense em uma situação em que o imposto sobre a renda é de 100%, o desestímulo é evidente). Com isso o crescimento será menor. • Transferências de renda muito altas podem causar o mesmo efeito, desestímulo ao trabalho. 28 O Estado e a Economia: Outras formas de influência • O Estado também pode afetar a economia por meio da – Política Monetária (Fixação da Taxa de juros e Regulação do sistema financeiro), – Política cambial (câmbio fixo ou flutuante), e – Política comercial internacional (impostos e tributos aduaneiros). – Política Educacional, de Saúde Pública, de Distribuição de renda, etc. 29 O Estado e a Economia: O papel das instituições • Note que “Instituições” são organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento da sociedade. • Instituições do Estado exercem grande influência sobre os agentes econômicos: – Judiciário: arbitra conflitos entre patrões e trabalhadores, criminosos e vítimas, contribuintes e fisco. Também garante direitos de propriedade. 30 O Estado e a Economia: O papel das instituições – Legislativo: O arcabouço de leis norteia praticamente toda a atividade econômica, quem paga imposto, quanto, e o que deve ser feito com os recursos. • Tais instituições podem facilitar ou até mesmo restringir o crescimento econômico. • Assim, é importante tentar entender essas influências de ações do Estado sobre a economia. 31 Como a Teoria vê os agentes econômicos (indivíduos/empresas)? O “homo economicus” • A Teoria Econômica se baseia na hipótese de que os agentes econômicos (indivíduos e empresas) adotam um comportamento dito “maximizador”. É o chamado “homo economicus”. • Isto é, para um dado custo, os agentes buscam maximizar o lucro (no caso das empresas), ou a renda (trabalhadores), a quantidade consumida e a satisfação, respeitando restrições de recursos disponíveis, informações, etc. 32 Como a Teoria vê os agentes econômicos (indivíduos/empresas)? O “homo economicus” • Mas é sempre assim que os agentes se comportam? • Não! Psicólogos já observaram que indivíduos que agem sempre maximizando o próprio ganho exibem tendências sociopatas. • Há outros tipos de motivação. Os indivíduos podem agir de forma altruística ou ética. Isto é, os indivíduos podem agir de modo que não estejam maximizando seus ganhos para seguir determinadas normas sociais. 33 Como a Teoria vê os agentes econômicos (indivíduos/empresas)? O “homo economicus” • Indivíduos podem cooperar quando não- cooperar resultaria em maiores ganhos. • Sociólogos criticam essa visão estreita do comportamento humano, considerado muito mais complexo. • O indivíduo não é sempre racional, ele pode escolher participar de uma loteria onde a expectativa de ganho é menor do que outra loteria alternativa. (pesquisa do Prêmio Nobel de Economia de 2002). 34 Como a Teoria vê os agentes econômicos (indivíduos/empresas)? O “homo economicus” • Isso não invalida a importância da hipótese de comportamento maximizador dos agentes. • Mesmo agindo de forma altruística ao doar dinheiro para uma ONG, a pessoa pode obter uma satisfação subjetiva que é coerente com o comportamento maximizador. 35 Como a Teoria vê os agentes econômicos (indivíduos/empresas)? O “homo economicus” • O indivíduo pode também escolher a ONG que acredita fazer o melhor trabalho. Isso é coerente com a maximização dos ganhos. • Há uma grande quantidade de evidências empíricas que indicam que os agentes se comportam em várias ocasiões como maximizadores de ganhos. 36 “Homo economicus” e a resposta a incentivos • Se os indivíduos agem predominantemente visando maximizar seus ganhos, então responderão aos incentivos econômicos. • Na União Soviética, o governo dava X% da produção para o fazendeiro e ficava com o excedente. • No Japão o governo ficava com os X% iniciais e e o fazendeiro com o que excedesse. • Conclusão óbvia: O esquema de incentivos na URSS era incompatível com incentivos e levou a escassez de alimentos. 37 “homo economicus” e a resposta a incentivos • Programas de bônus salariais (e ameaças de demissão ) por desempenhos de alunos aos professores, pode fazer com que professores fraudem exames dos alunos se tiverem a oportunidade (Ver Levitt e Dubner (2005) - Freakonomics). 38 “homo economicus” e a resposta a incentivos • Se há uma associação estatisticamente significativa entre DST’s e consumo de bebida alcoólica, um aumento de impostos sobre as bebidas aumentaria o preço, o consumo se reduziria e, com isso, reduziria a incidência de DST’s. • Tal política pode ser mais eficaz que uma política de conscientização. 39 “homo economicus” e a resposta a incentivos • Para inibir as pichações de muros, um incentivo econômico eficaz seria aumentar impostos sobre as latas de tinta “spray". • A lei que multa quem jogar lixo na rua no Rio de Janeiro é um incentivo econômico que visa inibir esse comportamento anti-social. 40 A ideia do “Custo de Oportunidade” • Custo de Oportunidade é o custo medido em termos de um uso alternativo dos recursos disponíveis. • Um exemplo ajuda a entender melhor: O custo de oportunidade de aplicar 100 reais na poupança e receber 5 reais de retorno no mês pode ser aplicar os mesmos 100 reais em títulos do tesouro e receber 7 reais. 41 A ideia do “Custo de Oportunidade” • Pode-se considerar que o custo de oportunidade de estudar em uma sexta-feira a noite é uma ida ao bar com amigos, enquanto o custo de oportunidade do estudo em uma segunda-feira a noite é ficar assistindo novela na Globo. • Portanto, o custo de oportunidade do estudo será maior na sexta-feira a noite, e o estudante, maximizador de ganhos, escolherá estudar na segunda-feira. 42 A ideia do “Custo de Oportunidade” • O Custo de Oportunidade é o valor atribuído à melhor alternativa à atividade sob consideração. • Com R$15,00, para se divertir, pode-se ir ao cinema, ou tomar duas cervejas com os amigos em um bar. O custo de oportunidade do cinema consiste nas cervejas no bar. 43 O Governo e o Custo de Oportunidade • Do ponto de vista do Governo esse conceito é extremamente relevante, já que os recursos (orçamento) são restritos e as possibilidades de aplicação dos recursos são inúmeras. • O governo pode com um determinado orçamento construir um hospital. Mas também pode pavimentar estradas, construir novas escolas, etc. 44 O Governo e o Custo de Oportunidade • Na elaboração do orçamento anual, onde se definirão quanto e onde os recursos serão aplicados, a utilização do conceito de custo de oportunidade deve ser plena, de modo a garantir a melhor aplicação dos recursos escassos e reduzir o desperdício. • Na margem, o benefício gerado pelo último real gasto em um hospital, ou em educação devem ser os mesmos. Esse conceito de avaliação dos benefícios “na margem” será visto adiante. 45 O Governo e o Custo de Oportunidade