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Horticultura ao Alcance de Todos

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HHOORRTTIICCUULLTTUURRAA AAOO 
AALLCCAANNCCEE DDEE TTOODDOOSS 
 
IIrriinneeuu FFaabbiicchhaakk 
 
http://groups.google.com/group/digitalsource 
 
 
IRINEU FABICHAK 
 
 
 
HORTICULTURA AO 
ALCANCE DE TODOS 
 
12ª. edição 
 
 
 
 
 
 
LIVRARIA NOBEL S. A. 
EDITORA — DISTRIBUIDORA 
 
 
 
 
 
 
 
CIP-Brasil. Catalogação-na-Publicação 
Câmara Brasileira do Livro, SP 
 
 
Fabichak, Irineu, 1923- 
F117h Horticultura ao alcance de todos / Irineu Fabichak. – 
ll.ed. ll.ed.-São Paulo : Nobel 
 
 
 
ISBN 85-213-0192-8 
1. Horticultura I. Título. 
 
83-1552 CDD-635 
 
índices para catálogo sistemático: 1. Horticultura 635 
 
 
 
 
Ilustrações a traço de Douglas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DO AUTOR 
 
A B C do Pescador 
Aprenda a Pescar 
A Pesca no Pantanal de Mato Grosso 
Manual Prático do Pescador 
Pesca Esportiva Marítima — (Praias, Costões e Canais) 
Criação de Rãs — (Ranicultura) 
Criação de Codorna Doméstica 
Horticultura ao Alcance de Todos 
Pequenas Construções Rurais 
 
ÍNDICE 
Explicação 
A Horta Doméstica 
Sobras de Hortas 
Estrumeiras 
Adubos Químicos 
Caldo de Esterco 
Estercos 
Canteiros para Semeação 
Modelo de Horta 
Ferramentas do Pequeno Horticultor 
Desbaste 
Repicagem 
Transplante 
Formigas 
Classificação dos Legumes 
0 que Existe em Nossa Horta 
Calorias Fornecidas por 100 Gramas de Matéria Fresca 
Culturas Definitivas 
Culturas de Transplantes 
Abobrinha 
Acelga 
Agrião 
Alcachofra 
Alface 
Alho Porro 
Almeirão 
Berinjela 
Beterraba 
Cebolinha 
Cebola 
Cenoura 
Chicória (escarola) 
Couves 
Couve-Brócolo 
Couve-Flor 
Couve-Rábano 
Ervilha 
Espinafre 
Nabo 
Pepino 
Pimentão 
Quiabo 
Tomate 
Rabanete 
Repolho 
Rúcula 
Salsa 
Salsão 
Vagem 
Plantas Condimentais 
Outras Culturas 
Inseticidas 
Fungicidas 
EXPLICAÇÃO 
 
Há mais de 40 anos lido com plantas hortícolas, pelo simples 
prazer de lidar com o amanho da terra. Com grande satisfação 
transmitimos os ensinamentos adquiridos àqueles que desejam iniciar-
se nessa atividade como uma recreação, ou para ter verduras frescas e 
sadias. Creio que nada é mais agradável do que acompanhar uma 
planta, principalmente hortícola, em seu processo de desenvolvimento. 
Foi pensando nisso que focalizamos neste livrinho as principais 
espécies hortícolas e os cuidados culturais de que carecem. 
Esse trabalho, destinado principalmente aos amadores da 
horticultura em chácaras, sítios e fundos de quintal, foi escrito de 
maneira objetiva, simples e sintética, sem nos alongarmos em detalhes 
de escasso ou nenhum proveito. 
Desejamos contribuir com pequena porção de conhecimentos 
dentro deste campo, e fazemos votos sinceros de êxito em qualquer 
iniciativa dentro da horticultura amadora àqueles que se iniciam. 
 
 
O autor 
 
 
 
 
1
 
1
 Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source com a intenção de 
facilitar o acesso ao conhecimento a quem não pode pagar e também proporcionar aos Deficientes 
Visuais a oportunidade de conhecerem novas obras. 
Se quiser outros títulos nos procure http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros, será um prazer 
recebê-lo em nosso grupo. 
 
A HORTA DOMÉSTICA 
 
 
Horticultura ao alcance de todos é trabalho destinado àqueles 
que queiram dedicar-se à horta de quintal, ou mesmo às de chácaras e 
sítios. Desde tempos remotos, a horticultura sempre ocupou papel 
preponderante no cenário econômico de qualquer país. 
A horta doméstica pode proporcionar, acima de tudo, verduras, 
legumes, tubérculos sempre frescos, os quais podem ser ingeridos sem 
o menor receio quanto a contaminações por meio de regas, 
freqüentemente duvidosas. 
Atualmente, com o aumento cada vez maior das populações, 
todos os córregos que deságuam nos cursos de maior volume de água, 
se encontram contaminados por muitas sujeiras, que são atiradas a 
esmo, sem qualquer prévio tratamento. Acontece que muitas chácaras 
fornecedoras de verduras para os grandes centros consumidores são 
regadas com águas represadas de tais córregos, conseqüentemente 
contaminando a verdura que se consome. Para evitar esses males, tudo 
que é consumido cru precisa passar por um processo que elimine todos 
os vermes e bactérias ofensivas à saúde. 
Muitos casos de hepatite têm origem no consumo de verduras 
sem um tratamento prévio para o extermínio dos germes. 
É por isso que todos aqueles que dispõem de um pedaço de terra 
devem fazer seu plantio para consumo próprio, e também para favorecer 
parentes e amigos. 
Um pedaço de terreno, que não precisa ser de grandes 
dimensões, pode perfeitamente proporcionar verduras, legumes e 
tubérculos para serem consumidos durante todo o ano. Para que isso 
aconteça, é preciso estudar as plantas que se queira cultivar, 
intercalando as qualidades, para haver fartura. 
Deve ser elaborado um programa antes de pôr em prática aquilo 
que se deseja. Verificar as culturas nas tabelas e a duração do ciclo 
vegetativo de cada uma, para fazer o rodízio. 
Quanto à qualidade das terras, é claro que não convirá um tipo 
que sirva para uma única cultura, o que se justificaria se houvesse 
interesse exclusivo numa determinada planta, cujo rendimento deveria 
ser o melhor possível. 
Para a horta doméstica qualquer tipo de terra prestará, desde 
que seja tratada com certos produtos químicos, principalmente adubos 
orgânicos, que nada mais são do que o esterco de curral e o composto. 
O esterco pode ser o de cavalos, vacas, porcos, coelhos, galinhas, 
os quais, antes de serem usados, deverão ser curtidos em estrumeiras 
especialmente construídas. 
Todas as espécies hortícolas carecem muito de adubos 
orgânicos. Eles é que fornecem as matérias essenciais para o 
desenvolvimento das plantas. 
O composto, que é formado de amontoa de restos de horta, 
misturados com qualquer espécie de terra, também muito auxilia em 
qualquer tipo de cultura, principalmente para afofar a terra e facilitar a 
entrada da água, que atinja as raízes das plantas. O que é 
realmente necessário para o desenvolvimento e para completar o ciclo 
vegetativo é sol, água e terra boa. 
O cultivo de uma horta não tomará o dia todo; funciona mais 
como um "hobby". 
Essa atividade, aliás, pode muito bem ser empreendida por 
pessoas que se aposentaram e que precisam de exercícios físico e de 
higiene mental. Verificar diariamente o crescimento das plantas é 
saudável distração e evita preocupações e problemas. 
Da defesa contra os insetos, ácaros ou outros destruidores das 
pequenas hortas, vamos tratar também de maneira bastante sucinta. 
Existem no mercado preparados modernos contra todo e qualquer tipo 
de insetos. Basta usar os produtos recomendados para os casos 
específicos. A calda bordalesa, por exemplo, nos velhos tempos era 
necessário ser preparada, porque não existia no mercado. Dava, pois, 
muito trabalho, e também era necessário fazer a dosagem certa para 
causar os efeitos desejados e usá-la nas 48 horas seguintes. 
Uma das maiores satisfações de quem cuida de uma horta é a 
hora da colheita, indiscutivelmente, pois fica feliz ao proceder ao corte 
ou apara de qualquer produto, a fim de ser consumido fresquinho e sem 
o menor receio de contaminações. 
Portanto, caros leitores, vamos repetir um velho lema: "Em cada 
lar,uma horta". 
 
SOBRAS DE HORTAS 
 
Quando há excesso de produção de certas plantas na horta, 
poderão elas ser aproveitadas de outra maneira, sem serem consumidas 
ao natural, isto é, em conservas. 
Do tomate, por exemplo, pode ser feita a massa e guardada a fim 
de ser usada quando houver necessidade. 
Pepino, cenoura, pimentão, chuchu, vagem, nabo, couve-flor, 
também poderão ser aproveitados para se fazerem conservas (picles). 0 
repolho dá ótimo chucrute, para ser consumido na medida das 
necessidades. 
Aproveita-se a berinjela para fazer um tipo de escabeche, o qual 
se torna muito gostoso e de longa duração. 
 
 
ESTRUMEIRA 
 
 
Toda horta deve ter sua estrumeira, pois, a cada rotação de 
plantas, é necessária uma dosagem de esterco para enriquecer o solo, e 
conseqüentemente permitir-lhe produzir mais. 
Para a construção da estrumeira não será necessário fazer 
despesas, porque se faz simplesmente no solo com uma cobertura, a fim 
de não apanhar chuvas e sol. Bastará apenas abrir um buraco no solo, 
num tamanho em proporção à própria horta. Bom mesmo será a 
construção de dois buracos com as seguintes dimensões: 1,00 m de 
comprimento, por 80 cm de largura e 50 cm de profundidade. Sendo 
duas as estrumeiras, será mais fácil utilizar os adubos orgânicos já 
decompostos, porque, enquanto se utiliza o material de uma delas, a 
outra ficará curtindo o esterco. 
Como ficou dito acima, as esterqueiras precisam ser cobertas, 
por meio de quatro esteios e algumas folhas de brasilite, telhas, folhas 
de zinco ou mesmo sapé. 
O esterco deve ser colocado nos buracos e permanecer ali pelo 
menos (quando fresco) por três a quatro meses. 
Enquanto o horticultor utilizar o esterco de uma das 
estrumeiras, a outra ficará em descanso para o completo curtimento. 
Uma molhada de vez em quando será de bom alvitre a fim de que não 
fique muito ressecada; e também auxilia a fermentação dos detritos. 
Independente da esterqueira, outro buraco poderá ser feito, para 
se preparar o composto,que é constituído de todas as sobras da horta. 
Todas as capinas que se fazem na horta, o mato e gramíneas 
devem ser jogados no buraco, com intervalos de terrisco, pois essas 
matérias também, entram em decomposição, o que formará uma ótima 
adubação para os canteiros, principalmente para o afofamento da terra. 
Dois meses depois de colocados dentro do buraco todas as 
sobras e mato poderão ser de novo utilizados. Por exemplo, os caminhos 
dos canteiros de vez em quando precisam ser capinados, e estas sobras 
também deverão ser aproveitadas para se fazer o composto. Enfim, 
quaisquer que sejam, os resíduos da horta devem ser colocados no 
buraco do composto, a não ser quando se trata de plantas 
contaminadas com insetos e fungos, porque então o melhor meio será 
queimá-las ou enterrá-las bem profundamente, a fim de não se 
propagarem as doenças. 
 
 
 
ADUBOS QUÍMICOS 
 
 
Em certos lugares, o adubo orgânico já não se consegue com a 
mesma facilidade de outrora. É por isso que os técnicos, prevendo essas 
dificuldades, elaboram os adubos químicos para compensar os 
elementos de que as plantas carecem. No mercado especializado é fácil 
encontrar todos os tipos para as mais variadas finalidades; tanto para 
serem misturados à terra, como os adubos foliares, isto é, para serem 
misturados à água, nas devidas proporções e proceder-se à rega, pois as 
plantas o absorvem através da folhagem. 
Os adubos químicos são os maiores fornecedores de azoto, 
fósforo, potássio, cal e outros elementos necessários às plantas. 
Também para auxiliar o pequeno horticultor, existem fórmulas 
já preparadas e dosadas de acordo com as necessidades de uma 
variação enorme de plantas. Isso facilita em muito, evitando a 
necessidade de comprar uma variedade de elementos para depois se 
fazer a mistura adequada a cada tipo de planta. 
Um adubo generalizado será o tipo ideal para o pequeno 
horticultor, desde que obedeça às indicações de cada tipo, pois é 
necessário que se usem as medidas exatas para que a planta se 
desenvolva naturalmente. É o caso muitas vezes de certas plantas 
hortícolas se desenvolverem muito na parte superior, quando deveria 
acontecer o contrário. 
Isso se dá com a cenoura, a beterraba, o nabo e outras. As 
folhagens ficam bem viçosas e crescem muito, ao passo que as raízes 
ficam raquíticas. O emprego do adubo não foi correto. 
No mercado especializado existem embalagens, de acordo com as 
necessidades, de vários tipos de adubos. Em geral são de 1 e de 5 
quilos, ou em sacos de 50 quilos. Há a terra vegetal em pacotes de 2, 5 
e 50 quilos, própria para viveiros de semeação. 
Adubo foliar, isto é, o que é misturado com a água para se 
proceder à rega semanal ou quinzenalmente, existe em embalagens de 
meio, um e dez quilos. 
Tudo isso sem necessidade de comprar quantidades grandes. No 
mercado especializado existe uma grande variedade de adubos químicos 
que, de um modo geral, devem ser misturados na proporção de 200 g 
por metro quadrado, 10 dias antes do plantio. 
Seguir as instruções das embalagens é a maneira mais prática e 
racional. 
 
 
CALDO DE ESTERCO 
 
 
Num latão ou em latas de vinte litros, ou tanque de cimento, 
pode-se preparar uma calda composta apenas de água e esterco vivo. A 
quantidade a ser depositada será meio a meio, isto é, metade de esterco 
vivo e metade de água. Com o decorrer dos dias, o esterco vai se 
diluindo e, após 30 dias, estará pronto para ser usado. Podem-se 
preparar várias latas quando não se tiver disponível um tanque grande. 
O caldo de esterco é usado na horticultura com bastante sucesso nos 
vários tipos de hortaliças. 
Por intermédio de uma concha ou coisa parecida, vai-se 
distribuindo nas plantas ao seu redor, mas nunca na parte da 
folhagem, uma quantidade razoável, ou seja, uma lata de meio litro 
para cada muda, distanciando das raízes. Após a distribuição do caldo 
de esterco nas plantas, deve-se fazer uma rega a fim de que o líquido se 
infiltre na terra. Molhar as plantas com caldo de esterco, mas que não 
seja muito perto do caule principal. Hortaliças que recebem bem o caldo 
de esterco e se desenvolvem satisfatoriamente: alface, couves, repolho, 
tomate, vagem, ervilha e outras. 
Também se pode preparar uma calda com esterco de galinha 
fresco, deixando em infusão com água durante 20 dias, na base de meio 
a meio. Para cada litro dessa calda, deve-se misturar 5 de água, para 
depois fazer as regas ao redor das plantas. Após o lançamento desse 
líquido, deve-se proceder a uma boa rega para sua infiltração na terra e 
para evitar a formação de crostas. 
 
ESTERCOS 
 
Porcentagem média em: 
 água nitrogênio fósforo potássio 
 % % % % 
Cavalo 59 0,70 0,11 0,64 
Bovino 79 0,57 0,10 0,52 
Porco 74 0,49 0,15 0,39 
Carneiro 64 1,44 0,22 1,01 
__________________________________________________________________________ 
Composição dos principais estercos frescos, conforme F. B. Morrisson. 
 
 
 
 água nitrogênio ácido fosfórico potássio 
 % %% % 
 fresco seco fresco seco fresco seco fresco seco 
Galinha 59,50 9,95 1,75 4,00 1,00 2,27 0,54 1,21 
Pato 82,60 0,10 0,33 2,80 0,19 0,97 0,34 1,84 
Ganso 78,00 10,00 1,20 4,90 1,10 4,50 0,39 1,60 
__________________________________________________________________________ 
Composição do esterco das principais aves domésticas, segundo Mason e 
Roselly Vila. 
 
 
CANTEIROS PARA SEMEAÇÃO 
 
 
Para as culturas de transplante, convém reservar um ou mais 
canteiros, que serão subdivididos em viveiros de mudas. A localização 
desses canteiros deverá ser perto de um lugar que tenha água fácil, em 
virtude das regas constantes que as referidas mudas precisam receber 
para o seu desenvolvimento, na primeira fase de vida. 
O canteiro deve ser muito bem estercado (4 a 5 quilos de esterco 
bem curtido por metro quadrado), pois da fertilidade das mudinhas é 
que vai depender o seu crescimento normal. A terra precisa ser muito 
bem destorrada e até peneirada, a fim de não dificultar em nada o 
nascimento das plantas. Quando a temperatura for muito forte, 
convém, para certos tipos de verduras, que os viveiros sejam cobertos 
com folhas de bananeiras ou, melhor, de palmeira, porque o sol passa 
por entre as frestas das folhas, mas isso se faz a uns 30 cm do solo, por 
meio de forquilhas e varas atravessadas. 
Em certas regiões, convém colocar um barbante amarrado em 
quatro estacas ao redor do canteiro de sementeira, nele pendurando 
pedaços de plásticos, a fim de afugentar os pássaros que costumam 
comer as sementes. 
Nos viveiros de mudas para transplante, as regas devem ser 
diárias, mas sem encharcar muito, para que as plantas se desenvolvam 
normalmente em terra úmida, sempre antes do nascer do sol ou depois 
das quatro horas da tarde, quando a temperatura já baixou. Essas 
regas não devem ser feitas quando o sol está muito quente, porque 
poderá causar a queimação das plantas. Cada vez que os canteiros 
viveiros são desocupados, devem receber mais uma dosagem de adubo 
orgânico para serem incorporados a terra, e muito bem revolvidos para 
receber novas sementes. Não se deve plantar sempre a mesma hortaliça 
no mesmo canteiro, mas sim fazer o revezamento para obter melhores 
resultados. 
 
Sementeiras em linhas, colocando-se as sementes 
distanciadas para melhor desenvolvimento. 
MODELO DE HORTA 
 
Nem todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano; 
por isso é preciso fazer uma estruturação dos canteiros a fim de 
manter-se p equilíbrio das plantações. Com o sistema indicado, não 
faltarão verduras durante todo ano, sejam folhas, legumes ou 
tubérculos. 
De acordo com as necessidades, demarca-se uma quantidade de 
canteiros para um tipo de hortaliça. Na horticultura caseira, também é 
muito importante processar-se o revezamento de culturas, a fim de que 
a mesma planta não seja sempre posta no mesmo canteiro. Por 
exemplo, onde se colheu alface, muda-se para um canteiro de almeirão, 
que é menos exigente. Onde se plantou pepino, pode ser plantada 
vagem, porém com certa adubação orgânica prévia. 
Os canteiros também não deverão ser grandes demais, pois, 
acredito que, tendo cada um 2,00 m de comprimento por 1,00 m de 
largura, é o suficiente para produzir muito bem e facilitar o respectivo 
trato. Os caminhos dos canteiros com 30 cm dão perfeitamente para se 
trabalhar. O mato pode ser arrancado com facilidade de um ou de outro 
lado, sem se pisar no canteiro. 
A horta precisa receber bastante sol, pois todas as plantas 
carecem de sol e água, a fim de que vinguem bem. Nos canteiros que 
recebem muita sombra as plantas definham e acabam não produzindo 
aquilo que se esperava. 
Os canteiros carecem ainda ser afofados, por meio de uma 
enxadinha de dois bicos, ou mesmo através de um plantador, a fim de 
que a água se infiltre e não escorra por cima, lavando apenas a terra. 
Para uma horta doméstica, cremos que bastam apenas uns vinte 
canteiros, distribuídos da melhor forma possível, quanto à escolha das 
plantas hortícolas. Por exemplo, podem ser de alface, almeirão, pepino, 
tomate, couve, cenoura, rabanete, beterraba, ervilha, quiabo, repolho, 
rúcula, sem esquecer de manter permanentemente espaços dedicados à 
cebolinha de todo o ano, salsa, salsão e outros condimentos tão 
necessários para a cozinha. 
MODELO DE HORTA 
 
Modelo de horta, com sistema de rodízio, verduras, legumes e 
frutos do ano todo com fartura. 
 
 
FERRAMENTAS DO PEQUENO HORTICULTOR 
 
0 pequeno horticultor não carece de muitas ferramentas. Uma 
enxada para fazer as capinas, misturar os adubos à terra. Enxadão 
para revolver canteiros, ancinho para nivelação deles e para tirar os 
torrões de terra, bem como para recolhimento do mato em montes. Pá 
reta para retirada do esterco e do composto; uma colher arredondada de 
jardineiro para fazer o transplante de certas hortaliças; um plantador 
para a abertura de buracos para as mudas; garfo para a coleta de mato 
e folhagem; sacho para capinas no meio das plantas e afofamento da 
terra. 
Um carrinho de mão também será de toda conveniência para o 
transporte do esterco, composto e amontoa-mento dos resíduos da 
horta, bem como do mato para o lugar destinado a preparar o 
composto. Um regador com crivos finos para regar os viveiros de mudas 
e outro com crivos mais abertos para as plantas já em desenvolvimento. 
Um pulverizador pequeno para aplicar os fungicidas e inseticidas. 
Todas as ferramentas, depois de usadas, devem ser guardadas 
em lugar onde não bata chuva, a fim de se preservarem por mais tempo. 
O pulverizador, após todas as vezes em que for usado, deverá ser 
muito bem lavado e enxugado. Os líquidos que vão entrar no 
pulverizador precisam ser peneirados, para evitar a entrada de qualquer 
tipo de sujeira, pois do contrário esta impediria a pulverização uniforme 
das plantas. 
Será interessante ter sempre à mão uma lima de horta a fim 
de afiar as ferramentas. Quando estas não estão cortando, o 
trabalho será dobrado; por isso é recomendável que se usem 
ferramentas adequadas. 
 
 Garfo e pá reta, indispensáveis na horta 
 
 Enxadão e Enxada 
 
 Rastelo ou ancinho para nivelamento de canteiros e limpeza 
 
Colher de horticultor, sachino e plantador, utensílios 
indispensáveis aos horticultores. 
 
 
DESBASTE 
 
Desbaste é a maneira de se eliminarem as plantas em excesso 
que se encontram muito agrupadas. Ele é necessário para se obter o 
rendimento natural de uma planta, sem esta se definhar por falta de 
espaço. 
Exemplo: para a cenoura, se o espaço deixado entre as mudas 
for de 3 x 3 cm, não produzirão tubérculos. Se esse espaço for de 20 x 5 
cm em linha, a produção será satisfatória, porque a planta dispõe de 
maior terreno para seu completo desenvolvimento. Com as demais 
hortaliças, inclusive de transplante, também se deve proceder dessa 
maneira para obter-se maior rendimento. 
 
 
REPICAGEM 
 
 
Para determinadas culturas faz-se a repicagem, isto é, 
transferem-se as mudas enquanto são novas para um canteiro 
intermediário, dando maior espaço entre cada uma, para se 
desenvolverem satisfatoriamente. Se as mudas ficaram muito juntas, 
acabam se definhando, umas prejudicando outras, e conseqüentemente 
retardando a produção. 
Procedendo-se à repicagem ou mesmo ao desbaste, as mudas 
vingarão melhor. Depoisse poderão transplantar para os canteiros 
definitivos. Com espaçamento mais dilatado as plantas receberão mais 
arejamento, sol e nutrição do solo. 
 
 
TRANSPLANTE 
 
 
Todas as espécies hortícolas de transplante devem receber 
cuidados especiais quando se realiza essa operação. 
As covas para receber as mudas devem ser com terra bem fofa, 
e, quando se procede ao plantio, chega-se bem a terra às raízes, e 
sempre se deixa estas no sentido vertical, nunca encaracoladas, 
formando um emaranhado, o qual iria prejudicar a planta no seu 
crescimento. 
A profundidade das plantinhas também é ponto muito 
importante, de acordo com a espécie. Umas necessitam de bom 
enterramento, enquanto outras somente até o caule, onde nascem as 
primeiras folhas. Outras ainda devem ser plantadas em covas 
profundas, a fim de, na medida em que forem crescendo, se processar a 
amontoa de terra junto ao pé. 
São essas pequenas particularidades que o horticultor precisa 
aprender para o pleno sucesso do empreendimento. 
No que se refere à compra de sementes, todo cuidado será 
pouco. Deve-se dar sempre preferência a firmas inteiramente idôneas, 
cujas sementes sejam de boa procedência. Muitas vezes se perde o 
dinheiro empregado numa semente de baixo valor, porque a germinação 
poderá falhar e será preciso fazer novo plantio, demorando-se mais 
tempo e tendo-se mais trabalho. 
Não resta a menor dúvida de que da boa qualidade da semente 
dependerá o sucesso na horta doméstica. 
 
 
FORMIGAS 
 
 
Todo e qualquer tipo de formigueiro, porventura existente na 
horta, deverá ser eliminado. Se for a saúva, deve-se procurar os olheiros 
e neles aplicar formicida. Se for a quenquém, pode-se liquidá-la com 
igual facilidade, por meio de formicida em pó aplicada em seu ninho, 
que é sempre feito embaixo de pedras ou de paus podres. Outros tipos 
que formam aquele cúpulo fora da terra também são facilmente 
eliminados, com creolina misturada com água. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS LEGUMES 
 
Legumes de folhas 
Legumes de flores 
Legumes de frutos 
Legumes de semente 
Legumes de tubérculos ou raízes 
 
Legumes de Folhas 
 
São aqueles de que aproveitamos apenas as folhas para a 
alimentação. Devem ser muito bem lavados antes de serem 
consumidos, e ainda ficar de molho numa vasilha por uma ou duas 
horas com vinagre e água, para destruir os germes. 
Na horta caseira, por exemplo, os legumes de folhas só deverão 
ser regados com água potável, isto é, limpa, completamente isenta de 
qualquer contaminação, pois isso é muito importante para a saúde. 
Alguns exemplos de legumes de folhas: almeirão, rúcula, alface, agrião. 
 
 
Legumes de Flores 
 
Estes também precisam obedecer às mesmas diretrizes de que 
falamos acima, isto é, dos de folhas, porque são as flores que 
consumimos e naturalmente deverão ter o mesmo tratamento, apesar 
de serem cozidos antes do seu consumo. 
Exemplos de legumes de flores: couve-flor, alcachofra, 
cambuquira. 
 
 
Legumes de Frutos 
 
 
São aqueles de que aproveitamos apenas os frutos, os quais 
também exigem tratamento especial para não serem atacados pelos 
insetos, que tantos estragos causam, no seu interior. Os legumes de 
frutos são, por exemplo: tomate, pepino, abóbora, berinjela, pimentão. 
 
 
 
Legumes de Sementes 
 
 
São aqueles de que aproveitamos apenas as sementes, como 
ervilha, lentilha, fava. 
 
 
Legumes de Tubérculos e Raízes 
 
 
Destes aproveitamos as raízes ou tubérculos, tais como: 
beterraba, batata, cará, nabo, mandioca, rabanete. 
 
 
O QUE EXISTE EM NOSSA HORTA 
 
 
Como sabemos, as plantas hortícolas em geral possuem grande 
quantidade de vitaminas, especialmente os legumes. Geralmente todos 
consomem verduras, legumes e frutas, mas talvez não conheçam as 
propriedades desses vegetais. 
A beterraba, em salada, é refrigerante. 
A cenoura é boa contra a icterícia. 
O aipo é aperitivo e diurético. 
A chicória é tônica, laxativa e diurética. 
A couve, no tempo dos romanos, era remédio para todos os 
males. 
A abóbora suaviza e lubrifica os intestinos. 
O agrião é depurativo, diurético e expectorante. 
O espinafre é laxativo e refrigerante. 
A alface mitiga a sede e provoca o sono. 
A cebola é excitante, diurética e vermífuga. 
O alho é excitante, higiênico e vermífugo. 
 O rabanete combate ou evita as areias. 
O almeirão é depurativo das afecções da pele. 
A alcachofra combate a diarréia. 
A mostarda é estimulante e excitante na digestão. 
 
CALORIAS FORNECIDAS POR 100 GRAMAS 
DE MATÉRIA FRESCA 
Abobrinha ............................................................ 35,5 
Acelga .................................................................. 33,5 
Agrião................................................................... 85,0 
Alcachofra ............................................................ 63,5 
Alface ................................................................... 10,0 
Alho ..................................................................... 50,0 
Alho-porro ............................................................ 45,5 
Berinjela............................................................... 30,0 
Beterraba ............................................................. 45,5 
Brócoles .............................................................. 38,0 
Cebola.................................................................. 49,0 
Cenoura ............................................................... 45,5 
Chicória (escarola) ................................................ 20,0 
Couve manteiga.................................................... 76,6 
Couve-flor............................................................. 31,0 
Ervilha-verde........................................................ 100,0 
Espinafre.............................................................. 24,4 
Nabo .................................................................... 34,5 
Pepino .................................................................. 14,4 
Pimentão .............................................................. 34,4 
Quiabo ................................................................. 34,4 
Rabanete .............................................................. 2,2 
Repolho ................................................................ 30,0 
Salsa .................................................................... 60,0 
Tomate ................................................................. 23,3 
CULTURAS DEFINITIVAS 
 
 
espécie colheita 
dias 
espaço 
cm 
época germinação 
dias 
uma grama 
contém 
sementes 
abobrinha 40/50 60x60 ano todo 6/7 4/10 
agrião 90 10x10 abr/ago 5/6 4.000 
almeirão 60 10x10 ano todo 3/4 550 
cenoura 90/120 15x5 ano todo 6/10 600 
ervilha 90 40x30 abr/ago 6/15 2/6 
espinafre 70 60x60 ano todo 8/30 10/12 
nabo 70 15x15 ano todo 4/8 400 
pepino 90 40x50 jul/out 6/8 35 
quiabo 100 60x60 ago/jan 6/10 10/20 
rabanete 30 5x10 ano todo 3/5 100 
rúcula 70/80 5x20 ano todo 4/6 300 
salsa 90 5x10 ano todo 12/20 300 
vagem 90 50x40 ano todo 6/8 1 
 
 
 CULTURAS DE TRANSPLANTE 
 
acelga 80/90 25x25 ano todo 8/10 60 
alcachofra 280 80x80 ago/out 12/23 25 
alface 80/90 25x25 mar/ago 5/8 900 
alho-porro 90/120 20x20 ago/set 8/12 400 
berinjela 150 50x50 set/jan 10/14 250 
beterraba 90/100 20x20 ano todo 6/12 60 
cebola 150 20x20 dez/mar 8/15 250 
cebolinha 80 15x15 ano todo 7/12 250 
chicória 80/90 30x30 mar/jun 5/7 600 
couve-flor 100/120 40x40 ano todo 4/6 300couve-brócole 80/90 40x40 ano todo 5/8 280 
couve-manteiga 90 40x40 ano todo 5/8 250 
couve-rábano 80/90 40x30 ano todo 5/12 260 
pimentão 130 50x40 set/out 6/10 150 
repolho 90/130 40x40 jan/jun 6/12 260 
sal são 130 30x30 mar/abr 5/8 100 
tomate 90/100 40x80 ano todo 4/8 250 
ABOBRINHA 
 
 
A abobrinha é um legume de grande consumo e de fácil 
tratamento. Não é planta muito exigente. Em terreno sílico-argiloso com 
boa adubação de esterco bem curtido, e em que a terra fique bem fofa, 
produzirá muito bem. As covas devem ser abertas em tamanho de mais 
ou menos 20 x 20 cm e também 20 cm de profundidade, distanciadas 
entre si 60 cm para cada lado. Plantam-se de 3 a 4 sementes em cada 
cova, para depois fazer o desbaste, deixando apenas uma, isto é, a mais 
forte. Mudas em excesso devem ser cortadas e nunca arrancadas. O 
plantio da abobrinha pode ser feito durante todo o ano, desde que se 
tenha água com facilidade para a sua rega, pois a planta não gosta de 
terra muito seca nem encharcada demais. 0 ciclo vegetativo é de mais 
ou menos 40 a 50 dias, isto é, a colheita dos frutos se dá depois desse 
período. Na medida em que os frutos ficam tenros, procede-se à colheita 
para serem usados de diversas maneiras na cozinha: em salada, frita, 
refogada ou recheada. 
 
ACELGA 
 
 
 
 
 
 
 
Acelga requer solo argilo-silicoso que esteja muito bem 
preparado com adubos orgânicos, e, o principal, seja razoavelmente 
profundo, pois nas terras fofas é que se desenvolve muito bem. A acelga 
pode ser plantada durante todo o ano. Semeia-se em canteiro definitivo 
e em canteiro para transplante, o que é mais recomendável. A distância 
entre as plantas é de 25 cm para ambos os lados. As regas deverão ser 
constantes para que a planta se desenvolva bem. A colheita se dá após 
90 dias de seu plantio. Após as primeiras colheitas das folhas, convém 
se faça uma rega com salitre-do-chile na base de 10 g dissolvidos em 10 
litros de água, ou adubo foliar. A germinação se dá após 10 dias. 
 
AGRIÃO 
 
 
O agrião da água exige terreno bastante úmido, com água 
corrente. O terreno precisa ser arado e muito bem estercado com 
adubos orgânicos, em solo profundo e bem nivelado. O melhor processo 
para o plantio do agrião é por meio de mudas, isto é, talos que estejam 
enraizados. O plantio faz-se distanciado de 10 em 10 cm, ou de 20 em 
20 cm, de acordo com a disponibilidade do terreno. Importa fazer 
entrada de água corrente, mas as plantas não deverão ser totalmente 
cobertas pela água. O agrião produz bem o ano todo, mas os melhores 
meses vão de abril a agosto. O ciclo vegetativo da planta é de 90 dias. O 
lugar para o cultivo do agrião chama-se agrieiras. 
 
 
ALCACHOFRA 
 
Terreno fresco, profundo e bem adubado com esterco curtido e 
misturado com composto. O ideal seria aplicar 40 quilos de esterco para 
cada 10 metros quadrados, bem como 400 gramas de superfosfato. 
A alcachofra pode ser semeada e também obtida com mudas, 
isto é, rebentos de pés já velhos. 
A duração da germinação da semente é de 20 dias. Sua 
permanência é de 4 a 6 anos, frutificando em todos os anos. 
Quando as mudas estiverem com 4 folhas, proceder à repicagem, 
isto é, mudar para canteiros intermediários, conservando a distância de 
25 cm para todos os lados e, quando as folhas de um pé se juntarem 
com os demais, proceder ao transplante para os canteiros definitivos, 
em covas distanciadas 80 x 80 cm. 
As regas precisam ser abundantes durante a primeira fase da 
vida da planta, pois são muito importantes para o seu desenvolvimento. 
As flores para o consumo devem ser apanhadas antes que 
fiquem duras e fibrosas. Isso se percebe através dos talos que as 
sustentam. 
Durante o primeiro ciclo vegetativo, proceder-se à rega com 
salitre-do-chile, na base de 200 g misturadas em 10 litros de água em 
cada 10 metros quadrados. 
 
 
 
 
 
 
ALFACE 
 
Alface pode ser semeada durante todo o ano, mas os melhores 
meses vão de março a agosto. As melhores terras para a sua cultura são 
as argilo-silicosas, muito bem adubadas com esterco de curral curtido, 
bem afofada para a penetração da água. 
Semeia-se em viveiro, a lanço, com terra bem preparada e, após 
seis a sete dias, começam a nascer. Quando as mudinhas tiverem de 5 
a 6 folhas, faz-se o transplante para o lugar definitivo, de preferência na 
parte da tarde ou em dia que esteja encoberto, para evitar a queimação 
das folhas. Plantam-se as mudas a 25 cm de distância, em todos os 
sentidos. As regas precisam ser constantes, pois se trata de planta 
exigente quanto à água, mas não se encharquem os terrenos. 
A colheita se faz geralmente depois de 80 a 90 dias de seu 
plantio. Existem vários tipos de alface, para serem semeados durante 
todo o ano: lisa, romana, quatro estações, sem rival e outras. 
 
ALHO-PORRO 
 
Terreno bem adubado com esterco muito curtido, misturado com 
composto, bem afofado e profundo é o que exige o alho-porro. 
Semeia-se em viveiro, a lanço, procedendo-se a regas diárias, a 
fim de manter o canteiro sempre úmido e não encharcado. 
0 transplante para canteiros definitivos se faz, quando as mudas 
tiverem 15 a 20 cm de altura, em pequenas valetas (sulcos) abertas no 
canteiro a uns 5 a 6 cm de profundidade. À medida que as plantas 
forem crescendo, achega-se terra, procedendo-se à amontoa, a fim de 
que os talos fiquem brancos e tenros. Costuma-se ainda arrancar as 
folhas para que a planta se desenvolva com mais rapidez na parte 
inferior. 
A distância das valetas poderá ser de 30 cm e de 15 a 20 cm 
entre as mudas. 
Logo após o replantio, é necessário proceder a uma copiosa rega 
para que a terra chegue bem às raízes. O alho-porro colhe-se após 90 a 
120 dias de sua semeação. 
O que muito auxilia o alho-porro para que fique branco e bem 
tenro são as regas diárias, principalmente na época da seca. As regas 
devem ser feitas sempre pela manhã, antes do nascimento do sol, ou à 
tardinha, quando o sol já se pôs. 
Após as plantas entrarem em pleno desenvolvimento, procede-se 
a regas com caldo de estrume, misturado com água, entre os sulcos. 
Capinas e limpamento do solo se fazem todas as vezes que for 
necessário, bem como o afofamento do terreno na superfície, evitando-
se que se forme crosta. 
Alho porro; com boa chegada de terra, os caules tornam-se mais 
tenros, macios e brancos. 
 
ALMEIRÃO 
 
A semeação do almeirão se faz diretamente no canteiro, não 
necessitando de transplante. Revolvem-se muito bem os canteiros com 
terra bem fofa e boa adubação. Espalham-se as sementes a lanço, 
podendo elas ser misturadas com areia bem fina, a fim de facilitar mais 
a distribuição. Após a semeadura, deverá levar uma cobertura de terra 
bem fina, de meio centímetro. Depois, fazer a primeira rega. 
Diariamente rega-se o canteiro, até que as plantas atinjam o tamanho 
para serem consumidas. 
O primeiro corte do almeirão para fazer salada é uma verdadeira 
delícia, porque suas folhas são bem tenras e de sabor muito agradável. 
Quando bem tratado, o segundo corte ainda se presta para saladas. 
Mas depois as folhas se tornam amargas e, para o seu aproveitamento, 
será necessário cozê-las, para depois se fazer refogado com alho, óleo e 
bacon. 
São várias as qualidades de almeirão. Há o de folhas estreitas, o 
de folhas largas e aquele em que o maior desenvolvimento é das raízes, 
as quais também são aproveitadas na cozinha de várias maneiras, em 
salada ou refogada. 
Após a semeação, o almeirão poderá receber o primeiro corte 
após 60 ou 70 dias, dependendo muito da temperatura onde for 
cultivado. Ele se plantadurante todo o ano, desde que se façam regas 
constantemente. 
 
BERINJELA 
 
 
A berinjela requer terreno seco, bem adubado com matérias 
orgânicas, em solo bem profundo. Terrenos fracos podem ser auxiliados 
com 400 gramas de superfosfato e 200 gramas de potassio para cada 
10 metros quadrados. Semeia-se em viveiros, a lanço, de setembro a 
janeiro, conservando o canteiro sempre úmido, mas não encharcado. 
Quando as mudas estiverem com 3 a 4 folhas, faz-se a 
repicagem, isto é, plantando à distância de 12 cm em todos os sentidos. 
Quando as mudas já estiverem com 5 a 6 folhas, transferem-se para os 
canteiros definitivos, conservando-se a distância de 50 cm em todos os 
sentidos. À medida que a planta for crescendo, vão surgindo os brotos 
laterais, que deverão ser eliminados. Só depois da segunda 
inflorescência, corta-se o broto principal para que os frutos aumentem 
de tamanho. 
Duas espécies principais de berinjela são cultivadas: a comprida 
e a redonda. 
A germinação das sementes é de 10 a 15 dias. O ciclo vegetativo 
é de 120 a 150 dias, após a semeação. 
Quando os pés estão carregados, convém protegê-los com 
tutores. 
Colhem-se os frutos antes que atinjam o seu desenvolvimento 
máximo, quando estão bem tenros e próprios para o consumo. 
 
BETERRABA 
 
 
Para o plantio da beterraba alguns preferem semear em lugar 
definitivo, mas pode-se também semear em viveiro para depois fazer o 
transplante, dando preferência às mudas mais sadias, quando tiverem 
6 folhas. 
A beterraba prefere solo sílico-argiloso com terreno bem lavrado, 
a fim de facilitar o escoamento da água, evitando-se o apodrecimento 
dos tubérculos. A beterraba exige regas, mas não muito abundantes 
para evitar-se que o terreno fique encharcado. Diariamente, uma rega 
moderada será de bom alvitre para o desenvolvimento da planta. 
Essa planta está sujeita a certas doenças que atacam as folhas, 
mas podem ser combatidas com fungicidas. As folhas que murcharem 
ou ficarem pintadas de outra coloração, devem ser arrancadas e 
enterradas, evitando-se a propagação da doença. 
A distância a ser conservada entre as plantas será de 20 X 20 
cm. 
Faz-se a colheita logo que os tubérculos tiverem o tamanho 
desenvolvido, o que será fácil verificar através da planta, tirando-se um 
pouco de terra. Muitas vezes a beterraba se desenvolve muito na 
folhagem, mas os tubérculos ficam mirrados. Isso quer dizer que está 
com excesso de adubos orgânicos. A colheita da beterraba se dá 90 a 
110 dias depois do plantio. Quando se faz a horta para consumo 
próprio, convém começar a colheita logo que os tubérculos atinjam um 
tamanho regular, a fim de que os últimos não fiquem fibrosos e de 
difícil cozimento. 
As plantas devem ficar sempre livres de mato, fazendo-se 
quantas capinas forem necessárias. Após um mês e meio ou dois faz-se 
a amontoa, isto é, chega-se mais terra às plantas, para que os 
tubérculos não fiquem expostos aos raios solares. 
 
 
 
 
 
 
CEBOLINHA 
 
 
 
Em nenhuma horta deve faltar um ou dois canteiros de 
cebolinha de todo o ano, pois se trata de condimento indispensável na 
cozinha, podendo-se com ela preparar vários tipos de molhos, e até usá-
la no tempero de arroz e feijão. 
Trata-se de cultura muito fácil e pouco exigente. Canteiros bem 
revolvidos e adubados com uma mistura de composto para que as 
plantas se desenvolvam satisfatoriamente. 
Cebolinha de todo o ano não é exigente quanto è terra, 
porém boas regas são necessárias. 
A propagação da cebolinha pode-se fazer através de sementes ou 
de bulbos de touceira já formadas. 
Apanha-se a touceira de cebolinha, apara-se a parte superior, 
logo acima daquela parte branca, e os bulbinhos com raízes serão 
plantados na distância de 15 centímetros em todos os sentidos. Fazem-
se regas constantes e limpeza do mato a mão. 
Pode-se também proceder à semeação e, quando as plantas 
tiverem 15 centímetros de altura, faz-se o transplante para os canteiros 
definitivos. Em seguida fazer uma boa rega, para que a água atinja as 
raízes. 
Como ficou dito, planta-se o ano todo e, tendo-se dois canteiros, 
nunca faltará esse condimento na horta, pelo sistema de rodízio. 
 
CEBOLA 
 
 
A terra para o plantio da cebola de cabeça deve ser seca, com 
boa porção de composto e esterco de curral bem curtido. Pode-se 
melhorar a terra distribuindo 500 gramas de superfosfato e 200 gramas 
de potassa para cada 10 metros quadrados ou adubo já preparado. 
Semeia-se de dezembro a março. A semeação se faz em viveiros, em 
sulcos distanciados 20 centímetros e com 2 a 3 centímetros entre si. O 
primeiro transplante se faz quando as mudas estão com 8 centímetros 
de altura. As sementes de cebola germinam após 15 a 20 dias de seu 
plantio. 
Quando as mudas estão com 15 centímetros ou 40 dias após a 
semeação, faz-se o transplante para os canteiros definitivos, 
aproveitando principalmente um dia chuvoso, ou, se isso não acontecer, 
o canteiro deverá ser muito bem molhado. As mudas são tiradas com 
auxílio da pá de jardineiro, nunca arrancadas, para não danificar as 
raízes. 
No canteiro definitivo as mudas serão plantadas 20 centímetros 
distanciadas para todos os lados. 
As duas qualidades mais comuns são o tipo pera do Rio Grande 
e a chata das Canárias, sendo a primeira mais resistente. O ciclo 
vegetativo é de 150 a 180 dias. 
As carpas do mato devem ser constantes, bem como as regas 
nos dias muito quentes, principalmente antes do nascer do sol, ou à 
tardinha, quando amaina o calor. 
A colheita da cebola se faz quando as folhas murcharem e 
ficarem amarelas. Realiza-se essa operação em dia de sol e com o solo 
bem seco. Expõem-se ao sol, por dois dias, as cebolas colhidas, antes de 
serem arrumadas em réstias e guardadas em lugar sombrio, com boa 
ventilação, a fim de se conservarem por muito tempo. 
 
CENOURA 
 
 
A cenoura requer solo profundo (20 centímetros), bem curtido 
com esterco velho e terra bem fofa. 
Semeia-se em fileiras distanciadas 20 centímetros. Para facilitar 
a semeação a lanço, misturam-se as sementes com areia fina ou 
serragem, a fim de facilitar a distribuição mais homogênea. Após a 
semeação o canteiro deverá levar uma boa rega e, até o nascimento das 
plantas, precisa ser molhado diariamente. Quando as plantas estiverem 
bem desenvolvidas, não serão necessárias as regas diárias. 
Ao atingirem 5 a 6 centímetros, procede-se ao primeiro desbaste, 
deixando-as 5 cm distanciadas entre si nas fileiras. Existe, no mercado, 
um produto químico para ser misturado com as sementes, o qual evita 
o crescimento de mato entre as plantas, dispensando a limpeza à mão. 
Tão logo as raízes tenham o tamanho desejado, colhem-se as 
maiores, deixando as demais para o seu completo desenvolvimento. 
Logo que colhidas, lavam-se as cenouras para lhes tirar toda terra 
aderente, dando-lhes bom aspecto. 
Depois que as plantas nascem, a colheita se dá após 90 dias ou 
120, dependendo do clima e solo. 
Duas qualidades de cenoura podem ser produzidas: a meia 
comprida e a comprida. 
A germinação ocorre 15 dias após a semeação. 
 
CHICÓRIA (Escarola) 
 
 
 
A chicória exige terreno sílico-argiloso, com boa adubação 
orgânica, não se empregando, em hipótese alguma, esterco novo, pois 
isso causaria o apodrecimento das plantas. Semeia-se em viveiro, 
durante todo o ano, regando-se diariamente para conservar a terra 
sempre úmida. A germinação se dá no 8º. dia. 
Quando as mudas estiverem com 4 a 6 folhas, faz-se o 
transplante para os canteiros definitivos. As regas devem ser 
constantes. 
Se se desejarfazer o corte para consumo, 15 dias antes 
proceder-se-á ao "branqueamento" das folhas, isto é, amarra-se o pé, 
juntando-se todas as folhas, serviço este que deve ser feito após um dia 
de bastante sol, para que as plantas não se conservem com água 
dentro, o que causaria o seu apodrecimento. Com esse processo, as 
folhas se tornam bem tenras e macias, e comem-se como se fosse 
alface. As folhas externas aproveitam-se cozidas e refogadas. 
Ciclo vegetativo da chicória: 80 a 90 dias após a semeação. 
Nos canteiros definitivos, o espaçamento a ser dado é de 30 cm 
para todos os lados. 
Para auxiliar o crescimento da escarola pode-se fazer uma rega 
semanal com salitre-do-chile, na base de 10 gramas para cada 10 litros 
de água, ou melhor, uma colher das de sopa. 
Existem duas espécies mais comuns de chicória; a lisa e a 
crespa, sendo a lisa de maior preferência. 
 
COUVES 
 
 
A cultura das couves exige terreno seco, poroso e bem adubado. 
O processo de reprodução é por sementes, mas também pode ser feito 
através dos brotos, que nascem nas plantas adultas entre as folhas, o 
que também dá bons resultados e lhes acelera o crescimento. 
Após a semeação em viveiros, quando as plantas tiverem duas 
folhas, procede-se à primeira repicagem. Quando estiverem com quatro 
a seis folhas, faz-se o transplante para os canteiros definitivos, 
aproveitando as mudas mais fortes e desenvolvidas. 
Nos primeiros dias, precisam ser regadas diariamente. 
A distância a ser conservada entre as plantas é de 40 x 40 
centímetros, desenvolvendo-se muito bem na época das chuvas. 
Após o crescimento, podem ser diminuídas as regas, que deverão 
ser feitas duas vezes por semana. A colheita, quando semeada, se dará 
após 90 dias de nascidas as plantas. Cortam-se as folhas inferiores, e 
as plantas vão se desenvolvendo rapidamente. Quando as folhas são 
bem tenras, percebe-se ao fazer manualmente a sua colheita, isto é, no 
corte. Quando se quebram facilmente, é sina! de que as folhas são de 
consistência mole, portanto excelentes para o consumo. Eliminam-se os 
brotos que nascem entre as folhas, para não tirar a força da planta 
mãe. 
Se se desejar obter mudas para replantio através de brotos, 
deixam-se algumas plantas para que eles se desenvolvam. Após alguns 
meses, os pés de couve começam a produzir folhas pequenas e fibrosas, 
que não servem para o consumo. 
Devem ser feitos canteiros consecutivos, para o abastecimento 
durante todo o ano. Enquanto um está produzindo, faz-se outro para 
suprir aquele que será exterminado. 
Revolver a terra ao redor dos pés, e fazer regas com caldo de 
esterco, muito auxilia os pés a se desenvolverem. 
O mesmo processo pode ser usado para a couve tronchuda. 
Couve manteiga requer regas abundantes e adubação com caldo de 
esterco no meio das fileiras, para que suas folhas fiquem tenras e 
macias. 
 
COUVE-BRÓCOLO 
 
 
Solo bem adubado, fofo e limpo. De preferência semear nos 
meses frios, em viveiros, cobrindo as sementes com um cm de terrisco, 
e proceder a regas diárias. 
Quando as mudas estiverem com 5 a 6 folhas, faz-se o 
transplante para os canteiros definitivos, conservando a distância de 40 
cm em todos os sentidos. 
A couve-brócolo também requer boas regas durante o ciclo 
vegetativo. As ervas daninhas devem ser eliminadas todas as vezes que 
for necessário, pois, quando as plantas se encontram livres do mato, se 
desenvolvem bem melhor. 
O ciclo vegetativo da couve-brócolo é de 80 a 90 dias. 
Colher as inflorescências antes que as flores se abram, o que se 
fará por muito tempo até que haja a renovação. 
No plantio nas covas, as raízes deverão ficar bem no sentido 
vertical e nunca dobradas para os lados. Com o auxílio de um 
plantador, consegue-se fazer o serviço com muita facilidade. 
 
COUVE FLOR 
 
 
 
Terreno bem adubado, poroso e fresco, é o que exige a couve-
flor. Semeia-se em viveiro, a lanço, de janeiro a abril. As sementes 
deverão ficar a um centímetro de profundidade. Depois de nascidas as 
plantinhas, quando estiverem com 4 folhas, proceder à repicagem, 
conservando a distância de 6 a 8 cm. Quando as mudas estiverem com 
6 folhas, procede-se ao transplante para os canteiros definitivos, 
conservando a distância de 40 x 40 cm. 
Bastantes regas durante o período inicial até a sua florescência. 
Muito auxilia também se forem regadas com 20 gramas de salitre-do-
chile, misturado a 10 litros de água para cada 10 metros quadrados de 
cultura. 
Para colher as cabeças da couve-flor branca, amarram-se as 
folhas sobre a flor ou quebram-se algumas folhas em cima delas uns 
dias antes de serem colhidas. 
A germinação das sementes é de 5 a 6 dias. O ciclo vegetativo vai 
de 100 a 120 dias. 
As ervas daninhas precisam ser sempre eliminadas, bem como 
afofar-se a terra sem ofender as raízes, a fim de que a água penetre bem 
no solo e também haja ventilação. 
 
COUVE-RÁBANO 
 
 
 
Terreno bem fofo, profundo e fresco, com boa adubação 
orgânica, bem curtida, misturada com composto. 
Semeia-se em viveiros e, quando as plantinhas estiverem com 3 
ou 4 folhas, faz-se o transplante para os canteiros definitivos, 
enterrando-se bem as mudas na terra. 
A distância a ser conservada é de 40 x30 centímetros. 
Quando os nabos ainda são novos, devem ser aproveitados, pois 
estarão macios e sem fibras, desprezando-se apenas a parte que ficou 
na terra. Quando nascem os pendões que florescem, os nabos já não 
são muito macios. Tanto as folhas como os nabos são aproveitados. 
Devem ser feitas regas constantes, sem encharcar o terreno. As 
ervas daninhas também devem ser eliminadas, para que as plantas se 
desenvolvam normalmente. Afofamento da terra, entre as mudas, sem 
prejudicar as raízes, também auxilia o crescimento da planta, não só 
para a penetração da água, como para ventilação. 
A couve-rábano pode ser semeada durante todo o ano, mas na 
primavera se desenvolve melhor. 
A colheita da couve-rábano se dá após 80 a 90 dias de seu 
plantio. 
 
ERVILHA 
 
 
Canteiros para ervilha devem ser em solo fresco, solto, poroso, 
calcário e adubado para que as plantas em desenvolvimento 
inicialmente vinguem bem. 
Nas covas colocam-se de 2 a 3 sementes, a 2 a 3 cm de 
profundidade. Proceder a regas moderadas até a floração. 
A ervilha tira o azoto do ar para seu completo desenvolvimento. 
Existem ervilhas trepadeiras e anãs, bem como aquelas de que se come 
tudo e outro tipo de que apenas se consomem os grãos. Uma das 
variedades que se plantam na horta doméstica é a trepadeira de flor 
roxa. 
Pode-se ainda melhorar a terra com adubos químicos, usando 
para cada 10 metros quadrados 300 gramas de super-fosfato e 200 de 
potássio e aplicar 300 gramas de cinza de madeira para cada 10 metros 
quadrados. Após o nascimento das plantas, convém fazer uma rega com 
salitre-do-chile na base de 50 gramas para cada 10 litros de água. Isso 
só se faz no início. 
A semeadura pode ser feita durante todo o ano, mas de 
preferência de abril a agosto. 
A germinação se dá após 15 dias, podendo ser plantada em 
sulcos ou em covas. Em sulcos a distância será de 40 cm; em covas, 60 
cm e distanciadas 30 cm entre si. 
O plantio deve obedecer à direção do nascente para o poente, 
para que as plantas apanhem bastante sol, o que favorece o 
crescimento e evita moléstias. 
Um mês após o plantio, procede-se à amontoa, isto é, chega-se 
terra junto às plantas. Colocar tutores para as trepadeiras, de 
preferência com ramos, pois as garras vão aderindo aos tutores sem 
auxílio do horticultor. A colheita se dá após 90 dias. Aproveitar apenas 
aquelasmais tenras com completo desenvolvimento, procedendo-se 
assim cada dois dias. Procede-se à desponta depois da 6ª. série de 
flores, a fim de que as vagens fiquem bem cheias. 
 
ESPINAFRE 
 
Solo fresco e solto, bem adubado com esterco curtido misturado 
com composto, é o que exige o espinafre. 
A distância a ser conservada entre as covas deverá ser de 60 X 
60 cm, colocando-se de 3 a 4 sementes. Depois de nascidas, procede-se 
ao desbaste, deixando-se apenas uma das mais bem desenvolvidas. O 
espinafre requer regas abundantes e, após 65 a 80 dias de sua 
semeação, inicia-se a colheita. Para colher o espinafre cortam-se apenas 
as pontas mais vigorosas, isto é, aquelas que se apresentam com as 
folhas bem desenvolvidas e carnudas, evitando-se a frutificação. A 
colheita se prolongará por todo o ano. 
Numa horta em que se plante uma vez o espinafre, sempre 
estarão nascendo novas mudas em outros canteiros, durante todo o 
ano, principalmente depois de boas chuvas, pois a propagação se faz 
por meio das sementes de plantas que produziram frutos. Aproveitar 
essas mudas para replante é mais interessante do que proceder à 
semeação, desde que sejam retiradas com raízes e terra e plantadas em 
covas que tenham recebido boa adubação. 
A germinação das sementes se dá entre 10 a 12 dias. 
 
NABO 
 
Para o plantio do nabo o terreno deve ser fofo e poroso, 
razoavelmente profundo, recebendo adubo curtido com composto. 
A semeação se faz a lanço, no lugar definitivo, procedenido-se ao 
desbaste, quando as plantas tiverem 5 a 8 cm, deixando-se entre elas a 
distância de 15 cm para ambos os lados. 
Pode-se também fazer a semeação em linhas distanciadas 20 
cm, deixando-se entre as plantas 12 a 15 cm. 
Exige boas regas durante o ciclo vegetativo, bem como a limpeza 
das ervas daninhas. 
As sementes deverão ficar a 1 cm de profundidade. Sua 
germinação se dá entre 7 a 9 dias. 
A colheita do nabo se faz 60 ou 70 dias após a semeação, o que 
os torna tenros e macios. 
 
PEPINO 
 
O pepino requer solo leve, permeável e bem estrumado com 
matérias orgânicas bem curtidas, para ajudar, 50 gramas de 
superfosfato por cova. 
De preferência, planta-se de julho a novembro, em covas de 20 X 
20 cm, distanciadas 50 X 40 cm. Em cada uma semeiam-se 5 sementes 
a 2 cm de profundidade, e, quando as plantas estiverem com duas 
folhas, procede-se ao desbaste, isto é, arrancam-se três mudas, ou 
melhor, cortam-se, a fim de não prejudicarem as raízes das que ficaram, 
apenas duas por cova. Nessa ocasião também se faz o replante das 
falhas de covas. No segundo desbaste, quando as plantas estão mais 
vigorosas, deixa-se apenas uma muda. 
Na semeação procede-se a uma boa rega, deixando as outras 
para quando as plantas estiverem bem desenvolvidas. 
Devem-se colocar tutores para guiar as plantas à medida que 
forem crescendo, a fim de que os frutos fiquem pendurados e não 
encostados à terra, dando uma coloração perfeita. 
Na segunda florada aparecem os pepinos, que se desenvolvem 
rapidamente, pois bastam mais 15 dias para sua primeira colheita. Para 
evitar o aparecimento de moscas e borboletas, causadoras dos vermes 
que destroem os pepinos internamente, deve-se fazer uma pulverização 
com inseticida. 
Durante a colheita deve-se proceder a algumas regas, sem 
encharcar o terreno. 
A germinação da semente de pepino se dá entre o 8º.ao 10º. dia 
de seu plantio. 
 
PIMENTÃO 
 
Solo bem remexido, com adubação bem curtida e misturada com 
composto e que retenha bem a umidade, é o que exige o pimentão. 
Semeia-se durante todo o ano, em viveiro, de setembro a janeiro, 
de preferência a lanço. Proceder à repicagem quando as mudas 
estiverem com 5 cm de altura, deixando o espaço de 10 cm entre as 
plantas. Quando elas estiverem com 15 cm de altura, faz-se o 
transplante para os canteiros definitivos, conservando o espaço de 50 X 
40 cm, em fileira. Devem ser feitas boas regas, principalmente quando 
houver falta de chuvas. Afofar a terra ao redor das plantas, sem ofender 
as raízes. 
Uma boa adubação química será o emprego de 30 gramas de 
superfosfato e 20 gramas de sulfato de potássio por metro quadrado. 
A germinação do pimentão é de 10 a 12 dias. 
A aplicação do pó bordalês, de 15 em 15 dias, é bom preventivo 
contra a murcha das folhas e conservação dos frutos, na base de 50 a 
100 gramas em cada 10 litros de água. 
 
QUIABO 
 
Terreno argilo-silícoso, bem estercado com adubos orgânicos 
bem curtidos. Pode-se melhorar o terreno com 20 gramas de 
superfosfato e 10 de potássio por cova. 
Semeiam-se em covas, distanciadas 60 X 60 cm, colocando-se 4 
a 5 sementes a 2 cm de profundidade. 
A melhor época para seu plantio vai de agosto a janeiro, porém 
pode ser plantado durante todo o ano. 
A colheita se faz quando os quiabos estão verdoengos, com as 
pontas ainda não quebráveis, tenros e sem fibras. E que seja cada dois 
dias, para não se perder a produção. 
Após o nascimento das mudas, deixa-se apenas uma planta por 
cova ou, no máximo, dois pés, a fim de que se desenvolvam bem e 
produzam bastante. 
Quando se planta o quiabo, pode-se ainda em associação plantar 
outras espécies hortícolas, cujo ciclo vegetativo seja rápido, como o 
rabanete, por exemplo. 
A germinação do quiabo é de 8 dias e sua colheita se faz após.80 
a 100 dias. 
 
 
TOMATE 
 
 
As sementes de tomate devem ser plantadas em viveiros, com 
terrisco bem preparado. Quando as plantas estiverem com 4 folhas, 
procede-se à repicagem, isto é, mudança para outro canteiro com maior 
espaço, conservando-se a distância de 10 cm para todos os lados.' Este 
serviço deve ser feito em dia não muito quente. Antes de arrancar as 
mudas, convém dar boa rega para não prejudicar as raízes, quando 
tiradas da terra. As mudas devem ser bem enterradas. 
Quando as mudas ficarem com 8 folhas, faz-se o transplante 
para os canteiros definitivos, em linhas distanciadas de 80 cm por 40 
em. 
A terra para o tomate deve ser bem adubada, com esterco bem 
curtido e misturado com composto. Pode-se ainda auxiliar com adubos 
químicos, usando-se 400 gramas de superfosfato e 150 de potássio para 
cada 10 metros quadrados; Durante a vegetação, fazer regas com 
salitre-do-chile na base de 100 gramas em cada 10 litros de água. 
Colocar tutores de bambu ou varas comuns na altura de metro e 
meio. Deixar apenas a haste principal; os brotos que forem nascendo 
entre as folhas deverão ser eliminados e a planta ser conduzida em seus 
tutores, por meio de amarras com tábua ou embira, ou, na falta desta, 
com barbante mesmo, sem apertar muito. Quando a planta atingir a 
altura do tutor, a ponta deve ser cortada a fim de que os frutos se 
desenvolvam satisfatoriamente. 
Desde que as mudas estejam nos viveiros, fazem-se 
pulverizações com pó bordalês na base de 50 a 100 gramas em cada 10 
litros de água. Quando os pés estiverem carregados de frutos, as 
pulverizações se fazem cada 15 dias. Os frutos podem ser colhidos 
quando começarem a tomar a cor amarela, e depois guardados em 
lugares bem arejados, para o seu completo amadurecimento. Quando 
eles amadurecem de vez nos pés, são atacados pelos pássaros e insetos. 
Para que amadureçam uniformemente, é preciso que a planta 
tome bastante sol. As regas devem ser feitas nos primeiros dias de sua 
plantação, principalmente no dia do plantio no canteiro definitivo, para 
que as raízes adiram bem à terra. 
 
RABANETE 
 
 
 
Cremos seja a cultura do rabanete das mais rápidas a produzir, 
pois, após a sua germinação, decorridos 30 dias, pode-se iniciar a 
colheita, que se prolonga por mais uns dezdias, enquanto ainda estão 
bem tenros, apanhando naturalmente os mais desenvolvidos. 
Os canteiros para a semeação em definitivo do rabanete devem 
ser bem adubados com esterco bem curtido e misturado com composto 
bem esfarelado. Para se proceder à semeação, dá-se preferência ao 
lanço; querendo-se outro processo, em sulcos riscados no canteiro, 
distanciados 10 centímetros. Colocam-se as sementes distanciadas 
entre si, no mínimo de 2 a 3 cm, para, quando as plantas tiverem 
quatro folhas, fazer-se o desbaste, deixando pelo menos de 5 a 8 cm 
distanciadas nos sulcos e cobertas com um cm de terra. 
Após a semeação procede-se a uma copiosa rega com regador de 
crivos bem finos, a fim de não levar o terrisco com que se cobriram as 
sementes. 
Colhem-se os rabanetes bem tenros, para aproveitá-los 
devidamente nas saladas ou como antepasto. 
Existem rabanetes brancos e vermelhos e também redondos e 
compridos. Para o pequeno horticultor, cremos que a melhor maneira 
será fazer o revezamento quanto à qualidade que vai semear, isto é, 
uma vez poderá optar pelo redondo, outra, pelo comprido e proceder 
assim sucessivamente. 0 rabanete pode ser plantado durante todo o 
ano, mas nos meses quentes convém fazer-lhe uma proteção com folhas 
de bananeira ou palmeira até que as plantinhas atinjam pelo menos 4 a 
6 folhas. 
 
REPOLHO 
 
 
0 repolho requer solo bem profundo, com bastante adubação 
orgânica, isto é, 5 quilos de esterco curtido por metro quadrado. 
A semeação faz-se em viveiros. Quando as plantas tiverem 3 a 4 
folhas, procede-se à primeira repicagem. As regas deverão ser 
abundantes nos primeiros dias. 
Para auxiliar o crescimento do repolho, convém fazer uma rega a 
cada 10 dias, com salitre-do-chile na base de 10 gramas para cada 10 
litros de água. 
Ao atingirem as mudas 15 cm de altura, procede-se ao 
transplante para o lugar definitivo, conservando-se o espaço de 40 X 40 
cm. 
Algumas regas com caldo de esterco também auxiliam o 
desenvolvimento da planta; em seguida fazem-se regas com água limpa. 
O solo precisa ficar livre de ervas daninhas e estar sempre revolvido, 
não se deixando formar crosta, o que prejudica a infiltração da água -e 
a ventilação. 
Algumas doenças podem atacar os repolhos, porém podem ser 
combatidas com fungicidas, como o cuprosan azul, na base de 20 
gramas para cada 10 litros de água. 
De acordo com a qualidade do repolho, a colheita se dará 90 a 
130 dias após seu plantio. Quando as cabeças estão cheias e bem 
firmes, procede-se à colheita. 
Um tipo de lagarta costuma cortar as mudinhas quando novas, 
mas consegue-se sua eliminação revolvendo a terra ao redor da planta 
cortada, devendo ser esmagada. Trabalham durante a noite. 
Duas qualidades de repolhos são cultivadas, o roxo e o branco. 
A germinação das sementes de repolho é de 8 a 10 dias. 
 
RÚCULA 
 
 
Trata-se de planta da família das Folheaceas. O terreno deve ser 
preparado tal como para o almeirão ou outra cultura parecida. Não 
resta a menor dúvida de que o esterco de curral, bem curtido, e o 
composto devem fazer parte, pois com canteiro bem adubado as plantas 
crescem normalmente, sem criar fibras em suas folhas. 
A rúcula preparada como salada tem o gosto característico do 
amendoim e é de sabor bem agradável. 
Após a semeação, a germinação se dá após 4 a 5 dias. A colheita 
se faz após 70 ou 80 dias, podendo-se cortar apenas as tolhas, ou 
apenas arrancar os pés mais desenvolvidos. A rúcula, quando cortada, 
ainda adquire novas folhas, que crescem mas não serão tão tenras 
como as primeiras, motivo pelo qual muitos preferem tirar de vez a 
planta. 
As regas tem de ser constantes, todos os dias se for com pouca 
água; mas se se aguar bem, bastarão apenas duas ou três por semana. 
A semeação se faz a lanço, misturando-se as sementes com areia ou 
serragem, para que não fiquem muito juntas. Pode ainda ser semeada 
em sulcos distanciados 20 centímetros e, quando nascerem as 
plantinhas, fazer o desbaste para não se agruparem demais. 
A rúcula pode ser semeada durante todo o ano. 
 
SALSA 
 
 
Tal qual a cebolinha de todo o ano, a salsa deve figurar em 
qualquer tipo de horta/pois é condimento necessário para a cozinha. 
O canteiro tem de ser bem preparado com adubos orgânicos e a 
semeação se faz a lanço ou em fileiras, distanciadas 10 centímetros, 
com a profundidade de 1 centímetro. No início precisa receber boas 
regas para o seu bom desenvolvimento. 
A germinação das sementes da salsa se dá após 15 a 20 dias. 
Procede-se ao desbaste quando as plantinhas tiverem de 3 a 4 folhas, 
deixando distanciadas 5 centímetros umas das outras. 
Para usar a salsa, não será necessário o seu arrancamento com 
as raízes, mas sim cortar as folhas mais desenvolvidas, porque tornam 
a crescer outras até que o pendão floral cresça rapidamente. Como nas 
demais hortaliças, é necessário fazer a limpa das ervas daninhas, 
principalmente quando ainda estão crescendo. 
 
SALSÃO 
 
 
O salsão requer solo solto, adubado com esterco bem curtido, 
misturado a composto. 
Semeia-se em viveiro, durante todo o ano. A germinação do 
salsão é de 20 dias. Proceder à repicagem quando as mudas tenham 
entre 3 a 4 folhas, plantando a uma distância de 8 x 8 cm. Quando 
atingirem a altura de 15 cm, faz-se o transplante para os canteiros 
definitivos a uma distância de 30 cm para todos os lados. 
Quando as plantas estiverem em pleno desenvolvimento, deve-se 
chegar terra aos pés, isto é, proceder à amontoa, tendo-se o cuidado de 
não deixar cair terra em seu broto principal (coração). 
Os demais tratos culturais seguem-se à limpeza do terreno, bem 
como a regas constantes. 
O ciclo vegetativo do salsão é entre 120 a 150 dias depois de 
semeado. 
 
VAGEM 
 
 
Existem duas variedades de vagem que podem ser cultivadas na 
horta, o trepadeiro e o anão. Para o primeiro é necessário fazer a 
armação de tutores. Estes podem ser de bambu, ou varas comuns de 
mato. 
Canteiros bem adubados. Pode-se melhorar o solo com 300 
gramas de superfosfato e 200 gramas de potássio para cada 10 metros 
quadrados. Se se preferir, poderá usar-se adubo já preparado nas casas 
especializadas, usando um copo em cada 10 metros quadrados. 
O feijão vagem semeia-se em lugar definitivo, distanciado em 
linhas de 50 por 40 cm, produzindo muito durante todo o ano, desde 
que se façam regações nos meses de calor intenso. 
Em cada cova colocam-se 4 sementes. Após 8 a 10 dias dá-se a 
germinação, fazendo-se então o desbaste para deixar apenas duas 
mudas sadias em cada cova, cortando-se com a unha, para não 
prejudicar as raízes das que ficaram. 
Os tutores para os trepadeiras poderão ser inclinados para o 
meio do canteiro, a fim de se juntar aos do outro lado, numa altura de 
dois metros, presos numa vara transversal. 
Quando as plantas tiverem 4 folhas, procede-se à limpeza do 
canteiro e à primeira amontoa, o que consiste em chegar terra ao colo 
das plantinhas, deixando um pequeno sulco para retenção da água. 
A colheita deve ser feita quando as vagens estejam em seu 
tamanho normal e bem tenras, evitando-se que formem as fibras. 
Cortando-se a ponta da vagem e puxando-se, costuma sair um fio na 
outra extremidade, quando são passadas. 
Os canteiros de vagem devem ser dispostos de maneira que 
apanhem bem o sol entre as plantas. 
Boa medida é conservar alguns pés com as vagens bem grandes; 
as, primeiras para aproveitamento de suas sementes para futuros 
canteiros. 
 
 
PLANTAS CONDIMENTAIS 
 
 
Em todas as hortas, por menor que seja o espaço, sempre se 
deve reservar um canteiro para asplantas condimentais. Desde que o 
terreno seja bem estercado, as plantas se desenvolverão 
satisfatoriamente. Não há necessidade de plantar muitos pés, apenas 
alguns para que se tenham o ano todo os condimentos, sempre à 
disposição, de acordo com as necessidades. 
As plantas condimentais essenciais são as seguintes: alecrim, 
erva-doce, manjericão, cominho, erva-cidreira, norteia, manjerona, 
pimenta (vários tipos), louro, sem contar a cebolinha de todo o ano, 
salsa, alho-porro, cebola e salsa, que estão descritas na parte de 
hortaliças. 
 
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 Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source com a intenção de 
facilitar o acesso ao conhecimento a quem não pode pagar e também proporcionar aos Deficientes 
Visuais a oportunidade de conhecerem novas obras.Se quiser outros títulos nos procure 
http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros, será um prazer recebê-lo em nosso grupo. 
 
OUTRAS CULTURAS 
 
Quando se dispõe de uma área de terreno maior, outras culturas 
podem ser feitas, independentes das hortaliças, como o milho, que é 
semeado no mês de setembro, a mandioca, também no início das 
chuvas, e a batata-doce. A batatinha também pode ser plantada num 
espaço reservado, requerendo terra bem afofada e com boa adubação, a 
qual poderá ser orgânica ou química. 
Planta-se a mandioca mediante toletes de pés já arrancados, 
aproveitando-se os que tenham de 5 a 6 olhos para a formação de novos 
pés. Da batata-doce, por exemplo, plantam-se as ramas, em montes de 
terra bem afofados, onde mais tarde se possa chegar mais terra. O 
milho também se planta em covas ou em fileiras, distanciadas de 50 a 
60 cm. Quando as plantas estiverem com 15 cm de altura, procede-se à 
primeira amontoa e carpa. 
 
INSETICIDAS 
 
Na atualidade não existem mais os problemas de outrora 
"quanto aos inseticidas. Com as novas descobertas no campo da 
Agricultura, produtos novos vão surgindo, graças ao trabalho de 
agrônomos e cientistas. Assim, é.mais fácil e seguro o combate às 
pragas e moléstias que atacam as plantas. 
Existe, por exemplo, no mercado especializado, o Carvin-85 M, 
em pó molhável, que serve para muitos insetos que atacam os legumes, 
tais como: lagartas, vaquinhas, pulgas, brocas de frutos, percevejos e 
outros. Nas pulverizações usam-se de 15 a 20 gramas em cada 10 litros 
de água, todas as vezes em que as plantas forem atacadas por tais 
insetos. A repetição convém ser feita cada 15 dias. 
O Granutox (inseticida) também atua contra o pulgão, 
cigarrinhas e minadores de folhas. É indicado para hortaliças, batata e 
tomate. A aplicação é de 15 gramas por metro quadrado, depois se 
esperam cinco dias para a semeação. 
Outro inseticida igualmente indicado é o Thiodan, que também 
ataca os pulgões, trips, lagartas, vaquinhas, brocas e outros. A dose a 
ser usada é de 15 a 20 cm3 para cada 10 litros de água; pulverizar. As 
plantas que recebem esse tratamento só podem ser consumidas uma 
semana após a aplicação. 
Malatol é um inseticida que combate mais de 100 pragas 
conhecidas na Agricultura, sendo de baixa toxidez ao homem e aos 
animais domésticos. Combate os pulgões, ácaros, cochonilhas, trips, 
lagartas, moscas de frutas e muitos outros. 
Existem três fórmulas desse inseticida. Para a horticultura o 
mais recomendado é o que vem pronto para uso imediato. 
Malatol 50 E, inseticida líquido, contendo 50% de malation, é 
indicado para pulverizações e encontrado em embalagens de 1 litro. A 
proporção é de 20 cm3 para cada 10 litros de água, para ser aplicado 
com o pulverizador. 
Os inseticidas mencionados acima podem ser substituídos por 
outras marcas, obedecendo-se sempre às instruções da bula, usando-os 
na quantidade exata para produzirem os efeitos desejados. 
 
FUNGICIDAS 
 
Cuprosan azul ou cuprofix substitui a caldalesa com grande 
vantagem, pois é preparado de tal maneira que a dosagem dos 
elementos que o compõem é de absoluta precisão. O cuprosan azul ou 
cuprofix deve ser aplicado como preventivo e combate à requeima, pinta 
preta e podridões. Também é indicado para a cebola, pois combate as 
principais pragas que a atacam. 
Batata 45 a 75 g para cada 10 litros de água 
Tomate 45 a 75 g para cada 10 litros de água 
Pode ainda ser misturado a inseticidas comuns, no combate aos 
insetos que atacam as plantas. 
Preventivos: pulverizar tomate, pimentão, quiabo — cada 2 
semanas. 
 Lagartas que entram nos frutos fazem apenas um furinho, mas 
crescem dentro deles e o destroem completamente. O melhor será 
colher os frutos, fazer um buraco e enterrá-los, ou destruí-los por meio 
de fogo para a praga não se alastrar. 
Existem no mercado inúmeros produtos que agem como 
fungicidas, os quais deverão ser usados de acordo com a bula dos 
fabricantes, para que surtam os efeitos convenientes. 
Caracóis, lesmas e tatuzinhos também são combatidos com 
iscas envenenadas, que são encontradas nas casas especializadas, 
como o Nitrosin, por exemplo. As iscas devem ser colocadas ao 
entardecer, isto é, quando o sol já se pôs, pois estas pragas da horta 
trabalham durante a noite. 
Após o uso do pulverizador, com inseticidas ou fungicidas, este 
deve ser muito bem lavado, enxugado e guardado. As mãos de quem fez 
o serviço, também devem ser bem lavadas com sabão, a fim de não ficar 
vestígios dos inseticidas e fungicidas, tomando-se sempre o máximo 
cuidado com a sua manipulação. 
 
 
 
 
 
 
 
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