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DIREITO CIVIL VI – DIREITO DAS COISAS

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DIREITO CIVIL VI – DIREITO DAS COISAS - NOITE 
07.08_SEG1
NI – 19 SET (OBJETIVAS E DISCURSIVAS)
N2 – 21 NOV (OBJETIVAS E DISCURSIVAS)
PROVA VLERÁ – 11PTS. + 1 PT. DE ATIVIDADES EM SALA 
REFERÊNCIAS - NELSON ROSENVAL – CRISTIANO CHAVES DE FARIAS – FLÁVIO TARTUCI
O direito das coisas é o ramo do Direito Civil que tem como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas, ou mesmo determináveis. 
Direito das coisas estuda: posse + direitos reais 1225/CC 
Obs.: direito obrigacional existe entre dois sujeitos, no direito real o vínculo é entre o sujeito e o bem.
A posse não é considerada um direito real, pois sempre tem a pessoa do proprietário. A natureza jurídica da posse é sui generis – nem real, nem obrigacional. 
Existem 13 espécies de direito reais: 
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;
 – Mas o suprassumo dos direitos reais é a propriedade, pois é o único direito real chamado de ilimitado (1228/CC abarcam todos os poderes dos direitos reais.)
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Os demais direitos são chamados direitos reais limitados ou direitos reais na coisa alheia:
Exemplo de direitos reais limitados
1 - Direito real de uso e fruição:
- Superfície, servidão, usufruto, habitação, concessão especial de uso para fins de moradia, concessão do direito real de uso, direito da laje (lei 13.465).
2 - Direito real de Garantia:
Hipoteca (recai sobre o bem imóvel), penhor (recai sobre móvel), anticrese (espécie de administração e trabalho sobre um bem para o credor se pagar).
3 - Direito real de aquisição de imóvel: 
Aqui pode ocorrer adjudicação compulsória pelo juiz se o direito for ferido (é um direito do devedor).
 
POSSE (uso, gozo, disposição da posse, nunca da propriedade) : Conceituando como o domínio fatídico que a pessoa exerce sobre a coisa. A partir da teoria tridimensional do Miguel Reale, a posse constitui um direito, com natureza jurídica especial.
Teoria de Ihering (teoria objetiva): Para constituir-se a posse basta que a pessoa disponha fisicamente da coisa ou que tenha a mera possibilidade de exercer esse contato. – Só o “corpus” importa nessa teoria. 
Teoria Savigny – Nessa teoria a posse é conceituada como o poder direto ou imediato que a pessoa tem de dispor fisicamente de um bem com a intenção de tê-lo para si e defende-lo contra a intervenção. Aqui importa o “corpus” e o animus domini.
O código civil adotou parcialmente a teoria objetiva de Ihering em decorrência do artigo 1196/CC.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
O possuidor pode reivindicar a posse, porém, o termo correto a ser usado nesta situação é “defesa da posse”, pois em direito das coisas reivindicar é um termo aplicado para reintegração de propriedade e é exclusivo do proprietário. 
Obs.: Nas ações visando posse (possessórias) é vedado abordar o tema propriedade.
Prerrogativas de direito de posse:
- Jus Possessionis (posse formal) – independentemente de qualquer título. Logo, é o direito fundando no fato da posse que é protegido contra terceiros e até mesmo o proprietário. 
É o direito de posse, fundada na posse já existente;
- Jus Possedendi (posse causal) – Direito à posse, conferido ao portador de título devidamente transcrito, bem como ao titular de outros direitos reais. 
É o direito a posse, fundamentada na propriedade (direito do proprietário).
Art. 1.196 CC 1.228 - a posse é o exercício pleno ou não de algum dos elementos da propriedade.
Enunciado 492 - A posse constitui direito autônomo em relação à propriedade e deve expressar o aproveitamento dos bens para o alcance de interesses existenciais, econômicos e sociais merecedores de tutela.
- QUALIFICAÇÃO E DESQUALIFICAÇÃO DE POSSE 
1 - Desqualificação de posse é aquele que tem a posse, porém, a lei o desqualifica como possuidor exemplo: detentor ou fâmulo da posse (caseiro, motorista de taxi, comodatário), art. 1198. 
Mera permissão não gera posse.
Convolação – termo para posse injusta que passa a ser justa por inercia do possuidor que perdeu prazo para requerer. A função social está mais “amarrada” na posse que na propriedade. 
PERMISSÃO OU TOLERÂNCIA DO USO DE BENS PÚBLICOS 
(também não induz a posse, é mera permissão/tolerância) induz a posse perante terceiros (em nome do possuidor), nunca perante o poder público.
Enunciado 493 - O detentor (art. 1.198 do Código Civil) pode, no interesse do possuidor, exercer a autodefesa do bem sob seu poder.
Auto tutela no direito de posse é chamado de desforço imediato (1.210 §1º), e se assemelha a legítima defesa e deve seguir os mesmo requisitos. 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
QUALIFICAÇÃO DA POSSE – É aquela que não tem o corpus (uso), porém, a lei o intitula possuidor.
Desdobramentos da posse: – posse direta (locatário) e indireta (locador)
-Locador tem direito a defesa possessória
-Locatário não pode usucapir (só pode usucapir possuidor direto, posse plena).
Posse incompleta = posse precária.
Art. 1.197 CC - A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
Para Perturbação ao exercício da posse a ação adequada é a manutenção da posse.
A posse injusta tem prazo para ser acusada, passado ano e dia sem requerer torna-se plena e começa a corre o prazo para o possuidor poder usucapir.
Posse pode ser: violenta; injusta (clandestina?). 
Obs.: Posse e propriedade são direitos autônomos. Propriedade é título, documentação; posse é aparência, quem usa. Escritura sem registro (não é pública) em cartório de imóveis não vale absolutamente nada.
CONSTITUTO POSSESSÓRIO OU CLÁUSULA CONSTITUTI OU AINDA POSSE CIVIL OU CONTRATUAL ART. 1203 -1205. 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante;
II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
EX.: LEASING E EMPRESTIMO MERCANTIL
CORPUS = (EXERCICO DE UM DOS ELEMENTOS DA PROPRIEDADE COM EXCEÇÃO DA REIVINDICAÇÃO)
EXCEÇÃO A TEORIA DO CORPUS?
Usufruir: – colher vantagem econômica 
OBJETO E EFEITOS DA POSSE:
Objeto: somente bens corpóreos ou tangíveis
A propriedade intelectual, marcas e patentes não podem ser objeto de corpus. 
Obs.: não cabe a reintegração de posse.
Pela sum. 193 / STJ pode reintegração de posse em linha telefônica, e pela sum 228 / STJ para os demais bens corpóreos não.
COMPOSSE – é o exercício simultâneo da posse de um mesmo objeto por mais de duas ou mais pessoas; 
REQUISITOS - pluralidade de sujeitos e indivisibilidade do objeto.
Quando houver composse entre cônjuges é obrigatório que os dois estejam na ação (litisconsórcio obrigatório independente do regime de casamento, salvo quando casado em separação absoluta de bens, novidade CPC 2015) possessória em qual quer dos polos, passivo ou ativo, art. 73 §2º / CPC. Se o cônjuge não consentir se motivação relevanteaplica-se o suprimento de consentimento.
Cada possuidor tem direito a uso total da posse independente da % da posse de cada um.
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Usucapião familiar na composse – cabe para companheiro que abandonou o lar a mais de dois anos.
Dispor: poder de alienar através de venda, doação, oneração, apenas a posse e não a propriedade. 
Propriedade: envolve o uso, gozo, disposição e reivindicação - 1.228 CC 
Pesquisar Função Social da posse no estatuto da terra, resumo 15-20 linhas e entender a intenção deste “comando” na época. Como houve a distribuição de terras no Brasil 
PARA AULA DO DIA 14 DE AGOSTO, SEGUNDA.
14/08/2017
Função social da Terra: 
Valorização de uso social da terra 
Prazo de usucapião diminui sendo usado na função social da posse. 
Função social da propriedade (terra) 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Função social Constitucional, art. 5° XXIII – arts. 185/186 – art. 1228
Requisitos cumulativos: 
- Aproveitamento racional e adequado; 
- A utilização adequada dos recursos naturais e preservá-los;
- Respeito e observância das disposições trabalhistas;
- Exploração da terra deve favorecer o bem-estar do proprietário e dos trabalhadores;
Liberdade de uso na terra no Brasil é muito grande. 
- Classificação da posse: 
1. Justa: Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. – não é violenta, clandestina ou precária é uma posse mansa (não tem violência ou oposição, é aquela que é pública), pacífica e plena (é aquela que engloba todos os direitos e elementos da posse). Não é sinônimo de boa-fé.
2. Injusta – violenta (forma aparente de agressão à posse se assemelha ao roubo – esbulho violento -), clandestina (forma oculta de subtração se assemelha ao furto – esbulho oculto/clandestino-), precária (conquistada por abuso de confiança) se convola (se transformar) em posse justa ao longo do tempo, em duas situações: i) quando cessar a causa que lhe causou (violência ou clandestinidade); ii) prazo de ano e dia (ininterrupto e sem oposição, ou seja, contínuo) - Não permite a usucapião. Só produz efeitos ruins.
A posse PRECÁRIA não se convalesce. – Enunciado 301 do CNJ 
É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome próprio dos atos possessórios. – Enunciado 301 do CNF. 
3. De boa-fé (subjetiva): Ela é internalizada, tem a ver com o animus. Desconhece o vício que tende sob a sua posse. (Quando a pessoa conhece o vício, ela se torna de má-fé) – Permite a usucapião. 
4. Má-fé: A pessoa TEM conhecimento do vício que tende sob a sua posse. (Quando ele sanar o vício) – PERMITE a usucapião – geralmente cinco anos. 
Consequências relativas ao tipo de responsabilidade civil:
Possuidor de boa-fé: só responde se agir culposamente (em sentido estrito + dolo), tem responsabilidade subjetiva depende da prova da culpa.
Possuidor de má-fé (objetiva): responde independente de culpa: conduta voluntária, nexo causalidade e dano. 
Art. 1217 e 1218. 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
15/08/2017
Regime dos frutos 
Boa-fé: arts. 1214 a 1216, o possuidor de boa-fé tem direito a todos os frutos, salvos os presentes no momento da restituição das coisas. Tem o direito de ser indenizado pelas despesas que teve para manter os frutos pendentes. 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Má-fé: Não tem direito a nenhum fruto, e caso, tenha colido tem que indenizar, porém, se tiver feito despesas para manter os frutos pode solicitar uma indenização, o que justifica é o princípio do enriquecimento sem causa. 
Frutos: LEMBRAR QUAIS SÃO OS FRUTOS. 
Arts. 1219 e 1220/CC
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
Regime das benfeitorias: Úteis, voluptuárias e necessárias. 
Boa-fé: Indenização e retenção sobre as benfeitorias úteis e necessárias. E tem o direito de levantar as voluptuárias 
STJ – Súmula 335 (Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à indenização das benfeitorias e ao direito de retenção.) 
A renúncia pode ser feita sobre as benfeitorias úteis e voluptuárias. Não cabe a cláusula de renúncia sobre as benfeitorias necessárias. Para o exercício de retenção o possuidor de boa-fé deve exercer na contestação sob pena de preclusão. 
Possuidor de má-fé: Jamais terá direito de retenção, não tem direito de indenização sobre as benfeitorias úteis e voluptuárias e não pode levantar as voluptuárias. Mas sobre as necessárias, tem o direito de indenização em decorrência do princípio do enriquecimento sem causa. 
Art. 1221 e 1222, a benfeitoria pode ser compensada por eventual dano. Aquelas que existirem a tempo de evicção/restituição. 
 Quem vai pagar a indenização pode escolher sob o valor atual ou passado – possuidor de má-fé. 
 Possuidor de boa-fé sempre será indenizado pelo valor atual. 
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem. 
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.
 
TUTELA JURÍDICA DA POSSE: 
Comporta a autotutela e a tutela jurisdicional. 
A autotutela é conhecida como desforço imediato (desforço incontinente) – art. 1210 parágrafo 1°/CC 
Observa os mesmos requisitos da legítima defesa: 
1. Que haja injusta agressão a posse. 
2. Imediato: exige que seja no momento. – Enunciado 495 (No desforço possessório, a expressão "contanto que o faça logo" deve ser entendida restritivamente, apenas como a reação imediata ao fato do esbulho ou da turbação, cabendo ao possuidor recorrer à via jurisdicional nas demais hipóteses.)
3. Moderação: deve ser valer de meios proporcionais, para afastar o perigo. 
O excesso culposo gera responsabilidade objetiva, porque todo excesso é um abuso de direito. 
Desforço imediato em nome de terceiro - Enunciado 493 
Tutela jurisdicional da posse: 
Ações possessórias NÃO SE DISCUTEM PROPRIEDADE e sim POSSE
– Fungibilidade entre as ações. (art. 554 e ss CPC) – 
Interditos possessórios (Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado) 
 a) reintegração da posse (utilizada quando estiver ocorrido um esbulho (privação/perda) de modo violento ou clandestino)
 b) manutenção da posse (quando houver uma turbação (perturbação/incômodo))
 c) interdito proibitório (ação de força nova) (quando estiver na fase da ameaça/temor que ocorra algum mal).
Açõesde força nova ou ações força velha (reintegração da posse ou manutenção da posse)
Se a ação estiver ocorrendo a menos de ANO E DIA – força NOVA – art. 558/CPC “Liminar” inaudita altera parts ou após a audiência de justificação. – Art. 562. 
Observação quando a ação for contra a Administração de Direito Público direto e indireto não cabe a liminar. Tem que comprovar posse, deve provar que turbação ou esbulho foi praticado pelo réu, deve provar a data que ocorreu. 
Ocorreu-se após o prazo de ANO E DIA – força VELHA. – Será comum o procedimento. 
Cabe liminar de tutela antecipada (força velha) Plausibilidade do Direito. Risco de dano irreparável ou irreversibilidade. Enunciado 238 (Ainda que a ação possessória seja intentada além de "ano e dia" da turbação ou esbulho, e, em razão disso, tenha seu trâmite regido pelo procedimento ordinário (CPC, art. 924), nada impede que o juiz conceda a tutela possessória liminarmente, mediante antecipação de tutela, desde que presentes os requisitos autorizadores do art. 273, I ou II, bem como aqueles previstos no art. 461-A e parágrafos, todos do Código de Processo Civil.) 
Características das ações possessórias. 
Proibição da alegação de propriedade. (art. 1210 – pg 2°/Art. 567) exceto quando aparecer um terceiro do nada alegando a propriedade ou outro direito sobre a posse. Procura-se privilegiar quem tem a melhor posse e valorizar a função social. Enunciado 78 e 79. Súmula 487 STF – permite a alegação da propriedade (súmula antiga, grande parte da doutrina aponta que ela tá superada) . 	Freddie Didier discorda. 
Possibilidade da cumulação de pedidos (pode pedir uma medida coercitiva) 
Possuem natureza dúplice, permite que o réu também faça pedidos ao seu favor. 
A intervenção do Ministério Público quando o litigio for coletivo – art. 554 CPC (art. 565 parag. 2°). Assim como também podem ser chamados os entes federados. 
									
19/08/2017 – AULA SÁBADO 
DIREITO DAS COISAS – PROPRIEDADE 
O que é? Propriedade = uso + gozo/ fruição + livre disposição + reivindicação + título (o título da à publicidade). Domínio = uso + gozo/fruição + livre disposição+ Direito de reaver - título: está lhe faltando o título, mas ainda não o registrou.
Ex.: 
Usa-se a ação publiciana, para dar publicidade ao título, defesa do domínio. 
Posse = Uso + gozo/fruição – Ações possessórias.
Características: 
- Absoluto: Oponível erga omnes. Da Direito de sequela (ação reivindicatória)
- Perpétuo – Exceção: Propriedade resolúvel nasce com prazo de validade (originária e superveniente) 
- Fracionável/Elástico: Atribuir os meus poderes de proprietário a terceiros. 
- > Direito Real (MAIOR DIREITO EXISTENTE) ele é ilimitado 
Alcance/limites do Direito de propriedade: Em relação ao subsolo e ao espaço aéreo pertence à propriedade até o limite útil. Ao espaço aéreo limitado as regras administrativas. 
Art. 1229/1230 CC - Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial.
 
Propriedades em que cortam rios e mares navegáveis 
Pode haver cessão dessas áreas perto de beira-mar. 
PROPRIEDADE RESOLÚVEL: 
Condição resolutiva, você exercita o direito, porém uma vez complementada a condição o seu direito se resolve. 
Quando a causa da resolução for prevista é chamada de originária. - Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha.
Quando não prevista no início é chamada de superveniente, pois, ocorre depois. - Art. 1.317. Quando a dívida houver sido contraída por todos os condôminos, sem se discriminar a parte de cada um na obrigação, nem se estipular solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinhão na coisa comum. 
Ocorre quando a causa extintiva da propriedade constar expressamente de seu título aquisitivo. 
Ex.: Propriedade fiduciária, contrato de compra e vendo com cláusula de retrovenda (art. 505), Fideicomisso (estabelecer cláusula no testamento; art. 1222)
Propriedade resolúvel com causa superveniente: Um motivo posterior pode lhe gerar a extinção, ou seja, no título a propriedade é perpétua.
Contrato de doação com ingratidão. 
Nesses casos pode haver terceiros de boa-fé, pois se adquirirem a propriedade sem saber de qualquer condição resolutiva, visto que não constava no título não podem ser por isso penalizados devendo ser merecedores de proteção. 
21/08/2017
PROPRIEDADE RESOLÚVEL ORIGINÁRIA: Extinta a propriedade originária, extingue-se também os direitos dela decorrente ou constituído na sua vigência.
Extinta a propriedade superveniente, os direitos não se extinguem, subsistem. Para proteger o terceiro de boa-fé. 
PROPRIEDADE APARENTE – Construção doutrinária jurisprudencial (para proteger terceiros de boa-fé) decorre da aparência. 
FUNÇÃO SOCIAL DAS PROPRIEDADES (incluído o patrimônio, o histórico e cultural) 
Exs.: Peças teatrais/quebras de patentes de medicamentos. 
Súmula 668 – O IPTU pode aumentar progressivamente, caso a função social não esteja sendo cumprida. 
É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.
Art. 170/CF –
 Art. 1228/CC – 
1ª Função econômica: promover o desenvolvimento econômico, por meio da circulação de riquezas. 
2ª Função humana: direito de moradia proteção as relações de trabalho.
3ª Função ambiental: O uso racional da terra observando-se as reservas legais e evitando-se a poluição e a degradação ambiental. 
 A ORDEM ECONÔMICA DA CF 88 – EROS GRAU. 
MODOS AQUISITIVOS DA PROPRIEDADE (IMÓVEL)
Modo originário: quando não houver transmissão. Adquiri sozinho sem transmissão do proprietário anterior. 
Forma de adquirir a propriedade de modo originário: - Usucapião e – Acessões (naturais ou artificiais) 
Modo derivado: quando há a transmissão. Quando o proprietário passa para outro. 
Forma de adquirir: Alienação inter vivos (onerosa ou gratuita) ou por sucessão de causa morte 
Sempre por meio de registro.
Consequência jurídica: quando se adquire de forma originária, se adquire livre de ônus e livre de vícios. 
Consequência jurídica: quando se adquire de forma derivada, todos os vícios do proprietário anterior se transferem para minha propriedade.
Usucapião (Prescrição aquisitiva): CF/CC/Estatuto das cidades (lei 10.057/2001)/Estatuto do Índio (lei 6001)
Fundado no lapso temporal, geralmente esse decurso do tempo faz com que perca alguns direitos, no entanto na usucapião você vai ganhar o direito. 
Modo aquisitivo originário da propriedade pelo lapso temporal. 
Ex.: Não pode ter prescrição contra incapaz, porque prescrições não correm contra incapaz./litígio/entre cônjuges (exceção: art. 1240-A) - Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que nãoseja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Súmula 263/STF (O possuidor deve ser citado pessoalmente para a ação de usucapião.) – Não se exige que o usucapiente esteja na posse da propriedade, mas exige-se que o atual seja intimado. 
Admite-se que outros direitos sejam usucapidos - (Súmula 415/STF Servidão de trânsito não titulada, mas tornada permanente, sobretudo pela natureza das obras realizadas, considera-se aparente, conferindo direito à proteção possessória.)
Requisitos obrigatórios para a usucapião:
Decurso do tempo/lapso temporal – prazo de usucaptível ou usucapível (prazo máximo 15 anos e o menor 2 anos) – O TEM QUE ser prazo ininterrupto – Jurisprudência admite a soma dos prazos dos diversos possuidores. Acessio possessionis (inter vivos - aliena a posse para outro possuidor) ou sucessio possessionis (causa mortis). 
Idoneidade da coisa/objeto – passível de usucapível – Não pode ter usucapião de bem público. Áreas comuns dos condomínios edilícios. 
Bem de família instituído. Com clausula de Incomunicabilidade, inalienabilidade e impenhorabilidade. 
Posse qualificada é posse mansa, pacífica e aparente, ou seja, a posse justa – de forma ininterrupta e com o animus domini (intenção de dono). É necessário ganhar a ação.
Requisitos facultativos (não vão caracterizar o usucapião e sim vão permitir usucapir com prazo menor): 
Justo-título é um documento que se não fosse o vício habitaria o possuidor a registrar o imóvel. 
Posse de boa-fé: Quando desconheço o vício sobre a minha posse
Destinação: Se é para moradia ou sustento da família (o tempo é menor); 
Tamanho: área urbana até 250m² e área rural até 50 hectares. 
28/08/2017 – Aquisição da propriedade
Imóvel: 
- Originária: Usucapião
	Acessões (acréscimos): Naturais (arts.: 1248 a 1252) (se dão de forma naturais) – 
Formação das ilhas (Formação de ilha não dá direito à indenização): 
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.
– art. 1249/CC: porção terra cercado por águas, para que seja propriedade privada tem que estar em lagos, rios, pequenos córregos não navegáveis).
 
Aluvião (art. 1250/CC): Acréscimo de terras em razão de um desprendimento lento, paulatino quase que imperceptível por depósitos naturais ao longo das margens, dos rios ou pelo desvio das águas destes. 
Aluvião própria é quando rio lentamente vai trazendo areia, dejetos formando algo.
Aluvião imprópria é quando há um recuo do rio deixando seca a parte que ele ocupava, tem que ser PERENE. 
Não gera indenização;
 Avulsão (art. 1251): Desprendimento abrupto, violento de terras de um terreno e seu acoplamento ou junção a outro terreno. 
A tem direito a indenização. Tem prazo decadencial de um ano. Caso B não queira pagar, tem que permitir que A leve de volta aquilo que foi acoplado. DIREITO A INDENIZAÇÃO. 
 Abandono de Álveo (art. 1252); Álveo é por onde corre o rio. Pode acontecer de o rio mudar o curso. E deixar aquela antiga área como terra para os fronteiriços. NÃO TEM DIREITO A INDENIZAÇÃO.
 	Acessões artificiais [art. 1253 a 1259] (alterado pelo homem, por meio de construção ou plantação se agregando ao solo).
Art. 1253: Tudo que estiver a
Art. 1254: Aquele que semear ou construir em terreno próprio com materiais alheios adquiri a propriedade destes. Aquele que estiver de boa-fé pagará pelos materiais, aquele que estiver má-fé além de pagar o valor dos materiais, tem que arcar com as perdas e danos. 
Art. 1255: Com material próprio, plantou e construiu em solo alheio, perde a plantação ou construção em favor do proprietário do solo. 
Se estiver de boa-fé tem direitos de indenização pelos materiais empregados. 
Caso a plantação ou construção exceda consideravelmente o valor do terreno/solo quem adquiri a propriedade do solo é aquele que acresceu (Se estiver de boa-fé, mesmo assim mediante indenização do solo, por acordo ou via judicial). Inversão da teoria da gravitação. 
O de má-fé perderá do direito a tudo, já sabia que a propriedade não era sua. 
Art. 1256 e 1257: Se ambas as partes tiverem de má-fé – o dono do solo tem que ressarcir o dono material (insumos). Sem direito a perdas e danos.
Art. 1258: Áreas contíguas (terrenos vizinhos): Não ultrapassou 5%, ou seja, a vigésima parte, caso esteja de boa-fé eu adquiro essa área. Se o valor da construção for superior ao valor de trecho de terra invadido. 
Parágrafo único: Se estiver de má-fé tem que pagar dez vezes mais. Enunciado 318: Se abrangeu ter um terceiro de boa-fé, terá o direito de comprar pelo valor estipulado, para proteger o terceiro. 
Art. 1259: Se for acima de 5% da vigésima parte, tem o direito de comprar. (boa-fé). Se estiver de má-fé não terá direito a nada, ainda terá que pagar para demolir. E a indenização será calculado em dobro. 
Art. 1259: 
 Plantações e construções tem que ser averbadas. 
29/08/2017 –
Derivada -> Registro (arts. 1245 a 1247/CC) – Lei 6015/73.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.
O registro se dá no cartório de imóveis, dando publicidade da aquisição da propriedade pelo modo derivado. Registro um título que na verdade é uma escritura pública, é dispensada quando o imóvel tem até 30 salários mínimos (abaixo desse valor qualquer instrumento é válido). Os contratos de financiamentos de imóveis, financiado pelo sistema financeiro de habitação (FSH) também servem como registro da propriedade. 
NÃO EXISTE PROPRIEDADE IMOBILIARIA SEM REGISTRO. (Não confundi registro com escritura pública) 
Matrícula: Quando o imóvel é cadastrado pela primeira vez no cadastro de imóveis, recebe UMA matrícula. 
Registro: Cada vez que a transferência da propriedade. 
Averbação: Ocorre à margem do registro, qualquer situação referente ao imóvel, deve ser averbada. 
O registro gera uma presunção relativa, chamada de “juris tantum” 
Art. 1247: Eu sou dono até que se prove o contrário. 
O único registro que gera titularidade absoluta é “juris et juris”. 
O Registro Torrens só é admitido para propriedade rural – sistema especial de registro, que deve ter deliberação do poder judiciário para sua lavratura. Gera uma presunção absoluta. A intenção é ampliar a segurança jurídica da propriedade. 
FUNÇÃO SOCIAL REGISTRAL: Tendo ciência que só gera a presunção relativa, o sistema passa a se preocupar com o terceiro de boa-fé que confiara no registro, mas que tiveram a sua confiança frustrada em razão da sua anulação ou invalidação desse registro. 
O STF e STJ tem possibilitado a responsabilização do Estado nesses casos, respondendo assim por evicção. 
Usucapião tabular (refere-se ao momento da arguição): prevista no artigo 214 parágrafo5° da lei de registro pública. É um justo título relativo. Em caso de reconhecimento do registro derivado será invalidado e será constituído a usucapião tabular. 
	Princípios relacionados ao registro: 
Prioridade: Art. 191 da lei de registro públicos. – Todos os títulos levados a registro serão aferidos, para que se mantenha a ordem de preferência é feito uma pré-anotação (data e horário) que o título foi apresentando. Art. 1246/CC
Especialidade: Art. 255 da lei de registro públicos – Exige-se a minuciosa individualização do bem ser a registrado, tem que especificar detalhadamente. 
 Instância: Art. 13 da lei de registro públicos – É vedado ao tabelião proceder qualquer registro ou anotação de ofício. Sempre precisa de uma solicitação ou ordem para proceder. 
Continuidade: Art. 95 da lei de registro públicos – só registro escritura pública outorgada pelo atual proprietário. 
	Hipóteses de retificação de registro. 
A retificação em cartório através de procedimento administrativo, possível quando não houver interesses de terceiros. Ex. Mudar o nome que está registro. 
A retificação em vara registral pelo procedimento de jurisdição voluntária. Utilizar esse procedimento quando houver interesse terceiros, mas não gerar a área de utilização do imóvel. Ex. Retificação do valor da negociação. 
A retificação em vara cível através do procedimento comum. Utilizou esse procedimento quando houver interesse de terceiro e houver a ampliação da área. 
04/09/2017
Aquisição da propriedade móvel. 
Originária: Ocupação
“Res Nullius” (pode ser objeto de ocupação) – Coisa de ninguém. 
 “Res Derelictae” – Desrelição (pode ser objeto de ocupação) – Coisa abandonada. (Ex. Cão abandonado) 
 “Res perdita” – Bem perdido – não pode ser objeto de ocupação. 
Achado de tesouro: Coisas ocultas que o dono não tem memória.
 (Recursos minerais não faz parte, mas sim algo que alguém escondeu.) 
Art. 1265: Foi achado ocasionalmente, por exemplo, por um jardineiro (que está de boa-fé) divide-se meio a meio. 
Quando ele acha e quando ele sabe e contrata uma equipe especializada para encontrar o tesouro (todo o tesouro achado fica com o proprietário). 
Aquele que acha e devolve tem o direito de recompensa legalmente. 
 Usucapião de bens móveis: Ordinário: Exige um lapso temporal de posse qualificada (justa, mansa, pacífica e de boa-fé e animus donini) + mais três anos. Para usucapir tem que ter justo título 
Extraordinário: Sem justo título e sem boa-fé, tem que haver o lapso temporal de cinco anos. 
Para a maioria doutrinária não é possível o usucapião. Todavia, Cristiano Chaves entende que sim, que é possível a usucapião de veículo furtado. REsp 881270/RS 
Derivada
Especificação: Art. 1269: É a transformação de matéria prima que gera um novo objeto. Transforma a madeira um bem móvel (guarda-roupa, camas). Que transformou tem a propriedade, porque não é possível retornar o status do móvel a madeira. 
Art. 1271: Aos prejudicados de boa-fé (dona da matéria prima) se recessará ao dano que sofreu. 
Se o prejudicado for de má-fé pertencerá diretamente ao possuidor. 
Confusão: É a mistura/unção de dois líquidos ou gases. Quando não é possível separar. Ex. Mistura de álcool e gasolina.
Comistão: É a mistura de coisas sólidas ou secas. Também não é possível sua separação. Ex. Mistura de areia com cimento. 
Adjunção: É a justaposição ou sobreposição de uma coisa sobre a outra. Ex. Asfalto sobre o solo.
Primeira regra quando pertencente a diversos donos as coisas confundidas/misturadas ou adjuntadas continuam a lhes pertence, sendo possível separar sem a sua deterioração.
Segundo regra: não sendo possível a primeira regra prevalece à segunda, quando houver um grande dispêndio ou não possível separar. Neste caso cada um que estiver de boa-fé vai adquirir a sua parte proporcional do material. Má-fé art. 1273
Terceira regra: Adquiri quem tiver a propriedade de maior valor. 
Quarta regra (art. 1274): Quando da mistura surgi um novo produto, diferente do da matéria. 
Tradição: Art. 1267: Entrega da coisa ao adquirente com intenção de transmissão de propriedade. Pode ser de três formas: real: quando a entrega efetiva. 
Simbólica: 
Ficta: ocorre nos contratos de alienação fiduciária. Quando o possuidor direto se torna proprietário. 
Tradição a non domino – a tradição feita por quem não é dono. Não dá direito a propriedade, via de regra. 
A propriedade convalidada. 
11/09/2017
Perda da propriedade móvel e imóvel (art. 1275/CC)
- Alienação: Forma voluntária, pela vontade do proprietário. Pode ser gratuita ou onerosa (venda, permuta ou troca). 
Bens imóveis através do registro, bens móveis através da tradição. 
- Renúncia (abrir mão de um direito seu): É voluntário, somente pode ser expressa, sendo bem imóvel exige escritura pública. Art. 1806. NÃO EXISTE renúncia tácita, nem presumida. 
- Abandono: Ocorre quando o proprietário deixa coisa com intenção de NÃO ter consigo. “Res Develital” A coisa vai ser perdida para o proprietário, ficando aberta a qualquer pessoa que se interessar (por meio da usucapião ou ocupação.) 
Art. 1276:
1° requisito. A pessoa deixe de exercer os atos de posse.
2° requisito. Deixe de pagar os tributos/ os ônus fiscais. 
Gera uma presunção absoluta
O imóvel abandono por três anos pode ser considerado vago, se tornando vago pode ser arrecado pelo município, estado, união e distrito federal. 
Para arrecadação é necessário à propositura de uma ação.
Enunciado 242: 
A aplicação do art. 1.276 depende do devido processo legal, em que seja assegurado ao interessado demonstrar a não-cessação da posse.
Enunciado 243: Não pode implicar em confisco. A presunção de que trata o § 2º do art. 1.276 não pode ser interpretada de modo a contrariar a norma-princípio do art. 150, inc. IV, da Constituição da República.
Enunciado 316: Eventual ação judicial de abandono de imóvel, caso procedente, impede o sucesso de demanda petitória.
Enunciado 567: Abandono de resíduos ou lixos não retira a responsabilidade de seu dono. 
- Perecimento da coisa: Pode ser voluntário ou involuntário. É a destruição ou perda total da coisa, sem a possibilidade de recompor. (Ex. Incêndio/desabamento e etc.).
- Desapropriação (art. 5° XXIV/CF e art. 1228 parágrafos 3, 4 e 5): Sempre é involuntária.
Desapropriação administrativa: Ato do poder público por um procedimento e a prévia indenização justa despoja alguém de sua propriedade tomando-a para si em razão de necessidade pública ou utilidade pública, ou ainda interesse social. Pode ser propriedade imóvel ou móvel. 
A propriedade intelectual se chama quebra de patente. 
Legitimados: A regulamentação é exclusiva da União, artigo 22, II/CF. A união pode delegar a competência para desapropriar. 
Obs. O ente público ou a pessoa jurídica privada pode ser desapropriada. 
Pressupostos para desapropriação: 
1. Fundamentação; 
1. Necessidade pública (algo que seja premente e inadiável para o qual a solução indispensável seria incorporar o bem para o domínio público). 5 anos
2. Utilidade pública: Quando for conveniente ou vantajosa ao interesse público, não constituindo o interativo inafastado. (Construção de hospitais, escolas, para construção de vias). 
3. Interesse social: Interesses que atinjam a camada mais pobre da população visando a sua melhoria da condição de vida e redução nas desigualdades sociais. (Ex. Desapropriação para fim de reforma agrária e etc.). 2 anos. 
2. Fundamentação: Que seja determinado por autoridade competente e legítima. 
3. Fundamentação: Que haja expedição da declaração ou decreto expropriatório. 
4. Fundamentação: Indenização prévia e justa. 
Compreende duas fases: 
1. Declaratória.
2. Executória ou expropriatório. (Vai trazer a fundamentação e deve ter indicação do orçamento para pagamento da indenização.)
Efeitos da declaração expropriatórios: 
1. Submeter o bem a força expropriatória do Estado. 
2. Fixar as condições do bem, através de melhorias e benfeitorias. 
3. Conferirao poder público o direito de penetrar ao bem para fazer verificações e medições. 
4. Dar o termo inicial do prazo de caducidade do decreto expropriatório. 5 anos e 2 anos – após esse prazo tem o prazo para cumprir a destinação indicada no decreto. Se não cumprir, cabe a reversão. 
2ª fase. Pode ser por meio administrativo (se as partes acordarem sobre o valor da indenização) ou judicial (se houver desacordo com o valor da indenização poderá ingressar tanto o poder público quanto a pessoa, no entanto no mérito só discutirá o valor da indenização.) 
O que a indenização deve abranger: O valor do bem incluído benfeitorias e acessões. Lucros cessantes e danos emergentes. Juros compensatórios (Súmula 164 e 618/STF/ 169 STJ). 
Honorários advocatícios. 
12/09/2017 – 
Direito de vizinhança 
Conjunto de regras que trata ou disciplina a convivência pacífica entre vizinhos (podem ser proprietários ou possuidores). 
O conceito de vizinhança é mais abrangente podendo ser contíguos ou confrontação. 
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O direito de vizinhança implica em responsabilidade civil objetiva, o que em geral o descumprimento dessas regras, se perfaz em abuso de direito de posse ou propriedade. 
Disciplinados em legislações esparsas (além do CC que são regulamentações gerais, que não excluem as regulamentações especificas): Munícipios com mais de vinte mil habitantes tem ter um código de ocupação. Os condomínios possuem regras próprias de construção ou entre outros. 
A primeira regulamentação: Uso anormal da propriedade (art.1277) – é anormal o uso da propriedade que ofende a saúde, segurança e o sossego (regra dos três “s”). Confere uma ampla proteção ao princípio. 
Analisados de acordos com razoabilidade ou proporcionalidade. 
Critérios:
1. Analisar a extensão do dano (a saúde, a segurança e ao sossego). 
2. Zona territorial onde o conflito está ocorrendo. 
3. Pré-ocupação (quem ocupou o espaço primeiro). 
Pode concluir o uso é normal (não tem consequência jurídica ou indenização). 
Pode concluir que o uso é normal que gera um incômodo a normal (P. Ex. Morar próximo de escolas, fóruns etc.). 
Não tem como paralisar a atividade. Se possível determina-se que se faça algo para diminuir o impacto que o incômodo pode causar. 
Ainda é possível a fixação de uma indenização para aquele que sofre o dano. 
Pode concluir que o uso é anormal e o incômodo também é anormal, vai haver a cessão e se houver prejuízos será indenizado. 
Proteção ambiental (art. 225/CF) – Enunciado 319 – REsp 57580/AM.
- Árvores Limítrofes (art. 1282/CC): Que está no limite, na divisa. 
Quando árvore está no limite, presume se pertence aos prédios conflitantes (presunção iuris tantum). Cabem as regras do uso normal ou anormal.
Cabem as tutelas coercitivas 
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular.
Quem suporta o ônus tem direito ao bônus. 
- Passagem forçada (art. ): Aplicável ao prédio encravado (que não tem saída a via pública): Instituto do direito de vizinhança. Obrigatória. Pagamento de indenização é obrigatório. Sempre onerosa. Imóvel sem saída (encravado). Ação de passagem forçada. Não precisa ser registrada. 
- Servidão predial: Direito real limitado de uso e fruição. Facultativa (através de acordo/convencional). Pagamento é facultativo de acordo com a vontade das partes. Pode ser gratuita ou onerosa. Pode ser ou não encravado. Ação confessória. Precisa ser registrada (por meio de escritura pública e averbada). 
Art. 1286 e 1287: Cabos e tubulações: Para internet, telefone e tv a cabo, de energia. 
O vizinho é obrigado a suportar essa passagem, mediante indenização. Baseado na função social.
09/10/2017 – Direito das Coisas 
Art. 1304 e 1307 – Possibilidades da utilização da parede meio. Encravejamento e parede de meia (integra a estrutura do edifício)
Art. 1304 – Fala de fila. Desde que suporte, caso não suporte tem que fazer obras de reforço da parede meio para que se possa suportar o edifício. 
Art. 1305 – Quem construir primeiro tem o privilégio.
Art. 1306 – Condomínios – 
Art. 1307 – Qualquer dos confinantes pode alterar a parede divisória. 
Art. 1308 a 1311 – Vedações em relação ao uso da parede meio 
Art. 1308 – Não se pode encostar chaminés, fogões ou fornos (industriais), ou ainda qualquer tipo de construção que gera infiltrações. 
Proibidas construções que gerem poluição, ou construções que poluem aguas de poços ou nascentes, ainda é proibida escavações ou qualquer outro tipo de 
Fica proibida execução de qualquer obra ou serviço de desmoronamento. 
Art. 1313 – 
I – Reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório. 
II – Buscar a animais ou objetos que tenham ido parar no terreno do vizinho.
Passagem das águas 
Art. 1286 e 1287 – 
Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior. 
Art. 1.289. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí colhidas, correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer.
Art. 1.290. O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores. 
Art. 1.291. O possuidor do imóvel superior não poderá poluir as águas indispensáveis às primeiras necessidades da vida dos possuidores dos imóveis inferiores; as demais, que poluir, deverá recuperar, ressarcindo os danos que estes sofrerem, se não for possível a recuperação ou o desvio do curso artificial das águas.
Art. 1.292. O proprietário tem direito de construir barragens, açudes, ou outras obras para represamento de água em seu prédio; se as águas represadas invadirem prédio alheio, será o seu proprietário indenizado pelo dano sofrido, deduzido o valor do benefício obtido.
Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização aos proprietários prejudicados, construir canais (aqueduto), através de prédios alheios, para receber as águas a que tenha direito, indispensáveis às primeiras necessidades da vida, e, desde que não cause prejuízo considerável à agricultura e à indústria, bem como para o escoamento de águas supérfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos.
§ 1o Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também assiste direito a ressarcimento pelos danos que de futuro lhe advenham da infiltração ou irrupção das águas, bem como da deterioração das obras destinadas a canalizá-las.
§ 2o O proprietário prejudicado poderá exigir que seja subterrânea a canalização que atravessa áreas edificadas, pátios, hortas, jardins ou quintais.
§ 3o O aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo aos proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem também as despesas de conservação
Art. 1.294. Aplica-se ao direito de aqueduto o disposto nos arts. 1.286 e 1.287.
Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários cerquem os imóveis e construam sobre ele, sem prejuízo para a sua segurança e conservação; os proprietários dos imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as primeiras necessidades da vida
Art. 1.296. Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros poderão canalizá-las, para os fins previstos no art. 1.293, mediante pagamento de indenização aos proprietários prejudicados e ao dono do aqueduto, de importância equivalente às despesas que então seriam necessárias para a condução das águas até o ponto de derivação.
Parágrafo único. Têm preferência os proprietários dos imóveis atravessados pelo aqueduto.
	
	Condomínio
Art. 1314 a 1330/CC
Condomínio (É PROPRIEDADE): É a copropriedade sobre um único bem, sobre o mesmo bem.Pro diviso: Bem divisível – quando é possível definir a fração ideal de cada um
Pro indiviso: Bem indivisibilidade (por natureza ou determinação legal) * - quando não é possível definir a fração ideal de cada um – Se assemelha a mais ao condomínio. 
Voluntário: Também chamado de condomínio convencional é aquele estabelecido pela vontade das partes. 
Ex.: Amigos/casal compram um imóvel comum. 
Administração do condomínio voluntário: Cabe aquele que a maioria escolher. – Art. 1323. 
Se resolver alugar os demais condôminos tem preferência sobre o aluguel. 
Art. 1.325. A maioria será calculada pelo valor dos quinhões.
Os frutos da coisa comum, se não houver estipulação especifica deverá ser partilhado equitativa, dar-se a cada um o proporcional ao seu quinhão. 
Art 1314 – Direito dos condôminos 
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
Art. 1.316. Pode o condômino eximir-se do pagamento das despesas e dívidas, renunciando à parte ideal. 
§ 1o Se os demais condôminos assumem as despesas e as dívidas, a renúncia lhes aproveita, adquirindo a parte ideal de quem renunciou, na proporção dos pagamentos que fizerem.
§ 2o Se não há condômino que faça os pagamentos, a coisa comum será dividida.
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.
§ 1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior. – Isso tem que ser acordado entre os condôminos 
Art. 1.321. Aplicam-se à divisão do condomínio, no que couber, as regras de partilha de herança (arts. 2.013 a 2.022).
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.
O administrador será o representante dos demais
Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a administração da coisa comum, escolherá o administrador, que poderá ser estranho ao condomínio; resolvendo alugá-la, preferir-se-á, em condições iguais, o condômino ao que não o é.
Art. 1.325. A maioria será calculada pelo valor dos quinhões.
§ 1o As deliberações serão obrigatórias, sendo tomadas por maioria absoluta.
§ 2o Não sendo possível alcançar maioria absoluta, decidirá o juiz, a requerimento de qualquer condômino, ouvidos os outros.
§ 3o Havendo dúvida quanto ao valor do quinhão, será este avaliado judicialmente.
Art. 1.326. Os frutos da coisa comum, não havendo em contrário estipulação ou disposição de última vontade, serão partilhados na proporção dos quinhões.
CONDOMÍNIOS NECESSÁRIOS (chamado de condomínio legal): Não é estabelecido pelas vontades das partes, mas sim por disposições legais. Quando a lei impõe o condomínio, sobre a direito de vizinhança impondo as divisas e sobre os direitos de heranças. 
Vizinhos: Meações de paredes, cercas vivas, muros, valas, tapumes. 
Art. 1.328. O proprietário que tiver direito a estremar um imóvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados, tê-lo-á igualmente a adquirir meação na parede, muro, valado ou cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do que atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado (art. 1.297).
Pode cobrar do vizinho para que se fixe. Ação de fixação do preço da obra divisão. 
Art. 1.329. Não convindo os dois no preço da obra, será este arbitrado por peritos, a expensas de ambos os confinantes.
Art. 1.330. Qualquer que seja o valor da meação, enquanto aquele que pretender a divisão não o pagar ou depositar, nenhum uso poderá fazer na parede, muro, vala, cerca ou qualquer outra obra divisória.
CONDOMÍNIOS EDILIÇOS – Art. 1331 a 1358-A 
O condomínio edílico é dividido em duas partes: propriedade individual e propriedade em comum. Regulamentado pelo Código Civil. 
Lei 4561/64 – estaria revogado os artigos 1 ao 27, o restante estaria em vigor porque regulamenta a incorporação – DOUTRINA MAJORITÁRIA. 
Estaria revogado porque o CC regulamentou a matéria. 
Se aplica aos condomínios verticais e horizontais, condomínios de casa. 
Estrutura do condomínio edilício divido em duas: 
A propriedade exclusiva, autônoma ou individual; - (corresponde ao apartamento, sala, cozinha, vaga de garagem) podem ser alienadas, gravadas, alugadas sem o direito de preferências dos outros condôminos. Porém, em relação ao abrigo de garagem não é bem assim. 
A parte comum ou áreas comuns – pro divisos: solo, a estrutura do condomínio, o telhado, a rede geral de água, luz e esgoto, as partes de acesso, piscina, churrasqueira e etc. 
A legislação consumerista não incide entres os condôminos. 
Para que suja o condomínio são necessárias algumas etapas: 
A incorporação ela institui um condomínio
Um ato de constituição
Um regulamento/um estatuto
A instituição por se dar inter vivos (escritura pública) ou causa mortis (testamento) no cartório de registros de imóveis. (art. 1332)
A forma mais comum é por incorporação que se dar inter vivos. 
No ato de incorporação: apresentar todas as plantas, a destinação e as garantias que aquilo vai ser executado. 
Três itens obrigatórios: Atos que instituição - 1. Discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva extremadas uma das outras e das partes comuns – geralmente preenchidos pelas plantas estruturais 2. Determinação das frações ideias relativas a cada unidade ao terreno e as partes comuns. 3. A destinação do futuro condomínio. 
2. Convenção (art. 1333) – Feita em um momento secundário, constitui o condomínio edilício será obrigatório que seja assinado por no mínimo dois terços das frações ideais. 
Se tornando obrigatório para todos os titulares, a convenção tem que ser registrada nos cartórios de imóveis em razão da sum 260/STJ. 
Tem força vinculativa, obriga a todos, desde que seja razoável. 
Falta a aula 16/10/2017
17/10 – Direitos Reais na Coisa Alheia – Superfície
1225, II – XIII/CC
Uso – servidão – usufruto – habitação – etc
Direito de superfície – 1369 – 1377 
Laje -1510 (A a E) 
Direito Real do Promitente comprador de imóvel – Art 1225, VII
Direito Real de Garantia: TEM que haver autorização matrimonial 
Penhor;
Hipoteca; 
Anticrese; 
Caso de casamento: É necessária ter autorização do cônjuge 
I – ressalvado no artigo 1648
Direito de Superfície – arts. 1369 a 1377/CC
A superfície é cessão do solo para que outrem construa ou plante sobre este solo. Atribuindo a este superficiário o direito de uso e fruição sobre o imóvel. 
Proprietário – fundiero
Superficiário – Terceiro 
Pode dispor, bem onerar e alienar 
O direito de superfície é previsto a partir do código de 2002 e estatuto da cidade. k
Enfiteuse. – O artigo 2038/CC – seção de domínio – É perpetua 
Superfície Urbana: Para fins de construção – Autorizaa construção somente no solo e espaço aéreo que atingir a construção, via de regra, o direito de superfície não abrange o subsolo. 
Superfície Rural: Para fins de plantação
Enunciado 321 -
Prevista no código civil e no estatuto das cidades, art 21- parágrafo 1
Enunciado 561 - 
Sobrelevação é a laje (ela tem direito)
Encargos fiscais, via de regra, incube ao superfíciário, porém, as partes podem convencionar diferente, como trata o enunciado 94. 
Art. 1372 e 1373 – versa sobre o direito de preferência dentro do direito de superfície, sempre que houver transferência ao direito de preferência ao beneficiário. 
Caso seja preterido esse direito de preferência, primeira corrente diz que cabe perdas e danos, com base no artigo 518/CC. 
A segunda corrente se aplica por analogia as disposições da lei do inquilinato. – Art. 33.
A terceira corrente se aplica por analogia a disposições da lei do inquilinato – Art. 504/CC 
Enunciado 510
Prazo da superfície – CC estabelece que o prazo é determinado. 
Não pode ser perpétuo. 
Art. 1374 – A destinação diversa da contratada. 
Porém, pode ser estipulado os contratos 
Art. 1376 – Desapropriação 
Art. 1377 – Superfície constituída por pessoa de Direito Público. 
Servidão – Art. 1378 a 1389/CC 
Prédio Dominante – Prédio Serviente 
Servidão – Pelo negócio jurídico inter vivos ou por causa mortis 
Tem que ser levado a registro para ter eficácia legal, ou estabelecida por testamento. 
Pode ser criado a servidão pela usucapião, se tiver justo título (10 anos), se não houver (20 anos) 
Servidão pode ser gratuita ou onerosa, é comum que não seja registrada. 
Só cabe a usucapião de servidão aparente. 
Quanto a natureza dos prédios envolvidos, ela pode ser rústica (Ex.: condução de gado simples)
Servidão de pastagem ou rural, urbana.
Quanto a conduta das partes pode ser positiva (quando depender de um ato comissivo) ou negativa (quando decorrer de um ato abstenção ou omisso, p.ex., servidão de vista) 
Quanto a modo de exercício: contínua (independe do ato humano para ocorrer, p.ex. passagens de água, de vista) ou descontínua (a que depende de ato humano para ocorrer, p.ex. a de trânsito)
Quanto a forma de exteriorização: aparente (é a evidenciada por algum sinal externo, p.ex., passagem de estrada) ou não aparente (não é identificada no plano exterior, p.ex. a servidão de não construir para atrapalhar a vista). 
As classificações se combinam, ou seja, podem ser cumulativas;
A servidão aparente e descontinua – SUM 315/STF
Art. 1380 – dominante paga – se houver mais de um serão rateadas. 
Art. 1381 – custeadas pelo dono do prédio dominante. Se as partes convencionam em contrário, o prédio serviente. 
Art. 1382 – quando as obras couberam ao proprietário 
 		23/10/2017 
Art. 1383 – O dono do prédio serviente não pode embaraçar o dono prédio dominante. 
Art. 1384 – Exorta o princípio da menor onerosidade para o prédio serviente. 
Art. 1385 – Exercício da servidão, quantos aos limites. 
A servidão deve ser interpretada da forma mais restritiva, via de regra, não se pode estender. 
Em relação ao alcance o que se pode presumir, uma de maior amplitude abarca a menor, ao contrário não pode. 
A servidão estipulada para cultura ou para indústria, caso tenha que que ser alargada o dono do prédio terá que suportar, no entanto, fará jus a uma indenização. 
Art. 1386 – Princípio da indivisibilidade da servidão 
As servidões são indivisíveis.
As extinções da servidão. 
Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada.
Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor.
Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne:
I - quando o titular houver renunciado a sua servidão;
II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição da servidão;
III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão. – O dono do prédio serviente liberatório do ônus real. 
Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção:
I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa; - Confusão real 
II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso; (Termino das obras por qual foram constituídas a servidão. 
III - pelo não uso, durante dez anos contínuos.
- Direito Real na coisa alheia – USUFRUTO 
- Art. 1390 a 1411/CC 
Elementos da propriedade: Uso + fruição (Usufrutuário – partes) + Disposição + Reivindicação (Nu-proprietário - partes) 
O usufruto: É o direito real na coisa alheia que recai tanto sobre bens móveis quando imóveis em um patrimônio inteiro ou parcial, dando direito ao usufrutuário de usar e fruir sobre o bem, permanecendo o proprietário com a disposição e a reivindicação do bem. 
Pode ser constituído por contrato, testamento ou usucapião, além de alguns casos por determinação legal, quando se tratar de bens imóveis com valor superior a trinta de salários mínimos é obrigatório o registro no cartório de imóveis. 
Classificação do usufruto. 
- Quanto a origem: 
Usufruto Legal: é aquele que decorre da força da lei e não da vontade das partes, neste caso é desnecessário o registro. A legislação prevê duas hipóteses: 1) dos filhos incapazes (art. 1689, I) 2) Os bens do cônjuge que estiverem na posse do outro (art. 1652, I). Não são necessários fazer o registro. 
Usufruto voluntário ou convencional: O mais comum. Sempre decorre da autonomia da vontade das partes. 
Alienação: Pode ser gratuita ou onerosa. Em que o proprietário cede a terceiros a nú-propriedade. 
Usufruto deducto ou de retenção (usado em casos de família): Solução para o adiantamento da herança. 
Casos de divórcios
Usufruto misto: Decorre da usucapião (ser for a extraordinária 15 anos – ordinária 10 anos + justo título) usucapião do usufruto da servidão.
Usufruto judicial: É uma de espécies de expropriações de bens (penhora dos frutos e rendimentos da empresa) – 867 a 869/CPC 
- Quanto ao objeto (art. 1392): 
Próprio: Quando recai sobre coisas infungíveis ou não consumíveis. 
Impróprio: Sobre coisas fungíveis ou consumíveis. 
- Quanto a extensão: 
Total: Quando ele abranger toda a coisa, inclusive seus acessórios.
Parcial: Quando fica delimitado, pode não abranger seus acessórios.
- Quanto a duração
Temporário: Quando estiver estabelecido certo prazo de duração. 
Se for usufruto de pessoa jurídica no máximo 30 anos (art. 1410) 
Vitalício: Só pode ser estipulado em razão de pessoa física ou natural, não tem previsão, se extingue com a morte do usufrutuário. (art. 1411)
Não pode alienar, mas pode ceder o exercício. 
1ª - Se ele alienar ao proprietário é uma hipótese de extinção do usufruto pela consolidação. (Carlos Roberto Gonçalves) 
2ª – Não é possível, pois o legislador quis retirar essa possibilidade do sistema. (Maria Helena Diniz) 
Direitos e deveres do usufrutuário. (art. 1394) 
Tem direito a posse, ao uso, a administração, percepção de frutos. 
Art. 1395 – Usufruto relativo a títulos de crédito, o usufrutuário tem direito de receber os frutos e de cobrar os títulos em atraso. 
Frutos naturais (art. 1396) – Tem direito aos frutos pendentes do início e no decorre do usufruto, mas em contrapartida não tem direito aos pendentes do final do usufruto. 
Art. 1397 – Crias de animais, têm direito as crias dos animais, mas tem o dever de ressarcir as despesas e ao final tem que devolver a mesma quantidade do gado existente. 
Art. 1.398. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietário, e ao usufrutuário os vencidos na data em que cessa o usufruto.
Art. 1.399.O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não mudar-lhe a destinação econômica, sem expressa autorização do proprietário. – Se não, pode gerar a extinção do usufruto. 
Deveres. 
Art. 1.400. O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lhe exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto. Só está dispensado caso for usufruto deducto. 
Art. 1.401. O usufrutuário que não quiser ou não puder dar caução suficiente perderá o direito de administrar o usufruto; e, neste caso, os bens serão administrados pelo proprietário, que ficará obrigado, mediante caução, a entregar ao usufrutuário o rendimento deles, deduzidas as despesas de administração, entre as quais se incluirá a quantia fixada pelo juiz como remuneração do administrador.
Art. 1.402. O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do usufruto.
Só se responsabiliza se tiver dado causa. 
Art. 1.403 Incumbem ao usufrutuário:
I - as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu;
II - as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.
Art. 1.404. Incumbem ao dono (nú-proprietário) as reparações extraordinárias e as que não forem de custo módico; mas o usufrutuário lhe pagará os juros do capital despendido com as que forem necessárias à conservação, ou aumentarem o rendimento da coisa usufruída. Equivalente a dois terços do rendimento anual. 
Art. 1.405. Se o usufruto recair num patrimônio, ou parte deste, será o usufrutuário obrigado aos juros da dívida que onerar o patrimônio ou a parte dele.
Art. 1.406. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste.
Art. 1.407. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as contribuições do seguro.
§ 1o Se o usufrutuário fizer o seguro, ao proprietário caberá o direito dele resultante contra o segurador.
§ 2o Em qualquer hipótese, o direito do usufrutuário fica sub-rogado no valor da indenização do seguro.
Art. 1.408. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, não será este obrigado a reconstruí-lo, nem o usufruto se restabelecerá, se o proprietário reconstruir à sua custa o prédio; mas se a indenização do seguro for aplicada à reconstrução do prédio, restabelecer-se-á o usufruto.
Art. 1.409. Também fica sub-rogada no ônus do usufruto, em lugar do prédio, a indenização paga, se ele for desapropriado, ou a importância do dano, ressarcido pelo terceiro responsável no caso de danificação ou perda.
Deve ser paga proporcionalmente ao usufrutuário e ao nú-proprietário. 
Extinção do usufruto. 
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
II - pelo termo de sua duração;
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;
IV - pela cessação do motivo de que se origina;
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409;
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos d
e conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente.
Art. 1225 – concessão especial de uso, uso para fim de moradia e uso da laje (três doutrinas, sobre os pontos críticos sobre a utilização desse direito) – fazer uma síntese de utilização desses dois direitos. 
24/10/2017
O Uso –Art. 1412 a 1414 
O uso vai ser restrito ou limitado.ou fruição vai ser limitada aos usuários de sua família e empregados
Usuário, família (cônjuge e filhos solteiros) e empregados domésticos que residam com outro usuário. 
Uso e a fruição é somente até os limites (necessidades) dos usuários. 
As necessidades serão avaliadas de acordo com a condição social e ao local onde ele vive. 
Por ser direito real deve ser registrado. 
Habitação 
Art. 1414 a 1416 
O mais restrito dos direitos reais de uso 
O uso é apenas cedido com a finalidade de moradia/habitação, não cabendo a fruição do sentindo econômico.
Só recai sobre bem imóvel. 
Pode ser decorrente de uma convenção (contrato ou testamento) ou determinação legal (art. 1831) – Direito do cônjuge sobrevivente residir de maneira vitalícia no imóvel em que moravam. – Garantia de moradia para cônjuge ou companheiro. – Sendo é que tem ser o único, caso tenha outras podem vender
O titular não pode alugar ou emprestar, tem de habitar morando pessoalmente, eventual desvio cancela a habitação. 
Habitação é intuitu personare (personalíssima) sendo assim, não é possível a transferência. 
Pode-se estabelecer a habitação simultânea, caso um morra não se extingue, permanece. 
Art. 1415 
Art. 1417
 Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.
À vista com efeito real – 
Não pode ter cláusula de arrependimento; 
O contrato de compromisso tenha sido averbado no registro do imóvel; (se não tiver, não terá efeito real, só terá efeito obrigacional) – 239/STJ – caso não tenha sido registrada poderá pedir perdas e danos. 
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.
Se for culpa do vendedor, não cabe a retenção de nenhum valor.. ainda deverá ser restituído todos os valores com correção monetária. 
Sumula 543/
Sumula 308/STJ 
Direitos Reais de Garantia: 
Art. 1419 ao 1430
Existem as garantias reais ou fidejussórias (recai sobre a pessoa)
Cai sobre um bem específico.
Direitos reais de garantia: penhor, hipoteca e anticrese (e ainda tem alienação fiduciária, está em legislações extravagantes e todos os direitos reais garantia estão garantidos a coisa alheia) 
Características básicas ou gerais (DRG): 
Preferência – os credores hipotecários ou pignoratícios terão preferência no pagamento do crédito.
A súmula 478/STJ –
Indivisibilidade (Art. 1421): O pagamento das parcelas das dívidas não implica em liberação proporcional da hipoteca ou penhor, salvo duas hipóteses: - 1) quando o próprio contrato de garantia prever essa garantia ou quando no recebido de quitação da parcela o credor liberar a hipoteca. 
Sequela: Onde o bem vai, a garantia a vai atrás (ou a garantia acompanha) – Sum 308
Direito de excursão (executar a hipoteca em caso de inadimplemento) e vedação do pacto comissório. 
Legitimidade para onerar o bem (art. 1420). –Art. 1649, I – Bem de família legal cabe hipoteca, bem de família convencional NÃO CABE HIPOTECA. 
Especificação: São os requisitos para que o negócio jurídico seja legalmente constítuido, se não tiver gerar a ineficácia. 
Tenha discriminado o valor do crédito, seu prazo. 
Art. 1.424. Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca declararão, sob pena de não terem eficácia:
I - o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo;
II - o prazo fixado para pagamento;III - a taxa dos juros, se houver;
IV - o bem dado em garantia com as suas especificações.
Descrição do bem móvel ou imóvel. 
Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:
I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir;
II - se o devedor cair em insolvência ou falir;
III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata;
IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído;
V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor.
§ 1o Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia, esta se sub-rogará na indenização do seguro, ou no ressarcimento do dano, em benefício do credor, a quem assistirá sobre ela preferência até seu completo reembolso.
§ 2o Nos casos dos incisos IV e V, só se vencerá a hipoteca antes do prazo estipulado, se o perecimento, ou a desapropriação recair sobre o bem dado em garantia, e esta não abranger outras; subsistindo, no caso contrário, a dívida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, não desapropriados ou destruídos.
Art. 1.426. Nas hipóteses do artigo anterior, de vencimento antecipado da dívida, não se compreendem os juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido.
Art. 1.427. Salvo cláusula expressa, o terceiro que presta garantia real por dívida alheia não fica obrigado a substituí-la, ou reforçá-la, quando, sem culpa sua, se perca, deteriore, ou desvalorize.
Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
Art. 1.429. Os sucessores do devedor não podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na proporção dos seus quinhões; qualquer deles, porém, pode fazê-lo no todo.
Parágrafo único. O herdeiro ou sucessor que fizer a remição fica sub-rogado nos direitos do credor pelas quotas que houver satisfeito.
Art. 1.430. Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto não bastar para pagamento da dívida e despesas judiciais, continuará o devedor obrigado pessoalmente pelo restante.
	Aula 30/10/2017 
O penhor – 1431 a 1472
NÃO CONFUDI COM PENHOR (ato autonomia das vontades signatárias) COM PENHORA (ato de constrição judicial)
Garantia, que via de regra, recai sobre bens móveis. 
Configura-se pela transferência do bem para o credor, penhor geral (ex. penhor de joias, títulos de crédito) 
A transferência efetiva da posse do bem do credor ao devedor, em regra. 
Nem todas as espécies, vai haver a transferência: Penhor rural, industrial e mercantil e o de veículos.
Se formaliza através do título do registro no cartório de imóveis de títulos e documentos localizados no domicílio do devedor. 
O rural, industrial e mercantil – imóveis. 
Célula de crédito pignoratício (para permitir a circulação de riqueza) – título de credito que permite a negociação. 
Direitos e deveres do credor pignoratício constam
1433 (direitos): Posse da coisa empenhada, via de regra, salvo as três exceções; direito a retenção da coisa empenhada, até que se indenize todas as despesas justificadas; direito de ressarcimento pelo vício da coisa empenhada; direito de promover a execução judicial ou venda amigável se assim autorizar o contrato ou devedor anuir; direito de apropriar-se dos frutos da coisa empenhada enquanto ela se achar em seu poder; direito da venda antecipada, em caso de justo receio de perda ou perecimento do bem, em caso de não substituição do bem pelo devedor.
1435 (deveres): Dever de custódia enquanto depositário (responder por perdas ou danos em caso de culpa do credor, pela deterioração, promover a defesa possessória, informando o devedor caso haja a ameaça); Ao final ; caso haja venda do bem, tem que devolver o relativo da dívida. 
Extinção do Penhor. 
Art 1436: Extinção da obrigação; perecendo a coisa; pela renúncia (quando o credor consente com a alienação particular do penhor sem reserva; quando o credor restituir a posse ao devedor; quando o credor anuir com a substituição por outra garantia); quando houver a consolidação ou confusão entre o credor ou devedor; pela adjudicação, remissão ou venda da coisa empenhada. 
Só vai ter efeito da extinção quando houver o cancelamento do registro. 
Art. 1440 – LER 
Espécies de penhor: 
Penhor Rural (agrícola ou pecuária) – pelo cartório do registro de imóveis 
Penhor Rural Agrícola (ART. 1442) – Máquinas e instrumentos da agricultura, as colheitas pendentes (pode ser frustrar, caso aconteça recai sobre a próxima colheita – art. 1443) ou ainda em via de formação, os frutos acondicionados ou armazenadas, a lenha cortada ou carvão vegetal e os animais do serviço ordinário agrícola.
Penhor Rural Pecuário Todos os animais que integram a atividade de pastoril ou laticínios. Alienação dos animais deve ser precedida da autorização do credor. Caso haja morte de animal, podem ser substituição. 
Penhor Industrial: Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos industrializados.
Não pode alienar esses bens sem o consentimento do credor. Credor tem o direito de verificar a qualquer momento os bens. 
Penhor de Direitos e títulos de créditos: São os direitos sobre bens móveis que são passíveis de cessão. 
O título deve ser entregue ao credor, a entrega da posse ao credor (art. 1452) 
O devedor do título (não necessariamente é o devedor do penhor) deve ser notificado (art. 1453 – diz que pode ser meio de instrumento público ou particular) 
Penhor de veículos: Recai sobre qualquer modalidade de penhor os veículos empregados em qualquer espécie de transporte ou condução. 
Prazo máximo de 2 anos, prorrogáveis por igual período. 
Obrigatório o seguro de furtado, roubo, danos a terceiros, perca. 
Credor tem direito de reivindicar o estado do veículo e alienação sem o consentimento credor importa vencimento do crédito pignoratício. 
Penhor legal: A única modalidade que não é legal. Toda vez que houve justo receio de que o hóspede ou inquilino, pode fazer a retenção, entregando a este o recibo que vai inventariar o que ele está recebendo. 
Hipoteca (art. 1473 a 1505) – É o direito real de garantia que tem por objeto bens imóveis (navio ou avião) pertencentes ao devedor ou a terceiros, que embora não entregues ao credor asseguram preferencialmente o recebimento de seu crédito. 
I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
II - o domínio direto; (proprietário dominante)
III - o domínio útil; (proprietário serviente) 
IV - as estradas de ferro;
V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham;
VI - os navios;
VII - as aeronaves.
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia;             (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
IX - o direito real de uso
Hipoteca vai ser aperfeiçoar com o registro no cartório de bens imóveis. 
Art. 1492 a 1498
Art. 1.478. Se o devedor da obrigação garantida pela primeira hipoteca não se oferecer, no vencimento, para pagá-la, o credor da segunda pode promover-lhe a extinção, consignando a importância e citando o primeiro credor para recebê-la e o devedor para pagá-la; se este não pagar, o segundo credor, efetuando o pagamento, se sub-rogará nos direitos da hipoteca anterior, sem prejuízo dos que lhe competirem contra o devedor comum.
Parágrafo único. Se o primeiro

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