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TCC Marina (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
 CURSO DE PEDAGOGIA
MARINA DE OLIVEIRA NUNES
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O DESAFIO DE UMA ESCOLA PARA TODOS
Altamira- PA
2017�
Marina de Oliveira Nunes
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O DESAFIO DE UMA ESCOLA PARA TODOS
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Pedagogia da Universidade Federal do Pará como requisito para conclusão da disciplina Laboratório de Pesquisa. 
Prof.ª Drª. Priscilla Bellard Mendes de Souza 
Altamira- Pará
2017
SUMÁRIO
1EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O DESAFIO DE UMA ESCOLA PARA TODOS	�
3INTRODUÇÃO	�
41	A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA	�
61.1	Formação Docente Especializada	�
91.2	A Socialização do Aluno com Deficiência	�
112	METODOLOGIA	�
11Ambiente	�
11Participantes	�
11Instrumentos e materiais	�
11Procedimentos De coleta	�
12Procedimentos De análise	�
12Resultados e Discussão	�
13REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Neste projeto de pesquisa que foi elaborado utilizando abordagem qualitativa, buscou-se discutir acerca da importância da Educação Inclusiva� na rede regular de ensino, enfatizando suas características e formas de atendimento. Esta pesquisa tem por tema “Educação Inclusiva” e por título “Educação Inclusiva: O Desafio De Uma Escola Para Todos”. 
A educação inclusiva tem como característica o lugar da diferença, a convivência com as limitações dos indivíduos, deste modo, as mudanças e as adaptações das práticas educativas existentes são fundamentais para um bom desenvolvimento deste modelo de ensino. A educação inclusiva objetiva que toda a pessoa com deficiência tenha a possibilidade de aprender, sempre partindo de suas capacidades e habilidades, e na mesma o conhecimento deve ser desenvolvido sem resistência no momento de selecionar os métodos que irão ser introduzidos nos currículos escolares, pois eles serão responsáveis por apresentar os valores passados pela escola. Assim como afirma Mantoan:
A inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar especificas para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um (MANTOAN, 2003, p.36). 
A Declaração de Salamanca, documento formulado pelas Nações Unidas, acerca dos Princípios, Política e Prática em Educação Especial, fortalece o direito à uma educação de qualidade, na qual seja considerado de forma prioritária as características e os interesses individuais de cada criança, para que deste modo não exista discriminações e nem exclusão nas escolas. (UNESCO, 1994) 
 Geralmente as escolas regulares não têm correspondido às características individuais diferenciadas de seus alunos, funcionando de forma seletiva e excludente. Eis a questão: Será que as escolas comuns estão capacitadas para receber e amparar alunos com deficiência? Se não quais as mudanças necessárias para que a inclusão ocorra de maneira efetiva?
Este projeto de pesquisa tem por justificativa a importância de se compreender os diversos aspetos relacionados à educação inclusiva, pois nos dias de hoje todas as crianças possuem o direito de frequentar as classes de escolas do ensino regular, fato esse que se deu por meio de processo legislativos tornando-se então obrigatório. Neste âmbito, como afirmam Susan e William Stainback: 
“Temos de garantir que os alunos com deficiência sejam apoiados para tornarem-se participantes e colaboradores na planificação e no bem-estar deste novo tipo de sociedade. Temos de evitar os erros do passado, quando os alunos com deficiência eram deixados à margem��.” (STAINBACK, STAINBACK; 1999, p. 29)	
 
Os objetivos do trabalho consistem em compreender a importância da educação inclusiva e suas especificidades na atualidade; e os objetivos específicos são:
Compreender a importância da participação da família e da comunidade no processo da educação inclusiva.
Compreender a importância da socialização entre as crianças com deficiência com as demais crianças.
Compreender a relevância de uma formação docente especializada.
 
 A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA
A educação inclusiva tornou-se um tema bastante discutido na atualidade, mas isso não significa que a mesma seja um assunto recente. Ao falar em alunos com deficiência, refere-se aquelas que possuem em seu desenvolvimento, durante o percurso escolar, alguma singularidade que as diferem das demais, exigindo assim um tratamento especial, para que desta maneira o seu desenvolvimento acadêmico, pessoal e sócio emocional seja facilitado. Conforme a Declaração de Salamanca “[...] o termo ‘necessidades educacionais especiais’ refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem” (UNESCO, 1994, p. 3).
Inicialmente as crianças com deficiência, não frequentavam as escolas, pois eram vistas como incapazes de aprender, e com o decorrer do tempo essas crianças passaram a ser atendidas em espaços próprios para cada tipo de deficiência, denotando assim uma educação categórica e excludente. De acordo com Barbosa e Barreto:
O surgimento das escolas especiais, foi a primeira oportunidade que tornou possível o acesso dos deficientes às escolas, pois anteriormente estas pessoas eram percebidas como seres ineducáveis. Agora as crianças com deficiência passariam a ter atendimento em instituições que iriam desempenhar um trabalho pedagógico objetivando estimular cognitivamente os alunos por meio de técnicas educacionais voltados para a aprendizagem sendo assim desvinculados de meios clínicos (BARBOSA E BARRETO, 2013, p. 5).
No entanto, nessas escolas especiais ainda existiam de certa forma, a segregação destes alunos, pois estas, não visavam a inclusão de maneira mais ampla, nem a possibilidade das mesmas ingressarem nas escolas regulares. Porém, esse modelo segregado de ensino começou a ser bastante criticado, dando início a necessidade de encontrar outros métodos pedagógicos que fossem capazes de satisfazer não só as crianças ditas “normais”, mas também aquelas com algum tipo de necessidade especial. A partir da década de 1990, decorrente de vários movimentos sociais, a educação inclusiva ganhou força e iniciaram-se projetos vigentes até a atualidade, nos quais visa-se a inclusão total e permanente de todas as crianças em escolas regulares. Tais projetos, fortificaram-se ainda mais quando a Educação Inclusiva foi reconhecida como política educacional em vários países, entre eles o Brasil.
Seguindo essa linha de mudanças, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 2/2001, no artigo 2º, determinam que: 
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).
Conforme a Declaração de Salamanca:
[...]escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem (sic) uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional (UNESCO,1994, p. 1). 
Quando se fala em Educação inclusiva, não significa apenas inserir as crianças com necessidades educacionais especiais em classes de escola regulares, incluir é uma questão que vai além dessa inserção, é oportunizar às crianças o desenvolvimento de acordo com as suas necessidades, respeitando os limites decada um de forma individualizada. Conforme a Declaração de Salamanca: “[...] toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem” (UNESCO, 1994, p. 1). A mesma afirma que: ¨[...] sistema educacionais deveriam ser designados e programas educacionais especiais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades” (UNESCO, 1994, p. 1).
Neste sentido, incluir exige o fim da categorização e segregação dessas crianças com deficiência, das demais crianças ditas como “normais”, ou seja, para a inclusão realmente acontecer é preciso compreender que as diferenças são intrínsecas ao ser humano. Marli de Oliveira Rodrigues afirma que:
[...] educação inclusiva é um processo de adequação das escolas a realidade da diversidade humana. A inclusão se baseia em princípios como: a aceitação das diferenças individuais como atributo e não como obstáculo; valorizar cada pessoa como ela é e a convivência dentro da diversidade humana (RODRIGES, 2010 apud GOES, p. 2).
A educação inclusiva é um processo contínuo e há alguns obstáculos que precisam ser superados para que a inclusão nas escolas regulares se torne possível. Muitas vezes, esses obstáculos começam em casa, porque devido a definição que muitos têm em relação as deficiências, os pais acabam vendo as crianças como “coitadas” e deduzem que elas não irão aprender. Como afirma Barbosa e Barreto:
Os efeitos negativos provocados culturalmente sobre as pessoas com deficiências estão presentes na história da sociedade onde é possível perceber como os valores e as crianças de determinados grupos influenciam na forma de perceber o outro contribuindo para a aceitação ou para o extermino [exclusão] deste (BARBOSA e BARRETOS, 2010, p. 4).
Os professores ocupam um importante papel neste processo de inclusão, podendo atuar com um facilitador, porém para desenvolver tal papel adequadamente é necessário que tenham uma formação especializada para que desta forma saibam escolher e adaptar os métodos de ensino mais eficazes no decorrer deste processo.
Formação Docente Especializada
Assim, como a família que muitas vezes acaba se tornando uma barreira no processo educacional das crianças com deficiência, outros obstáculos são encontrados nas escolas, que geralmente não estão preparadas para entender essas crianças adequadamente, entre eles os principais são o despreparo dos educadores das escolas regulares e falta de uma pedagogia centrada nas crianças. Uma educação de qualidade é voltada para a emancipação, formação humana e construção dos sujeitos, conforme assegura o art. 4º das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica de 11 de setembro de 2001:
Como modalidade da Educação Básica, a educação especial considerará as situações singulares, os perfis dos estudantes, as características bio-psicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:
I - a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos de estudo, de trabalho e de inserção na vida social;
II - a busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;
III -o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto de seus direitos (BRASIL, 2001, p. 69). 
Desta forma, é necessário que os professores possuam certa formação e conhecimento acerca da atuação docente em classes nas quais contenham alunos com deficiência, pois os mesmos são de fundamental importância nesse processo, necessitando assim uma formação continua e permanente. Neste âmbito Rita de Biaggio afirma que:
Segundo Roseneide Furtado, especialista em educação especial/educação infantil, a formação continuada, com cursos de curta e média duração, é o caminho para garantir a aquisição de competências relevantes para atuar junto a essas crianças. Ela também aponta a necessidade urgente de mudanças nos cursos de formação de professores em geral, com destaque para os cursos da área de educação infantil e seus currículos, os quais devem incluir conteúdos que favoreçam as práticas pedagógicas inclusivas (BIAGGIO, 2007, p. 24).
Neste contexto, o professor irá adquirir competência acerca da prática docente, que almeja apresentar ao mesmo os conteúdos teóricos metodológicos mais adequados para serem trabalhados. Quanto mais o professor tiver informações a respeito das deficiências, melhor será a sua compreensão sobre as necessidades específicas de cada um, fato que lhe auxiliará a decidir quais as metodologias mais apropriadas para cada criança. Conforme a Declaração de Salamanca:
Nas escolas práticas de treinamento de professores, atenção especial deveria ser dada a preparação de todos os professores para que exercitem sua autonomia e apliquem suas habilidades na adaptação do currículo e da instrução no sentido de atender as necessidades especiais dos alunos, bem como no sentido de colaborar com os especialistas e cooperar com os pais (UNESCO, 1994, p. 10).
Em relação a avaliação na educação especial, assim como nas demais, a mesma deve ser vista como um método de o professor perceber em que aspectos houve desenvolvimento no desempenho escolar das crianças. Nesta perspectiva a avaliação é um instrumento para o professor perceber quais os pontos fortes e fracos da criança no processo de aprendizagem e não deve ter como objetivo classificar nem selecionar, mas fundamentar-se nos aspectos de desenvolvimento das crianças. A Declaração de Salamanca afirma que:
[...]para que o progresso da criança seja acompanhado, formas de avalição deveriam ser revistas. A avaliação formativa deveria ser incorporada no processo educacional regular no sentido de manter alunos e professores informados do controle da aprendizagem adquirido, bem como no sentido de identificar dificuldades e auxiliar os alunos a supera-las (UNESCO,1994, p. 9).
O educador deve avaliar as crianças com deficiência sob o mesmo aspecto que os demais, porém, flexibilizando em alguns aspectos, a avaliação deve ser flexiva, mas sem deixar de ser objetiva. Neste âmbito, surge a necessidade da adaptação dos currículos das escolas, para que se estabeleça um método de aprendizagem que seja efetivo para essas crianças, ressaltando sempre a importância delas como sujeitos ativos no processo de construção de sua vida social e sua autonomia, essas mudanças devem abranger toda equipe institucional de modo que todos se adaptem as necessidades das crianças. Segundo a Declaração de Salamanca: 
[...] o currículo deveria ser adaptado as necessidades das crianças e não vice-versa escolas deveriam, portanto, promover oportunidades curriculares que sejam apropriadas a crianças com habilidades e interesses diferentes; crianças com necessidades especiais deveriam reabrir apoio instrucional no contesto (sic) do currículo regular e não de currículos diferentes (UNESCO,1994, p. 8).
Conforme um dos textos da série Saberes e Práticas da Inclusão, material disponível no site do Ministério de Educação e Cultura (MEC), no que se refere as estratégias para a educação de alunos com deficiência e as adequações realizadas no currículo escolar:
Nessas circunstâncias, as adequações curriculares implicam a planificação pedagógica e a ações docentes fundamentadas em critérios que definem:
O que o aluno deve aprender; 
Como e quando aprender; 
Que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo de aprendizagem; 
Como e quando avaliar o aluno (BRASIL, 2003, p. 34).
Os currículos das escolas inclusivas não devem considerar apenaso conhecimento, mas também a cultura e a subjetividade da criança. Durante o processo de elaboração destes currículos, é preciso levar em consideração que neles estarão inseridos os valores estabelecidos pelas escolas, sendo assim devem ser multiculturais, democráticos e inclusivos, para desta forma atender de maneira singular de cada criança. 	
É preciso enfatizar ainda, que a Declaração de Salamanca ressalta a importância de uma pedagogia centrada na criança. Conforme a mesma “aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades” (UNESCO, 1994, p. 1). Com a justificativa de que:
Ela assume que as diferenças humanas são normais e que, em consonância com a aprendizagem de ser adaptada às necessidades da criança, ao invés de se adaptar a criança às assunções pré-concebidas a respeito do ritmo e da natureza do processo de aprendizagem (UNESCO,1994, p. 4).
Ainda de acordo com a Declaração de Salamanca “Escolas centradas na criança são além do mais, a base de treino para uma sociedade baseada no povo, que respeita tanto as diferenças quanto a dignidade de todos os seres humanos” (UNESCO, 1994, p. 4). Tal pedagogia que tenha como foco principal as crianças e seus interesses é de grande relevância para todos, pois pode melhorar o desenvolvimento escolar dessas crianças além de propiciar o desenvolvimento social de todas as crianças não só das com necessidades educacionais especiais. 
A Socialização do Aluno com Deficiência�
A participação do aluno com deficiência� nas atividades curriculares de forma integrada com as demais crianças, é de grande importância para todos, pois beneficia a percepção mais ampla da realidade social e favorece o desenvolvimento geral do aluno. Essas crianças precisam ser incentivadas, valorizadas e acolhidas, pois, esse pequeno ato auxiliará no desenvolvimento sócio afetivo e cognitivo dessas crianças. Conforme afirma Bedaque doutora em educação especial:
Vygotsky (1996) considera que é na interação com o outro que desenvolvemos linguagem e é por meio dela que se avança no desenvolvimento. Considera que a linguagem que surge da interação com o outro pode tornar-se uma função mental interna. Assim, enfatiza a dimensão social do pensar e do agir apresentando como fundamental explorar a dimensão coletiva da inteligência para aprender e contribuir no processo educacional (VYGOTSKY,1996 apud BEDAQUE, 2011, p. 39).
É importante lembrar que o atendimento educacional especializado (AEE) deve ser interligado com a proposta pedagógica da escola comum, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino comum. O Art. 4º, inciso III da Lei nº 9394/96 da Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), enfoca o “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL,1996, p. 2). O mesmo deve ser ofertado contra turno do qual as crianças frequentam a escola regular, para que desta forma elas possam permanecer interagindo com as demais, sem perder o atendimento especializado, este direito também está assegurado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica de 2013:
[...] a oferta do AEE será planejada para ser realizada em turno inverso ao da escolarização, contribuindo efetivamente para garantir o acesso dos alunos à educação comum e disponibilizando os serviços e apoios que complementam a formação desses alunos nas classes comuns da rede regular de ensino (BRASIL, 2013 p. 299).
Em relação a organização das salas de AEE a Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 indica no 10º artigo que:
O projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE prevendo na sua organização: 
I – sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;
 II – matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola;
 III – cronograma de atendimento aos alunos; 
IV – plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; 
V – professores para o exercício da docência do AEE; 
VI – outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção; 
VII – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE (BRASIL, 2009, p.2).
Deve-se destacar também as atitudes que reforçam o vínculo das crianças com NEE e suas famílias, pois ao invés de serem um obstáculo, estes podem ser grandes relevância no processo de inclusão, caso os mesmos estejam informados e sensibilizados acerca da sua importância no processo de escolarização destas crianças. De acordo com a Declaração de Salamanca em relação ao papel da família no processo de inclusão, é necessário que se “(...) encorajem e facilitem a participação de pais, comunidade e organizações de pessoas portadoras de deficiências nos processos de planejamento e tomada de decisões concernentes à provisão de serviços para necessidades educacionais especiais” (UNESCO,1994, p. 2).
A família é responsável por transmitir valores, atitudes, cultura, conhecimento para a vida, conforme a maneira que esta oferece suporte emocional e social para as crianças, pois é na família que se tem o primeiro contato com a sociedade. E a partir do momento que se tem um aluno com deficiência, a importância do envolvimento dos membros familiares é ainda mais importante, pois a criança necessita de um maior envolvimento em seus cuidados e em sua estimulação.
Ainda conforme a mesma “pais possuem o direito inerente de serem consultados sobre a forma de educação mais apropriada às necessidades, circunstâncias e aspirações de suas crianças” (UNESCO,1994, p. 3). 
Neste âmbito, a escola, ao aplicar a pedagogia da inclusão estará formando os alunos com deficiência, não só de modo sistemático para que aprendam simplesmente a ler e escrever, mas também para que desta forma elas possam se tornar sujeitos emancipados e capazes de exercer seus direitos como cidadãos.
METODOLOGIA
Ambiente
Nesta pesquisa de abordagem qualitativa que realizou-se a partir da pesquisa de campo, o principal objetivo é analisar como ocorre a inclusão nas escolas regulares de Altamira- Pará-Brasil, destacando pontos como a necessidade da convivência destas crianças com as demais e a importância da participação familiar neste processo, analisando também a necessidade de os educadores terem uma formação especializada e conhecer as implicações desta modalidade na atualidade. 
Participantes
Os sujeitos que contribuíram com� esta pesquisa, foram professores e pais de alunos com deficiência do ensino regular de escolas públicas do município de Altamira- PA, para posterior comparação dos métodos de inclusão. 
Instrumentos e materiais
A pesquisa deste projeto foi realizada por meio da elaboração e aplicação de questionário e roteiros de entrevistas semiestruturadas a fim de coletar dados nas escolas em que estas crianças estejam inseridas, com propósito de compreender de que maneira o ensino é realizado e quais as especificidades desta modalidade de ensino. 
Procedimentos De coleta 
Os questionários e entrevistas foram aplicados a pais e professores destas instituições e aplicadas durante o recreio e terão duração de no máximo 20 minutos e serão gravadas, caso tenha autorização destes e a entrevista com os pais dependerá da disponibilidade do horário deles e terá duração de no máximo 20 minutos e será gravada caso também haja autorização. Também serão realizadas visitas, observações e análise documental, o ProjetoPolítico Pedagógico (PPP), para poder entender qual a visão oficial da escola em relação à educação inclusiva e se ela age de acordo com as normas estabelecidas. As observações realizadas de forma direta, chegarei à sala de aula e durante alguns minutos, farei o registro das atividades realizadas.
Procedimentos De análise 
Os dados obtidos nesta pesquisa foram analisados tendo em vista a busca por indicadores voltados para a educação inclusiva, que sejam relevantes aos objetivos desta pesquisa. Todas as respostas obtidas, tanto do questionário quanto das entrevistas serão organizadas e comparadas juntamente com os dados das visitas e observações, para identificação de padrões, relações e diferenças na visão de cada sujeito entrevistado, para que desta forma seja possível encontrar novas informações e compreender o que eles entendem e pensam acerca deste tema. A classificação destes dados será de acordo com as categorias teóricas iniciais e os conceitos discutidos ao longo do trabalho. Desta forma, ao usar textos para obter conhecimento acerca do tema e aplicação de questionário e entrevistas, poderei fazer uma comparação entre a teoria e a prática��
Resultados e Discussão 
Este projeto foi elaborado com o intuito de analisar como está acontecendo o processo de inclusão dos alunos com deficiência, no ensino regular na cidade de Altamira/PA. Com base nos resultados encontrados neste estudo, percebeu-se que:
Considerações Finais 
�
REFERÊNCIAS
BRASIL. Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União. Brasília, nº 248, 23 de dezembro de 1996.
_______. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica: Resolução Nº 2, De 11 De Setembro De 2001. 
_______. Conselho Nacional de Educação. Câmara da Educação Básica. Resolução nº 4, de 2 de setembro de 2009.Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf> Data de acesso: 12 fevereiro de 2016
_______. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica: Diretrizes Operacionais Para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, Modalidade Educação Especial. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192> Data de acesso: 10 de janeiro de 2016.
_______. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008
_______. Ministério da Educação. Saberes e Práticas da Inclusão: Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais, Brasília, Secretaria de Educação Especial, 2003.
KARAGIANNIS, A; STAINBACK, S; STAINBACK, W. Fundamentos do Ensino Inclusivo In: STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Um Guia Para Educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999. P. 21- 31.
FURTADO, Roseneide In: BIAGGIO Rita de, Inclusão De Crianças Com Deficiência Cresce e Muda a Prática das Creches e Pré-Escolas. Revista Criança, n. 44, p. 19-26, nov. 2007.Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7697-revistacrianca-seb44-pdf&category_slug=marco-2011-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 09 de janeiro de 2016
RODRIGUES, Marli de Oliveira. Educação Especial. Seminário do Programa Educação Inclusiva: direito a diversidade. 2010. In: GOES, Ana Carolina Marques de. Educação Inclusiva de Alunos com Deficiência: direito à diversidade. 2010.
Disponível em: <http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/2281/1862 >Acesso em: 08 de fevereiro de 2016.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 5.ed. São Paulo: Martins Fontes,1996. In: BEDAQUE, Selma Andrade De Paula. O Atendimento Educacional Especializado no Processo de Inclusão Escolar na Rede Municipal de Ensino de Mossoró, RN. Natal, RN Dezembro de 2011.
Disponível em:< http://www.ppged.ufrn.br/arquivos/teses_dissertacoes/dissertacoes%20-%202012/SELMA%20ANDRADE%20DE%20PAULA%20BEDAQUE%20-%20dissertacao%20provisoria.pdf> Data de acesso: 12 de fevereiro de 2016.
MANTOAN. Maria Teresa Eglér; Inclusão Escolar: O Que É? Porque? Como Fazer? São Paulo: Moderna, 2003
�
 
	
�A partir de agora vamos usar somente o termo aluno com deficiência; pessoa com deficiência ok. Substitua ao longo do trabalho.
�Nunca escreva de forma coloquial marina.
Substitua: numa por em uma
�??????????
Vamos trabalhar somente a perspectiva inclusiva ok. Quanto à especial, faremos somente uma breve configuração histórica, para chegarmos à inclusão ok.
�Use aspas, você está fazendo uma citação.
�
�Ok, sempre usar este termo.
�Ok, sempre usar este termo.
�Verbos no passado.
�ORGANIZE ESTE PARÁGRAFO NOS TÓPICOS ACIMA.
�Você não organizou em tópicos.

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