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Circunstâncias Agravantes e Atenuantes

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Introdução das Circunstâncias Agravantes:
Dentro do ordenamento jurídico brasileiro, mais especificamente em matéria penal, chamamos de circunstâncias agravantes determinados fatores que aumentam a pena aplicável a um ilícito.
As circunstâncias agravantes são de aplicação obrigatória e estão previstas na parte geral do Código Penal, mais precisamente nos Artigos 61 e 62. O código determina que os tipos relacionados no Artigo 61 são causas simples e os do Artigo 62 são reservadas aos casos de concurso de pessoas. Além de tais circunstâncias comuns, a Lei contempla causas especiais de aumento de pena, ou circunstâncias agravantes especiais, aplicadas a determinados crimes e previstas na parte especial do código. As agravantes especiais tornam o crime qualificado, proporcionando também causas especiais de aumento.
As circunstâncias agravantes podem receber diversas classificações. Uma das mais práticas é separá-las em subjetivas, ou de caráter pessoal, e objetivas. As de caráter pessoal ou subjetivas se referem aos motivos determinantes, qualidade ou condição pessoal do agente, suas relações com a vítima ou com os demais participantes. Tal distinção é essencial, pois somente as primeiras transmitem-se aos coautores ou partícipes no delito. Elas são de aplicação obrigatória pelo juiz, não sendo necessária qualquer motivação especial para a admissão de semelhantes causas de agravação.
Circunstâncias agravantes:
É de se considerar circunstância de um crime todo aquele elemento previsto em Lei que não integra o tipo penal, não está previsto como parte da conduta, mas deve subsidiar o agravamento ou abrandamento da pena a ser fixada, caso esteja presente no caso concreto.
A presença das circunstâncias do Artigo 61 do Código Penal, em um delito, demonstra um grau maior de reprovação da conduta do delinquente, daí advindo a necessidade de uma pena mais severa em face dele.
Contudo, em determinados crimes, o tipo penal pode prever alguma circunstância como elemento do delito, como parte dele, ela será, então, uma circunstância elementar do tipo penal.
Em outros casos, a norma penal, em sua redação, já inclui no tipo uma circunstância como causa à imposição de uma pena mais severa, nessa hipótese se fala em circunstância qualificadora, em crime qualificado.
Tanto a presença de uma circunstância elementar, como de uma qualificadora no próprio tipo penal, impede a incidência do Artigo 61 do Código Penal no caso concreto, sob pena de bis in idem. Esta exceção vem contida expressamente na parte final do Artigo 61, na expressão “...quando não constituem (circunstância elementar) ou qualificam (circunstância qualificadora) o crime”.
Um exemplo de circunstância qualificadora que não pode ser considerada para efeitos de incidência do Artigo 61 do Código Penal é o motivo fútil no delito de homicídio. Como ela está prevista como circunstância própria do homicídio qualificado (Artigo 121, § 2.º, inciso II, do Código Penal), a pena deste delito não pode ser majorada com base na circunstância do Artigo 61, inciso II, “a”, do Código Penal, pois já enunciada como circunstância agravante do próprio crime.
São hipóteses do Artigo 61 do Código Penal em que se admite a agravação da pena:
- Inciso I - Reincidência - É um status decorrente da prática de novo crime após o trânsito em julgado de sentença condenatória por crime anterior, ela é conceituada no artigo 63, Caput, do Código Penal;
- Inciso II, “a” - O motivo fútil é aquele que em hipótese alguma justificaria a prática do crime, sua valoração exige um juízo de proporcionalidade entre as razões dadas à prática do delito e a efetiva lesão provocada ao bem jurídico tutelado pela norma. A insignificância do motivo é razão suficiente para que a pena seja majorada na forma do Artigo 61;
- Inciso I, alínea “a”, do Código Penal. O motivo torpe é o moralmente reprovável, a repugnância da razão do crime, nesta circunstância, é o que enseja maior agravamento da pena, o fato daquele decorrer de um sentimento tido como imoral pela sociedade, o que também dá causa à maior reprovação da conduta;
- Inciso II, “b” - Para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime – aqui se pune o autor do delito que se mantém totalmente indiferente à paz social, já que prática tantos crimes quantos forem necessários à garantia do primeiro ilícito e de sua impunidade, daí advém a maior reprovação da conduta, a justificar pena mais severa;
- Inciso II, “c” - Traição – É a agressão súbita sorrateira, com agressão física ou moral do agente, “...a aleivosia, isto é, fingimento de amizade”. Pode ser também o ataque pelas costas, com vistas a surpreender a vítima.
Emboscada – É a clássica tocaia, quando o agente se oculta, aguardando a vítima passar por determinado local para atacá-la.
Dissimulação – É o engodo elaborado pelo agente para desprevenir o ofendido, para iludi-lo quando da realização do crime.
Recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido – Alguma circunstância análoga à traição, emboscada ou dissimulação, não definida taxativamente pela norma, mas passível de ser considerada para fins e majoração da pena, na forma do Artigo 61, inciso II, alínea “b”, do Código Penal, desde que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
- Inciso II, “d” - Meio insidioso – é um meio desleal, enganador, que reduz a possibilidade de defesa da vítima.
Meio cruel – o meio que causa um sofrimento desnecessário à vítima, que ultrapassa o limite do que bastaria para a prática do delito.
Meio que pode resultar perigo comum – É o meio cujo resultado pode atingir terceiros.
- Inciso II, “e” - Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge – Aqui o motivo ao agravamento da sanção é a indiferença do agente em face de seus familiares, daqueles cujos vínculos sanguíneos deveria lhe despertar, no mínimo, um nobre sentimento de solidariedade;
- Inciso II, “f” - Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade - Valer-se o autor da autoridade familiar ou de determinada confiança que a vítima lhe deposita em razão da dependência, intimidade ou pela vida em comum, também são razões previstas no Artigo 61 do Código Penal para que se reconheça a incidência dessa circunstância, a fim de majorar a pena;
- Inciso II, “g” – Com abuso do poder – quando o agende extrapola uma prerrogativa funcional ou viola um dever inerente à sua profissão ou cargo que ocupa;
- Inciso II, “h” – Contra criança, velho, mulher grávida e enfermo – repreende-se de modo mais severo aquele que pratica crime contra estas pessoas, em face das quais a lei presume que possuem reduzida capacidade de defesa em face do crime;
- Inciso II, “i” – Ofendido sob imediata proteção da autoridade – se considera mais grave o delito quanto em sua prática sequer foi respeitado o poder da autoridade que era responsável pela vítima, que mantinha está sob sua custódia ou seus cuidados;
- Inciso II, “j” - Situação de calamidade pública, perigo comum ou de desgraça particular do ofendido – Aplica-se esta hipótese quando reconhecido que o agente se aproveita de uma situação desfavorável da vítima, que não decorreu de provocação sua, para praticar o crime;
- Inciso “l” – Em estado de embriaguez preordenada – Quando o agende provoca voluntariamente a própria embriaguez com o fim de cometer o crime, para criar coragem e/ou tentar provocar a diminuição de sua culpabilidade em face da embriaguez.
Artigo 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que:
I - Promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;
II - Coage ou induz outrem à execução material do crime;
III - Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV - Executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
A norma do Artigo 62 está em consonância com a disciplina do Artigo 29, também do Código Penal, que orienta a mensuraçãoda sanção aos autores do mesmo fato, na medida da culpabilidade de capa um.
As hipóteses arroladas no presente dispositivo dão indicativos de uma maior periculosidade do agente que, incorrendo nas condições aqui prescritas, indica possuir uma culpabilidade destacada da dos demais, a justificar sanção mais severa em face dele.
- Inciso I – Deve ser punido mais severamente aquele que gerencia a cooperação ou a organização do crime, assim como atuação dos demais. O que chefia a empreitada criminosa;
- Inciso II – A coação já foi objeto de apontamento quando visto o Artigo 22 do Código Penal. Lá, contudo, ela é tida como condição que livra a culpabilidade do coagido, na hipótese de ser irresistível.
Na situação aqui prevista, entretanto, a coação é considerada sob o ponto de vista do coator que terá a pena agravada de modo mais severo por ter imposto sua força (física ou moral) ao coagido para praticar do crime.
O induzimento, por seu turno, é o sugestionamento, aquele que sugere ao autor a prática do crime, que dá a ideia do delito, é o agente que induz.
- Inciso III – A instigação a realização de ato já idealizado pelo instigado ou a determinação são causa à incidência do inciso III quando direcionadas a subordinado (aqui considerado de maneira ampla – subordinação familiar, profissional, funcional etc.) ou inimputável;
- Inciso IV - Quando praticado o crime mercenário, sendo ele executado como meio para alguma recompensa. Também a circunstância desta hipótese determina a exasperação da pena.
Bibliografia
http://penalemresumo.blogspot.com.br/2011/06/art-62-agravantes-no-caso-de-concurso.html 
http://www.infoescola.com/direito/circunstancias-agravantes/
http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-61-circunstancias-agravantes.html
Circunstâncias atenuantes
No campo do Direito são conhecidas como circunstâncias atenuantes da pena determinados fatores previstos na lei que reduzem o período de condenação até o limite mínimo legal. Praticamente todo o país elabora em meio às suas leis uma série de possibilidades que contribuem para que a pena do réu seja abreviada, dependendo, claro, de fatores sociais, políticos e culturais. Tal instituto tem como objetivo um convite, ou um estímulo ao réu para que este possa cumprir sua pena e adaptar-se o mais rapidamente possível à sociedade.
No Código Penal, em seu artigo 65, estão previstas as seguintes atenuantes de pena:
Ser o agente menor de 21 anos na data do fato ou maior de 70 na data da sentença – ao menor de 21 anos, é importante analisar a idade que este tinha na época da prática do crime, dada a sua presumível imaturidade e inconsequência. No caso do maior de 70 anos, a atenuante é uma questão de piedade e humanidade, em razão da própria velhice;
O desconhecimento da lei – Trata - se de uma circunstância de aceitação bastante limitada, pois geralmente entende-se que o desconhecimento da Lei não se justifica após esta ter sido publicada. A ignorância deve se dar por um fator que fuja às possibilidades do réu;
Ter o agente cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral. - O motivo de relevante valor social é aquele realizado em prol da coletividade e o de valor moral é aquele que se afigura justo pela visão da coletividade, validando a conduta do autor.
Ter o agente procurado, por espontânea vontade, e com eficiência, evitar ou minorar as consequências do crime, logo após sua prática. – Trata - se do cuidado do autor em evitar as consequências do crime, logo após a prática deste.
Ter o agente reparado o dano antes do julgamento. - O autor repara o dano causado antes do julgamento da ação penal.
Ter o agente cometido o crime sob coação moral resistível; em cumprimento de ordem de autoridade superior; sob influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima. Coação resistível é aquela situação na qual se espera alguma oposição do autor. Obediência hierárquica é o comando de autoridade funcionalmente superior. Caso a ordem não seja ilegal, o réu é beneficiado pela hipótese do artigo 22 do Código Penal. A violenta emoção decorre de ato injusto da vítima.
Confissão espontânea. – É aquela que não decorre de fatores externos ao agente.
Ter o agente cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não foi o causador do mesmo. – Tal atenuante só incide quando não se tratar de tumulto provocado pelo próprio agente.
Bibliografia:
MEDEIROS, Lenoar B. Art. 65 - Circunstâncias atenuantes. Disponível em: < http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-65-circunstancias-atenuantes.html >

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