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Fichamento Fraude Contábil na WorldCom

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Gleiseane Martins de Alcântara
Trabalho da disciplina: Governança corporativa e ética empresarial
 Tutor: Prof. Alexsandre de Castro
Rio de Janeiro 
2018
Estudo de Caso :
Fraude Contábil na WorldCom
REFERÊNCIA: KAPLAN, Robert S; KIRON, David; Fraude Contábil na WorldCom. Harvard Business School, 110 – P02,2007.
O estudo de caso foi baseado na história da WorldCom Group, uma empresa de telecomunicação com faturamento superior a R$30 bilhões, $104 bilhões em ativos e 60.000 funcionários em 2002.
Em 21 de julho de 2002, a WorldCom solicitou a proteção contra falência conforme código Americano de falência. Entre 1999 e 2002, a WorldCom superestimara seu lucro antes dos impostos em pelo menos $7 bilhões, um deliberado erro de cálculo se tornou, naquela época, o maior da história. Em seguida a empresa deu baixa em cerca de $82 bilhões (mais de 75%) de seus ativos. O estoque da WorldCom, antes avaliado em $180 bilhões, tornou-se quase sem valor. Dezessete mil funcionários perderam seus empregos, a falência da empresa também prejudicou seus clientes de varejo, contratos governamentais afetando 80 milhões de beneficiários da Seguridade Social, ao controle de tráfego aéreo para Associação Federal de Aviação, ao gerenciamento de redes para Departamento de Defesa, Casas do congresso e por fim ao Escritório Geral de Contabilidade.
A origem da WorldCom se deu em 1995 em uma votação dos acionistas após a fusão das empresas de telecomunicação LDDS e Advantage Companies.
Em 1996, a WorldCom entrou no mercado de serviços locais, adquiriu MFS Commnunications Company, UUNET, tornou se uma grande fatia no setor da internet mundial. Em 1997ganhou a aquisição Britsh Telephone, a GTE e a MCI.
Em 1998 a WorldCom havia se tornado uma companhia de telecomunicação completa e fornecedora de diversos serviços de telecomunicação.
Em 1999 a WorldCom tentou adquirir a Sprint mas a Justiça do EUA não permitiu a fusão, diante deste fato Sr.Ebbers ficou sem direção ou estratégia de crescimento.
O crescimento da WorldCom com aquisições conduziu uma miscelânea de pessoas e culturas. O departamento de finanças perde o controle. As informações dos sistemas de contabilidade tornam-se incompatíveis herdados de mais de 60 companhias adquiridas. Cada setor da empresa estava em um estado dos EUA, cada departamento tinha suas próprias regras sem um código de conduta corporativo, não havia verdadeiramente uma auditoria interna, pois, a auditoria interna respondia diretamente a Sullivan (CEO), esta mesma era desacreditada pelos empregados.
Em 2000 a indústria começou a se deteriorar, a competição do mercado, ao excesso de capacidade e à demanda reduzida para serviços de telecomunicação, o início da recessão econômica após o estouro da bolha das empresas ponto.com. Esta situação preocupou a WorldCom, com relação a despesas X receitas, no primeiro trimestre de 2000, chegava aproximadamente 42%, embora todos estivessem empenhados para a melhoria. As operações comerciais continuaram em queda.
Sullivan SEO, decidiu usar dados contábeis para conseguir o resultado almejado. Sullivan e sua equipe usaram duas táticas principais da contabilidade: reversão de provisionamento (Accruals) em 1999 e 2000 e a capitalização das despesas com linhas em 2001 e 2002.
A capitalização de despesas em 2001 não estava disponível para continuar a tática de relação Despesas / Receitas, mas para manter o indicador em 42%, Sullivan, ordenou a sua equipe que mantivessem o procedimento, mesmo sabendo que a meta e o procedimento não eram o correto a se feito Myers e Yates prosseguiu como solicitado em 2001 e 2002.
Cynthia Cooper realizou uma auditoria interna e descobriu uma transferência nos custos da unidade de negócios Wirelles em pagamentos futuros previstos e para despesas com devedores duvidosos, com objetivo de aumentar os ganhos da empresa. Como Cooper era submetida ao CEO da WorldCom não pode ir a fundo na auditoria pois após a reunião do comitê Sullivan solicitou que Cooper ficasse longe da unidade de negócios wireless. Mas mesmo assim Cynthia Cooper continuou auditando a empresa sem a autorização de Sullivan.
A auditoria externa foi realizada pelo Arthur Andersen, auditor independente, ele considerava seu cliente mais desejado a empresa WorldCom, Andersen revia processos, testava sistema e avaliava os grupos de negócios. Andersen teve seu pedido negado, para acessar o livro razão eletrônico e entre outros documentos. A WorldCom reteve informações, adulterou documentos e omitiu informações sobre matérias requisitados, mas Andersen avaliou a empresa como “aceitável (fair) no quesito de fornecimento de informações e nunca informou o comitê de auditoria sobre qualquer restrição que passou enquanto auditava a empresa. 
O Conselho de administração identificou que o conselho de auditoria não havia se dedicado como deveria e, portanto, os diretores e executivos decidiram que por falta de estratégia Ebbers deveria renunciar o cargo em 3 dias e assim o fez em abril de 2002.
 Em junho de 2002 Cyntia Cooper havia descoberto $3bilhões em despesas questionáveis, divulgou seu resultado da auditoria interna ao comitê de Auditoria em D.C e todos os envolvidos nos processos ilícitos foram ao tribunal por motivos de fraude de segurança, conspiração para cometer a fraude, apresentação de documentos falsos, obstruir informações a justiça.
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Local: Biblioteca da Disciplina
	
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