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Trabalho- Resenha Crítica Caso Fraude Contábil na WorldCom

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Resenha Crítica de Caso Fraude Contábil na WorldCom
Elza Geovana Lemes Santos
Trabalho da disciplina Fraude Contábil na WorldCom
 Tutor: Prof. Alexsandre de Castro
São Gonçalo
2020
FRAUDE CONTÁBIL NA WORLDCOM 
Referência: KAPLAN, Robert S; KIRON, David. Fraude Contábil na WorldCom. Havard Business School, setembro de 2007. Disponível em:// http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/POS682/Biblioteca_46732/Biblioteca_46732.pdf. Acesso em: 05 de abril de 2020.
O presente estudo de caso relata a história da WorldCom Group, uma empresa de telecomunicações, sendo a segunda maior operadora de longa distância dos Estados Unidos que causou muitas destruições aos acionistas, funcionários e ao Governo, após seu requerimento de proteção contra falência em julho de 2002 resultante de fraudes contábeis nos seus balancetes. Seus efeitos devastadores seguiram causando consequências a 20 milhões de clientes de varejo, a 80 milhões de beneficiários da Seguridade Social, ao controle de Tráfego Aéreo (Associação Federal de Aviação), ao Departamento de Defesa, as Casas do Congresso e ao Escritório Geral de Contabilidade.
Tudo começou quando as empresas AT&T (Fundada em 1983) e a LDDS, em 1984 (acrônimo para Serviços de Longa Distância com desconto) esta precursora da gigante WorldCom. Estas eram pequenas empresas regionais que ofereciam serviços locais e neste contexto existia a MCI, uma empresa bem estabelecida, que realizava ligações a longa distância, mas que ainda não tinha participação expressiva nos estados do Sul. A LDDS apareceu e como diferencial ofertava a seus clientes, chamadas a longa distância, entretanto, para realizar esse efeito, contratava os serviços das pequenas empresas regionais e telefônica de longa distância. 
Dessa maneira, conseguia ofertar aos seus clientes ligações a longa distância, através do elo criado entre pequenas e grandes telefônicas. A LDDS iniciou as atividades com um capital de $650 mil dólares e logo acumulou uma dívida de $1,5 milhão de dólares, portanto, atribui-se ao pouco conhecimento técnico para lidar com complexas contas de grandes empresas. Neste meio-tempo entra em cena um dos nove investidores chamado Bernard J. (Bernie) Ebbers para dirigir a empresa, e apesar de deter pouco conhecimento empresarial em pouco tempo torna a empresa altamente lucrativa. Esse novo diretor conseguiu consolidar a LDDS através da compra de pequenas empresas de longa distância, esta com áreas de serviços geograficamente limitada e agregou maior valor ao associa-las com operadoras de longa distância de terceiro nível. Sendo assim, proporcionou economia de escala.
 A LDDS cresceu no Sul e Oeste dos Estados Unidos e também internacionalmente, especialmente na Europa e América Latina. No fim de 1993 a LDDS consegue tornar-se a quarta maior operadora de longa distância nos EUA, e dois anos depois através de uma votação recebe oficialmente o nome de WorldCom.
O rápido crescimento da WorldCom com aquisições conduziu uma mistura de pessoas e culturas, as estruturas dos departamentos eram alocadas distantes um do outro, a matriz estava no Texas, o departamento pessoal na Flórida, o departamento jurídico em Washington DC. 
O departamento de finanças perdendo o controle. As informações dos sistemas de contabilidade tornam-se incompatíveis herdados de mais de sessenta companhias adquiridas. Os funcionários não podiam questionar seus superiores, apenas deveriam obedecer a ordens. Se alguém tivesse opinião contraria ao chefe, era criticado com frequência e até mesmo ameaçado. Sendo, portanto, inexistente um canal de comunicação aberta e independente para empregados expressarem suas preocupações sobre políticas ou comportamentos da empresa. Para aumentar o valor de mercado da companhia, a WorldCom assumia contratos a logo prazo adquirindo grande quantidade de linhas telefônicas as quais utilizavam tendo custo muito alto.
 Criavam uma expectativa de vendas de linhas, mas essas não existiriam e, além disso, as companhias de comunicação estavam declinando. E o ano de 2000 a indústria telefônica começou a deteriorar em meio a recessão econômica originária do tesouro da bolha das empresas ponto.com.
Entretanto, como a relação de receita e despesas D/R da WorldCom eram em torno de 42% no primeiro trimestre de 2000, e para manter esse patamar para os trimestres seguintes, o CFO Sullivan utilizou-se da manipulação de dados contábeis para atingir a meta. Ele ordenou que sua equipe utilizasse táticas principais de contabilidade: Reversão de provisionamento e a capitalização das despesas com linhas em 2001 e 2002. Na contabilidade da WorldCom os custos da empresa eram estimados pelos custos mensais por linhas. Considera-se que os custos dessas linhas não vinham no mês, vinham meses depois e por isso eram pagas posteriormente. Para isso era realizado um provisionamento e este registrado ia para o passivo da empresa para o futuro lançamento como pagamento ao proprietário da linha. 
Caso as contas fossem menores do que foi provisionado a WorldCom poderia reverter esse provisionamento justificando haver redução nas despesas com linha e este valor seria lançado no Demonstrativo de Resultados, justificando assim suas receitas altas e despesas baixas na proporção 42%. Esses movimentos foram feitos muitas vezes e milhões de dólares foram movimentados nesta contabilidade fraudulenta de 1999 ao ano de 2000. Nesse meio tempol, existiam na Empresa duas auditorias uma interna e outra externa. Apesar das informações propositalmente terem sido ocultas a auditoria interna dirigida por Cynthia Cooper, foi responsável pela descoberta das fraudes. Enquanto a auditoria externa comandada por Arthur Andersen meio que fez vista grossa aos fatos ocorridos na empresa e deixou passar o montante de fraudes na mesma. 
O Conselho Administrativo não desemprenhou bom papel, pois não avaliavam fatos importantes, mas fatos superficiais em suas curtas análises realizadas durante reuniões. Segundo investigações o Conselho Administrativo estava “distante e alheio a funcionamento da companhia”. Apresentou-se como órgão da empresa sem muita importância, era sem vida, sem direção para a cultura empresarial da WorldCom. Relevante também é mencionar o comitê de Auditoria este não se dedicou como deveria, pois era um negócio gigante e complexo e merecia muita dedicação. E em junho de 2002 a WorldCom finalmente anuncia que seus lucros foram aumentados durante quatro trimestres. Suas ações foram suspensas na Nasdaq e todos os responsáveis pela fraude sofreram severas consequências, alguns foram presos e ainda alguns de seus bens confiscados pela justiça.
Diante do que foi exposto, vimos que a Empresa WorldCom surgiu de uma cultura corporativa corrompida por interesses pessoais, sem nenhuma real preocupação com os acionistas ou com a própria instituição. A sua rápida expansão sem o devido planejamento, com um departamento de auditoria fraco, aparentemente sem autonomia e, um modelo administrativo centrado no autoritarismo, com premiações por lealdade, criou-se um ambiente fomentador de interesses individuais, enfraquecendo a possibilidade de uma conduta institucionalizada, focada na empresa, sacrificando a organização e seus investidores, deixando a empresa sem rumo definido e exposta aos interesses individuais, propiciando assim o surgimento das fraudes.

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