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Pierre Bourdieu- Resumo

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Pierre Bourdieu
“Nascido na cidade de Denguin, França, no dia primeiro de agosto de 1930, Pierre Félix Bourdieu era proveniente de uma família campesina. Ao completar seus estudos básicos, mudou-se para Paris, onde estudou na Faculdade de Letras aos 21 anos de idade. Em 1954, Pierre Bourdieu formou-se em Filosofia e iniciou sua vida profissional como professor em Moulins. Sua carreira sofreu uma interrupção em função do serviço militar obrigatório que o enviou para a Argélia. Aproveitando-se do deslocamento, assumiu o cargo de professor na Faculdade de Letras da capital do país, Argel.” (site INFOESCOLA)
“De volta a Paris, Pierre Bourdieu foi assistente de Raymond Aron, importante filósofo, sociólogo e comentarista político da França na Faculdade de Letras de Paris. Foi no mesmo, 1960, que se tornou membro do Centro de Sociologia Europeia, no qual ocuparia o cargo de secretário-geral dois anos depois. Seu retorno à França marca também o início de sua volumosa produção científica.” (site INFOESCOLA)
“Considerado um dos maiores sociólogos de língua francesa das últimas décadas, Pierre Bourdieu é um dos mais importantes pensadores do século 20. Sua produção intelectual, desde a década de 1960, estende-se por uma extensa variedade de objetos e temas de estudo. Embora contemporâneo, é tão respeitado quanto um clássico. Crítico mordaz dos mecanismos de reprodução das desigualdades sociais, Bourdieu construiu um importante referencial no campo das ciências humanas.” (site REVISTACULT)
“No entanto, mesmo sendo reconhecida pela originalidade, a obra de Bourdieu é objeto de grande controvérsia. A maior parte de seus críticos, numa leitura parcial de seus trabalhos, classifica-o como um teórico da reprodução das desigualdades sociais. Não obstante, a reflexão de Bourdieu se destaca por uma singularidade. Para ele, os condicionamentos materiais e simbólicos agem sobre nós (sociedade e indivíduos) numa complexa relação de interdependência. Ou seja, a posição social ou o poder que detemos na sociedade não dependem apenas do volume de dinheiro que acumulamos ou de uma situação de prestígio que desfrutamos por possuir escolaridade ou qualquer outra particularidade de destaque, mas está na articulação de sentidos que esses aspectos podem assumir em cada momento histórico.”(site REVISTACULT)
Os três estados do Capital Cultural- Pierre Bourdieu
Gabriela T. Chaves
Pierre Bourdieu foi um pensador francês que admitiu a existência de diversos capitais, diferente de Karl Marx, que admitia a existência apenas do capital econômico. Um desses capitais é o Capital Cultural, que consiste na posse de determinadas informações, gostos e atividades culturais por uma determinada classe. Segundo a observação de Bourdieu, a posse do Capital Cultural era das classes mais favorecidas economicamente.
O pensador conseguiu chegar a essa conclusão observando a escola, sua forma de ensino e o sucesso de alunos em que os pais eram detentores de maiores recursos econômicos. Ele percebeu que o ensino não era repassado de forma igualitária como se pensava. Aquelas crianças que já haviam tido contato com certas atividades culturais, que eram em sua maioria as pertencentes a classes sociais mais favorecidas, traziam de casa o Capital Cultural, tendo assim mais facilidade em aprender o que era repassado na escola. Mas a informação repassada na escola era justamente aquela pertencente às classes favorecidas, já que a classe dominante impõe sua cultura sobre a classe dominada; a cultura se transforma em objeto de dominação. Dessa forma, o Bourdieu percebeu que o Capital Cultural poderia existir sob três formas: o estado incorporado, o estado objetivado e o estado institucionalizado.
O estado incorporado consiste na interiorização dos processos de aprendizagem e ensino, sendo que, para que isso ocorra, é necessário um investimento de tempo. Segundo o livro “Escritos de Educação”, “o capital cultural é um ter que se tornou ser, uma propriedade que se fez corpo e tornou-se parte integrante da ‘pessoa’, um habitus”. O habitus funciona como um sistema que incorpora todas as experiências passadas, sendo elas duráveis e transferíveis, sendo assim “como uma matriz estruturante das percepções, apreciações e das ações dos atores sociais” (BOURDIEU, 1983:61). Dessa forma, a maneira de um indivíduo dançar, comer, se organizar são exemplos de estruturas sociais incorporadas. 
O estado objetivado é materialmente transferível, como escritos, pinturas e monumentos, mas depende da capacidade cultural do proprietário de desfrutar dos bens culturais. Assim, o estado objetivado depende do estado incorporado, já que “os bens culturais podem ser objeto de uma apropriação material, que pressupõe o capital econômico, e de uma apropriação simbólica, que pressupõe o capital cultural” (Livro “Escritos de Educação”).
Já o estado institucionalizado alude a objetivação do capital incorporado, sob títulos garantidos e sancionados legalmente, como os diplomas, que funcionam como moedas de troca no mercado de trabalho pelo capital econômico. Logo, há uma comparação entre os diplomados e quanto vale em dinheiro o capital escolar de cada um.
Percebe-se então que Bourdieu fez uma análise diferente, sobre uma parte da sociedade extremamente importante para a manutenção da estrutural social: a escola. Mas o francês vai além da instituição e analisa minuciosamente sua forma de ensino, como ela reflete no aprendizado de diferentes classes e, posteriormente, como ela reflete no mercado de trabalho. Brilhantemente, Pierre conseguiu perceber problemas que já existiam desde o início da inserção de diferentes classes nas escolas e que ocorrem até os dias atuais, mas que não são corrigidos devido a manutenção da utilização da cultura das classes dominantes. Fica o questionamento se algum dia tal estrutura social sofrerá alteração.
Referências
Livro “Escritos de Educação” - Pierre Bourdieu- Organização: Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/capcul.html
https://www.youtube.com/watch?v=Qlc6GBeCO50
https://www.youtube.com/watch?v=nFJr98zqidg
https://www.infoescola.com/biografias/pierre-bourdieu/
https://revistacult.uol.com.br/home/uma-introducao-a-pierre-bourdieu/

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