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Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Econômico e Financeiro Direito Financeiro (DEF0211) – Período Diurno – Turmas 11 e 12 Professor Associado JOSÉ MAURÍCIO CONTI Coletânea de Questões Organização: Julio Cesar Moreira Barboza (Monitor Responsável); Ana Paula Chudzinski Tavassi, Gabriela Monteiro Avelino, Isac Silveira da Costa, João Victor Brandão, Luis Gustavo Faria Guimarães, Rafael Pereira Fernandes, Talita Salgado da Rocha. As questões foram extraídas de diversos concursos públicos nos quais a disciplina de Direito Financeiro é cobrada e foram organizadas de acordo com o programa das aulas teóricas, sem, contudo, se limitar ao conteúdo exposto em sala. Nem sempre foi possível classificar adequadamente uma questão em um único item, por isso é possível encontrar itens a serem julgados, por exemplo, que envolvem mais de um tópico do programa. O gabarito é apresentado ao final do documento, após as questões. São Paulo, Inverno de 2015 Monitores de Direito Financeiro Sumário 1. Noções Introdutórias ................................................................................................................................................................................. 2 2. Receita Pública .............................................................................................................................................................................................. 6 3. Despesa Pública ......................................................................................................................................................................................... 10 4. Orçamento Público ................................................................................................................................................................................... 13 5. Fiscalização Financeira e Orçamentária ......................................................................................................................................... 21 6. Crédito Público ........................................................................................................................................................................................... 26 Gabarito .................................................................................................................................................................................................................... 29 Noções Introdutórias .................................................................................................................................................................................... 29 Receita Pública ................................................................................................................................................................................................. 29 Despesa Pública ............................................................................................................................................................................................... 29 Orçamento Público ......................................................................................................................................................................................... 29 Fiscalização Financeira e Orçamentária ............................................................................................................................................... 30 Crédito Público ................................................................................................................................................................................................. 31 2 1. Noções Introdutórias Tópicos: As necessidades públicas e a atividade financeira do Estado. Ciências das Finanças e Direito Financeiro. História e evolução do Direito Financeiro. Direito Financeiro: definição, princípios e conteúdo. Política financeira. Normas gerais de Direito Financeiro. A Lei 4.320/64 e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000). 1.1. (Femperj/TCE‐RJ/Analista de Controle Externo (Ciências Contábeis)/2012) Segundo a Constituição da República, é correto afirmar que: A) os créditos adicionais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que foram autorizados e no ano civil imediatamente seguinte; B) a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública; C) os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser‐lhe‐ão entregues até o último dia útil de cada mês, em duodécimos; D) a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei ordinária; E) como regra é permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos. 1.2. (Femperj/TCE‐RJ/Analista de Controle Externo (Ciências Contábeis)/2012) Sobre a lei orçamentária anual, é correto afirmar que: A) não poderá autorizar ao Poder Executivo abrir créditos suplementares; B) todas as receitas e despesas constarão pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções; C) deverá consignar dotações globais destinadas a atender a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras; D) compreenderá todas as receitas, exceto as receitas decorrentes de operações de crédito; E) não está adstrita ao princípio da evidenciação, ou seja, o de revelar com clareza o que o governo pretende atingir para cumprir suas obrigações perante a sociedade. 1.3. (Femperj/TCE‐RJ/Analista de Controle Externo (Ciências Contábeis)/2012) Sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias, é correto afirmar: A) estabelece as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital, definindo o planejamento das atividades governamentais; B) não poderá dispor sobre limitação de empenho; C) compreende o orçamento fiscal, de investimento e de seguridade social; D) disporá sobre o equilíbrio entre receitas e despesas; E) estima a receita e fixa a despesa. 1.4. (Femperj/TCE‐RJ/Analista de Controle Externo (Ciências Contábeis)/2012) Segundo a Constituição da República, é permitido: A) início de programas ou de projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual; B) transposição, remanejamento ou transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; C) concessão ou utilização de créditos ilimitados; D) abertura de crédito suplementar ou especial com a prévia autorização legislativa e com a indicação dos recursos correspondentes; E) instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 1.5. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2007) Julgue as afirmações a seguir. A O ciclo orçamentário, também denominado processo orçamentário, corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até sua 3 apreciação final. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual (PPA) e coma lei das diretrizes orçamentárias (LDO). B A LDOfoi introduzida no direito financeiro brasileiro pela Constituição Federal de 1988, tornando‐se, a partir de então, o elo entre o PPA e a Lei Orçamentária Anual. A LDO é o instrumento que expressa o planejamento dos governos federal, estadual, distrital e municipal para um período de quatro anos, objetivando garantir a continuidade dos planos e programas instituídos pelo governo anterior. 1.6. (Cespe/TCU/Auditor (Ministro Substituto)/2006) Com base nos conceitos gerais e princípios relativos ao orçamento público, julgue os itens que se seguem. A O orçamento público compreende, de um lado, a autorização para a arrecadação da receita, e de outro, o limite para a realização da despesa. B Com a difusão da doutrina keynesiana, o orçamento público consolidou‐se como um instrumento de política fiscal, visando à estabilização ou à expansão da atividade econômica dos países. C A inclusão do serviço da dívida e das receitas de convênios e demais recursos próprios relativos aos diversos órgãos e entidades da administração pública nos orçamentos públicos resultou da aplicação do princípio da totalidade. 1.7. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2013) A respeito dos orçamentos públicos, julgue os itens seguintes. A Configura crime de responsabilidade a realização de investimento público cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, caso a inclusão desse investimento não tenha sido feita no plano plurianual e inexista lei que autorize essa inclusão. B Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual são disciplinados por leis cuja iniciativa é do Poder Executivo. C A LDO/2013 prevê que, no caso de frustração da receita que venha a comprometer o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, o Poder Executivo efetuará automaticamente, a qualquer tempo, o contingenciamento das dotações e a retenção dos recursos correspondentes a todos os poderes e ao Ministério Público, situação que só se reverterá se houver plena recuperação da receita inicialmente estimada antes do final do exercício. D De acordo com a legislação em vigor, toda ação finalística do governo federal deve ser estruturada em programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período do plano. Os programas serão estabelecidos em atos próprios de cada ente da Federação, mas deverão privilegiar a descentralização, a integração com estados e municípios e a formação de parcerias com o setor privado. 1.8. (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz/2013) De acordo com o princípio da não afetação da receita de impostos, que rege tanto o direito financeiro quanto o tributário, o legislador é proibido de vincular a receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Todavia, a despeito desse princípio, o legislador pode vincular a receita do imposto de renda a: A) pagamento da dívida pública mobiliária federal. B) convênios para atender a despesas imprevisíveis e urgentes decorrentes de calamidades públicas. C) despesas com aposentadorias do RGPS. D) prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita. E) despesas com assistência social 1.9. (FCC/TRE‐PR/Analista Judiciário (Contabilidade)/2012) Em relação à elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, é correto afirmar que A) as emendas ao projeto de lei do orçamento anual somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei das Diretrizes Orçamentárias. B) a Lei Orçamentária Anual deverá conter Anexo de Riscos Fiscais, no qual serão avaliados os passivos contingentes capazes de afetar as contas públicas. C) o Ministério Público, por ter assegurada a sua autonomia administrativa e financeira pela Constituição Federal, não precisa respeitar os limites fixados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias na elaboração de sua proposta orçamentária. D) a utilização de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas é permitida, desde que autorizada por decreto do Chefe do Poder Executivo. 4 E) o projeto de Lei Orçamentária Anual para o exercício seguinte deve ser apresentado pelo Poder Executivo para apreciação do Poder Legislativo até o último dia útil do mês de abril do exercício corrente. 1.10. (FCC/TRE‐AP/Analista Judiciário (Contabilidade)/2011) São instrumentos de planejamento do setor público, previstos na Constituição Federal e elaborados por leis de iniciativa A) do Poder Executivo: o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. B) da Administração Direta e da Indireta: o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos fiscal, da seguridade social e das empresas estatais. C) do Poder Executivo: o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e Gestão Fiscal. D) do Poder Executivo e Legislativo: os planos, orçamentos e as diretrizes orçamentárias e os relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e Gestão Fiscal. E) de qualquer um dos Poderes: o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. 1.11. (FCC/TJ‐PE/Analista Judiciário (Contabilidade)/2012) Conforme a Constituição Federal vigente, a lei que estabelece as prioridades para o exercício financeiro subsequente, orienta a elaboração do orçamento, dispõe sobe as alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências financeiras de fomento, bem como define as metas e prioridades em termos de programas a executar pelo governo é a Lei A) do Orçamento Anual. B) do Plano Plurianual. C) de Responsabilidade Fiscal. D) de Diretrizes Orçamentárias. E) da Seguridade Social. 1.12. (ESAF/MPOG/EPPGG/2013) O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Compõe‐se de três instrumentos: o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA, conforme informa o art. 165: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I ‐ o plano plurianual; II ‐ as diretrizes orçamentárias; III ‐ os orçamentos anuais. Acerca do Planejamento no Brasil após a Constituição de 1988, assinale a opção correta. A) O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte. B) Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. C) A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte, torna‐se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio prazo do governo. D) A LOA é a lei orçamentária da União que estima receitas e fixa as despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses recursos. E) A LDO tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício financeiro. 1.13. (ESAF/MPOG/EPPGG/2013) A Lei Orçamentária Anual (LOA) da União está mencionada e detalhada na Constituição Federal no art. 165. Estipula o § 5o do artigo 165 da Constituição de 1988 que a Lei OrçamentáriaAnual compreenderá: A) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União. B) os fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, excluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. C) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha ações, independente de possuir maioria do capital social com direito a voto. D) o orçamento da seguridade social, não abrangendo as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta. E) os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público não são passíveis de inclusão na LOA. 5 1.14. (ESAF/MPOG/EPPGG/2013) Apesar da intenção da Constituição de harmonizar os diversos instrumentos de planejamento, alguns autores citam algumas inconsistências entre eles (LOAS, LDO e PPA). Afirma‐se haver falta de consonância, compatibilidade e integração entre o PPA, a LDO e a LOA. Entre as principais inconsistências, pode‐se mencionar as abaixo, exceto: A) falta de coerência entre o que foi planejado no PPA e as metas físicas estabelecidas nas LDOs. B) execução orçamentária de programas do orçamento de investimento das estatais acima da dotação autorizada na LOA. C) programas prioritários que não foram executados. D) divergências entre as metas prioritárias estipuladas pelo Governo na LDO e as efetivamente registradas na LOA. E) a obrigatoriedade das Estatais, operando nas condições e segundo as exigências do mercado, de ter suas despesas e receitas operacionais integrando o orçamento público. 1.15. (AOCP/TCE‐PA/Auditor (Conselheiro Substituto)/2011) De acordo com o art. 165. da Constituição Federal, são Leis de iniciativa do Poder Executivo: o estabelecimento do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais. O parágrafo 3º diz que “O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.” E o parágrafo 4º afirma que “Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.” Outros três artigos definem o que devem conter as leis do plano plurianual (1), das diretrizes orçamentárias (2) e dos orçamentos anuais (3), que são, respectivamente, dentre outros aspectos, os seguintes: A) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (1); as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente (2); planos de arrecadação, investimentos e seguridade social (3). B) de forma regionalizada, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (1); as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital (2); as metas e prioridades da administração pública federal (3). C) de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (1); planos de arrecadação, investimentos e seguridade social (2); programas de duração continuada (3). D) de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (1); planos de arrecadação, investimentos e seguridade social (2); as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente (3). E) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público (1); o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (2); o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público (3). 6 2. Receita Pública Tópicos: Entradas e receitas. Conceito e classificações. o Receitas originárias. Receitas patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. Receitas oriundas de minerais e energia. Teoria dos preços. Taxa e preço público. o Receitas derivadas. Receita tributária: impostos, taxas e contribuições. Receitas de multas. o A Lei de Responsabilidade Fiscal e as receitas públicas: previsão, arrecadação e renúncia de receitas. A extrafiscalidade. Federalismo fiscal e pacto federativo. o Repartição de fontes de receita: a discriminação da competência tributária. o Repartição do produto da arrecadação: as transferências intergovernamentais. Os fundos constitucionais. o A autonomia financeira dos entes federados e dos poderes constituídos. 2.1. (Cespe/TCDF/Analista de Administração Pública/2013) Com relação à receita pública, julgue os itens subsequentes. A Eventual superávit financeiro apurado pelo governo federal, em determinado exercício, no orçamento fiscal não poderá ser reconhecido como receita no exercício financeiro subsequente. B Antes de proceder ao registro de uma receita extraorçamentária, o órgão público deve, em primeiro lugar, definir a categoria econômica em que o registro será feito. 2.2. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2012) Os municípios podem receber transferências voluntárias da União. Para tanto, eles devem estar quites com diversas obrigações exigidas pela legislação pertinente. Nesse sentido, NÃO faz parte de uma obrigação listada no Cadastro Único de Convênio (CAUC) do Tesouro Nacional: A) Publicação de Relatório Resumido de Execução Orçamentária. B) Publicação de Relatório de Gestão Fiscal. C) Observância de transparência na gestão fiscal. D) Exercício de plena competência tributária. E) Regularidade previdenciária. 2.3. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2012) Considerando os índices definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000) e pela Resolução nº 40/2001 do Senado Federal como limites máximos a serem respeitados anualmente por Estados e Municípios, assinale a alternativa em que os índices correspondam aos dispositivos regulamentados por essas normas, respectivamente para os indicadores “Gastos com Pessoal/Receita Corrente Líquida” e “Dívida Consolidada Líquida/Receita Corrente Líquida”: A) 50% nos Municípios e 120% nos Estados. B) 60% nos Estados e 200% nos Municípios. C) 60% nos Municípios e 200% nos Estados. D) 50% nos Estados e 120% nos Municípios. E) 60% nos Municípios e 120% nos Estados. 2.4. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2008) Sobre o Federalismo Fiscal, NÃO é correto afirmar que: A) o princípio básico do Federalismo Fiscal consiste ematribuir responsabilidades pela provisão de bens e serviços de acordo com a abrangência geográfica dos benefícios recebidos pela população. B) um dos principais problemas existentes em qualquer Federação diz respeito à distribuição das bases tributárias entre os governos e a posterior repartição das receitas tributárias. C) no Brasil, a Constituição Federal vigente não define claramente a atribuição das competências tributárias e a repartição das receitas entre cada 7 esfera de governo, e,portanto, há possibilidade de sobreposição de competências. D) uma característica do sistema tributário brasileiro que foge à tradição internacional é o fato de existirem dois impostos sobre produção e circulação, do tipo Imposto sobre Valor Agregado, sendo cada um administrado por um nível distinto de governo. E) o mecanismo de transferências intergovernamentais tem por objetivo básico corrigir os problemas de desequilíbrios verticais (descompassos entre a capacidade de tributar e as responsabilidades de gastos entre os diversos níveis governamentais) e horizontais (descompassos entre os níveis de renda de governos no mesmo nível de hierarquia)existentes em qualquer Federação. 2.5. (Cespe/TCE‐TO/Analista de Controle Externo/2009) As receitas públicas originárias: A) compreendem os tributos e as multas, fiscais ou não. B) são auferidas pelo Estado em decorrência da exploração do próprio patrimônio. C) são as provenientes de bens pertencentes ao patrimônio dos particulares, constituindo receitas obrigatórias. D) são eventuais, não permanentes, imprevisíveis e não integram permanentemente o orçamento, como as doações. E) classificam‐se em receitas originárias de custeio e de transferências correntes, que se limitam a criar rendimentos para os indivíduos. 2.6. (ESAF/MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento/2010) O federalismo fiscal brasileiro tem, como uma de suas premissas, uma rígida discriminação constitucional de rendas, capaz de assegurar a autonomia financeira das entidades que compõem a Federação. Entre as técnicas de repartição de receitas tributárias, destaca‐se a discriminação pelo produto mediante participação direta e indireta na arrecadação. Levando‐se isso em consideração, indique a opção correta. A) A parcela do imposto estadual sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, a que se refere o art. 158, IV, da Carta Magna, pertence, de pleno direito, aos Municípios, mas o repasse da quota constitucionalmente devida pode sujeitar‐se a condição prevista em programas de benefício fiscal de âmbito estadual. B) A obrigatoriedade das transferências intergovernamentais, sob a forma de participação direta automática, não inibe eventual renúncia ou concessão de incentivos ou benefícios de natureza fiscal incidentes sobre o tributo objeto da repartição constitucional de rendas, tampouco enseja compensação financeira ao ente federativo destinatário da partilha, por não fazer jus este ao repasse integral da parcela que lhe cabe sobre a arrecadação bruta anterior à renúncia de receita correspondente. C) As parcelas do ICMS pertencentes aos Municípios, previsto no inciso IV do art. 158 da Constituição Federal, podem ser recebidas sob a forma de títulos públicos, convertidos em moeda corrente nacional, e repassados, a esses, pela Secretaria da Fazenda, no dia do resgate dos certificados. D) É vedado ao Estado impor condições para entrega aos Municípios das parcelas que lhes compete na repartição das receitas tributárias, salvo retenção e compensação de verbas municipais com débito de energia elétrica perante sociedade de economia mista. E) A forma de cálculo do valor adicionado, para fins de partilha da arrecadação do ICMS fixada no inciso I do parágrafo único do artigo 158 da Constituição Federal, é matéria expressamente reservada à lei complementar estadual. 2.7. (FCC/PGE‐SE/Procurador do Estado/2005) Considere as seguintes afirmações: I. Cabe à lei complementar dispor sobre o acompanhamento, pelos Estados e pelo Distrito Federal, do cálculo das quotas e da liberação de sua participação no produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem. II. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. III. A União e os Estados podem condicionar a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias. 8 IV. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal vinte por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem. Quanto à repartição das receitas tributárias estabelecida pela Constituição Federal de 1988, estão corretas: a) I, II e III, apenas. b) I, II e IV, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 2.8. (Cesgranrio/Caixa Econômica Federal/Engenheiro Agrônomo/2012) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, considera‐se transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. A respeito das transferências voluntárias, considere as afirmativas abaixo. I. Para a realização de transferência voluntária, exige‐se dotação específica. II. O beneficiário de uma transferência voluntária deve comprovar o cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde. III. É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada, com exceção do investimento em ações de educação, saúde e assistência social. É correto APENAS o que se afirma em A) I B) II D) III D) I e II E) II e III 2.9. (Cespe/Câmara dos Deputados/Consultor de Orçamentos/2014) No que se refere ao federalismo fiscal e à política fiscal, julgue os itens subsequentes. A Compete a cada estado a definição de normas gerais para os impostos de competência municipal, como o IPTU e o ISS, de modo que tais normas devem ser seguidas pelos respectivos municípios, os quais têm competência legislativa acessória. No que tange a esse aspecto, inexiste norma federal unificadora. B A mobilidade da base do imposto de renda da pessoa física pode ser considerada uma das principais razões para que tal imposto seja de competência federal, sendo parte de sua arrecadação transferida para estados e municípios por meio dos fundos de participação. C A legislação concernente à divisão dos recursos entre os entes federados no Brasil possui mais de uma década de existência, sendo hoje considerada consensual entre os afetados. De acordo com essa legislação, os recursosdevem ser divididos com base em critérios distributivos e têm como objetivo o combate às desigualdades regionais 2.10. (Cespe/TCE‐ES/Auditor (Conselheiro Substituto)/2012) Julgue os itens a seguir. A Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a concessão de benefício tributário do qual decorra renúncia de receita do IPI deve estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário‐financeiro e da correspondente compensação. B É dispensada a compensação para o aumento de despesa, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, se o reajuste do valor do benefício da seguridade social destinar‐se a preservar seu valor real. 2.11. (ESAF/SEFAZ‐SP/APOFP/2009) Julgue a assertiva a seguir. Todo ingresso constitui receita, mas nem toda receita constitui ingresso. 2.12. (ESAF/ENAP/Técnico Superior/ENAP/2006) Julgue os itens a seguir. A Receitas derivadas são receitas que o Estado aufere, tendo como procedência, coercitiva ou não, as pessoas físicas e jurídicas com personalidade jurídica de direito privado, usando a prerrogativa do Estado de tributar suas rendas, patrimônio, operações e transações financeiras. B As receitas originárias são aquelas que o Estado aufere das suas próprias fontes de riqueza, em decorrência do seu patrimônio rendoso. 9 2.13. (Cespe/Ministério da Saúde/Técnico Superior/2008) Julgue o item subsequente. Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, a parcela correspondente ao imposto é dita receita originária, enquanto a multa de mora e os juros sobre o atraso são considerados receita derivada. 2.14. (ESAF/SEFAZ‐SP/APOFP/2009) Constituem modalidade de receita derivada, exceto: A) tributos. B) penalidades pecuniárias. C) multas administrativas. D) taxas. E) preços públicos. 2.15. (ESAF/TCE‐GO/Auditor (Conselheiro Substituto)/2007) Com relação ao preço público e a sua distinção com a taxa, pode‐se afirmar que A) a tarifa é uma receita pública, retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. B) a taxa visa ao lucro enquanto a tarifa visa ao ressarcimento. C) o preço público é uma espécie de tributo, pois a sua exigência é compulsória e tem por base o poder fiscal do Estado. D) a tarifa pode ser cobrada em razão do exercício do poder de polícia. E) a tarifa é uma receita originária, proveniente da intervenção do Estado, por meio dos seus associados, permissionários, ou concessionários, na atividade econômica. 2.16. (ESAF/ANEEL/Analista/2004) No que diz respeito à receita pública, não se pode afirmar que A) a tarifa é o termo designativo dos preços públicos que remuneram atividades estatais desenvolvidas por órgãos do governo, sob o regime jurídico de direito privado, no atendimento de interesses secundários da população. B) contribuição de melhoria é o tributo destinado a fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária. C) receita tributária, receita patrimonial e industrial são exemplos de receitas correntes. D) a taxa, ao contrário do imposto, corresponde, em princípio, a uma contraprestação, imediata e direta do Estado. E) receitas de capital são provenientes de multas, cobrança da dívida ativa, indenizações e restituições. 10 3. Despesa Pública Tópicos: Conceito, características e classificações. Destinação de recursos para o setor privado. Subvenções sociais e econômicas. A atuação do terceiro setor. Desvio de recursos, corrupção e improbidade. Qualidade do gasto público. Modernização e eficiência da gestão publica. Gasto público e as políticas públicas. Democratização do gasto público. Regime jurídico e a execução da despesa pública. Os precatórios judiciais. Limitação das despesas com pessoal e a LRF. 3.1. (Cespe/TCDF/Analista de Administração Pública/2013) Acerca da despesa pública, julgue os itens que se seguem. A As despesas orçamentárias empenhadas e não pagas até o final do exercício serão inscritas em restos a pagar e constituirão dívida flutuante. B No momento da liquidação e do reconhecimento do direito ao recebimento de determinado valor por meio de suprimento de fundos, deve‐se debitar a despesa orçamentária efetiva e creditar o passivo circulante. C É vedada a realização de despesas públicas sem a emissão prévia da nota de empenho. D Considere que determinado servidor público tenha classificado uma despesa realizada pelo órgão de sua lotação como despesa com pessoal e encargos sociais. Nesse caso, a classificação por ele realizada representa a categoria econômica da despesa. 3.2. (Cespe/TCDF/Auditor de Controle Externo/2012) Com relação às normas básicas da LRF — Lei Complementar n.º 101/2000 — e às do Decreto Distrital n.º 32.598/2010, julgue os itens que se seguem. A As despesas do Banco Central do Brasil com pessoal, com encargos sociais e com custeio administrativo devem obrigatoriamente integrar as despesas da União e ser incluídas na LOA. B No âmbito do DF, poderá ser celebrado convênio que contenha cláusula de cobrança de taxas de administração ou encargo assemelhado somente mediante autorização expressa do governador do DF. C As disposições, as proibições, as condições e os limites constantes na LRF valem para o DF até que seja aprovada lei complementar de âmbito local que disponha sobre a ação planejada e transparente, voltada para a prevenção de riscos e Correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. D O relatório de gestão fiscal deve estabelecer metas anuais, em valores correntes e constantes, para a receita e a despesa públicas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública. TCDF ‐ Auditor de Controle Externo (2013) 3.3. (Cespe/TCDF/Auditor de Controle Externo/2013) Em relação às receitas e despesas públicas, julgue os itens subsequentes. A Pode ocorrer despesa pública sem a realização de empenho prévio. B A classificação da receita por fonte de recurso atende à necessidade de vinculação de receitas e despesas estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. C O pagamento de despesas de exercícios encerrados deve,sempre que possível, ser realizado em ordem cronológica. 3.4. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2012) É possível consolidar a Despesa Pública (obtida pela somatória das despesas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios) por: A) Função, Subfunção e Programa. B) Categoria econômica, grupos de natureza de despesa e subfunção. C) Categoria econômica, elemento de despesa, projeto e atividade. D) Grupos de natureza de despesa e programa. E) Unidade orçamentária e categoria econômica. 11 3.5. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2008) A despesa deve passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor, antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. É certo que antes deve ser criada a obrigação de pagamento que constitui ato praticado por autoridade competente para tal fim. Os dois estágios da despesa citados são, respectivamente: A) licitação e liquidação. B) liquidação e fixação. C) liquidação e pagamento. D) liquidação e empenho. E) licitação e empenho. 3.6. (Cespe/TCU/Analistade Controle Externo/2007) Julgue as afirmações a seguir. A A Lei n.101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, como as normas para execução orçamentária e cumprimento de metas. Segundo a LRF, os recursos legalmente vinculados a finalidade específica deverão ser utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação e somente no exercício em que ocorrer o ingresso. B Recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. C Os princípios orçamentários formam os pilares de uma gestão de recursos públicos. O art. 2º da Lei n. 4.320/1964 dispõe que a Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa deforma a evidenciar a política econômico‐financeira e o programa de trabalho de governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidade. Com relação à observância ao princípio da anualidade, são vedados programas e projetos que não sejam incluídos na lei orçamentária anual, excetuando‐se os créditos especiais e extraordinários, que serão incorporados, em razão da sua natureza, ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. D Como parte do orçamento, a despesa compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais, tendo a sua classificação complementada pela informação gerencial denominada de modalidade de aplicação. Com relação a modalidade de aplicação, pode‐se afirmar que tem por finalidade identificar os objetos de gasto de que a administração pública se serve para a consecução dos seus fins. 3.7. (FCC/TCE‐SE/Analista de Controle Externo/2011) Quanto à classificação das Despesas Públicas, considere as seguintes afirmações: I. Transferências correntes e Inversões financeiras são despesas correntes. II. Despesas podem ser correntes ou de capital. III. Investimentos e Inversões Financeiras são despesas de capital. Está correto o que se afirma APENAS em A) II e III. B) I e III. C) III. D) II. E) I. 3.8. (FCC/TCM‐CE/Analista de Controle Externo/2010) Considerando a técnica de realização de despesa é correto afirmar que: A) a liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor com base nos títulos ou documentos comprobatórios do crédito. B) por meio do empenho se verifica a origem e o objeto do que se deve pagar. C) a ordem de pagamento por fornecimentos feitos tem por base os comprovantes de entrega de material. D) não se admite empenho global de despesas contratuais sujeitas a parcelamento. E) o empenho da despesa se dá após sua regular liquidação. 3.9. (ESAF/MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento/2010) À luz da disciplina constitucional e legal das despesas públicas e do orçamento, é correto afirmar: 12 A) as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender manifestação de outras entidades de direito público ou privado, são classificadas como transferências de capital. B) a aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital, é classificada como investimento. C) as dotações destinadas à constituição de entidades ou empresas que visem objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias, classificam‐se como investimento. D) consideram‐se subvenções sociais as destinadas a atender despesas de investimentos de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. E) as leis orçamentárias são de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, mesmo em relação ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. 3.10. (ESAF/PGFN/Procurador da Fazenda Nacional/2012) Algumas decisões judiciais têm exercido o controle jurisdicional de políticas públicas, dentre as quais as relativas à saúde e à educação. A par da sua natureza jurisdicional, tais decisões, por vezes, acabam por interferir na programação e execução orçamentária em curso, o que exige sua submissão ao Direito Financeiro. Acerca do tema, assinale a opção correta. A) Descabe a intervenção do judiciário nas políticas públicas, por atentar contra a separação dos Poderes. B) A jurisdicionalização da política exige complexas avaliações técnicas – de ordem pedagógica, médica, administrativa, orçamentária e financeira –, o que inviabiliza o seu exercício ou a produção dos seus efeitos sem a prévia inclusão das despesas no orçamento do ano subsequente. C) As decisões judiciais que interfiram na formulação e execução das políticas públicas devem ter caráter excepcional, mas podem ser obstadas pela invocação abstrata do princípio da reservado possível. D) É viável o controle judicial das políticas públicas relativas à educação e à saúde, mas não se poderá exigir a imediata efetivação do comando fundado no texto da Carta Política quando comprovada, objetivamente, a incapacidade econômico ‐ financeira da pessoa estatal. E) O direito à saúde e à educação não são absolutos, razão pela qual a validade da decisão judicial dependerá das consequências macroeconômicas do pedido, de forma a preservar o regular planejamento orçamentário e o não comprometimento de outros programas sociais tão ou mais importantes para a população em geral. 13 4. Orçamento Público Tópicos: Conceito, natureza jurídica e funções. Origem e evolução. Espécies. Regime jurídico do orçamento público. A Lei 4320/64 e a LRF. Direito Constitucional orçamentário. Princípios orçamentários. Leis orçamentárias e o planejamento da ação governamental: o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual. Ciclo orçamentário. o Fase administrativa: elaboração do orçamento. Orçamento participativo. o Fase legislativa: processo legislativo orçamentário. o Execução orçamentária. O princípio da flexibilidade orçamentária. o O orçamento impositivo. Decisões judiciais, orçamento público e ativismo judicial. o Teoria da reserva do possível. o Teoria da impossibilidade material. Vinculações de receitas públicas. Princípio da não afetação. 4.1. (Cespe/TCDF/Analista de Administração Pública/2013) À luz do disposto na Lei n.º 4.320/1964, que estabelece normas gerais de direito financeiro para a elaboração e o controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do DF, julgue os itens que se seguem. A Com a finalidade de manter o equilíbrio do balanço financeiro, classificam‐se os restos a pagar do exercício como despesa extraorçamentária, de modo a compensar sua inclusão na receita orçamentária. B O ente público de poder, ao fixar na lei orçamentária anual ingressos de recursos financeiros de caráter temporário, como, por exemplo, depósitos em caução, constituirá passivos exigíveis que podem ser levantados por meio de emissão de ordem bancária em favor do caucionário, a partirda extinção do propósito da garantia. C O resultado decorrente do balanceamento entre receitas e despesas correntes é reconhecido como item de receita orçamentária. 4.2. (Cespe/TCDF/Analista de Administração Pública/2013) Com relação aos aspectos gerais do orçamento público e a sua implementação no Brasil, julgue os itens subsecutivos. A O resumo da política econômica do país, a análise da conjuntura econômica e a indicação do cenário macroeconômico, com suas implicações sobre a proposta orçamentária, são partes integrantes da mensagem presidencial que encaminha o projeto de lei orçamentária anual ao Congresso Nacional. B Denomina‐se orçamento misto o orçamento público elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja executada por empresas do setor privado. C Considera‐se respeitado o princípio da unidade orçamentária ainda que a lei orçamentária anual seja composta por três orçamentos diferentes, como ocorre no Brasil. 4.3. (Cespe/TCDF/Analista de Administração Pública/2013) Com base nas normas e técnicas de programação e execução orçamentária, julgue os seguintes itens. A Considere que nova ação do governo, não incluída na lei orçamentária anual, tenha se tornado inevitável e que todas as receitas previstas para o mês em que a ação tenha sido necessária já tenham sido comprometidas com outras despesas.Nesse caso, o crédito especial que se fará necessário poderá autorizar a contratação de uma operação de crédito por antecipação de receita orçamentária. B Se for necessário efetuar limitação de empenho em virtude da frustração na realização de receita, o montante da limitação a ser promovida nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e no Ministério Público será estabelecido de forma proporcional à participação de cada um no conjunto das dotações 14 orçamentárias iniciais classificadas como despesas primárias discricionárias. C Devem ser revertidos ao Tesouro Nacional os saldos de créditos orçamentários não utilizados até o encerramento de cada exercício financeiro. D Se determinado crédito orçamentário sofrer alteração em relação à dotação autorizada na lei orçamentária anual, competirá à Secretaria do Tesouro Nacional proceder à alteração do valor no Sistema Integrado de Administração Financeira. 4.4. (Cespe/TCDF/Auditor de Controle Externo/2012) A execução orçamentária e financeira, em todos os níveis de governo, obedece a determinadas regras legais, rígidas e abrangentes. Julgue os itens subsequentes, relativos a essas regras. A Caso haja parcelas a serem restituídas no curso da arrecadação de determinada receita orçamentária, os recursos correspondentes a essas parcelas não deverão ser contabilizados como despesa, mas como dedução de receita. B A despesa que não for autorizada até o final do exercício financeiro — seja na LOA, seja nos créditos adicionais regularmente abertos — não poderá ser registrada nos demonstrativos contábeis de final do exercício financeiro. C Considere que determinado órgão público deseje realizar processo licitatório na modalidade convite para a aquisição de produtos assemelhados a outros já adquiridos anteriormente também por meio de convite. Nesse caso, se existirem na praça mais de três possíveis fornecedores, a licitação somente poderá ser realizada se for convidado pelo menos um fornecedor que não tenha participado da licitação anterior. D No curso da programação física e financeira da despesa, a demarcação territorial das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente definidos para cada ação. E O estado da Federação que receber recursos públicos para aplicação em programas na área da saúde e não conseguir utilizá‐los integralmente até o final do exercício somente poderá reinscrevê‐los no orçamento do exercício seguinte se mantiver a mesma destinação estabelecida no orçamento anterior. 4.5. (Cespe/TCDF/Auditor de Controle Externo/2013) Acerca do orçamento público, julgue os itens subsecutivos. A Créditos adicionais poderão ser abertos sem a necessidade de autorização legislativa prévia. B Atende ao princípio da unidade orçamentária a inclusão, na lei orçamentária, do orçamento de investimento de empresa em que a União detenha participação, ainda que sem direito a voto. 4.6. (Femperj/TCE‐RJ/Analista de Controle Externo (Ciências Contábeis)/2012) Sobre orçamento público, é INCORRETO afirmar que: A) o plano plurianual é lei de iniciativa do Poder Executivo; B) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e as prioridades da Administração Pública e orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual; C) a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de pessoal, despesas de custeio, despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada; D) o Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária; E) cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual. 4.7. (Femperj/TCE‐RJ/Analista de Controle Externo (Ciências Contábeis)/2012) Sobre ciclo orçamentário, notadamente a respeito da elaboração de leis orçamentárias, é INCORRETO afirmar que: A) as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; B) as emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual; C) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa; D) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 15 modificação nos projetos a qualquer tempo, desde que a votação no Parlamento não tenha sido encerrada; E) caberá à Comissão mista permanente de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República. 4.8. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2012) O princípio da não‐afetação de receitas a órgão, fundo ou despesa, disciplinado pelo inciso IV do art. 167 da Constituição Federal de 1988, pode ser excepcionalizado quando: A) Houver determinação expressa na Lei de Diretrizes Orçamentárias da União, bem como na Lei Orçamentária Anual. B) For registrado estado de calamidade pública pelo chefe do executivo, por meio de publicação no Diário Oficial. C) Houver parecer favorável da Comissão Mista de Planos e Orçamentos do Congresso Nacional. D) Destinar‐se à prestação de garantia à União e para pagamento de débitos com esta. E) Destinar‐se ao atendimentoprioritário à criança ou ao adolescente em situação de risco familiar. 4.9. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2008) A lei 4320/64 consagra princípios orçamentários que cuidam de aspectos substanciais a serem observados na elaboração do orçamento. Em relação ao princípio da especificação assinale a afirmativa correta. A) As receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos recursos, bem como a sua aplicação. B) O orçamento deve ser elaborado de maneira a conter todas as receitas e despesas públicas, sem quaisquer deduções ou compensações entre devedores e credores. C) A lei orçamentária anual deverá conter apenas matéria pertinente ao orçamento público, excluindo‐se quaisquer dispositivos estranhos à previsão da receita e à fixação das despesas, ressalvados os casos previstos na legislação. D) O orçamento compreende uma unidade que abrange as receitas e despesas de todos os Poderes e Órgãos da Administração Pública pelos seus totais, observada a discriminação quanto aos aspectos fiscais, sociais e previdenciários. E) As receitas não poderão ter vinculação com quaisquer despesas, órgãos ou fundos, ressalvada a vinculação prevista para as despesas com educação, saúde e assistência social. 4.10. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2012) O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) representam instrumentos do processo de planejamento do setor público brasileiro que passaram a vigorar de forma integrada no Brasil a partir da Constituição Federal de 1988. Sobre a integração desses instrumentos, assinale a alternativa correta: A) O prazo de vigência dos três é anual. B) O PPA trata somente do planejamento das despesas de capital, enquanto a LDO e a LOA disciplinam a execução orçamentária das despesas correntes e de capital. C) Os conteúdos desses três instrumentos estão disciplinados na Constituição Federal e na Lei nº4320/64, mas novos dispositivos foram acrescidos pela Lei Complementar nº 101/2000 para esses instrumentos. D) Nenhuma despesa de capital poderá fazer parte da LOA, nem realizada a correspondente execução orçamentária, se o respectivo programa não foi priorizado na LDO e no PPA. E) O dispositivo sobre o limite percentual para a abertura de crédito adicional por decreto do Poder Executivo somente poderá constar na LOA nos termos anteriormente fixados no PPA e na LDO. 4.11. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2012) Considerando a legislação que disciplina a elaboração dos Planos, Orçamentos e, bem assim, a prestação de contas dos atos levados a efeito pelos entes da federação, assinalar a alternativa INCORRETA: 16 A) De acordo com o art. 165, §5º da Constituição Federal/88 o Orçamento Fiscal constitui‐se no principal dos três orçamentos e refere‐se aos poderes, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. B) A regra da unidade/universalidade foi incorporada à Constituição Federal/88 pois, anteriormente, o orçamento fiscal não cobria os encargos e amortizações de parte da dívida e não englobava o orçamento das entidades previdenciárias. C) A partir da Constituição Federal/88 a Lei Orçamentária Anual passa a compreender o Orçamento Fiscal, o Orçamento de Investimentos das empresas estatais e o Orçamento da Seguridade Social. D) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. E) A Constituição Federal/88 reintroduziu a Classificação Funcional Programática da Despesa Pública apresentado, originalmente, pela Lei nº 4320/64. 4.12. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2012) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é um instrumento dinâmico. Durante seu exercício, alterações podem ser realizadas. Portanto, quais são, respectivamente, os tipos de crédito adicional a ser empregados quando: 1) a despesa prevista na lei orçamentária não obteve a respectiva receita necessária para cobrir o total do gasto? e 2) despesas para as quais não haja dotação ou categoria de programação específica na LOA? A) Crédito suplementar e crédito especial. B) Crédito especial e crédito suplementar. C) Crédito suplementar e crédito extraordinário. D) Crédito extraordinário e crédito suplementar. E) Crédito extraordinário e crédito especial. 4.13. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O orçamento é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo operacionalizado por meio de diversos programas, que constituem a integração do plano plurianual como orçamento. Julgue os itens a seguir, a respeito do orçamento público no Brasil. A A lei que institui o plano plurianual (PPA) deve estabelecer,de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas de capital e para outras delas decorrentes. Contudo, não existe um modelo legalmente instituído para organização, metodologia e conteúdo dos PPAs. B O elemento básico da estrutura do orçamento‐ programa é o programa, que pode ser conceituado como o campo em que se desenvolvem ações homogêneas que visam ao mesmo fim. Contudo, a Lei n.º 4.320/1964 não criou condições formais e metodológicas necessárias à implantação do orçamento‐programa no Brasil. C As prioridades e metas físicas da administração pública federal para o exercício de 2008 correspondem às ações constantes do Anexo I, de metas e prioridades, conforme artigo 4.º da LDO/2008, as quais devem constar do projeto de lei orçamentária. Em pareceres prévios sobre as contas de governo, relativos aos últimos exercícios, foram frequentes as críticas do TCU relacionadas à perda de efetividade do anexo de metas e prioridades da administração pública federal. O tribunal questionou a real função desse anexo e pôs em xeque a adequação de vinculação e obrigatoriedade entre as ações dos principais instrumentos de planejamento e orçamento. D A Lei Orçamentária Anual (LOA) compreenderá o orçamento fiscal, o de investimento e o da seguridade social, devendo propiciar uma visão de conjunto e integrada das ações empreendidas pela administração pública. Devem integrar os orçamentos fiscal e da seguridade social os fundos de incentivos fiscais e as transferências para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro‐ Oeste. E A execução financeira dos programas do PPA pode apresentar um descompasso entre o desempenho de metas físicas e a execução orçamentária e financeira. Em geral, a apresentação de resultados inferiores de metas físicas, em relação à execução financeira, pode decorrer de deficiência no planejamento, dificuldades na condução de licitações ou na celebração de convêniose contratos, pendências ambientais e efeitos do 17 contingenciamento orçamentário sobre a programação das despesas. 4.14. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2011) A CF introduziu no ordenamento jurídico brasileiro um documento, a LDO, com características inéditas no mundo, que depois chegou a ser copiado em vários países. Acerca da LDO, julgue os itens subsequentes. A Um tributo pode ser criado, majorado ou diminuído, ainda que sua criação ou alteração não esteja prevista na LDO. B A LOA é uma lei posterior à LDO e de mesma hierarquia. Apesar disso, a LOA não pode revogar dispositivos da LDO. C Os critérios para limitação de empenho nos casos em que a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal somente são aplicáveis ao Poder Executivo, devendo os órgãos dos demais poderes instituir seus próprios critérios. D Os parâmetros para os poderes e órgãos destinados a orientara fixação dos montantes relativos a despesas com pessoal devem incluir os serviços de terceiros. 4.15. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2011) Considerando que o orçamento público se tornou peça fundamental no planejamento da ação dos governos em todo o mundo,particularmente no Brasil, após a promulgação da CF, julgue os itens subsequentes. A A exigência de compatibilidade entre o PPA e a LOA não se aplica ao primeiro ano de mandato do chefe do Poder Executivo, quando os respectivos projetos são analisados simultaneamente pelo Poder Legislativo. B A LOA não pode consignar auxílio para investimentos que se devam incorporar ao patrimônio das empresas privadas de qualquer natureza. C Se a LOA de determinado município previr receitas e fixar despesas no total de R$ 90 milhões, mas a administração pública verificar, no último trimestre do ano, que a arrecadação de receitas somente atingirá R$ 89 milhões, as despesas desse ente federado terão de ser cortadas para que seu montante total corresponda ao da receita. D O poder Legislativo pode alterar a previsão de receita da LOA, se for comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal na proposta encaminhada pelo Poder Executivo. Nesse caso, a diferença apurada poderá ser usada como fonte de receita para a aprovação de emendas de parlamentares. 4.16. (FCC/TC‐AM/Analista de Controle Externo/2008) No planejamento do Orçamento‐Programa, a estimativa da receita baseia‐se na: A) arrecadação havida no exercício imediatamente anterior; B) receita executada nos dois últimos exercícios e na inflação projetada para o ano seguinte; C) arrecadação dos três últimos exercícios e no crescimento esperado para a economia; D) receita coletada nos três anos anteriores e no desempenho médio das receitas próprias; E) receita corrente, exclusivamente, pois a de capital é imprevisível. 4.17. (ESAF/SEFAZ‐Prefeitura‐RJ/Fiscal de Rendas/2010) A respeito do orçamento público no Brasil e os aspectos relacionados aos parâmetros da política fiscal, é correto afirmar, exceto: A) a limitação de empenhos é um dos mecanismos de controle da política fiscal e visa ao cumprimento da meta de resultado primário. B) a política orçamentária tem como um dos seus objetivos a redução das desigualdades sociais. C) o estabelecimento de uma programação financeira e do cronograma mensal de desembolso é uma das exigências da política fiscal atualmente praticada no Brasil. D) os recursos legalmente vinculados constituem‐se em importante instrumento da política fiscal, uma vez que só podem ser aplicados naqueles objetos para os quais ocorreu a vinculação. E) o resultado primário caracteriza‐se por indicar a necessidade ou não de financiamento do setor público por terceiros. 4.18. (Cespe/Câmara dos Deputados/Consultor de Orçamentos/2014) Acerca dos princípios orçamentários, julgue os itens subsecutivos. A O princípio da exclusividade tem o objetivo de impedir que a lei de orçamento seja utilizada como meio de aprovação de matérias estranhas às questões orçamentárias. 18 B No Brasil, a anualidade do orçamento sempre foi consagrada, inclusive nos dispositivos constitucionais, mas a exigência de que os orçamentos anuais fossem complementados com projeções plurianuais se deu a partir da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). C As cotas de receita que uma entidade pública deva transferir a outra serão incluídas como receita no orçamento da entidade obrigada à transferência. D O princípio do orçamento bruto, embora bastante representativo, não está integrado à legislação brasileira. E O princípio da especialização contribui para o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as finanças executivas. 4.19. (Cespe/Câmara dos Deputados/Consultor de Orçamentos/2014) A respeito do ciclo e sistema orçamentário, julgue os itens que se seguem. A Entre as partes que compõem a lei orçamentária anual (LOA), está o sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções de governo. B No âmbito federal, o projeto de lei do PPA deve ser encaminhado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro. C Na LDO, constam os limites para a elaboração das propostas orçamentárias do Ministério Público. D Entre os assuntos tratados nos anexos de riscos fiscais da LDO, tem‐se a evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios. E A atuação do órgão setorial no processo orçamentário envolve formalizar as alterações orçamentárias do órgão. 4.20. (Cespe/TCE‐ES/Auditor de Controle Externo – Área: Auditoria Governamental/2012) Acerca de orçamento público, julgue os próximos itens. A A alocação dos recursos visa, no orçamento tradicional, à aquisição de meios e, no orçamento‐ programa, ao atendimento de metas e objetivos previamente definidos. B A principal função do orçamento, na sua forma tradicional, é o controle político; em sua forma moderna, o orçamento foca o planejamento. C O princípio da anualidade orçamentária remonta ao controle parlamentar sobre os impostos e a aplicação dos recursos públicos. D A vinculação de receitas para educação, saúde e segurança não pode ser considerada violação do princípio da não afetação de receitas, uma vez que esses serviços são a razão da existência do Estado moderno. E Os objetivos do orçamento‐programa podem ser classificados em finais e derivados, sendo os derivados representados pelo conjunto de impactos indiretos oriundos da ação governamental. F A classificação de receitas por categoria econômica visa permitir a identificação dos recursos em função do seu fato gerador, sendo sempre classificadas como receitas de capital as receitas financeiras provenientes de outras pessoas de direito público ou privado. G A Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que a Lei de Diretrizes Orçamentárias disponha sobre alterações na legislação tributária. H Em virtude da independência dos poderes, o orçamento do Poder Judiciário é incorporado à Lei Orçamentária Anual sem que haja fixação anterior de limites para a elaboração da proposta. I A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil (BACEN), acolhe as disponibilidadesfinanceiras da União e, apesar de constituir um passivo do BACEN, não possui remuneração, pois seus valores não estão disponíveis para empréstimos pela autoridade monetária. J O Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI),desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados, processa e controla a execução orçamentária,financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da administração pública direta federal, suas autarquias, fundações e empresas públicas ou sociedades de economia mista contempladas no orçamento fiscal e da seguridade social da União. 4.21. (Cespe/TCDF/Auditor de Controle Externo/2012) Considerando os mecanismos básicos de atuação do Estado nas finanças públicas, julgue os seguintes itens. A Deve a lei de diretrizes orçamentárias dispor sobre a destinação de recursos provenientes das operações de crédito, ressalvadas as operações de crédito por antecipação de receita. 19 B Em um país hipotético, cuja população seja formada por dois grupos principais de indivíduos, o aumento do consumo de determinado bem público por um desses grupos somente será possível se houver decréscimo no consumo desse bem pelo outro grupo ou se houver aumento na produtividade da economia decorrente de inovações tecnológicas ou de mudanças nos métodos de produção. C O princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde a publicação da Lei n.º 4.320/1964. D No atual ordenamento constitucional brasileiro, a LOA é, simultaneamente, uma lei especial e ordinária. E Um projeto de construção de barragens para prevenir desastres naturais não incluído no plano plurianual não poderá ser executado, ainda que sua execução restrinja‐se a um exercício financeiro. 4.22. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo – Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/2012) A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) menciona diversos instrumentos de transparência da gestão fiscal, a seguir relacionados. No que diz respeito a esse aspecto (transparência), assinale a afirmativa INCORRETA. A) São instrumentos de transparência da gestão fiscal: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. B) Aos instrumentos de gestão fiscal deve ser dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público. C) A transparência será assegurada também mediante liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. D) Para o s fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48 da LRF, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes ao lançamento e ao recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. E) De acordo com o art. 49 da LRF, as contasa presentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis por pelo menos dois exercícios financeiros no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. 4.23. (Cespe/TCU/Auditor (Ministro Substituto)/2006) Acerca do direito financeiro, julgue os itens que se seguem. A É competência comum da União, dos estados, do DF e dos municípios legislar sobre direito financeiro, cabendo à União o estabelecimento das normas gerais. B A situação de calamidade pública de determinada região brasileira, em razão de eventos da natureza, autoriza a abertura de créditos orçamentários extraordinários pela União por medida provisória. C À semelhança de países como Estados Unidos da América, Inglaterra e Suíça, o Brasil adota o sistema legislativo no controle da execução orçamentária, em que interagem o Congresso Nacional e o TCU, em âmbito federal. D A importância auferida pela União em decorrência da cobrança do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) é considerada receita corrente. E As subvenções econômicas são despesas de capital que visam atender a dificuldades momentâneas de determinadas empresas públicas. 4.24. (FCC/SEFAZ‐SP/Agente Fiscal de Rendas/2010) Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar: A) Pelo princípio da anualidade, um tributo só pode ser cobrado se tiver expressa previsão na lei orçamentária anual. B) A autorização para abertura de crédito suplementar é exceção ao princípio da exclusividade que rege a lei orçamentária anual. C) É vedada a vinculação de qualquer receita a qualquer despesa, conforme o princípio da não afetação. D) O princípio da universalidade expressa que as despesas devem estar previstas de forma genérica e universal. 20 E) Como decorrência do princípio da unidade, a lei orçamentária se divide em três partes: orçamento anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual. 4.25. (ESAF/MPOG/EPPGG/2013) Acerca da interrelação entre a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e as demais leis orçamentárias (LOA, LDO etc), pode‐se fazer as afirmativas abaixo, exceto: A) para a elaboração da LOA, nos termos do artigo 5o da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Poder Executivo deve, obrigatoriamente, observar se possui previsão no PPA e LDO, mantendo a compatibilidade entre as peças do planejamento. B) os indicadores das metas devem estar previstos na forma monetária para a realização de um exercício financeiro. C) a programação das dotações orçamentárias permite que se tenha um maior detalhamento das despesas previstas no processo de planejamento. D) a LRF exige um paralelismo entre o PPA, a LDO e a LOA, mas deixando cada uma delas independentes, de modo que, quando ocorre a aplicação de uma delas, a gestão dos recursos públicos certamente se torna mais independente, permitindo um diálogo entre as leis, ainda que sem nenhum vínculo entre elas. E) pode‐se afirmar que o orçamento público correlaciona‐se com a LRF, que guarda estreita relação com o planejamento. 4.26. (Cespe/TCE‐ES/Auditor (Conselheiro Substituto)/2012) No que se refere à atuação do Estado nas finanças públicas e ao orçamento público, julgue os itens que se seguem. A A abrangência do princípio orçamentário da não vinculação de receitas restringe‐se às receitas de impostos. B A não aprovação do plano plurianual até o final do primeiro exercício do mandato do titular do Poder Executivo impede o recesso do Poder Legislativo. C A proposta de alteração de procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução do orçamento público no Brasil deve ser apresentada por meio de projeto de lei complementar. D Os governos estaduais estão autorizados a alienar parte de seus títulos de crédito perante outras instituições, no intuito de pagar juros e serviços referentes ao estoque de dívida contratada. E A liquidação, último estágio da despesa pública, somente ocorre depois de concluídos todos
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