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ABORDAGEM MERCADÓFILA

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ABORDAGEM MERCADÓFILA 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E 
PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL 
 
• Espírito empresarialista 
 
• Necessidade de adaptar-se ao capital, no sentido não de tentar domesticá-lo, mas 
de se adaptar a ele (planejamento subordinado às tendências do mercado). Para 
isso foi necessário a ação mínima do estado e o estabelecimento de parcerias 
público-privadas. 
 
• O planejamento mecadófilo compreende três subtítulos: trend planning (tendencias 
do mercado), leverage planning (plajemamento de alavanca)e private-management 
planning (gestão privada do planejamento). 
 
• Caraterizada por um perfil de gestão conservador empresarialista: a cidade é 
tratada como uma empresa - em meio de parcerias público-privadas 
• Torna-se uma mercadoria – Efeito colateral: Gentrificação e periferização. 
 
• O estado diminui seu poder de intervenção no planejamento e na gestão da cidade. 
• Parcerias público-privadas onde o poder público arca com os custos de 
infraestrutura urbana e o poder privado com os benefícios (valorização). 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
O planejamento estratégico está mais orientado a ações econômico-sociais integradas que 
superam as estritas vias do uso do solo. 
benefícios: 
a) Clarifica o futuro; 
b) Ajuda a tomar decisões presentes em função das futuras conseqüências; 
c) Conduz com eficácia as mudanças de entorno e de circunstâncias e 
d) Resolve problemas organizacionais e melhora o funcionamento das instituições. 
Em definitivo, introduz um pensamento estratégico nas diferentes instituições da cidade, estimula 
o desenvolvimento de estratégias efetivas em cada uma delas e otimiza os seus resultados globais. 
As condições de sucesso de um Plano Estratégico são: 
a) Vontade das instituições implicadas a iniciar o processo; 
b) Que os representantes institucionais públicos e privados "liderem" o projeto; c) Dispor de uma 
mínima estrutura técnica que ajude a desenvolver o processo de elaboração do Plano e o posterior 
controle e monitoramento; 
d) Recursos (econômicos e humanos) para o projeto; 
e) Senso comum e sensibilidade. 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
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PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANOS: PERSPECTIVA “MERCADÓFILAS” 
 
 
“É a transposição para a esfera pública de modelos de gestão e competição empresariais. 
A cidade passa a ser vista como uma empresa, que compete com outras cidades-empresa 
no mercado internacional. A cidade é reduzida a uma das suas dimensões, a econômica, e 
mesmo assim a apenas uma das faces dessa dimensão econômica, que é a empresarial. E 
a partir do momento em que se 
pensa a cidade como empresa, ela também passa a ser vista como mercadoria: como eu 
posso "vender" minha cidade para o mundo? É desse pressuposto que se desenvolve o 
marketing urbano, e Barcelona tem hoje o melhor do mundo (...). Porém, esse, como 
qualquer marketing, opera com uma perspectiva redutora da realidade: (...) O marketing 
torna invisível tudo que não é uma virtude da mercadoria.”(VAINER, 2011) 
Ao vencer a eleição para sediar os Jogos Olímpicos de 1992, a cidade de 
Barcelona permitiu que as autoridades pudessem realizar um planejamento 
muito ambicioso, em que se previam projetos de edificações e de espaços 
públicos de grande envergadura. Doze áreas de novas centralidades são 
definidas, dentre elas as quatro áreas olímpicas, a construção de novas vias 
de circulação, a remodelação da beira-mar e a reabilitação da cidade velha. 
Todas essas intervenções foram objetos de recuperação e reabilitação de áreas 
degradadas, em que novas centralidades seriam articuladas por um grande 
projeto de vias para que após os jogos fosse possível se conseguir um 
reequilíbrio entre o centro e a periferia. 
A década de 1980 foi um período prodigioso que 
transformou Barcelona. 
As Olimpíadas representaram um impulso para ampliar as 
transformações urbanas ao ser usada como força política, 
financeira, midiática e do próprio cidadão para a renovação 
das ‘quatro esquinas” - as áreas de Montjuic, Diagonal, Vall 
d’Hebron e Poble Nou com a Vila Olímpica - e as avenidas 
de ligação externa- Ronda de Dalt, Ronda Litoral, Diagonal, 
Ronda del Mig -. 
Os Jogos Olímpicos projetaram Barcelona 
internacionalmente como um paradigma urbano tanto por 
seu inovador desenho de seus espaços públicos como por 
seus mecanismos de intervenção na cidade construída. 
O Plano de Barcelona (1986-1992) previa: 
 
1 - Urbanismo estratégico a partir do impulso de grande projeto: Jogos Olímpicos. 
Vinculação dos aspetos de marketing urbano e projeção da cidade. 
2 - Recuperação do centro histórico e bairros degradados da cidade através de parcerias 
público-privadas. 
3 - Melhoria da mobilidade e acessos, impulsionando a ampliação portuária e 
aeroportuária, criação de ciclovias, sistema de transporte público, entre outras iniciativas. 
4 - Integração das áreas periféricas e metropolitanas da cidade, mantendo e 
incrementando a vitalidade e a qualidade dos diversos centros urbanos, especialmente em 
áreas periféricas onde havia déficits urbanísticos importantes. A melhora urbana também 
permitiu recuperar, para uso o do cidadão, a faixa litorânea. Além disso, a reforma do 
porto, a criação de um porto desportivo, complexos de ócio e restauração de praias 
artificiais. 
5 - Impulso da cidade como destino turístico. Barcelona se converteu no principal destino 
turístico de Espanha. 
6 - Participação social: O Modelo Barcelona aposta por fomentar a participação cidadã na 
tomada de decisões do desenvolvimento urbano orientando-o na qualidade de vida 
da população. 
7 - Cultura: Uma cidade e uma cidadania cultural: Bibliotecas e centros cívicos em todos os 
bairros. Núcleo de criatividade e elemento básico de coesão social, estas 
infraestruturas permitem o acesso livre à cultura e à informação. 
Figura : Mapa demarcando áreas que sofreram intervenção do Plano 
Figura : Mapa com os distritos de Barcelona 
1 - La Vall D’Hebron: distrito residencial com grandes 
áreas degradadas que se transformaram em estruturas 
olímpicas: instalações esportivas - tênis e pavilhões 
esportivos - e apartamentos para receber os jornalistas. 
(distrito 7 no mapa) 
2 - Esta área foi selecionada para receber importantes 
investimentos privados para instalações para os clubes de 
futebol e polo e instalações esportivas para a 
Universidade. Esta área se tornou um foco para o 
desenvolvimento de hotéis. (distrito 2 no mapa) 
 
3 - Montjuic foi selecionado para o local do Estádio 
Olímpico, o Ginásio de Esportes e o Ginásio Aquático. 
(distrito 3) 
4 - Os problemas sociais representavam uma ameaça 
para o sucesso olímpico. As autoridades municipais 
iniciaram uma série de reformas para revitalizar várias 
áreas degradadas, em especial, El Raval, que tinha uma 
grande reputação de violência. Blocos de ruas inteiras 
com casas medievais foram demolidos para criar 
espaços para a construção do Museu de Arte 
Contemporânea, a nova delegacia de polícia, 
acomodações estudantis e áreas verdes. Esse foi o 
primeiro passo para a “limpeza” dos habitantes 
marginais da cidade. (distrito 2) 
Figura : Mapa demarcando áreas que sofreram intervenção do 
Plano 
Figura : Mapa com os distritos de Barcelona 
Figura : Mapa demarcando áreas que sofreram intervenção do 
Plano 
5 - O antigo porto, que havia sido abandonado por uma 
nova geração de navios de carga, foi remodelado para o 
turismo e o lazer. Um grande centro de lazer foi 
construído unindo a famosa avenida de pedestre “Las 
Ramblas” com uma ponte de pedestre - Maremagnum - 
e antigos galpões foram convertidos em museus e 
restaurantes. (distrito 1) 
6 - A região à beira-mar,próxima da Vila Olímpica, era 
uma grande área degradada de antigas fábricas e favelas. 
Esta região foi totalmente reformada com a criação de 6 
praias artificiais, parque linear de palmeiras e parques 
temáticos. Pela primeira vez Barcelona é capaz de 
encarar o mar com orgulho. (distrito 1 e 10) 
7 - Poble Nou, uma grande área de fábricas 
abandonados do século 19, tornou-se o local da Vila 
Olímpica - local de alojamento dos atletas. Para os 
eventos de vela foi construído um novo porto do lado 
oposto à vila. (distrito 10) 
• Como consequência das transformações derivadas do Modelo Barcelona, a cidade 
apareceu pela primeira vez na década de 90 nos principais rankings de valorização 
de cidades: qualidade de vida, cidade de negócios, influência econômica, 
destinação turística, cidade de oportunidades. 
• A maior parte das estruturas construídas permanentemente ou temporariamente 
para o evento foi feita em localizações da cidade e da região que poderiam se 
beneficiar com a atração de investimentos. A partir dessa decisão, a qualidade de 
vida da população diretamente impactada, e que poderia usufruir dos novos 
serviços oferecidos, sofreu uma melhora, assim como o nível econômico, dada a 
atração de novos negócios, eventos e visitantes, ou seja, do impacto no ambiente 
econômico. 
• As instalações olímpicas foram pensadas no sentido de uso futuro, como por 
exemplo: a transformação da Vila Olímpica em edifícios de apartamentos, do antigo 
refeitório em shopping e do centro médico dos atletas em hospital. O que tornou a 
região mais disputada para compra e aluguel. 
1 - Memória Coletiva - “Edificações e zonas inteiras foram arrasadas e substituídas, depois das 
sucessivas reconversões industriais, por nova arquitetura e novo urbanismo, e em raras 
ocasiões foram readaptadas para acolher equipamentos mais apropriados e úteis para a nova 
economia terciária. Estes processos de substituição de uns espaços por outros colocam a 
questão da memória coletiva, que vive associada à experiência dos espaços coletivos próprios 
de uma comunidade. O balanço em Barcelona a este respeito não pode deixar de ser crítico, 
quando, com a desapropriação maciça do patrimônio arquitetônico industrial da cidade, se 
arrasava também em boa medida a possibilidade de gerar algo semelhante ao apoio público 
de uma memória coletiva complexa do passado industrial barcelonês” (BALIBREA, 2003) 
2 - Expulsões, encarecimento de moradia, falta de alternativas e pressão sobre os mais 
pobres, que acabam empurrados para as periferias - grande desigualdade sociais na cidade, 
embora com uma área nobre que virou cartão-postal.

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