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TOPOGRAFIA 1

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Relatório de Estágio 
 
 
 
 
 
 
TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO CONTEXTO 
DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL – RS. 
 
 
 
 
 
 
Acadêmico 
Juliano do Prado Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ENGENHARIA FLORESTAL 
 
 
 
 
 
 
São Gabriel, RS, Brasil 
Junho 2011 
Universidade Federal do Pampa 
Campus São Gabriel 
Curso de Engenharia Florestal 
 
 
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, 
aprova o Relatório de Estágio 
 
 
 
TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO CONTEXTO 
DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL – RS. 
 
elaborado por 
Juliano do Prado Rodrigues 
 
 
como requisito parcial para obtenção do grau de 
Engenheiro Florestal 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA: 
______________________________ 
Prof. Me. Adriano Luis Schünemann 
(Presidente/Orientador) 
 
______________________________ 
Prof.ª Dr.ª Ana Caroline Paim Benedetti 
 
______________________________ 
Prof. Dr. Ítalo Pilippi Teixeira 
 
 
São Gabriel, Junho de 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este Trabalho de Conclusão de 
Curso aos meus amados pais, Emilio Ozy 
Rodrigues (em memoria) e Josseli do 
Prado Rodrigues, que tiveram a mim 
como o maior objetivo de suas vidas. 
Nesta empreitada de cinco anos, a 
distância e as dificuldades serviram para 
que eu conhecesse ainda mais o poder do 
amor, da dedicação e do carinho que eles 
sempre tiveram por mim. Tenho a certeza 
de que isto foi fundamental em minha 
caminhada até aqui. Muito Obrigado! 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
A Deus por propiciar-me forças e proteção para superar os desafios desta vida. 
 
Aos meus tios Aneci Oliveira do Prado e Francisco Teixeira Lopes, pelo apoio, 
incentivo e exemplo de trabalho e dedicação na buscas de seus ideais, e demais 
tios, os quais sem exceção me apoiaram. 
 
À minha noiva Ana Lucía Salvadé dos Santos pelo seu amor e pelo companheirismo 
nesta caminhada de quase quatro anos. 
 
Ao meu sogro Adil Lopes dos Santo e meu cunhado Felipe Salvadé dos Santos, pelo 
apoio e exemplo de superação das adversidades que encontramos pelo caminho. 
 
Ao professor Adriano Luis Schünemann pela orientação deste estágio e pela 
amizade. 
 
Aos professores Rodrigo Josemar Seminoti Jacques, Italo Filippi Teixeira e Frederico 
Costa Beber Vieira pela orientação nos trabalhos de iniciação cientifica e pela 
amizade. 
 
À Prefeitura municipal de São Gabriel, na pessoa do Secretário de Obras, Habitação 
e Urbanismo Robson Campos Dotto Gonçalves, do Engenheiro de Operações 
Ubirajara Pedroso e dos demais funcionários desta Secretaria. 
 
A todos os colegas de curso pelo convívio e pela amizade. 
 
Aos professores e demais servidores da UNIPAMPA Campus São Gabriel, minha 
gratidão pela forma de conduzir o curso em todas as etapas e possibilitarem o 
funcionamento desta instituição. 
 
Aos muitos que deixei de citar e que direta ou indiretamente contribuíram para a 
realização deste trabalho, durante o curso e na vida, saibam que os levo no coração 
e com a certeza que um dia poderei retribuir pessoalmente tal apoio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ciência sem a religião é renga, a religião 
sem a ciência é cega. 
Albert Einstein 
RESUMO 
 
 
TOPOGRAFIA E GEORREFERENCIAMENTO NO CONTEXTO DA PREFEITURA 
MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL – RS. 
 
Autor: Juliano do Prado Rodrigues¹ 
Orientador: Adriano Luis Schünemann² 
Supervisor: Ubirajara Pedroso³ 
 
 
O estudo da topografia permite compreender os processos clássicos e modernos 
utilizados na realização de trabalhos importantes como a medição de glebas, 
localização de edificações, cálculos de volumes entre outros. O presente relatório 
trata do estágio realizado no período de primeiro de abril a três de junho de dois mil 
e onze, na Secretaria de Obras, Habitação e Urbanismo do Município de São 
Gabriel, Rio Grande do Sul. No decorrer do curso de Engenharia Florestal observou-
se a necessidade de um número maior de práticas sobre cada assunto em 
especifico e outras que exigissem o conjunto de assuntos abordados em sala de 
aula, bem como o trabalho em equipe com pessoas de formação variada. Em função 
disto o presente estágio teve como objetivo a realização de atividades práticas em 
áreas ligadas à topografia, e, além disso, desenvolver a capacidade de trabalho em 
equipe. As principais atividades desenvolvidas durante o estágio foram a localização 
e caracterização de áreas urbanas para o devido cadastro, a realização de uma 
planilha automática para o cálculo analítico das coordenadas dos vértices e área do 
polígono levantado, acompanhamento de atividades práticas de topografia, estudo 
de dados ligados a topografia e posterior discussão dos mesmos com o supervisor 
do estágio. A realização do estágio oportunizou um maior conhecimento a respeito 
de topografia e assuntos correlatos, colocando-os em prática e sanando dúvidas 
remanescentes dos componentes curriculares anteriormente realizados. Conclui-se 
que mesmo com o avanço das técnicas de georreferencimento e do uso de GPS 
(Global Positioning System), o conhecimento da topografia é a base para 
compreender o todo e com grande utilização na realização de trabalhos em pequena 
escala principalmente nos levantamentos altimétricos que envolvem o nivelamento 
geométrico. 
 
Palavras-chave: altimetria, rede cadastral municipal, GPS. 
 
 
1
 Estudante de graduação do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Pampa – 
UNIPAMPA/Campus de São Gabriel – RS. 
2
 Professor Assistente da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA/Campus de São Gabriel – 
RS. 
3
 Engenheiro de Operações da Secretaria de Obras, Habitação e Urbanismo do Município de São 
Gabriel, RS. 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
FIGURA 1: Sanga da Rivera (a e b), área próxima à antiga estação férrea (c e 
d)................................................................................................................................22 
FIGURA 2: Situação do “Boeiro do Canjica”: casa onde seria uma rua (a), área de 
APP (b), casas e a rua muito próximas da sanga (c, d, e e f)....................................24 
FIGURA 3: Equipamentos utilizados: nível (a), teodolito analógico (b).....................27 
FIGURA 4: Obra de terraplanagem no local onde foi realizado o trabalho 
altimétrico...................................................................................................................27 
FIGURA 5: Marcos da Rede Cadastral Municipal de São Gabriel.............................27 
FIGURA 6: GPS L1L2................................................................................................28 
FIGURA 7: Parte inicial da planilha............................................................................29 
FIGURA 8: Parte final da planilha..............................................................................29 
FIGURA 9: Totais e cálculo da área pela planilha.....................................................30 
FIGURA 10: Corpo técnico da Secretaria de Obra, Habitação e Urbanismo da 
Prefeitura Municipal de São Gabriel...........................................................................30 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
APP: Área de Preservação Permanente 
GPS: Global Positioning System 
UTM: Projeção Universal Transversa de Mercator 
RN: Referência de Nível 
SAD-69: South American Datum - 1969 
SIRGAS: Sistema de Referência Geocêntrico para a América do Sul 
SGB: Sistema Geodésico Brasileiro 
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia Estatística 
IV: Infravermelho 
 
SUMÁRIO 
 
1 ORGANIZAÇÃO.....................................................................................................092 INTRODUÇÃO........................................................................................................11 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................13 
3.1 Estatuto das cidades e importância da topografia.........................................13 
3.2 Topografia e geodésia.......................................................................................13 
3.2.1 Métodos de levantamento topográfico..............................................................14 
3.2.2 Normas para levantamento topográfico............................................................14 
3.2.2.1 Instrumentos...................................................................................................15 
3.2.2.1.1 Instrumental básico.....................................................................................15 
3.2.2.1.2 Instrumental auxiliar....................................................................................16 
3.3 Georreferenciamento e GPS..............................................................................17 
3.3.1 Descrição e Princípio Básico.............................................................................17 
3.3.2 Datum oficial brasileiro......................................................................................18 
3.3.3 Utilização em cadastro urbano..........................................................................19 
3.3.4 Transporte de coordenadas (NBR 14166)........................................................19 
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS..........................................................................20 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................28 
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................29 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................30 
 
9 
1 ORGANIZAÇÃO 
 
 
A Prefeitura do Município de São Gabriel, Rio Grande do Sul, possui 14 
secretarias, dentre as quais a Secretaria de Obras, Habitação e Urbanismo onde 
realizou-se o estágio curricular. Esta secretaria é responsável pelas obras públicas e 
urbanismo, elaboração de planos urbanísticos, sinalização de ruas e logradouros 
públicos, fiscalização de edificações e loteamentos, bem como obras públicas não 
municipais e parecer sobre o seu licenciamento, demolições e outras. 
A cidade de São Gabriel constitui um dos primeiros povoamentos da região 
da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Remontam ao século XVIII as primeiras 
instâncias jesuíticas, das Reduções de São Luis, São João e São Lourenço, na 
região onde se localiza atualmente o município. Pelo tratado de Madri, assinado no 
ano de 1750, o que constituía o território do atual município passou a pertencer a 
Portugal, pois até então era espanhol, servindo o rio Santa Maria de divisa. As 
disputas internas entre castelhanos, portugueses e índios só permitiram a 
demarcação partir de 1784. Em 1800 o naturalista espanhol Félix de Azara chega a 
atual localidade do Cerro do Batovi e funda o primeiro povoamento, de origem 
espanhola, já com o nome de São Gabriel. Em 4 de abril de 1846, já no seu atual 
local - antiga Sesmaria do Trilha, com colonização portuguesa, foi elevada a 
categoria de vila, com a instalação da Câmara de Vereadores, sendo considerada a 
data de aniversário de fundação (CHAGAS, 2004). 
São Gabriel está localizada na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, às 
margens da BR 290, sendo esta um importante corredor de importação e 
exportação. Dista 320 Km da capital Porto Alegre, 290 Km do Porto Internacional de 
Rio Grande, 300 Km de Uruguaiana/Argentina, 170 Km de Livramento/Uruguai, 64 
Km de Rosário do Sul, 35 Km de Santa Margarida do Sul e 170 Km de Santa Maria. 
A área do município é de 5024 Km2, com uma população de 60.425 pessoas e tem 
por bioma o Pampa. 
A base econômica do município esta ligada às atividades agropecuárias, onde 
predominam a produção de arroz, soja e gado de corte. Recentemente, iniciou-se 
uma diversificação de culturas com o desenvolvimento da piscicultura, da apicultura, 
da fruticultura e da silvicultura. O Setor de Comércio e Serviços responde por mais 
10 
da metade do Produto Interno Bruto (PIB) Municipal, especialmente a pequena e 
microempresa. A indústria atua especialmente no setor têxtil e agroindustrial. A 
cidade possui ainda um campus universitário da Universidade da Região da 
Campanha (URCAMP) e um da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), bem 
como três unidades do Exército brasileiro. 
11 
2 INTRODUÇÃO 
 
 
A topografia é uma ciência que tem por objetivo a descrever as características 
naturais e as benfeitorias de uma determinada área com raio não superior a 30 Km, 
expressando estas em uma planta. Nos levantamentos planimétricos basicamente 
são calculadas as áreas e localizados pontos de interesse, já nos levantamentos 
altimetricos são levados em consideração os valores de altitude e com isto é 
possível representar com boa aproximação as curvas de nível do terreno e com isto 
através do cálculo de corte e aterro tronar uma área antes declivosa em plana. 
O manuseio destas informações passadas para o papel é fundamental na 
realização dos mais diversos tipos de projetos, entre os quais podemos citar: 
construção de pontes, estradas, edifícios, canais de irrigação, oleodutos, cálculo de 
áreas e volumes. 
O estudo da topografia envolve a utilização de diversos métodos e 
equipamentos os quais evoluíram bastante nas últimas décadas, principalmente com 
a utilização de equipamentos eletrônicos e programas computacionais no cálculo 
dos dados levantados a campo. Para tal é exigindo conhecimento e pratica no 
levantamento e manuseio dos dados. 
Tendo em vista todos estes fatores anteriormente relacionados o presente 
estágio teve como objetivo a realização de atividades práticas em áreas ligadas à 
topografia, e, além disso, desenvolver a capacidade de trabalho em equipe. 
 
12 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
3.1 Estatuto das cidades e importância da topografia 
 
O Estatuto das Cidades faz parte da Lei no 10.257 de 10 de julho de 2001 
que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, que estão 
de acordo com o capítulo relativo à Política Urbana. O artigo 182 estabeleceu que a 
política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, têm 
por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
garantir o bem-estar de seus habitantes, definindo que o instrumento básico desta 
política é o Plano Diretor (OLIVEIRA, 2001). 
O estudo da topografia na construção de uma cidade é de fundamental 
importância para o funcionamento desta ao longo do tempo, e com influência direta 
sobre a população. Isto vai desde o planejamento de uma rua com sua largura de 
trânsito para carros, quanto ao cálculo das sarjetas para escoamento das águas 
(McCORMAC, 2004). 
A topografia é a base para qualquer projeto de obra realizada por engenheiros 
ou arquitetos, tais como trabalhos de obras viárias, núcleos habitacionais, edifícios, 
aeroportos, hidrografia, usinas hidrelétricas, telecomunicações, sistemas de água e 
esgoto, planejamento, urbanismo, paisagismo, irrigação, drenagem, cultura, 
reflorestamento que são desenvolvidos em função do terreno sobre o qual se 
assentam. Sendo fundamental o conhecimento pormenorizado deste terreno, tanto 
na etapa do projeto, quanto da sua construção ou execução, e, a Topografia, 
fornece os métodos e os instrumentos que permitem este conhecimento do terreno e 
asseguram uma corretaimplantação da obra ou serviço (COSTA, 2010). 
 
 
3.2 Topografia e geodésia 
 
A topografia é muitas vezes confundida com a geodésia. Enquanto a 
topografia tem por finalidade mapear uma pequena porção de superfície (área de 
raio até 30km), a geodésia, tem por finalidade, mapear grandes porções desta 
13 
mesma superfície, levando em consideração as deformações devido à sua 
esfericidade (BORGES, 1977). 
No desenvolvimento do estudo da geodésia, se considera o elipsóide de 
revolução como superfície de referência com parâmetros a e b (semi-eixo maior e 
semi-eixo menor, respectivamente), numericamente determinados. A geodésia 
determina com precisão malhas triangulares justapostas à do elipsoide de revolução 
terrestre determinando as coordenadas de seus vértices (McCORMAC, 2004; 
CARVALHO FILHO, 2009). 
 
 
3.2.1 Métodos de levantamento topográfico 
 
O levantamento topográfico é um conjunto de operações com a finalidade de 
determinar a posição relativa de pontos na superfície terrestre. As determinações 
são obtidas por meio medidas de ângulos e distâncias, ligando os pontos descritores 
dos objetos a serem representados com posterior processamento em modelo 
matemático adequado (BRANDALIZE, 2008). 
Os métodos de levantamento topográficos mais utilizados são os da 
triangulação e método da poligonal para a planimetria e nivelamento, geométrico 
para a altimetria. Os métodos de irradiação, coordenadas retangulares, 
decomposição em triângulos, para a planimetria e nivelamento trigonométrico para a 
altimetria são considerados métodos secundários, já a taqueometria é um método 
secundário em levantamentos planialtimétricos (ORTH, 2008). 
 
 
3.2.2 Normas para levantamento topográfico 
 
As normas para levantamentos topográficos a nível federal utilizadas são a 
NBR 13.133 “Execução de Levantamento Topográfico” de maio de 1994, bem como 
os documentos complementares citados nesta e a “Norma Técnica para 
Levantamentos Topográficos” do INCRA de julho de 2001 (VEIGA et al,.2007; 
BRASIL, 2001). 
 
 
 
14 
3.2.2.1 Instrumentos 
 
3.2.2.1.1 Instrumental básico 
 
O teodolito é um instrumento óptico de precisão, lê ângulos horizontais, do 
tipo goniométrico e ângulos verticais, permitindo fazer levantamentos planimétricos e 
taqueometria. Os fios estadimétricos verticais permitem a execução de 
levantamentos utilizando-se mira horizontal, e os fios horizontais são para utilização 
de mira falante. O princípio da estadimetria é usado em topografia para determinar, 
de forma indireta, a distância horizontal entre a estação topográfica e um ponto 
visado (BORGES, 1977). 
Existe ainda o teodolito eletrônico, com os mesmos princípios de um teodolito 
convencional, sua resolução óptica é de alto rendimento, de fácil manuseio, 
confiável e normalmente faz parte de um sistema modular que permite adaptar uma 
trena eletrônica. Possui um visor de cristal liquido, permitindo observar todas as 
informações da visada, tais como ângulo vertical e horizontal. Estes equipamentos 
são bem resistentes, alguns fabricantes disponibilizam equipamentos a prova d’água 
(RODRIGUES, 2003). 
Os distanciômetros são aparelhos que vem geralmente acoplados a 
equipamentos como o teodolito eletrônico ou a estação total, os quais como o nome 
sugere são capazes de medir distâncias relativamente grandes com precisão 
conhecida. Estes podem ser do tipo eletrônico ou de micro-ondas e ainda do tipo 
electro-óptico que funcionam com raios Infra Vermelhos (IV) ou a Laser (ANTUNES, 
1995). 
A estações totais são instrumentos eletrônicos dos mais utilizados atualmente 
em topografia. São constituídos por um teodolito electrónico e um instrumento de 
medição eletro-óptica, este ultimo é colocado numa posição concêntrica em relação 
à luneta do teodolito formando um único bloco. O conceito de estação total não 
apareceu, na era dos instrumentos eletrônicos, pois ele se define como sendo um 
instrumento que permite medir, em simultâneo ou em tempo útil, os ângulos vertical, 
horizontal e as distâncias. As estações eletrônicas estão munidas de um 
microprocessador, tal como nos teodolitos electrónicos, que geram o conjunto de 
operações possíveis numa estação total, permitindo a quase totalidade do cálculo 
topográfico em tempo real através de programas computacionais inseridos na sua 
15 
memória, bem como, o armazenamento de grandes quantidades de dados 
(ANTUNES, 1995). 
O nível é usado em levantamentos topográficos altimétricos principais, pelo 
método do nivelamento geométrico, sendo um instrumento similar ao teodolito, 
óptico e de precisão, para leitura de alturas sobre uma mira colocada verticalmente 
sobre os pontos topográficos a nivelar. O nível, ao contrário do teodolito, nunca é 
instalado sobre um ponto topográfico, mas sempre entre os pontos a nivelar. A 
luneta do nível se estrutura de tal forma que seja possível o seu movimento 
horizontal, sendo impossível bascular-se a mesma no sentido vertical, cuja linha de 
visada é o referencial para as leituras de alturas (ORTH, 2008). 
 
 
3.2.2.1.2 Instrumental auxiliar 
 
As balizas são utilizadas para manter o alinhamento, na medição entre 
pontos, quando há necessidade de se executar vários lances. Suas características 
são: construídas em madeira ou ferro, arredondado, sextavado ou oitavado; 
terminadas em ponta guarnecida de ferro, comprimento de 2 metros normalmente, 
sendo pintadas em cores contrastantes (branco e vermelho ou branco e preto) para 
facilitar a visualização à distância. Sua operação exige que sejam mantidas na 
posição vertical, sobre o ponto topográfico marcado no piquete, com auxílio de um 
nível de cantoneira (ORTH, 2008). 
O nível de cantoneira é um equipamento em forma de cantoneira e dotado de 
bolha circular que permite ao operador segurar a baliza na posição vertical sobre o 
piquete ou sobre o alinhamento a medir (ORTH, 2008). 
A trena é um instrumento utilizado para medição direta de distâncias entre 
dois pontos topográficos sobre alinhamentos. Na utilização desse instrumento 
existem dificuldades de uso em espaços abertos, em terrenos acidentados, e 
distâncias longas (VEIGA et al, 2007). 
Os piquetes são peças de madeira, com secção quadrada ou circular com 2 a 
4 cm de diâmetro, providos de ponta. São inseridos no terreno e usados para 
materializar um vértice de poligonal ou alinhamento (VEIGA et al, 2007). 
As estacas testemunha são utilizadas para facilitar a localização dos piquetes, 
indicando a sua posição aproximada, sendo assentadas próximas ao piquete cerca 
16 
de 30 a 50cm, com comprimento que varia de 15 a 40cm e diâmetro de 3 a 5cm, 
podendo ser chanfradas na parte superior para permitir uma inscrição, indicando o 
nome ou número do piquete (VEIGA et al, 2007). 
A mira é uma régua graduada de 0 a 4,0 metros em centímetros, decímetros 
e as vezes até milímetros, cujas leituras podem ser feitas com detalhamento 
correspondente a sua graduação mínima. A mira é colocada sobre um ponto 
topográfico para leitura de alturas entre o ponto no terreno e o plano horizontal 
formado pela visada do nível (BORGES,1977). 
O prisma é um equipamento com a capacidade de refletir o sinal eletrônico 
emitido por equipamentos eletrônicos como Estação Total e distanciômetros, e 
reenviá-lo de volta a estes, possibilitando a medição eletrônica da distância entre o 
emissor do sinal e o ponto de interesse, de maneira bastante precisa (FRIEDMANN, 
2010). 
Outros instrumentos auxiliares que por vezes podem ser utilizados são: 
termômetro, barômetro, psicômetro, dinamômetro, sapatas para mira, bússola, 
marreta, caderneta e para-sol. 
 
 
3.3 Georreferenciamentoe GPS 
 
3.3.1 Descrição e princípio básico 
 
A georreferenciamento consiste na ligação de um levantamento à rede 
geodésica nacional, usando como recurso equipamentos como estações totais ou 
GPS, ou seja, é um levantamento topográfico ligado à rede geodésica nacional com 
coordenadas iniciais georreferenciadas e não valores fictícios (McCORMAC, 2004). 
O GPS é um sistema de posicionamento de cobertura global, isto é, possível 
de ser utilizado em qualquer ponto à superfície da Terra ou nas suas imediações 
atmosféricas, e que se baseia na medição de distâncias através de tempos de 
percurso e diferença de fase de sinais eletromagnéticos emitidos por uma 
constelação de satélites artificiais, sendo o sistema constituído por três componentes 
principais, a componente espacial, a componente de controle e a componente 
utilitária. (McCORMAC, 2004; BRASIL, 2005). 
 
 
17 
3.3.2 Datum oficial brasileiro 
 
O Datum é um sistema de referência utilizado para computar ou correlacionar 
como os resultados de um levantamento. Existem os Datums verticais os quais são 
uma superfície de nível utilizada no referenciamento das altitudes tomadas sobre a 
superfície terrestre e os Datums horizontais utilizados no referenciamento das 
posições tomadas sobre a superfície terrestre. O Datum horizontal é definido pelas 
coordenadas geográficas de um ponto inicial, pela direção da linha entre este ponto 
inicial e um segundo ponto especificado, e pelas duas dimensões (a= semi-eixo 
maior e b= semi-eixo menor) que definem o elipsóide utilizado para representação 
da superfície terrestre (BRANDALIZE, 2008). 
O Sistema de Referência Geocêntrico para a América do Sul – SIRGAS, é um 
projeto criado a partir da Conferência Internacional para Definição de um Datum 
Geocêntrico para a América do Sul, ocorrida de 04 a 07 de outubro de 1993, em 
Assunção, Paraguai (FORTES, 2000). O SIRGAS2000 foi oficializado em fevereiro 
de 2005 como o novo referencial do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), conforme 
publicação da resolução 01/2005 do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística 
(IBGE), sendo que os Datuns Córrego Alegre e SAD69 devem entrar em desuso a 
partir de 2014. Com a utilização do SIRGAS ocorrerá uma uniformidade e 
compatibilidade entre as informações geoespaciais tanto no âmbito nacional como 
internacional para o novos e a necessidade de conversões nos bancos de dados 
existentes (BONATTO, 2008). 
 
 
3.3.3 Utilização em cadastro urbano 
 
O cadastro urbano tem por objetivo localizar e descrever uma determinada 
área do ponto de vista jurídico e geométrico. O uso de ferramentas como a 
topografia e geodésia, torna estas informações georreferenciadas, pois amarra os 
pontos cadastrados a uma malha geodésica conhecida e certificada pelos órgãos 
responsáveis. O uso do GPS torna isto viável identificando as coordenadas do ponto 
em questão tornado-o conhecido em relação a outro na malha oficial (McCORMAC, 
2004). 
 
 
18 
3.3.4 Transporte de coordenadas (NBR 14166) 
 
A NBR 14166 fixa a condições para a implantação e manutenção de uma 
Rede Cadastral Municipal, apresenta as fórmulas para transformação de 
coordenadas geodésicas em coordenadas plano-retangulares no sistema 
topográfico local, cálculo da convergência meridiana a partir de coordenadas 
geodésicas e plano-retangulares no sistema topográfico local e modelo de 
instrumento legal para a oficialização da Rede de Referência Cadastral Municipal 
(VEIGA et al, 2007). 
 
19 
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
 
No presente estágio, realizou-se o acompanhamento das atividades rotineiras 
da Secretaria de Obras, Habitação e Urbanismo do município de São Gabriel, com 
ênfase nas atividades práticas de topografia e atividades correlatas, bem como 
participação em discussões e atividades referentes a outros temas abordados pelo 
curso. 
As atividades iniciaram-se no dia primeiro de abril do corrente ano, com uma 
carga horária diária de seis horas. No primeiro dia conheceu-se o corpo técnico da 
referida secretaria a qual conta com três engenheiros civis, uma arquiteta, três 
desenhistas, comumente chamados de cadistas e um engenheiro de operações, 
sendo este último o supervisor durante o estágio. O Engenheiro Ubirajara Pedroso é 
responsável pelas questões topográficas relacionadas às estradas e ruas realizadas 
nesta secretaria. 
Em uma das primeiras atividades acompanhou-se o supervisor do estágio no 
trabalho de recuperação de ruas não pavimentadas no bairro Santa Clara, na 
oportunidade uma equipe da Prefeitura responsável por este tipo de serviço fez o 
esgotamento de águas superficiais, aterramento do leito da rua, correção das 
imperfeições no piso da mesma e vistoriou-se nas ruas do entorno para averiguar a 
situação destas. 
A prefeitura em parceria com o governo federal pretende realizar obras de 
revitalização da Sanga da Rivera (Figura 1a e Figura 1b), em função disto, realizou-
se a medição expedita de uma área próxima à antiga estação férrea (Figura 1c e 
Figura 1d), para conferir os dados que a Secretaria possuía. 
 
20 
 
Figura 1: Sanga da Rivera (a e b), área próxima à antiga estação férrea (c e d). 
Fonte: Autor 
 
Outro ponto da Sanga da Rivera visitado em duas oportunidades foi no Bairro 
Independência iniciando na esquina da Rua Carlos Traur com a Avenida Tiradentes, 
conhecida popularmente como “Boeiro do Canjica”. Neste local realizou-se medições 
da largura das calçadas, distância da sanga até a rua em diversos pontos, 
localização dos terrenos em relação à esquina citada e a sanga ao fundo, coleta de 
pontos de referência através de um receptor GPS, modelo Trimble Juno ST, sendo 
estes dados posteriormente armazenados em um computador da secretaria para 
que as coordenadas fossem amarradas a dados já existentes quando necessário. 
Nestas visitas pode-se observar que todas as residências que ali se encontram 
estão em situação irregular (Figura 2a), visto que naquele local, estaria alocada uma 
rua, segundo o plano diretor munnicipal. Outra constatação é de que as moradias se 
encontram em situação de risco (Figura 2b, Figura 2c, Figura 2d, e Figura 2e) por 
estar muito próximas do córrego, caracterizando portanto Área de Preservação 
Permanente (APP). Após a realização deste levantamento, e estudo do caso, 
A B 
C D 
21 
concluiu-se que a retirada dos moradores deste local, a recuperação desta área 
através da restituição dos taludes e a recuperação da vegetação, compreende 
atitude correta e adequada ao local, regularizando sua situação e proporcionando 
uma área verde à população do entorno. 
 
 
Figura 2: Situação do “Boeiro do Canjica”: casa onde seria uma rua (a), área de APP 
(b), casas e a rua muito próximas da sanga (c, d, e, e f). 
Fonte: Autor 
 
A B 
C D 
E F 
22 
Juntamente com o supervisor de estágio realizou-se medições expeditas in 
loco para confrontar com os dados de mapas cadastrais existentes na prefeitura e 
identificar a correta localização do terreno onde se encontra o marco do local da 
morte do índio guarani Sepé Tiaraju, localizada próximo à esquina das ruas Juca 
Tigre e Gen. Câmara. Estes dados estarão inclusos em posteriores projetos para 
esta área de valor histórico e sociocultural para o município. 
Realizou-se o trabalho de confecção de uma planilha automática para o 
cálculo analítico das coordenadas dos vértices e área do polígono levantado, 
utilizando dados já existentes e levantados pelo método de caminhamento. A 
realização desta planilha proporcionou uma maior compreensão dos cálculos de 
área, um maior conhecimento das ferramentas do programa Microsoft Excel, pois 
como desenvolvimento de uma ferramenta digital como esta diminuem os riscos de 
erros no momento dos cálculos e torna-os rápidos de serem realizados. 
No processo de estruturação desta planilha utilizou-se as formulas adequadas 
para cada item transformando-as em uma linguagem acessível ao programa 
Microsoft Excel, descritos a seguir: 
O primeiro passo foi a criação de um cabeçalho conforme as planilhas já 
descritas pela literatura (CARVALHO FILHO, 1998) para este cálculo. Os cabeçalhos 
elaborados foram os seguintes: estação (célula A), estação visada (célula B); 
elementos angulares: ângulos internos (lidos, compensados), rumos calculados; 
linhas trigonométricas: senos e cossenos; distâncias medidas; projeções calculadas: 
sobre o eixo dos X (d x seno) E+ e O-, sobre eixo dos Y (d x cos) N+ e S-; correções: 
X e Y; projeções compensadas: sobre o eixo dos X (x), sobre o eixo dos Y (y); 
coordenadas: abcissas X, ordenadas Y; ∑ X (x + x); duplas áreas (∑X . y): a somar, 
a diminuir); ∑ Y (y + y); duplas áreas (∑Y . x): a somar, a diminuir. Outras duas 
células foram criadas para introdução do azimute inicial e número de vértices, sendo 
este ultimo gerado automaticamente em função da fórmula 
“=CONT.VALORES(A8:A108)”, que conta o número de elementos na coluna das 
estações que por consequência este é o número de estações utilizadas. 
Os valores que deverão ser inseridos na planilha são: estação (célula A), 
estação visada (célula B); ângulos internos lidos (célula C), distâncias (célula AM) e 
azimute inicial, os demais campos são gerados automaticamente. Os valores 
referentes aos angulos precisaram ser transformados em números decimais. 
23 
Para obtenção dos ângulos internos compensados, primeiramente calculou-se 
o erro de fechamento e dividiu-se estes igualmente para todos os ângulos lidos. Os 
rumos calculados foram dados em função do azimute inicial mais o ângulo 
compensado. 
Para o cálculo das linhas trigonométricas senos e cossenos foram 
necessários transformar o rumo em radiano, para o programa poder calcular o seno 
e o cosseno dos rumos. 
Após a obtenção das duplas áreas a somar e a subtrair, somou-se o valor 
destes e o resultado dividido por dois foi calculado a área em questão, feito isto para 
X e Y teve-se em ambos o mesmo valor de área. 
Acompanhou-se o supervisor do estágio na realização de um levantamento 
geométrico objetivando a futura terraplanagem de uma área para a instalação de 
silos cerealistas. Para tal atividade utilizou-se um equipamento de nível (Figura 3a), 
um teodolito (Figura 3b), três balizas, uma mira, estacas, prego, martelo. Duas 
semanas após este trabalho ocorreu o retorno ao local (Figura 4), onde com base na 
Referencia de Nível (RN) situado em um moirão de fácil visualização e um piquete 
anteriormente materializado, criou-se uma linha de apoio para a construção dos 
silos. Ainda foram colocadas estacas indicando os ajustes no nivelamento da área 
demonstrando onde deveria ser aterrado ou cortado. 
Visitou-se a Rede Cadastral Municipal da prefeitura (Figura 5) e descobriu-se 
que alguns marcos não existiam mais. Dos existentes, apenas três situados na vila 
Santa Brigida e Santa Clara, são intervisíveis entre si o que permite a utilização dos 
mesmos para tomada de 1ré e 2vante. 
Utilizando um receptor GPS de dupla freqüência, levantou-se as coordenadas 
de dois marcos da rede cadastral na vila Santa Brigida (Figura 6) para posterior 
confronto dos dados processados, com os relatórios dos marcos da prefeitura, 
objetivando-se uma análise da discrepância em suas coordenadas planas. 
 
 
 
 
1
Ré: Leitura feita a um ponto cuja cota ou altitude é conhecida e serve somente para o cálculo do 
altura do plano de visada APV. 
2
Vante: Leitura feita a um ponto cuja cota ou altitude é desconhecida e serve para o cálculo da cota 
do ponto. 
24 
 
Figura 3: Equipamentos utilizados: nível optico (a), teodolito analógico (b). 
Fonte: Autor 
 
 
Figura 4: Obra de terraplanagem no local onde foi realizado o levantamento 
altimétrico. 
Fonte: Autor 
 
 
Figura 5: Marcos da Rede Cadastral Municipal de São Gabriel. 
Fonte: Autor 
A B 
25 
 
 
Figura 6: GPS de dupla freqüência, estacionado em um marco da rede cadastral 
municipal. 
Fonte: Autor 
 
26 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Ao final do estágio teve-se como resultado a conclusão da planilha 
automatizada para o cálculo analítico das coordenadas dos vértices e área do 
polígono levantado (Figura 7, 8 e 9). 
 
 
Figura 7: Parte inicial da planilha. 
Fonte: Autor 
 
 
Figura 8: Parte final da planilha. 
Fonte: Autor 
 
27 
 
Figura 9: Fragmento da planilha, mostrando os totais e o cálculo da área. 
Fonte: Autor 
 
As formulas utilizadas no cálculo destas planilhas são há muito tempo 
conhecidas, porem no momento de adapta-las a linguagem do programa isto tornou-
se mais complexo, por exemplo, para calcular o seno e o cosseno dos rumos 
calculados foi necessário transformar este último em radiano e com este valor poder 
calcular os primeiros. Em outro exemplo, para diferenciar valores positivos e 
negativos no cálculo das projeções calculadas foi preciso utilizar a linguagem 
computacional “SE” a qual expressa um teste lógico onde se uma condição dada 
(=,<,>) for verdadeira o valor em questão aparecerá na célula, caso contrario será a 
outra condição dada. Com a montagem de uma planilha automática de cálculos, 
possibilita a realização destes em menor tempo e com um menor risco de ocorrência 
de erros. 
Foi possível também, através das atividades desenvolvidas no estágio, obter 
conhecimentos práticos sobre a topografia, tendo uma vivência em atividades 
práticas, nas atividades ligadas a engenharia agrícola, obter uma experiência, na 
realização do trabalho em equipe, junto a um órgão municipal (Figura 10). 
 
 
Figura 10: Corpo técnico da Secretaria de Obra, Habitação e Urbanismo da 
Prefeitura Municipal de São Gabriel. Fonte: Autor 
28 
6 CONCLUSÃO 
 
 
A realização de atividades prática de topografia proporciona um aprendizado 
mais rápido dos assuntos teóricos, e prepara o profissional para a realização 
trabalho sem a mediação de outros. Possibilita ainda o primeiro contato com 
situações atípicas encontradas no exercício pratico da topografia as quais devem ser 
resolvidas a campo e somente a prática pode auxiliar. 
Após a realização de um estágio adquire-se maior confiança para a realização 
de trabalhos futuros, como profissional atuante em áreas diversas da Engenharia 
florestal. 
A interação com o grupo de pessoas envolvidos em um trabalho, o 
comprometimento e o respeito dos limites interpessoais são fundamentais para o 
bom funcionamento de um grupo de trabalho, na solução de problemas e na 
realização das tarefas propostas. 
 
29 
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