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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP FRANCISCO JULIANO IZABELA COSTA THIAGO ELIAS PROJETO DE EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL COMPLEXO Hospital Maternidade GOIÂNIA 2016 FRANCISCO JULIANO R.A: C19664-9 Turma: AU6D42 IZABELA COSTA R.A: T35576-1 Turma: AU5B42 THIAGO ELIAS R.A: C207AH-2 Turma: AU6D42 PROJETO DE EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL COMPLEXO Hospital Maternidade Estudo e anteprojeto realizado como embasamento para que seja projetado um hospital maternidade e clínica obstetrícia, visando a avaliação da disciplina em questão, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paulista. Orientador: Ivan Grande. GOIÂNIA 2016 Resumo Este trabalho aborda o conceito geral de arquitetura hospitalar, demonstrando as principais características referentes a um projeto deste tema, assim como sua legislação obrigatória, a RDC 50, que trata de parâmetros para um desenho arquitetônico que facilite as atividades que serão feitas no hospital, tanto para funcionários quanto para pacientes. Palavras-chave: projeto arquitetônico, arquitetura hospitalar, RDC 50. Abstract This work deals with the general concept of hospital architecture, demonstrating the main characteristics related to a project of this theme, as well as its mandatory legislation, RDC 50, which deals with parameters for an architectural design that facilitates the activities that will be done in the hospital, both For employees and for patients. Key words: architectural design, hospital architecture, DRC 50. SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................01 1. ESTUDO DE CASO.......................................................................................02 1.1. Arquiteto: Siegbert Zanettini.............................................................02 1.2. Programa de Necessidades.............................................................03 1.3. Setorização......................................................................................04 1.4. Representação Gráfica....................................................................05 1.5. Fluxograma......................................................................................08 1.6. Perfil dos Usuários...........................................................................08 1.7. Estudo do Entorno............................................................................08 1.8. Volumetria........................................................................................09 1.9. Materiais Utilizados..........................................................................10 2. ESTUDO DO ENTORNO...............................................................................12 2.1. Situação Geográfica.........................................................................12 2.2. Hierarquia Viária...............................................................................13 2.3. Topografia........................................................................................13 2.4. Uso e Ocupação do Solo.................................................................14 2.5. Gabarito............................................................................................15 2.6. Cheios e Vazios...............................................................................15 2.7. Vegetação, Transporte Público e Pavimentação.............................16 2.8. Energia Elétrica................................................................................17 3. ESTUDO PRELIMINAR.................................................................................18 3.1. Setorização......................................................................................18 3.2. Fluxograma......................................................................................21 3.2.1. Setorização por Setores.....................................................21 3.2.2. Setorização por Subsetores...............................................21 REFERÊNCIAS.................................................................................................24 ANEXO: QUADRO SÍNTESE 1 INTRODUÇÃO A história da maternidade é um tema bastante vasto, que diz respeito a vários domínios – à história das mulheres e do gênero, à história política, à história social, à história cultural –, mas também a diversas disciplinas – à sociologia e à ciência política. O tema possui uma forma imprecisa e não é possível abordá-lo a partir de todos os ângulos. O foco então será nos trabalhos realizados na França em história das mulheres e do gênero, sem deixar de tentar esboçar algumas abordagens de outras disciplinas e evocar, sucintamente, as pesquisas desenvolvidas fora do território francês. A maternidade é um tema que ocupa um lugar particular na história dos feminismos. Os da primeira metade do século XX (ditos da primeira onda) tentaram, em numerosos países, servir-se da maternidade como trunfo para penetrar na esfera pública, reivindicando direitos para as mães e para as mulheres em geral (COVA, 1997)1. Ao contrário, os feminismos da segunda onda criticaram a maternidade, considerada como um freio da emancipação das mulheres. As feministas da primeira onda não pararam de reclamar leis em favor da proteção da maternidade. Estudar a gênese da proteção da maternidade, que mistura a incitação e a repressão, e cobre todas as disposições que o Estado adotou no que concerne às mães, é estudar um aspecto essencial das políticas demográfica e social. Chegando ao século XX, na atualidade, a mulher encontra-se devidamente inserida no mercado de trabalho, descobrindo sua realização através deste, passando a encontrar satisfação pessoal além da maternidade. Segundo Grant (2001), "a sociedade contemporânea está inevitavelmente marcada por uma ascensão da mulher no mercado de trabalho e na vida intelectual" . Vivemos um momento histórico que oferece à mulher possibilidades de escolhas ao dirigir a sua vida. A mulher contemporânea pode escolher entre casar ou não, tem a liberdade de exercer a sua sexualidade fora do matrimônio, diante dos avanços da medicina em relação a métodos contraceptivos, pode escolher se terá ou não filhos e quando os terá, podendo até mesmo interromper uma gestação por meios seguros (mesmo que seja ilegal no Brasil), pode optar por viver a maternidade sozinha, sem que isso signifique uma exclusão social, pode ter um filho sem a presença concreta de um companheiro devido à técnica de fertilização assistida, ou mesmo desafiar condições que lhe impediriam de ter uma gestação tanto do ponto de vista médico quanto social. O que dependendo da cultura a qual pertencia em tempos atrás, não lhe era dada opção. O que representa uma grande conquista, uma vez que, através de um retrocesso histórico encontramos a mulher em posições depreciadas e limitadas. 1 Sobre a Alemanha (1800-1914), Cf. ALLEN (1991). Disponível em: < http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/3336/3691> Acesso em Novembro de 2016. 2 1. ESTUDO DE CASO No tópico a seguir serão feitas análises de um projeto relacionados aotema proposto (Hospital Maternidade e Clínica Obstetrícia), com destaque para as tecnologias utilizadas, volume, forma, função, entre outros aspectos; visando proporcionar, através de estudos e pesquisas, uma maneira prática e eficiente de se projetar. O hospital que será apresentado foi assinado pelo arquiteto Siegbert Zanettini, considerado referência nacional na área de arquitetura hospitalar. 1.1. Arquiteto: Siegbert Zanettini Arquiteto e urbanista graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), Siegbert Zanettini é professor titular dessa instituição desde 1960. Comanda o escritório que leva seu nome e, com a qualidade de seus projetos na área hospitalar, garantiu vários prêmios, como pelo Hospital Municipal Ermelino Matarazzo (São Paulo, 1985) e a Clínica Ortopédica Dr. Luís Pistelli (Recife, 1992), além de ter conquistado o prêmio de Arquiteto do Ano nessa área, em 2003. Outros destaques em construções hospitalares são os projetos do Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália Franco; São Camilo e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha (todos em São Paulo). Figura 01 – Siegbert Zanettini. Fonte: AU2, acesso em ago. 2016. 2 Disponível em: <http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/artigo73562-1.aspx>. Acesso em Setembro de 2016. 3 Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália Franco Figura 02 – Unidade Anália Franco, a terceira do Hospital e Maternidade São Luiz. Fonte: Marcelo Scandaroli, via Galeria da Arquitetura > acesso em set. 2016. Ficha Técnica: Local: São Paulo, SP. Início do Projeto: 2003 Conclusão da Obra: 2007 Área do Terreno: 7.950m² Área Construída: 43.816m² 1.2. Programa de Necessidades: O programa deste hospital foi composto por aproximadamente 43 mil metros quadrados de área construída, com 180 apartamentos, 36 leitos de unidade de terapia intensiva, 37 leitos de UTI neonatal, 08 leitos de UTI infantil e 06 leitos de semi-intensiva neonatal, totalizando 279 leitos; Centro Cirúrgico com 18 salas, Centro Obstétrico com 09 salas, 02 salas de delivery room e 04 salas de pré-parto. Ainda conta, no total, com 07 pavimentos, 03 subsolos e 380 vagas de estacionamento. (ARQBRASIL, 2012). Além disso, o edifício foi separado em dois blocos: maternal e geral, sendo os três primeiros pavimentos das fachadas frontal e posterior escalonados, com as estruturas em balanço. “Essa solução gerou um amplo átrio, que vai do hall de entrada até o espaço aberto nos fundos, que circunda o auditório e o restaurante. Acima da última passarela, no sétimo pavimento, a estrutura metálica do heliponto faz o coroamento do prédio. A divisão criou um grande espaço central, permitindo a implantação de um jardim com espelho d’água no quarto piso, para o qual se voltam todos os ambientes de estar dos andares superiores.” (MARQUEZ, 2010). No térreo do hospital estão situados: recepção, estar, lojas, capela, auditório e restaurante. A declividade deste andar foi aproveitada para a 4 implantação do pronto-socorro, consultórios, setor de diagnóstico e tratamento, laboratórios e equipamentos de imagem. Abaixo do quarto andar estão localizados, no centro, os serviços de apoio comum às duas alas (maternal e geral). “Com essa solução, foi possível otimizar o uso dos equipamentos e o trabalho das equipes médica e de enfermagem. ” (MARQUEZ). “A forma resultante, a clareza funcional, a riqueza de espaços externos e internos e a união entre os dois blocos por uma ponte em arco abaixo do heliponto são características que merecem ser ressaltadas”, conclui Zanettini. Figura 03 – Entrada do pronto-socorro, com declividade do terreno aproveitada. Fonte: ArqBrasil, disponível em: <http://www.arqbrasil.arq.br/_arq/siegb ert_zanettini/siegbert_zanettini.html#hospsaoluiz > acesso em set. 2016. 1.3. Setorização: Figura 04 – Setorização dos usos do Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália Franco. Fonte: Acervo de projetos do Escritório Zanettini. 5 No pavimento térreo (em verde escuro), observa-se que foram concentrados os serviços que são acessíveis a todos os usuários, profissionais, pacientes e acompanhantes. O vão que se forma na parte superior central (na cor branca) é vencido por passarelas metálicas, as quais ligam o setor de internação do hospital geral ao da maternidade. Um aspecto importante quanto ao projeto de setorização foi a separação do edifício em dois blocos que se unem em um único ponto com todas as funções de trabalho e apoio comuns, tais como: centro cirúrgico e obstétrico com o centro de materiais entre ambos; a UTI de adultos e a neonatologia; o conforto médico e de enfermagem; mezanino administrativo e o grande 'lobby' do térreo, onde nele se situam os vários locais de estar, recepções da maternidade e hospital, anfiteatro, restaurante, espaço ecumênico e um grande envoltório ajardinado. (ARQBRASIL, 2012). 1.4. Representação Gráfica: Figura 05 – Circulação do hospital. Térreo. Fonte: Slideshare, disponível em: http://www.slideshare.net/cileneaiette/anlise-detalhada- doprojeto-3532394/4 > acesso em set. 2016. A área em vermelho, da imagem acima, destaca a circulação vertical do edifício, através de escadas e elevadores; enquanto a área na cor amarela representa a entrada do pronto socorro, com acesso direto ao centro cirúrgico, separado da entrada principal. Figura 06 – Térreo. Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por- todosos-lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 6 Figura 07 – Circulação do hospital. 2º piso. Fonte: Slideshare, disponível em: http://www.slideshare.net/cileneaiette/anlise-detalhada- doprojeto- 3532394/4 > acesso em set. 2016. A planta acima mostra a divisão de áreas, através da setorização, onde, as áreas em vermelho, nas laterais, são reservadas para a circulação de funcionários e a área em verde, no centro, é destinada a todos os usuários. Figura 08 – 2º piso. Centro Cirúrgico Obstétrico. Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por- todosos-lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. Figura 09 – 4º piso. Internação. Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por- todosos-lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 7 Figura 10 – Corte Longitudinal. Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por- todosos- lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. Figura 11 – Corte Transversal. Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por- todosos- lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 8 1.5. Fluxograma: Figura 12 – Fluxograma do Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália Franco. Fonte: Fluxograma desenvolvido pelos autores. 1.6. Perfil dos Usuários: O Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália Franco abrange usuários do bairro de Tatuapé, onde está instalado, e de toda São Paulo, atingindo também nível estadual, por ser uma referência na região. É um hospital de alto padrão, o primeiro desta categoria que se instalou na Zona Leste da cidade. Sendo assim, seus usuários são caracterizados pelas classes média e alta. O hospital tem atendimento particular e também atende por mais de 40 convênios. 1.7. Estudo do Entorno: Figura 13 – Mapa via satélite do hospital. 9 Fonte: Google Maps, acesso em Setembro de 2016. O Hospital São Luiz, Unidade AnáliaFranco localiza-se nas ruas Corta Vento, Antônio Camardo e Francisco Marengo. Segundo o site ArqBrasil, em publicação de 2012, o edifício caracteriza-se por uma arquitetura contemporânea e sustentável, desde sua implantação, que contemplou todos os aspectos do terreno e seu entorno, nuances topográficas, insolação e ventilação, além de sua relação arquitetônica com a vizinhança e a utilização harmônica destes novos espaços. Apesar de dar a impressão de ser plano, o terreno possui uma inclinação no sentido leste que corresponde ao da prumada do hospital geral. Pela Rua Antônio Camardo, onde a cota é mais baixa, acontece, exclusivamente, o acesso dos pacientes externos ao pronto-socorro e pronto atendimento do hospital, setores dimensionados para receber entre duas e três mil pessoas por dia. (FIGUEROLA, 2008). 1.8. Volumetria: Figura 14 – Fachada frontal e volumetria do hospital. Fran Parente, 2008. Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por- todosos- lados-73549-1.aspx > acesso em Setembro de 2016. “A volumetria, juntamente com as fachadas do edifício, foi trabalhada de forma a privilegiar a luz e a ventilação naturais de maneira intensa, sobretudo nos setores de internação do hospital geral e da maternidade, separados em prumadas distintas.” (FIGUEROLA, 2008). Dois grandes volumes escalonados nas fachadas frontal e posterior foram responsáveis por marcar a forma do edifício e abrir espaços, ocupando toda a quadra. Tal escalonamento possui grandes vãos, os quais exigem uma complexa solução estrutural para um edifício com estrutura de concreto. “A volumetria rica e solta do solo liberou todo o espaço na sua base incorporando as vias do entorno e abrindo-se para toda a vizinhança”, comenta o arquiteto Siegbert Zanettini, apud FIGUEROLA, 2008. 10 1.9. Materiais Utilizados: “Com forma de um trapézio invertido e escalonado na base, a construção é externamente revestida com granito lavado (fulget) e chapas brancas de alumínio composto (ACM). O vão que recorta o volume arquitetônico na parte superior central é vencido por passarelas metálicas que ligam o setor de internação do hospital geral ao da maternidade.” (FIGUEROLA,2008). Segundo Zanettini, o edifício foi idealizado primeiramente em estrutura metálica, porém, a pedido do hospital, foi refeito em estrutura de concreto. Entretanto, alguns elementos permaneceram em estrutura metálica, tais como: a passarela, o heliponto, marquises de acesso e as coberturas externas ao hospital. Apesar de ter tornado a estrutura mais robusta, a transformação estrutural não alterou a volumetria do hospital. O pavimento técnico do hospital (terceiro andar) exerce um papel estrutural importante na sustentação do prédio, pois é responsável pelas lajes dos demais pavimentos superiores que descarregam todo o seu peso nele. Figura 15 – Esquema estrutural de cargas predominantes no hospital. 11 Fonte: Revista Techne, disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenhariacivil/131/artigo73350-1.asp) > acesso em Setembro 2016. “Escalonamento e vãos centrais não foram apenas os recursos utilizados pelo arquiteto para iluminar o interior do prédio. No pátio ajardinado, uma clarabóia rasga o piso e leva luz zenital à área de conforto dos médicos e da enfermagem, localizada no centro da planta do terceiro pavimento. A iluminação natural está presente mesmo em locais costumeiramente fechados, como nas escadas enclausuradas, cuja vedação em concreto conta com frestas verticais de 25 cm de largura. Discretamente dispostas nas fachadas cegas dos primeiros pavimentos, venezianas metálicas contínuas ventilam e iluminam suavemente o pavimento técnico e as UTIs adulta e pediátrica.” (GUTIERREZ, 2012). Figura 16 – iluminação natural, aspecto muito utilizado no hospital. Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquiteturaurbanismo/168/brasil-luz-por- todos-os-lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. “No hall central de 6 m de pé-direito, a luz que penetra por todos os lados é refletida pelo piso de mármore travestido, 12 favorecendo a monumentalidade do espaço. O mesmo material foi empregado nos halls dos pavimentos do setor de internação, adjacentes ao vão central, cujo acesso é feito por elevadores panorâmicos.” (FIGUEROLA, 2008). No hospital alguns elementos arquitetônicos assumem a função de brise, como é o caso do heliponto que atua como anteparo para os raios solares, protegendo as passarelas metálicas do vão central, já que tantas aberturas e transparências exigiam soluções que evitassem a insolação excessiva nos ambientes. Os revestimentos claros nos interiores evidenciam o intuito do projeto de valorizar a iluminação natural. 2. ESTUDO DO ENTORNO O presente estudo foi feito com o objetivo de reconhecer os problemas e as características da região na qual será implantada o projeto e seu entorno, levando em consideração seus aspectos históricos e socioculturais. 2.1. Situação Geográfica: A região analisada está localizada no setor Jardim Colorado (à leste do Centro de Goiânia), e tem como limites as ruas Um, Vinte e Um e a Avenida Lago Azul. Figura 17 – Localização da área a ser trabalhada, no Jardim Colorado. Fonte: Google Maps, acesso em Setembro de 2016. Modificações feitas pelos autores. 13 O principal acesso ao local se dá pela Avenida Lago Azul. Entretanto existem diversas formas de percursos, destaque para o fluxo constante na GO- 070, Rua Vinte e Nove, Avenida José Inácio Sobrinho e Avenida Perimetral Norte, esta última com acesso a Avenida Anhanguera, que corta toda a cidade de Goiânia no sentido leste/oeste. Os bairros limítrofes ao Jardim Colorado são: Residencial Maringá, Parque Tremendão, Vila Finsocial, Setor Empresarial e Setor Novo Planalto. A área total do terreno escolhido é de 23.620,84 m². 2.2. Hierarquia Viária: Figura 18 – Hierarquia Viária do bairro e seus arredores. Hierarquia Viária do Jardim Colorado – Mapa sem escala Fonte: Google Maps, acesso em set. 2016. Modificações feitas pelos autores. O bairro, em sua extensão, possui uma via arterial que leva maior fluxo de veículos pelas principais e mais movimentadas avenidas do setor: Avenida Contorno, Noroeste, José Inácio Sobrinho até a Perimetral Norte, onde seguem suas conexões com outras avenidas maiores que levam ao Centro. As vias de fluxo rápido (em amarelo), bifurcam-se nas vias coletoras e, sequentemente, são distribuídas pelas vias locais. 2.3. Topografia: Figura 19 – Topografia do terreno. 14 Fonte: Mapa cedido pelos professores. A topografia ao longo da área de estudo possui um caimento de cinco metros (linhas vermelhas, fig. 19) no decorrer do terreno de implantação, que pode ser sentida ao trafegar pelos arredores do mesmo. Assim, algumas medidas deverão ser tomadas para solucionar a implantação da edificação. 2.4. Uso e Ocupação do Solo: Figura 20 – Uso e Ocupação do Solo. Uso e Ocupação do Solo – Mapa sem escala. Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. O entorno da área de estudo possui uma grande predominância de ocupações comerciais. Porém, é possível, facilmente, encontrar habitações residenciais no local e, em alguns casos, habitações residenciais e comerciais (mistas). 15 2.5. Gabarito: Figura 21 – Gabarito. Gabarito – Mapa sem escala. Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. Existe uma grande predominância de habitações com um único pavimento. Algumas residências ou comércios possuem dois pavimentos, mais comuns em locais de prestação de serviços,como oficinas. Há somente um edifício com três pavimentos, localizado na Rua Vinte e Um. 2.6. Cheios e Vazios: O bairro Jardim Colorado é pequeno e é composto por poucas quadras. Ainda assim, é possível encontrar alguns lotes vagos, em situação de abandono. Algumas oficinas de carros e caminhões estão espalhadas pelo bairro e, algumas delas, ocupam três ou mais lotes. Em alguns casos, como garagens ou pátios para caminhões e ônibus, ocupam uma quadra inteira. De forma geral, o bairro possui, ao longo dele, locais com concentração de residências e locais vagos. Figura 22 – Gabarito. Cheios e Vazios – Mapa sem escala 16 Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. 2.7. Vegetação, Transporte Público e Pavimentação: Nota-se, com o mapa abaixo, que não há grande quantidade de vegetação presente na região. Existem árvores próximas à área de implantação, mas estas não comprometem o seu uso. O transporte público que passa pelo local concentra-se na Avenida Lago Azul, tendo na mesma e em todo o bairro apenas três pontos de ônibus. Destes, percorrem as linhas: 036, 042, 134, 136, 146, 305, 605, 717; que ligam o bairro a vários outros setores e ao centro da cidade. A pavimentação não é das melhores, entretanto está presente em toda a área de estudo. Em algumas vias o asfalto está mais desgastado, devido a um maior fluxo de veículos de grande porte, já que no bairro existem várias oficinas para este tipo de veículo. Em outras áreas é possível encontrar asfalto mais preservado, mas, no geral, a pavimentação atende ao uso da população. Figura 23 – Vegetação, transporte público e pavimentação. 17 Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. 2.8. Energia Elétrica: Por estar localizado em uma cidade mais desenvolvida, a energia elétrica é bem distribuída, com poucos casos de queda ou ausência constante de energia. Figura 24 – Mapa de Energia Elétrica. Energia Elétrica – Mapa sem escala. Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. 18 3. ESTUDO PRELIMINAR Nesta etapa foram feitos estudos relacionados a setorização, fluxograma e quadro síntese, baseados na norma RDC 50, afim de nortear a concepção projetual. 3.1. Setorização: Os setores do hospital foram divididos em dez, agrupados por salas de interesses e atividades em comum. Tais setores serão apresentados na lista a seguir: • Setor Ambulatorial, constituído por: Recepção geral; Sala de preparo (triagem); Sala de atendimento individualizado; Consultório; Posto de enfermagem e serviços; Quartos individuais de curta duração; Área externa para desembarque de ambulâncias. • Atendimento Imediato (Emergência), subdividido em: Baixa Complexidade, constituído por: Triagem médica; Sala de gesso e redução de fraturas; Sala de higienização. Alta Complexidade, constituído por: Sala de observação de pediatria; Sala de observação de adulto; Sala de procedimentos especiais; Quarto adulto. • Internação: Internação de recém-nascidos (neonatologia), constituído por: Berçário de sadios; Berçário de cuidados intermediários; UTI neonatal; Área de cuidados e higienização; Quartos de internação intensiva. • Estar Médico e Enfermagem, constituído por: Quarto adulto; Área de lazer e refeitório; Área de cuidados pessoais e higienização. • Apoio ao Diagnóstico e Terapia, subdividido em: Patologia Clínica, constituído por: Sala para coleta de material; Área para lavagem das vidrarias; Laboratório de hematologia; 19 Laboratório de urinálise; Laboratório de imunologia; Laboratório de bacteriologia ou microbiologia; Laboratório de suporte a UTI. Imagenologia, constituído por: Sala de exames (com comando); Área de comando; Sala de interpretação de laudos; Consultório indiferenciado. Hemodinâmica, constituído por: Sala de exames e terapias; Sala de interpretação de laudos. Ultrassonografia, constituído por: Sala geral; Sala de interpretação de laudos. Centro Obstétrico, constituído por: Área de recepção de parturiente; Sala de exame, admissão e higienização; Sala pré-parto; Sala de guarda e preparo dos anestésicos; Sala de parto normal; Sala de parto cirúrgico; Sala para AMIU; Sala para assistência de R.N.; Posto de enfermagem e serviços; Quarto pós-parto; Área/sala para estocagem de hemocomponentes. Hemoterapia e Hematologia, constituído por: Sala de transfusão; Sala para recepção, registro e triagem de doadoras. Banco de Leite Humano, constituído por: Sala de preparo de doadoras; Área de recepção de coleta externa; Arquivo das doadoras; Sala para coleta; Sala de processamento, estocagem e distribuição de leite; Laboratório de controle de qualidade. Cozinha, constituído por: Refeitório; Área para lavagem e guarda de utensílios; Copa; Sala de preparo de alimentos in natura. Lactário, constituído por: 20 Lavagem e desinfecção de alto nível de mamadeiras e outros utensílios. • Apoio Técnico, subdividido em: Farmácia, constituído por: Armazenagem e controle; Área de distribuição; Laboratório de controle de qualidade; Recepção, descontaminação, separação e lavagem de materiais. Central de Material Esterilizado, constituído por: Área para recepção de materiais limpos. Comércio, constituído por: Loja de presentes; Floricultura. • Apoio Administrativo, constituído por: Sala de direção; Sala de reuniões; Sala multiuso; Sala administrativa; Área de execução dos serviços administrativos, clínicos, de enfermagem e técnico; Área para controle de funcionário; Tesouraria; Almoxarifado; Registro de pacientes; Agência bancária; Área de notificação médica de pacientes de atendimento imediato. • Apoio Logístico, subdividido em: Manutenção, constituído por: Área de recepção e inspeção de equipamentos, mobiliários e utensílios. Oficinas de manutenção. Necrotério, constituído por: Sala de preparo; Sala de velório; Box de vestiário para paciente; Área externa para embarque de carro funerário. Conforto e Higiene, constituído por: Sanitários para paciente, doador e público; Sanitário para paciente interno; Vestiário para funcionários; Banheiro para funcionários; Área para guarda de pertences de funcionários. Limpeza e Zeladoria, constituído por: Abrigo de recipientes de resíduos (lixo); 21 Depósito de material de limpeza com tanque (DML). Segurança e Vigilância, constituído por: Área para identificação de pessoas e veículos. Infraestrutura Predial, constituído por: Sala para equipamento de geração de energia elétrica alternativa; Sala da subtração elétrica; Garagem; Estacionamento. 3.2. Fluxograma: 3.2.1. Fluxograma por Setores: 3.2.2. Fluxograma por Subsetores: 22 23 24 REFERÊNCIAS http://www.infohab.org.br/entac2014/2012/docs/1565.pdf http://www.arqbrasil.arq.br/_arq/siegbert_zanettini/siegbert_zanettini.html #hospsaoluiz http://www.asbea.org.br/asbea/solucoes/mostra_projeto.asp?pid=16 http://www.slideshare.net/cileneaiette/anlise-detalhada-do-projeto- 3532394/4 http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por-todos- os-lados-73549-1.aspx http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/zanettini- arquitetura_/hospital-e-maternidade-saoluiz/ 266 http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/artigo73562-1.aspx http://iabto.blogspot.com.br/2015/02/siegbert-zanettini-o-arquiteto-do- aco.html http://br.monografias.com/trabalhos3/maternidade-construcao-papel- vida-mulher/maternidade-construcao-papel-vida-mulher2.shtml http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/333 6/3691
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