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PROJETO ARQUITETONICO

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
 
 
 
 
FRANCISCO JULIANO 
IZABELA COSTA 
THIAGO ELIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL COMPLEXO 
Hospital Maternidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2016 
FRANCISCO JULIANO R.A: C19664-9 Turma: AU6D42 
IZABELA COSTA R.A: T35576-1 Turma: AU5B42 
THIAGO ELIAS R.A: C207AH-2 Turma: AU6D42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL COMPLEXO 
Hospital Maternidade 
 
 
 
Estudo e anteprojeto realizado como 
embasamento para que seja projetado um 
hospital maternidade e clínica obstetrícia, 
visando a avaliação da disciplina em 
questão, do curso de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade Paulista. 
Orientador: Ivan Grande. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2016 
Resumo 
 
Este trabalho aborda o conceito geral de arquitetura hospitalar, 
demonstrando as principais características referentes a um projeto deste tema, 
assim como sua legislação obrigatória, a RDC 50, que trata de parâmetros para 
um desenho arquitetônico que facilite as atividades que serão feitas no hospital, 
tanto para funcionários quanto para pacientes. 
 
Palavras-chave: projeto arquitetônico, arquitetura hospitalar, RDC 50. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
 
 This work deals with the general concept of hospital architecture, 
demonstrating the main characteristics related to a project of this theme, as well 
as its mandatory legislation, RDC 50, which deals with parameters for an 
architectural design that facilitates the activities that will be done in the hospital, 
both For employees and for patients. 
 
Key words: architectural design, hospital architecture, DRC 50. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO...................................................................................................01 
1. ESTUDO DE CASO.......................................................................................02 
1.1. Arquiteto: Siegbert Zanettini.............................................................02 
1.2. Programa de Necessidades.............................................................03 
1.3. Setorização......................................................................................04 
1.4. Representação Gráfica....................................................................05 
1.5. Fluxograma......................................................................................08 
1.6. Perfil dos Usuários...........................................................................08 
1.7. Estudo do Entorno............................................................................08 
1.8. Volumetria........................................................................................09 
1.9. Materiais Utilizados..........................................................................10 
2. ESTUDO DO ENTORNO...............................................................................12 
2.1. Situação Geográfica.........................................................................12 
2.2. Hierarquia Viária...............................................................................13 
2.3. Topografia........................................................................................13 
2.4. Uso e Ocupação do Solo.................................................................14 
2.5. Gabarito............................................................................................15 
2.6. Cheios e Vazios...............................................................................15 
2.7. Vegetação, Transporte Público e Pavimentação.............................16 
2.8. Energia Elétrica................................................................................17 
3. ESTUDO PRELIMINAR.................................................................................18 
3.1. Setorização......................................................................................18 
3.2. Fluxograma......................................................................................21 
3.2.1. Setorização por Setores.....................................................21 
3.2.2. Setorização por Subsetores...............................................21 
REFERÊNCIAS.................................................................................................24 
 
ANEXO: QUADRO SÍNTESE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
A história da maternidade é um tema bastante vasto, que diz respeito a 
vários domínios – à história das mulheres e do gênero, à história política, à 
história social, à história cultural –, mas também a diversas disciplinas – à 
sociologia e à ciência política. O tema possui uma forma imprecisa e não é 
possível abordá-lo a partir de todos os ângulos. O foco então será nos trabalhos 
realizados na França em história das mulheres e do gênero, sem deixar de tentar 
esboçar algumas abordagens de outras disciplinas e evocar, sucintamente, as 
pesquisas desenvolvidas fora do território francês. 
A maternidade é um tema que ocupa um lugar particular na história dos 
feminismos. Os da primeira metade do século XX (ditos da primeira onda) 
tentaram, em numerosos países, servir-se da maternidade como trunfo para 
penetrar na esfera pública, reivindicando direitos para as mães e para as 
mulheres em geral (COVA, 1997)1. Ao contrário, os feminismos da segunda onda 
criticaram a maternidade, considerada como um freio da emancipação das 
mulheres. As feministas da primeira onda não pararam de reclamar leis em favor 
da proteção da maternidade. Estudar a gênese da proteção da maternidade, que 
mistura a incitação e a repressão, e cobre todas as disposições que o Estado 
adotou no que concerne às mães, é estudar um aspecto essencial das políticas 
demográfica e social. 
Chegando ao século XX, na atualidade, a mulher encontra-se 
devidamente inserida no mercado de trabalho, descobrindo sua realização 
através deste, passando a encontrar satisfação pessoal além da maternidade. 
Segundo Grant (2001), "a sociedade contemporânea está inevitavelmente 
marcada por uma ascensão da mulher no mercado de trabalho e na vida 
intelectual" . Vivemos um momento histórico que oferece à mulher possibilidades 
de escolhas ao dirigir a sua vida. 
A mulher contemporânea pode escolher entre casar ou não, tem a 
liberdade de exercer a sua sexualidade fora do matrimônio, diante dos avanços 
da medicina em relação a métodos contraceptivos, pode escolher se terá ou não 
filhos e quando os terá, podendo até mesmo interromper uma gestação por 
meios seguros (mesmo que seja ilegal no Brasil), pode optar por viver a 
maternidade sozinha, sem que isso signifique uma exclusão social, pode ter um 
filho sem a presença concreta de um companheiro devido à técnica de 
fertilização assistida, ou mesmo desafiar condições que lhe impediriam de ter 
uma gestação tanto do ponto de vista médico quanto social. O que dependendo 
da cultura a qual pertencia em tempos atrás, não lhe era dada opção. O que 
representa uma grande conquista, uma vez que, através de um retrocesso 
histórico encontramos a mulher em posições depreciadas e limitadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Sobre a Alemanha (1800-1914), Cf. ALLEN (1991). Disponível em: < 
http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/3336/3691> Acesso em 
Novembro de 2016. 
2 
 
1. ESTUDO DE CASO 
 
No tópico a seguir serão feitas análises de um projeto relacionados aotema proposto (Hospital Maternidade e Clínica Obstetrícia), com destaque para 
as tecnologias utilizadas, volume, forma, função, entre outros aspectos; visando 
proporcionar, através de estudos e pesquisas, uma maneira prática e eficiente 
de se projetar. O hospital que será apresentado foi assinado pelo arquiteto 
Siegbert Zanettini, considerado referência nacional na área de arquitetura 
hospitalar. 
 
1.1. Arquiteto: Siegbert Zanettini 
 
Arquiteto e urbanista graduado pela Faculdade de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), Siegbert Zanettini é 
professor titular dessa instituição desde 1960. Comanda o escritório que leva seu 
nome e, com a qualidade de seus projetos na área hospitalar, garantiu vários 
prêmios, como pelo Hospital Municipal Ermelino Matarazzo (São Paulo, 1985) e 
a Clínica Ortopédica Dr. Luís Pistelli (Recife, 1992), além de ter conquistado o 
prêmio de Arquiteto do Ano nessa área, em 2003. Outros destaques em 
construções hospitalares são os projetos do Hospital e Maternidade São Luiz, 
Unidade Anália Franco; São Camilo e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha 
(todos em São Paulo). 
 
Figura 01 – Siegbert Zanettini. 
 
Fonte: AU2, acesso em ago. 2016. 
 
2 Disponível em: <http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/artigo73562-1.aspx>. 
Acesso em Setembro de 2016. 
3 
 
Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália Franco 
 
Figura 02 – Unidade Anália Franco, a terceira do Hospital e Maternidade São Luiz. 
 
Fonte: Marcelo Scandaroli, via Galeria da Arquitetura > acesso em set. 2016. 
 
Ficha Técnica: 
Local: São Paulo, SP. 
Início do Projeto: 2003 
Conclusão da Obra: 2007 
Área do Terreno: 7.950m² 
Área Construída: 43.816m² 
 
1.2. Programa de Necessidades: 
 
O programa deste hospital foi composto por aproximadamente 43 mil 
metros quadrados de área construída, com 180 apartamentos, 36 leitos de 
unidade de terapia intensiva, 37 leitos de UTI neonatal, 08 leitos de UTI infantil 
e 06 leitos de semi-intensiva neonatal, totalizando 279 leitos; Centro Cirúrgico 
com 18 salas, Centro Obstétrico com 09 salas, 02 salas de delivery room e 04 
salas de pré-parto. Ainda conta, no total, com 07 pavimentos, 03 subsolos e 380 
vagas de estacionamento. (ARQBRASIL, 2012). 
Além disso, o edifício foi separado em dois blocos: maternal e geral, sendo 
os três primeiros pavimentos das fachadas frontal e posterior escalonados, com 
as estruturas em balanço. 
 
“Essa solução gerou um amplo átrio, que vai do hall de 
entrada até o espaço aberto nos fundos, que circunda o 
auditório e o restaurante. Acima da última passarela, no 
sétimo pavimento, a estrutura metálica do heliponto faz o 
coroamento do prédio. A divisão criou um grande espaço 
central, permitindo a implantação de um jardim com 
espelho d’água no quarto piso, para o qual se voltam 
todos os ambientes de estar dos andares superiores.” 
(MARQUEZ, 2010). 
 
No térreo do hospital estão situados: recepção, estar, lojas, capela, 
auditório e restaurante. A declividade deste andar foi aproveitada para a 
4 
 
implantação do pronto-socorro, consultórios, setor de diagnóstico e tratamento, 
laboratórios e equipamentos de imagem. Abaixo do quarto andar estão 
localizados, no centro, os serviços de apoio comum às duas alas (maternal e 
geral). “Com essa solução, foi possível otimizar o uso dos equipamentos e o 
trabalho das equipes médica e de enfermagem. ” (MARQUEZ). “A forma 
resultante, a clareza funcional, a riqueza de espaços externos e internos e a 
união entre os dois blocos por uma ponte em arco abaixo do heliponto são 
características que merecem ser ressaltadas”, conclui Zanettini. 
 
Figura 03 – Entrada do pronto-socorro, com declividade do terreno aproveitada. 
 
Fonte: ArqBrasil, disponível em: <http://www.arqbrasil.arq.br/_arq/siegb 
ert_zanettini/siegbert_zanettini.html#hospsaoluiz > acesso em set. 2016. 
 
 
1.3. Setorização: 
 
Figura 04 – Setorização dos usos do Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália 
Franco. 
 
Fonte: Acervo de projetos do Escritório Zanettini. 
5 
 
No pavimento térreo (em verde escuro), observa-se que foram 
concentrados os serviços que são acessíveis a todos os usuários, profissionais, 
pacientes e acompanhantes. O vão que se forma na parte superior central (na 
cor branca) é vencido por passarelas metálicas, as quais ligam o setor de 
internação do hospital geral ao da maternidade. 
Um aspecto importante quanto ao projeto de setorização foi a separação 
do edifício em dois blocos que se unem em um único ponto com todas as funções 
de trabalho e apoio comuns, tais como: centro cirúrgico e obstétrico com o centro 
de materiais entre ambos; a UTI de adultos e a neonatologia; o conforto médico 
e de enfermagem; mezanino administrativo e o grande 'lobby' do térreo, onde 
nele se situam os vários locais de estar, recepções da maternidade e hospital, 
anfiteatro, restaurante, espaço ecumênico e um grande envoltório ajardinado. 
(ARQBRASIL, 2012). 
 
 
1.4. Representação Gráfica: 
 
Figura 05 – Circulação do hospital. Térreo. 
 
Fonte: Slideshare, disponível em: http://www.slideshare.net/cileneaiette/anlise-detalhada-
doprojeto-3532394/4 > acesso em set. 2016. 
 
A área em vermelho, da imagem acima, destaca a circulação vertical do 
edifício, através de escadas e elevadores; enquanto a área na cor amarela 
representa a entrada do pronto socorro, com acesso direto ao centro cirúrgico, 
separado da entrada principal. 
 
Figura 06 – Térreo. 
 
Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por-
todosos-lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 
6 
 
Figura 07 – Circulação do hospital. 2º piso. 
 
Fonte: Slideshare, disponível em: http://www.slideshare.net/cileneaiette/anlise-detalhada-
doprojeto- 3532394/4 > acesso em set. 2016. 
 
A planta acima mostra a divisão de áreas, através da setorização, onde, 
as áreas em vermelho, nas laterais, são reservadas para a circulação de 
funcionários e a área em verde, no centro, é destinada a todos os usuários. 
 
Figura 08 – 2º piso. Centro Cirúrgico Obstétrico. 
 
Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por-
todosos-lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 
 
Figura 09 – 4º piso. Internação. 
 
Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por-
todosos-lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Figura 10 – Corte Longitudinal. 
 
Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por-
todosos- lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 
 
Figura 11 – Corte Transversal. 
 
Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por-
todosos- lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 
 
8 
 
1.5. Fluxograma: 
 
Figura 12 – Fluxograma do Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália Franco. 
 
Fonte: Fluxograma desenvolvido pelos autores. 
 
1.6. Perfil dos Usuários: 
 
O Hospital e Maternidade São Luiz, Unidade Anália Franco abrange 
usuários do bairro de Tatuapé, onde está instalado, e de toda São Paulo, 
atingindo também nível estadual, por ser uma referência na região. É um 
hospital de alto padrão, o primeiro desta categoria que se instalou na Zona 
Leste da cidade. Sendo assim, seus usuários são caracterizados pelas classes 
média e alta. O hospital tem atendimento particular e também atende por mais 
de 40 convênios. 
 
1.7. Estudo do Entorno: 
 
Figura 13 – Mapa via satélite do hospital. 
 
9 
 
Fonte: Google Maps, acesso em Setembro de 2016. 
 
O Hospital São Luiz, Unidade AnáliaFranco localiza-se nas ruas Corta 
Vento, Antônio Camardo e Francisco Marengo. Segundo o site ArqBrasil, em 
publicação de 2012, o edifício caracteriza-se por uma arquitetura 
contemporânea e sustentável, desde sua implantação, que contemplou todos 
os aspectos do terreno e seu entorno, nuances topográficas, insolação e 
ventilação, além de sua relação arquitetônica com a vizinhança e a utilização 
harmônica destes novos espaços. 
Apesar de dar a impressão de ser plano, o terreno possui uma inclinação 
no sentido leste que corresponde ao da prumada do hospital geral. Pela Rua 
Antônio Camardo, onde a cota é mais baixa, acontece, exclusivamente, o 
acesso dos pacientes externos ao pronto-socorro e pronto atendimento do 
hospital, setores dimensionados para receber entre duas e três mil pessoas por 
dia. (FIGUEROLA, 2008). 
 
1.8. Volumetria: 
 
Figura 14 – Fachada frontal e volumetria do hospital. Fran Parente, 2008. 
 
Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por-
todosos- lados-73549-1.aspx > acesso em Setembro de 2016. 
 
“A volumetria, juntamente com as fachadas do edifício, foi trabalhada de 
forma a privilegiar a luz e a ventilação naturais de maneira intensa, sobretudo 
nos setores de internação do hospital geral e da maternidade, separados em 
prumadas distintas.” (FIGUEROLA, 2008). 
Dois grandes volumes escalonados nas fachadas frontal e posterior 
foram responsáveis por marcar a forma do edifício e abrir espaços, ocupando 
toda a quadra. Tal escalonamento possui grandes vãos, os quais exigem uma 
complexa solução estrutural para um edifício com estrutura de concreto. 
“A volumetria rica e solta do solo liberou todo o espaço na sua base 
incorporando as vias do entorno e abrindo-se para toda a vizinhança”, comenta 
o arquiteto Siegbert Zanettini, apud FIGUEROLA, 2008. 
 
10 
 
1.9. Materiais Utilizados: 
 
“Com forma de um trapézio invertido e escalonado na 
base, a construção é externamente revestida com 
granito lavado (fulget) e chapas brancas de alumínio 
composto (ACM). O vão que recorta o volume 
arquitetônico na parte superior central é vencido por 
passarelas metálicas que ligam o setor de internação 
do hospital geral ao da maternidade.” (FIGUEROLA,2008). 
 
Segundo Zanettini, o edifício foi idealizado primeiramente em estrutura 
metálica, porém, a pedido do hospital, foi refeito em estrutura de concreto. 
Entretanto, alguns elementos permaneceram em estrutura metálica, tais como: 
a passarela, o heliponto, marquises de acesso e as coberturas externas ao 
hospital. 
Apesar de ter tornado a estrutura mais robusta, a transformação estrutural 
não alterou a volumetria do hospital. O pavimento técnico do hospital (terceiro 
andar) exerce um papel estrutural importante na sustentação do prédio, pois é 
responsável pelas lajes dos demais pavimentos superiores que descarregam 
todo o seu peso nele. 
 
Figura 15 – Esquema estrutural de cargas predominantes no hospital. 
 
11 
 
Fonte: Revista Techne, disponível em: 
<http://www.revistatechne.com.br/engenhariacivil/131/artigo73350-1.asp) > acesso em 
Setembro 2016. 
 
“Escalonamento e vãos centrais não foram apenas os 
recursos utilizados pelo arquiteto para iluminar o interior do 
prédio. No pátio ajardinado, uma clarabóia rasga o piso e leva 
luz zenital à área de conforto dos médicos e da enfermagem, 
localizada no centro da planta do terceiro pavimento. A 
iluminação natural está presente mesmo em locais 
costumeiramente fechados, como nas escadas 
enclausuradas, cuja vedação em concreto conta com frestas 
verticais de 25 cm de largura. Discretamente dispostas nas 
fachadas cegas dos primeiros pavimentos, venezianas 
metálicas contínuas ventilam e iluminam suavemente o 
pavimento técnico e as UTIs adulta e pediátrica.” 
(GUTIERREZ, 2012). 
 
Figura 16 – iluminação natural, aspecto muito utilizado no hospital. 
 
Fonte: AU, disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquiteturaurbanismo/168/brasil-luz-por-
todos-os-lados-73549-1.aspx > acesso em set. 2016. 
 
“No hall central de 6 m de pé-direito, a luz que penetra por todos 
os lados é refletida pelo piso de mármore travestido, 
12 
 
favorecendo a monumentalidade do espaço. O mesmo material 
foi empregado nos halls dos pavimentos do setor de internação, 
adjacentes ao vão central, cujo acesso é feito por elevadores 
panorâmicos.” (FIGUEROLA, 2008). 
 
No hospital alguns elementos arquitetônicos assumem a função de brise, 
como é o caso do heliponto que atua como anteparo para os raios solares, 
protegendo as passarelas metálicas do vão central, já que tantas aberturas e 
transparências exigiam soluções que evitassem a insolação excessiva nos 
ambientes. 
Os revestimentos claros nos interiores evidenciam o intuito do projeto de 
valorizar a iluminação natural. 
 
2. ESTUDO DO ENTORNO 
 
O presente estudo foi feito com o objetivo de reconhecer os problemas e as 
características da região na qual será implantada o projeto e seu entorno, 
levando em consideração seus aspectos históricos e socioculturais. 
 
2.1. Situação Geográfica: 
 
A região analisada está localizada no setor Jardim Colorado (à leste do 
Centro de Goiânia), e tem como limites as ruas Um, Vinte e Um e a Avenida Lago 
Azul. 
 
Figura 17 – Localização da área a ser trabalhada, no Jardim Colorado. 
 
Fonte: Google Maps, acesso em Setembro de 2016. Modificações feitas pelos autores. 
 
13 
 
O principal acesso ao local se dá pela Avenida Lago Azul. Entretanto 
existem diversas formas de percursos, destaque para o fluxo constante na GO-
070, Rua Vinte e Nove, Avenida José Inácio Sobrinho e Avenida Perimetral 
Norte, esta última com acesso a Avenida Anhanguera, que corta toda a cidade 
de Goiânia no sentido leste/oeste. Os bairros limítrofes ao Jardim Colorado são: 
Residencial Maringá, Parque Tremendão, Vila Finsocial, Setor Empresarial e 
Setor Novo Planalto. A área total do terreno escolhido é de 23.620,84 m². 
 
2.2. Hierarquia Viária: 
 
Figura 18 – Hierarquia Viária do bairro e seus arredores. 
Hierarquia Viária do Jardim Colorado – Mapa sem escala 
 
Fonte: Google Maps, acesso em set. 2016. Modificações feitas pelos autores. 
 
O bairro, em sua extensão, possui uma via arterial que leva maior fluxo de 
veículos pelas principais e mais movimentadas avenidas do setor: Avenida 
Contorno, Noroeste, José Inácio Sobrinho até a Perimetral Norte, onde seguem 
suas conexões com outras avenidas maiores que levam ao Centro. As vias de 
fluxo rápido (em amarelo), bifurcam-se nas vias coletoras e, sequentemente, são 
distribuídas pelas vias locais. 
 
2.3. Topografia: 
 
Figura 19 – Topografia do terreno. 
14 
 
 
Fonte: Mapa cedido pelos professores. 
 
A topografia ao longo da área de estudo possui um caimento de cinco 
metros (linhas vermelhas, fig. 19) no decorrer do terreno de implantação, que 
pode ser sentida ao trafegar pelos arredores do mesmo. 
Assim, algumas medidas deverão ser tomadas para solucionar a 
implantação da edificação. 
 
2.4. Uso e Ocupação do Solo: 
Figura 20 – Uso e Ocupação do Solo. 
Uso e Ocupação do Solo – Mapa sem escala. 
 
Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. 
 
O entorno da área de estudo possui uma grande predominância de 
ocupações comerciais. Porém, é possível, facilmente, encontrar habitações 
residenciais no local e, em alguns casos, habitações residenciais e comerciais 
(mistas). 
15 
 
2.5. Gabarito: 
 
Figura 21 – Gabarito. 
Gabarito – Mapa sem escala. 
 
Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. 
Existe uma grande predominância de habitações com um único 
pavimento. Algumas residências ou comércios possuem dois pavimentos, mais 
comuns em locais de prestação de serviços,como oficinas. Há somente um 
edifício com três pavimentos, localizado na Rua Vinte e Um. 
 
2.6. Cheios e Vazios: 
 
O bairro Jardim Colorado é pequeno e é composto por poucas quadras. 
Ainda assim, é possível encontrar alguns lotes vagos, em situação de abandono. 
Algumas oficinas de carros e caminhões estão espalhadas pelo bairro e, 
algumas delas, ocupam três ou mais lotes. 
Em alguns casos, como garagens ou pátios para caminhões e ônibus, 
ocupam uma quadra inteira. De forma geral, o bairro possui, ao longo dele, locais 
com concentração de residências e locais vagos. 
 
Figura 22 – Gabarito. 
Cheios e Vazios – Mapa sem escala 
16 
 
 
Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. 
 
 
2.7. Vegetação, Transporte Público e Pavimentação: 
 
Nota-se, com o mapa abaixo, que não há grande quantidade de vegetação 
presente na região. Existem árvores próximas à área de implantação, mas estas 
não comprometem o seu uso. 
O transporte público que passa pelo local concentra-se na Avenida Lago 
Azul, tendo na mesma e em todo o bairro apenas três pontos de ônibus. Destes, 
percorrem as linhas: 036, 042, 134, 136, 146, 305, 605, 717; que ligam o bairro 
a vários outros setores e ao centro da cidade. 
A pavimentação não é das melhores, entretanto está presente em toda a 
área de estudo. Em algumas vias o asfalto está mais desgastado, devido a um 
maior fluxo de veículos de grande porte, já que no bairro existem várias oficinas 
para este tipo de veículo. Em outras áreas é possível encontrar asfalto mais 
preservado, mas, no geral, a pavimentação atende ao uso da população. 
 
Figura 23 – Vegetação, transporte público e pavimentação. 
17 
 
 
Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. 
 
2.8. Energia Elétrica: 
 
Por estar localizado em uma cidade mais desenvolvida, a energia elétrica 
é bem distribuída, com poucos casos de queda ou ausência constante de 
energia. 
 
Figura 24 – Mapa de Energia Elétrica. 
Energia Elétrica – Mapa sem escala. 
 
Fonte: Mapa cedido por professores e modificado pelos autores. 
 
18 
 
3. ESTUDO PRELIMINAR 
 
Nesta etapa foram feitos estudos relacionados a setorização, fluxograma e 
quadro síntese, baseados na norma RDC 50, afim de nortear a concepção 
projetual. 
 
3.1. Setorização: 
 
Os setores do hospital foram divididos em dez, agrupados por salas de 
interesses e atividades em comum. Tais setores serão apresentados na lista a 
seguir: 
 
• Setor Ambulatorial, constituído por: 
Recepção geral; 
Sala de preparo (triagem); 
Sala de atendimento individualizado; 
Consultório; 
Posto de enfermagem e serviços; 
Quartos individuais de curta duração; 
Área externa para desembarque de ambulâncias. 
 
• Atendimento Imediato (Emergência), subdividido em: 
Baixa Complexidade, constituído por: 
Triagem médica; 
Sala de gesso e redução de fraturas; 
Sala de higienização. 
Alta Complexidade, constituído por: 
Sala de observação de pediatria; 
Sala de observação de adulto; 
Sala de procedimentos especiais; 
Quarto adulto. 
 
• Internação: 
Internação de recém-nascidos (neonatologia), constituído por: 
Berçário de sadios; 
Berçário de cuidados intermediários; 
UTI neonatal; 
Área de cuidados e higienização; 
Quartos de internação intensiva. 
 
• Estar Médico e Enfermagem, constituído por: 
Quarto adulto; 
Área de lazer e refeitório; 
Área de cuidados pessoais e higienização. 
 
• Apoio ao Diagnóstico e Terapia, subdividido em: 
Patologia Clínica, constituído por: 
Sala para coleta de material; 
Área para lavagem das vidrarias; 
Laboratório de hematologia; 
19 
 
Laboratório de urinálise; 
Laboratório de imunologia; 
Laboratório de bacteriologia ou microbiologia; 
Laboratório de suporte a UTI. 
 
Imagenologia, constituído por: 
Sala de exames (com comando); 
Área de comando; 
Sala de interpretação de laudos; 
Consultório indiferenciado. 
Hemodinâmica, constituído por: 
Sala de exames e terapias; 
Sala de interpretação de laudos. 
 
Ultrassonografia, constituído por: 
Sala geral; 
Sala de interpretação de laudos. 
 
Centro Obstétrico, constituído por: 
Área de recepção de parturiente; 
Sala de exame, admissão e higienização; 
Sala pré-parto; 
Sala de guarda e preparo dos anestésicos; 
Sala de parto normal; 
Sala de parto cirúrgico; 
Sala para AMIU; 
Sala para assistência de R.N.; 
Posto de enfermagem e serviços; 
Quarto pós-parto; 
Área/sala para estocagem de hemocomponentes. 
 
Hemoterapia e Hematologia, constituído por: 
Sala de transfusão; 
Sala para recepção, registro e triagem de doadoras. 
 
Banco de Leite Humano, constituído por: 
Sala de preparo de doadoras; 
Área de recepção de coleta externa; 
Arquivo das doadoras; 
Sala para coleta; 
Sala de processamento, estocagem e distribuição de leite; 
Laboratório de controle de qualidade. 
 
Cozinha, constituído por: 
Refeitório; 
Área para lavagem e guarda de utensílios; 
Copa; 
Sala de preparo de alimentos in natura. 
 
Lactário, constituído por: 
20 
 
Lavagem e desinfecção de alto nível de mamadeiras e outros utensílios. 
 
• Apoio Técnico, subdividido em: 
Farmácia, constituído por: 
Armazenagem e controle; 
Área de distribuição; 
Laboratório de controle de qualidade; 
Recepção, descontaminação, separação e lavagem de materiais. 
 
Central de Material Esterilizado, constituído por: 
Área para recepção de materiais limpos. 
 
Comércio, constituído por: 
Loja de presentes; 
Floricultura. 
 
• Apoio Administrativo, constituído por: 
Sala de direção; 
Sala de reuniões; 
Sala multiuso; 
Sala administrativa; 
Área de execução dos serviços administrativos, clínicos, de enfermagem e 
técnico; 
Área para controle de funcionário; 
Tesouraria; 
Almoxarifado; 
Registro de pacientes; 
Agência bancária; 
Área de notificação médica de pacientes de atendimento imediato. 
 
• Apoio Logístico, subdividido em: 
Manutenção, constituído por: 
Área de recepção e inspeção de equipamentos, mobiliários e utensílios. 
Oficinas de manutenção. 
 
Necrotério, constituído por: 
Sala de preparo; 
Sala de velório; 
Box de vestiário para paciente; 
Área externa para embarque de carro funerário. 
 
Conforto e Higiene, constituído por: 
Sanitários para paciente, doador e público; 
Sanitário para paciente interno; 
Vestiário para funcionários; 
Banheiro para funcionários; 
Área para guarda de pertences de funcionários. 
 
Limpeza e Zeladoria, constituído por: 
Abrigo de recipientes de resíduos (lixo); 
21 
 
Depósito de material de limpeza com tanque (DML). 
 
Segurança e Vigilância, constituído por: 
Área para identificação de pessoas e veículos. 
 
Infraestrutura Predial, constituído por: 
Sala para equipamento de geração de energia elétrica alternativa; 
Sala da subtração elétrica; 
Garagem; 
Estacionamento. 
 
3.2. Fluxograma: 
 
3.2.1. Fluxograma por Setores: 
 
 
 
3.2.2. Fluxograma por Subsetores: 
22 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
REFERÊNCIAS 
 
 http://www.infohab.org.br/entac2014/2012/docs/1565.pdf 
 http://www.arqbrasil.arq.br/_arq/siegbert_zanettini/siegbert_zanettini.html
#hospsaoluiz 
 http://www.asbea.org.br/asbea/solucoes/mostra_projeto.asp?pid=16 
 http://www.slideshare.net/cileneaiette/anlise-detalhada-do-projeto-
3532394/4 
 http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/brasil-luz-por-todos-
os-lados-73549-1.aspx 
 http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/zanettini-
arquitetura_/hospital-e-maternidade-saoluiz/ 
 266 
 http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/168/artigo73562-1.aspx 
 http://iabto.blogspot.com.br/2015/02/siegbert-zanettini-o-arquiteto-do-
aco.html 
 http://br.monografias.com/trabalhos3/maternidade-construcao-papel-
vida-mulher/maternidade-construcao-papel-vida-mulher2.shtml http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/333
6/3691

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