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Universidade Federal da Integração Latino-Americana Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Território e Infraestrutura Engenharia de Energia Prof. Fabyo Luiz Pereira fabyo.pereira@unila.edu.br UNILA – ILATTI – EE Foz do Iguaçu / PR Aula 18 – Tubulações, Válvulas, Perdas de Carga e Perdas de Calor EER0013 – Máquinas Térmicas EER0013 – Máquinas Térmicas 2 / 20 Tópicos da Aula ● De segurança. ● Redutoras de pressão: ● Superaquecimento do vapor. ● Instalação. ● Perdas de carga em tubulações. ● Perdas de calor em tubulações: ● Resistências térmicas. ● Condução. ● Convecção. ● Radiação. ● Tubulações, Válvulas, Perdas de Carga e de Calor: ● Sistemas de distribuição de vapor. ● Linhas de vapor. ● Tubulações: ● Métodos de dimensionamento. ● Diâmetro interno. ● Especificação. ● Válvulas: ● De bloqueio. ● De controle. ● De retenção. 3 / 20 Linhas de Vapor ● Sistemas de Distribuição de Vapor: ● Exigem atenção especial em seu projeto: ● Seleção e dimensionamento da tubulação. ● Seleção dos componentes da tubulação. ● Isolamento térmico. ● Dilatação térmica. ● Extração do condensado. ● Linhas de Vapor: ● Sistemas de distribuição de vapor possuem: ● Linhas principais: ● Ligam a área de geração do vapor às áreas de utilização do vapor. ● Linhas secundárias: ● Ligam a linha principal aos equipamentos de consumo de vapor. ● São conectadas à parte superior da linha principal, para captar vapor livre de condensado. 4 / 20 Tubulações ● Tubulações: ● No dimensionamento, deve-se definir velocidades adequadas ao fluxo de vapor. ● Deve-se evitar tubulações: ● Subdimensionadas Provocam erosão e altas perdas de carga, interferindo → no funcionamento normal da instalação. ● Superdimensionadas Apresentam altos custos de instalação, mas não → interferem no funcionamento normal da instalação. ● Métodos de dimensionamento: ● Método da velocidade: ● Escolhe-se uma velocidade para o escoamento de vapor saturado, de 15 a 40 m/s, e para o escoamento de vapor superaquecido, de 30 a 60 m/s. ● As velocidade são limitadas devido ao barulho e erosão das paredes. ● Método das perdas de carga: ● Usado quando é fundamental a obtenção de pressões e temperaturas pré-determinadas no final da linha de vapor. 5 / 20 Tubulações ● Determinação do diâmetro interno da tubulação: ● Observações: ● Deve-se pré-fixar o valor da velocidade dentro de faixas especificadas. ● O dimensionamento pelo método da velocidade não prevê o comprimento da tubulação, e consequentemente as perdas de carga. ● Velocidades ~15 m/s no início da tubulação evitam: ● O arraste de umidade vinda da caldeira. ● Maiores perdas de carga no fim da linha de vapor. ● Em trechos de tubulação longos M→ étodo das perdas de carga. m˙=∫ Af ρ v d A f → m˙=ρ v A f → m˙=ρ v πd i 2 4 d i 2= 4 m˙ πρ v → d i=√ 4 m˙πρ v 6 / 20 Tubulações ● Especificação da tubulação: ● Os tubos são especificados por: ● Diâmetro nominal. ● Número de série Schedule. ● Para um mesmo diâmetro nominal corresponderá: ● Um diâmetro externo fixo. ● Uma série opcional de diâmetros internos (vide pg 13 do apêndice). ● Logo, existe uma variação padronizada de espessuras para a parede do tubo. ● Comercialmente são disponibilizadas as séries: ● Schedule 40. ● Schedule 80. ● Schedule 160. ● A pressão efetiva do vapor determina o número de série Schedule: Série≥ 1000 . pef σ 7 / 20 Tubulações ● Classes de materiais de acordo com a aplicação: ● T ≤ 400oC: ● Tubos de aço carbono, sem costura, pretos e galvanizados. ● T > 400oC: ● Tubos de aço de baixa liga com molibdênio (resistência à fluência). ● Tubos de aço de baixa liga com cromo (resistência à oxidação). ● Meios de ligação usados em tubos e acessórios: ● Tubulações com Øn < 4“: ● Ligações rosqueadas (baixo custo e fácil execução). ● Tubulações não desmontáveis: ● Ligações soldadas (boa vedação e resistência mecânica). ● Tubulações desmontáveis: ● Ligações flangeadas (peças volumosas e caras). 8 / 20 Válvulas ● Válvulas: ● Necessárias para controlar a vazão e a pressão do vapor. ● Válvulas de bloqueio: ● Estabelecem ou interrompem o fluxo de vapor. ● Uso generalizado (simplicidade e baixo custo). ● Tipos de válvulas de bloqueio: ● De gaveta (ao lado), de esfera e de comporta. ● Válvulas de controle: ● Causam grandes perdas de carga ao fluxo de vapor, pois são usadas para trabalhar em qualquer posição de fechamento. ● Se adaptam melhor à regulagem de vazão que as de bloqueio. ● Tipos de válvulas de controle: ● De globo (ao lado), de agulha e de borboleta. 9 / 20 Válvulas ● Válvulas de retenção: ● Permitem o fluxo em apenas um sentido. ● São usadas em linhas onde se deseja impedir a inversão do sentido do fluxo. ● Tipos de válvulas de retenção: de portinhola (abaixo à esquerda), de levantamento (abaixo central), e de esfera (abaixo à direita). 10 / 20 Válvulas ● Válvulas de segurança: ● Usadas em linhas onde a pressão não deve ultrapassar valores pré-estabelecidos em projeto. ● Pré-ajustadas por uma mola ou contra-peso. ● Controlam automaticamente a pressão à montante da tubulação. ● A figura ao lado mostra uma válvula de segurança. ● Válvulas redutoras: ● Usadas quando se deseja reduzir a pressão à jusante da tubulação. ● São comandadas por uma vávula piloto e uma válvula principal, ambas ajustadas por meio de molas de tensão regulável. ● A figura ao lado mostra uma válvula redutora. 11 / 20 Válvulas ● Válvulas de bloqueio x Válvulas de controle: ● A figura ao lado compara o comportamento das válvulas de bloqueio (de gaveta) e das válvulas de controle, mostrando a abertura em função da vazão. ● Para alterar a vazão, por exemplo, de 20 para 40%, tem-se que: ● Nas válvulas de bloqueio, é necessária uma pequena variação na abertura. ● Nas válvulas de controle, é necessária uma variação na abertura maior que nas de bloqueio. ● Conclui-se, portanto, que as válvulas de controle se adptam melhor à regulagem de vazão. 12 / 20 Válvulas ● Superaquecimento do Vapor na Válvula Redutora de Pressão: ● Se vapor saturado passa pela válvula redutora de pressão, ele superaquece, pois: ● O processo ocorre muito rápido e em uma área muito pequena (adiabático). ● Não há trabalho envolvido, pois não há movimento de fronteira. ● Aplicando a 1a Lei da Termodinâmica Processo isentálpico.→ ● Raramente isto ocorre, pois o vapor carrega umidade, e na passagem pela válvula parte desta umidade evapora. ● Assim, o vapor se mantém em estado de mistura, e apenas o título é alterado: h=hl+ x .hlv → x= h−hl hlv 13 / 20 Válvulas ● Instalação de Válvulas Redutoras de Pressão: ● Forma adequada para a instalação de válvulas redutoras de pressão: ● Deve facilitar a inspeção e manutenção, mesmo com o sistema funcionando. ● A válvula de segurança deve ser regulada para uma pressão um pouco superior à da saída da válvula redutora. ● Uso de filtros de vapor: ● Ao passar por válvulas de pequena abertura, o vapor pode atingir velocidades sônicas. ● Nessas condições, ocorre erosão excessiva devido à presença de partículas sólidas ou mesmo água em suspensão. ● Os filtros de vapor atenuam este efeito. 14 / 20 Perdas de Carga em Tubulações ● Perdas de Carga em Tubulações: ● As perdas de carga em tubos de seção transversal circular podem ser determinadas usando a equação de Darcy-Weisbach: ● O comprimento equivalente total L é dadopela soma: ● Dos comprimentos da tubulação. ● Dos comprimentos equivalentes dos acessórios (Apêndice, pg 12). ● O coeficiente de atrito f depende: ● Da rugosidade relativa da parede do tubo. ● Do número de Reynolds. ● Vimos que f pode ser obtido de maneira analítica (usando correlações transcendentais), ou de maneira gráfica (usando o diagrama de Moody). ● Para obter valores aproximados, pode-se utilizar as equações: Δ p=f L d i v2 2 ρ Δ p=0,02 L d i v2 2 ρ [Pa] ou Δ p=0,02.10−5 L d i v2 2 ρ [kgf /cm2] 15 / 20 Perdas de Calor em Tubulações ● Perdas de Calor em Tubulações: ● Calor perdido pelo vapor que passa por uma tubulação para o ambiente: ● O calor deve vencer as seguintes resistências térmicas: ● Convecção forçada no interior do tubo (R1). ● Condução através das paredes do tubo (R2) e isolamento (R3). ● Convecção natural ou forçada na superfície externa do isolamento (R4). ● Radiação externa. ● Em tubulações revestidas com material de baixa emissividade, a parcela de calor transferida por radiação é desprezada. ● Fazendo uma analogia elétrica: q˙=U . A .ΔT U . A= 1 R1+R2+R3+R4 16 / 20 Perdas de Calor em Tubulações ● Resistências térmicas: ● Convecção forçada no interior do tubo: ● Condução através das paredes do tubo: ● Condução através do isolamento térmico do tubo: ● Convecção na superfície externa do isolamento: R1= 1 hv . A1 R2= ln(d e/d i) 2 .π .k t .Lt R3= ln(d /de) 2.π .k i . Lt R4= 1 ha . A4 17 / 20 Perdas de Calor em Tubulações ● Condução: ● A equação para condução unidimensional em regime permanente é: ● Para cilindros perfurados ou tubos: ● Determinação da condutividade térmica: ● Para o aço carbono, kt = 53 W/m.K. ● Para isolamentos, ki pode ser obtido na tabela abaixo (pg 28). q˙=−k t . A . dT dx q˙= 2 .π .k t . Lt ln(de /d i) ΔT Material isolante Calor específico [kJ/kg.K] Condutividade térmica [W/m.K] T=60oC T=80oC T=100oC Silicato de cálcio 1,004 0,0640 0,0663 0,0686 Lã de rocha 0,837 0,0419 0,0442 0,0465 Lã de vidro 0,711 0,0361 0,0384 0,0419 18 / 20 Perdas de Calor em Tubulações ● Convecção: ● O fluxo de calor por convecção entre uma superfície qualquer e um fluido: ● Para tubos ou cilindros perfurados: ● Para convecção forçada em escoamento interno: ● Onde para linhas de vapor: ● Para convecção forçada do ar em escoamento externo: ● Onde: ● Constantes C e m Tabela ao lado.→ q˙=h . A .ΔT Nu=h .d k → h= Nu .k d Nu=0,023 .Re0,8 .Pr0,4 Re= ρ .v .d i μ = v .d i ν Nu=C .Rem Re= v .dν 19 / 20 Perdas de Calor em Tubulações ● As propriedades físicas para determinar os números de Reynolds e de Nusselt são tabeladas em função da temperatura de filme, definida por: ● Se for admitido fluxo de calor por convecção natural do ar na superfície externa da linha de vapor, o número de Nusselt é determinado por: ● Constantes C e m Tabela ao lado.→ ● O número de Grashof é dado por: ● Se 0 ≤ Gr.Pr ≤ 104, o Nu deve ser obtido consultando o gráfico ao lado. T f= T∞+T p 2 Nu=C (Gr Pr)m Gr=d 3 gβ ν2 (T p−T ∞), com β= 1 T∞+273 20 / 20 Perdas de Calor em Tubulações q˙=σ A ε(T 4−T∞ 4 ) ● Radiação: ● A transferência de calor por radiação entre uma superfície à temperatura T e a outra superfície sendo envolvente e à temperatura T∞, é dada por: ● A emissividade depende do tipo de material (vide tabela ao lado). ● Em problemas que envolvem a ação combinada de radiação e convecção, pode-se utilizar o conceito de resistência térmica para simplificá-lo. ● Da mesma forma feita anteriormente para condução e convecção, a resistência térmica correspondente à radiação pode ser dada por: ● A resistência térmica equivalente é, então, calculada considerando as resistências térmicas de convecção e de radiação atuando em paralelo. Material ε [ ] Alumínio polido 0,04 Mercúrio 0,10 Bronze 0,22 Granito 0,45 Areia 0,76 Roupa de algodão 0,77 Concreto 0,85 Asfalto e papel 0,93 Madeira 0,95 R5= ΔT σ A ε(T 4−T∞ 4 ) Título Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20