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material da 2º prova da apostila constitucional II

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direito de petição – direito que pertence a uma pessoa de invocar a atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou situação, seja para reclamar, para que tomem providência em relação à alguma irregularidade ou na defesa do interesse individual. cabe a qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica; por indivíduo ou grupos; nacionais ou estrangeiros. mas não pode ser formulado pelas forças militares, como tais, o que não impede reconhecer aos membros das forças armadas ou das polícias militares o direito individual de petição, desde que sejam observadas as regras de hierarquia e disciplina. é importante frisar que o direito de petição não pode ser destituído de eficácia, não pode a autoridade a quem é dirigido escusar pronunciar-se sobre a petição. habeas corpus– é um instrumento de proteção à liberdade de locomoção do indivíduo dentro do território nacional ou para fora dele contra atos ilegais ou abuso de poder praticado por agentes públicos. pode ser preventivo (quando se acha iminente, prestes a ocorrer, e ter seu direito ameaçado, salvo conduto, deve se provar a ameaça contra o indivíduo, se provada é dado o habeas corpus, deve ser específico em relação ao processo)ou repressivo (já teve seu direito de locomoção violado)
mandado de segurança é usado para proteger os demais direitos não amparados pelos habeas corpus ou habeas-data diante da realização ou da iminência de ato ilegal ou abuso de poder praticado por autoridade ou agente público. também pode ser preventivo (ameaça de violação do direito) ou repressivo (quando o direito já foi violado). a cf permite mandados de segurança coletivos, impetrados por partidos políticos com representação no congresso, organizações sindicais e demais entidades de classe ou por associações legalmente constituídas há pelo menos um ano. visa proteger todos os direitos líquidos e certos (independente de prova para sua demonstração, não precisa produzir perícia, testemunha; é comprovado de plano. habeas data é destinado a assegurar o direito à informação sobre dados pessoais constantes em registro e bancos de dados governamentais ou de caráter público ou para retificar estes dados. pode ser usado sempre que os responsáveis por esses bancos de dados se recusarem a fornecer informações pessoais aos próprios interessados. mandado de injunção individual ou coletivo, serve para assegurar o exercício de direito previsto na cf mas ainda não regulamentado. cabe ao juiz elaborar uma norma para o caso concreto, permitindo o exercício do direito. é proposto normalmente contra autoridade faltosa. uma das suas características é que não é julgado em 1a instância, mas diretamente pelo stf somente pode ser proposto contra norma constitucional que necessita de complementação legislativa, nunca contra a norma constitucional de eficácia plena ou contra ato normativo infra-constitucional já existente e que regulamente certa matéria.
ação popular seu objetivo é a proteção do patrimônio público, histórico, cultural, do meio ambiente e da moralidade administrativa diante de um ato lesivo, imoral ou ilegal. pode ser impetrado por qualquer cidadão (entenda-se, aquele que vota) brasileiro. proposta por “cidadão”, deriva do direito republicano, patrimônio público; deve ser ajuizado pelo cidadão acompanhado pelo seu advogado.aquele que não é cidadão do local, não pode ajuizar ação popular contra o poder público do município, somente contra bens do estado ou da união, mas há alguns que entendem que se pode fazê-lo em qualquer parte do território nacional. as formas de estado são: estado unitário,estado autonômico estado federal nos estados unitários os poderes dos entes locais (departamentos, municipalidades, etc) dependem exclusivamente da atitude do legislativo ordinário do poder central, ao passo que no estado federal, as prerrogativas dos entes locais (estados, municípios) pairam acima da vontade do estado central, pois são garantidos por uma constituição rígida.” federação é a união de entidades políticas autônomas, indissolúvel, sob texto constitucional rígido que preveja repartição de competências (conceito clássico). os estados-membros possuem autonomia política, têm poderes constituintes decorrentes e podem seguir a sua própria constituição.
estado autonômico, que é composto por regiões autônomas. nele o poder central não tem à sua mercê a existência e amplitude da descentralização. a repartição de competências é inscrita no próprio texto constitucional. as regiões autônomas podem ser suprimidas por reforma constitucional e não possuem poder constituinte decorrente, já que sua organização é sempre aprovada por lei nacional. no estado federal as entidades federativas possuem poder constituinte decorrente e o pacto federativo é intocável. soberania é um poder que não encontra nenhum outro acima dele na esfera internacional, e nenhum outro que lhe esteja, nem mesmo, em igual nível na ordem interna. todos os estados (unitário, federal e autonômico) possuem soberania. a união não tem soberania, ela é uma pessoa jurídica formada pelos estados membros, que exercerá em nome do estado, a soberania. autonomia é a margem de discrição que goza a entidade política, para decidir sobre seus negócios, mas sempre delimitada esta margem, pelo direito constitucional. a união, os estados, df e municípios são autônomos, pois atuam forçosamente dentro de um quadro jurídico, definido pela cf. a autonomia é uma área de competência circunscrita pelo direito, enquanto que, a soberania não encontra qualquer espécie de limitação jurídica.
 confederação é a união de estados soberanos através de tratado. os estados não perdem a sua soberania e podem desligar-se da confederação a qualquer tempo. as decisões confederais precisam de aprovação de leis internas de cada estado confederado, para que possa ter aplicação em seu território. formação dos estados os estados constituem instituições típicas do estado federal. são eles as entidades-componentes que dão a estrutura conceitual dessa forma de estado. não há mais como formar novos estados, senão por divisão de outro ou outros. a cf prevê a possibilidade de transformação deles por incorporação entre si, por subdivisão ou desmembramento quer para se anexarem a outros, quer para formarem novos estados, quer, ainda, para formarem territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada aquela que vai ser afetada. repartição de competência o princípio geral que norteia a repartição de competência entre as entidades componentes do estado federal é a predominância de interesse, segundo o qual à união caberão matérias e questões de predominante interesse geral, nacional; aos estados tocarão as matérias e assuntos de predominante interesse regional, e aos municípios concernem os assuntos de interesse local.
competência quanto à forma, remanescente, residual, implícita
expressa - vem enumerada, escrita na como sendo próprias de uma ou mais entidades federativas. 
remanescente ou reservada – é a competência que sobra para uma entidade, após a enumeração da competência das outras entidades. o que não for expressamente atribuído a uma entidade, é entendido como competência. . residual – competência que sobra para uma entidade depois de distribuídas todas as competências, a todas as entidades. matéria tributária (se um novo imposto for implantado, obviamente não estará previsto na cf e sua competência será da união). implícita ou resultante – são instrumentais ao atingimento das finalidades expressamente enumeradas. referem-se à prática de atos ou atividades razoalvelmente considerados necessários para o exercício dos poderes expressos. na cf atual não existe este tipo de competência. ex.: em uma constituição anterior não havia competência expressa sobre a expulsão de estrangeiros do país; seria ilógico, que esta competência fosse dada a um estado ou município; entendeu-se que em decorrência da soberania da união, está implícito que é de competência dela esta matéria.competência quanto à extensão; exclusiva, privativa, comum, concorrente e suplementa.
exclusiva – é dada como sendo de uma entidade política, com a exclusão de todas as demais. não pode ser delegada. privativa – é aquela enumerada como própria de uma entidade, mas com possibilidade de delegação às outras entidades. comum ou paralela – é a possibilidade de atuação das entidades políticas em pé de igualdade, sem que haja hegemonia entre elas, e sem que o exercício da competência de uma entidade exclua a competência da outra concorrente – é a possibilidade de disposição acerca da mesma matéria por mais de uma entidade federativa, cabendo a primazia da união no que tange a fixação de normas gerais. suplementar – correlativa da competência concorrente. poder de formular normas que desdobrem o conteúdo de princípios de normas gerais que supram a ausência ou omissão destas. 
 “união é pessoa jurídica de direito público interno, com capacidade política, que ora se manifesta em nome próprio (no âmbito interno), e ora se manifesta em nome da federação no âmbito externo (em tratados, convenções, qualquer “negócio” que envolva outros países ). excepcionalmente, quando decreta intervenção federal, estado de sítio ou de defesa, atuará internamente em nome da federação. a união é a entidade federal formada pela reunião das partes componentes, constituindo pessoa jurídica de direito público interno, autônoma em relação às unidades federadas (ela é unidade federativa, mas não é unidade federada) e a que cabe exercer as prerrogativas da soberania do estado brasileiro. estado federal, com o nome de república federativa do brasil, é o todo, ou seja, o complexo constituído da união, estados, df e municípios, dotado de personalidade jurídica de direito público internacional. observa-se que a união não tem soberania, ela é uma pessoa jurídica formada pelos estados membros, que exercerá em nome do estado federal, a soberania. competências da união dispõe de:competência material exclusiva competência legislativa privativa. competência comum com os estados, df e municípios. competência legislativa concorrente com os estados, e df sobre temas especificados.
a união não possui competência suplementar e nem reservada (remanescente). possui competência em matéria reservada, que é expressa e residual (art. 154 – referente a imposição de impostos que não estejam previstos). quando se tratar de cobrança de taxas e tributos de melhoria, estes podem ser cobrados pelos estados membros e municípios, pois neste caso a competência é concorrente.
intervenção federal consiste em medida excepcional de supressão temporária da autonomia de um determinado ente federativo, fundada em hipóteses taxativamente previstas no texto constitucional, e que visa à unidade e preservação da soberania do estado federal e das autonomias da união, estados, do df e dos municípios. a união, em regra, somente poderá intervir nos estados-membros e no df, enquanto que os estados somente poderão intervir nos municípios integrantes de seu território. a união não poderá intervir diretamente nos municípios, salvo se existentes dentro de território federal. união não intervirá nos estados nem no distrito federal, exceto para: manter a integridade nacional; repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra. ( ex. pm do paraná atuar em são paulo, salvo se houver acordo ). pôr termo a grave comprometimento da ordem pública. (impedir badernas, que causem problema à ordem pública ). garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da federação. ( legislativo, executivo e judiciário ). nas hipóteses de intervenção espontânea, em que o presidente verifica a ocorrência de determinadas hipóteses constitucionais permissivas da intervenção, ouvirá os conselhos da república e o de defesa nacional, que opinarão a respeito. após isso, poderá discricionariamente decretar a intervenção no estado-membro.
estados membros a cf assegura autonomia aos estados federados que se consubstancia na sua capacidade de auto-organização, de autogoverno e de auto-administração. auto- organização é a capacidade de fazerem suas próprias leis e regerem-se por elas. autogoverno é a capacidade de escolherem seus governantes e a possibilidade deles de gerirem o negócio do estado de acordo com os interesses e peculiaridades locais. (característica retirada quando da intervenção) auto-administração é a possibilidade do estado manter e administrar os serviços públicos de interesse local. competências dos estados membros ordinariamente são as remanescentes ou reservadas existem também: comum, concorrentes, suplementares, expressas.
poder constituinte estadual os estados são regidos também por sua própria constituição, que só é possível porque os estados estão munidos de um poder constituinte decorrente, que nasce do poder constituinte originário. este é fonte da cf, é poder supremo, soberano; aquele é apenas autônomo e deve obedecer os princípios constitucionais estabelecidos (aqueles que limitam a autonomia organizatória dos estados membros e municípios, isto é, revelam previamente a forma de sua organização social, econômica e política). poder executivo estadual é exercido pelo governador do estado, eleito para um mandato de 4 anos, por sufrágio universal e voto direto e secreto em eleição que se realize 90 dias antes do término do mandato de seu antecessor. seus secretários detêm cargos de confiança. os impedimentos do governador decorrem da natureza de suas atribuições, assim como ocorre com o presidente, independentemente de previsão especificada na constituição do estado. art. 28, 38 e 37, xvi. poder judiciário estadual o constituinte estadual é livre para estruturar sua justiça, desde que preveja o tribunal de justiça como órgão de cúpula da organização judiciária estadual, crie os juizados especiais e a justiça de paz, designe juiz de entrância especial com competência para dirimir litígios agrários e mantenha o tribunal do júri (arts. 93, iii; 96, i e ii, 98 e 125). poderá criar ou não tribunal de alçada, criar ou não justiça militar, por proposta do tribunal de justiça, descentralizar seu sistema judiciário com tribunais de segunda instância em regiões do interior. a justiça estadual compreende, tribunais de segunda instância e juizes de primeira. o tribunal de justiça compõem-se de desembargadores em número e atribuições determinados na constituição de cada estado. os tribunais de alçada, se houver, compõem-se de juizes. 
municípios a autonomia municipal, da mesma forma que a dos estados-membros, configura-se pela tríplice capacidade de auto-organização, autogoverno e auto-administração. dessa forma, o município auto-organiza-se através de sua lei orgânica municipal e, posteriormente, por meio da edição de leis municipais; autogoverna-se mediante a eleição direta de seu prefeito, vice-prefeito e vereadores, sem qualquer ingerência dos governos federal ou estadual; e auto-administra-se, no exercício de suas competências administrativas, tributárias e legislativas, diretamente conferidas pela cf. competências dos municípios ,exclusiva, suplementar ,comum. compete aos municípios:
i – legislar sobre assuntos de interesse local (interesse do município, para se saber se o interesse é local, será estudado na cf. sobre de quem seja esse interesse) ii – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (editar normas específicas para os municípios, acolhendo normas da união, estados, tendo que se adequar a essas normas) iii – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; (a competência tributária é expressa na constituição municipal, são elencados exclusivamente nas matérias de impostos, e são matérias concorrentes em relação a taxas de contribuição de melhorias). iv – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;(podem criar distritos, observada a constituição estadual).
o poder legislativo municipal tem a incumbência de legislar e fiscalizar as contas públicas do município.a câmara municipal é o órgão do poder legislativo local, e tem suas atribuições discriminadas pela lei orgânica do respectivo município. a sua função legislativa é exercida com a participação do prefeito, e por meio dela se estabelecem as leis municipais, e se cumpre, no âmbito local, o princípio da legalidade a que se submete a administração. a sua função fiscalizadora é de grande relevância, tanto que é prevista na cf, e no projeto, que declara que a fiscalização financeira e orçamentária dos municípios será exercida pela câmara municipal, mediante controle externo, com auxílio do tribunal de contas do estado (órgão auxiliar do poder legislativo) ou do conselho ou tribunal de contas do município, se houver. a atividade fiscalizadora da câmara efetiva-se mediante vários mecanismos, tais como pedido de informações ao prefeito, convocação de auxiliares diretos deste, investigação mediante comissão especial de inquérito, tomada e julgamento das contas do prefeito, observando-se que só por voto de dois terços de seus membros pode ela rejeitar o parecer prévio do tribunal de contas competente. nota-se que o município não tem poder judiciário.
 distrito federal é pessoa jurídica de direito público interno, tendo auto governo, auto administração e auto organização. ao mesmo tempo é um estado e um município ”. o df não é regido por uma constituição municipal, e sim por uma lei orgânica distrital, que é uma espécie de constituição. assim não se pode falar que o df não tem poder constituinte decorrente, mesmo que este não se manifeste tão fortemente como nos estados-membros. o órgão do poder legislativo denomina-se câmara legislativa (soma de câmara municipal e assembléia legislativa). seus deputados não são estaduais, e sim distritais. brasília é o distrito federal, não podendo ser dividida em municípios. o governador atua como governador estadual e prefeito; não há vereadores e sim deputados distritais (que fazem as vezes de vereadores e deputados estaduais). distrito federal, vedada sua divisão em municípios, reger-se-á por lei orgânica, votadas em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da câmara legislativa, que a promulgará, atendidas os princípios estabelecidos nesta constituição.
o poder executivo constitui órgão constitucional cuja função precípua e a prática dos atos de chefia de estado, de governo e de administração. além de administrar a coisa pública (função típica), também legisla e julga (contencioso administrativo), no exercício de suas funções atípicas. vacância da presidência da república ao vice-presidente cabe substituir o presidente, nos casos de impedimento (é temporário, casos de doença, férias ou licença) e suceder-lhe no caso de vacância. serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência: o presidente da câmara dos deputados, o do senado federal e o do supremo tribunal federal, se ocorrer o impedimento concomitante do presidente ou do vice ou no caso de vacância de ambos ou cargos. nesta última hipótese, convocar-se-á eleição direta para noventa dias depois da última vaga, se esta ocorrer nos dois primeiros anos de mandato presidencial. mas, se a vacância ocorrer nos dois últimos anos, a eleição será indireta. em qualquer dos casos, os eleitos simplesmente completarão o período dos seus antecessores.
poder regulamentar do presidente
a cf prevê que compete privativamente ao presidente, expedir decretos e regulamentos para fiel execução da lei. os regulamentos, portanto, são normas expedidas privativamente pelo presidente, cuja finalidade principal é facilitar a execução das leis, removendo eventuais obstáculos práticos que podem surgir em sua aplicação e se exteriorizam po meio de um decreto, sendo pois, importante fonte do direito administrativo. o regulamento é um ato administrativo com conteúdo normativo. crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas definidas na legislação federal, cometidas no desempenho da função, que atentam contra a existência da união, o livre exercício dos poderes de estado, a segurança interna do país, a probidade da administração, a lei orçamentaria, o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais e o cumprimento das leis e decisões judiciais. quando se tratar de imunidade formal relativa a outros aspectos, como por exemplo da prisão, não há qualquer aplicabilidade em relação aos chefes dos poderes executivos estaduais. o poder judiciário federal detém: justiça do trabalho (jt) justiça eleitoral (je) justiça militar (jm) justiça comum federal (jcf) o poder judiciário estadual detém justiça militar estadual (jme) justiça comum estadual (jce)
justiça estadual que fixa alguns preceitos de observância obrigatória: (art. 125) 1 a competência dos tribunais será definida na constituição do estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do tj. 2 a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da constituição estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. 3 a possibilidade de criação por lei estadual, mediante proposta do tj, da justiça militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos conselhos de justiça e, em segundo, pelo próprio tj, ou por tribunal de justiça militar nos estados em que o efetivo da polícia militar seja superior a 20.000 integrantes, com competência para processar e julgar os policiais militares e bombeiros militares nos crimes militares definidos em lei, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente e dos oficiais e da graduação das praças. 3 designação por parte do tj de juízes de entrância especial, que sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio, com competência exclusiva para questões agrárias. 4 aplicabilidade de regra na composição dos tribunais estaduais, segundo a qual um quinto dos lugares dos tribunais de estado e do df e territórios será composto de membros do mp, com mais de 10 anos de carreiras, e advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
são órgãos da justiça eleitoral: o tse, os tres e os juízes eleitorais e juntas eleitorais. (art. 118). tribunal superior eleitoral é composto por 7 juízes, sendo: 3 entre os ministros do stf, 2 entre os ministros do stj ,2 entre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. justiça militar a cf determina que a justiça militar será composta do stm, dos tms e dos juízes militares instituídos por lei, que a organizará, competindo-lhe processar e julgar os crimes militares definidos em lei. (art. 122 e 124) garantias do poder judiciário existem as garantias inerentes ao poder judiciário e as inerentes à magistratura que não devem ser confundidas, pois estas são concedidas apenas ao juízes. as garantias inerentes ao poder judiciário referem-se à autonomia funcional, administrativa e financeira, pois os tribunais têm autogoverno e devem elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais poderes na lei de diretrizes orçamentárias. além disso, é o próprio judiciário quem organiza suas secretarias e serviços auxiliares e os juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; dá provimento, na forma prevista na cf, ao cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; propõe a criação de novas varas judiciárias; dá provimento, por concurso público de provas, ou provas de títulos, aos cargos necessários à administração da justiça, exceto os de confiança assim definidos por lei; concede licença, férias e afastamentos a seus membros e aos juízes e servidoresque lhes forem imediatamente vinculados. (art. 96).
os magistrados possuem a garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, assim como os membros do mp, pois sua independência pressupõe uma caráter externo, relativo aos órgãos ou entidades estranhas ao poder judiciário, e um caráter interno, ou seja, independência dos membros perante os órgãos ou entidades pertencentes à própria organização judiciária. essas garantias concedidas aos magistrados devem ser vistas como uma maneira de evitar que os juízes não sejam justos e imparciais (garantias de imparcialidade – art. 95, § único, i, ii, iii) em suas decisões, é acima de tudo, uma garantia concedida à toda coletividade. vitaliciedade – o juiz somente poderá perder seu cargo por decisão judicial transitada em julgado. (não deve ser confundida com estabilidade, pois neste caso o funcionário estável pode perder o cargo através de um processo administrativo disciplinar). a vitaliciedade somente é adquirida após o chamado estágio probatório, ou seja, após 2 anos de efetivo exercício da carreira, mediante aprovação no concurso de provas e títulos. os magistrados dos tribunais superiores, do stf, ou mesmo os advogados e membros do mp que ingressam nos tribunais estaduais ou federais pelo quinto constitucional adquirem vitaliciedade imediatamente no momento da posse. inamovibilidade – uma vez titular do respectivo cargo, o juiz somente poderá ser removido ou promovido por iniciativa própria, nunca ex officio de qualquer outra autoridade, salvo em uma única exceção constitucional por motivo de interesse público (art. 93, viii e 95, ii) e pelo voto de 2/3 do órgão competente. irredutibilidade de subsídios – o salário do magistrado não pode ser reduzido como forma de pressão, garantindo-lhe assim o livre exercício de suas atribuições. observa-se porém, que não existe a possibilidade de atualização monetária.
a imunidade material implica subtração da responsabilidade penal, civil, disciplinar ou política do parlamentar por suas opiniões, palavras e votos, no exercício de suas funções e sobre matéria parlamentar. assim, jamais se poderá identificar, por parte do parlamentar, qualquer dos chamados crimes de opinião (calúnia, difamação, injúria, etc). além disso, a imunidade material possui eficácia temporal permanente e absoluta, de caráter perpétuo, pois pressupondo a inexistência da infração penal ou ilícito civil, mesmo após o fim de sua legislatura, o parlamentar não poderá ser investigado, incriminado ou responsabilizado. imunidade formal ou processual é o instituto que garante ao parlamentar a impossibilidade de ser ou permanecer preso ou ser processado sem autorização de sua casa legislativa respectiva. observa-se que está imunidade refere-se apenas ao ilícito penal, sendo que quando houver um processo civil (indenização) corre este normalmente na justiça correspondente (art. 53, §4o).os deputados estaduais gozam das duas imunidades, já aos vereadores é apenas concedida a imunidade material.
processo legislativo é o conjunto de atos realizados pelos órgãos legislativos visando a formação de leis constitucionais, complementares e ordinárias, resoluções e decretos legislativos. tem por objeto, nos termos do art. 59, a elaboração de emendas à constituição, leis complementares, ordinárias, delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. o processo legislativo pode ser completo ou incompleto, dependendo da espécie normativa. é completo quando composto dos seguintes atos: iniciativa – é a possibilidade de deflagração de processo legislativo por alguém ou algum órgão. pode ser parlamentar quando atribuída aos membros do congresso nacional (deputados e senadores), ou extra-parlamentar quando conferida ao presidente, aos tribunais superiores, ao ministério público e aos cidadãos (art. 61, §2o). a iniciativa pode ser ainda, concorrente quando vários órgãos ou pessoas são legitimados (parlamentares e presidente), ou exclusiva quando reservada a determinado cargo ou órgão (ex.: art. 61, §1o).
discussão – proposto o projeto de lei ao congresso nacional, haverá ampla discussão e votação sobre a matéria nas duas casas, delimitando-se o objeto a ser aprovado ou mesmo rejeitado pelo poder legislativo. deliberação – o projeto de lei seguirá, na respectiva casa, para a fase de instrução, nas comissões, onde será analisada inicialmente a sua constitucionalidade e posteriormente seu mérito, nas chamadas, respectivamente, comissão de constituição e justiça e comissões temáticas. sanção/ veto – sanção é a aprovação do projeto de lei no prazo de 15 dias. pode ser tácita (o presidente não manifesta-se, ou seja, silencia durante o prazo) ou expressa (quando o presidente manifesta-se concordando no prazo de 15 dias). poder ser ainda, total ou parcial conforme concorde com a totalidade ou parcialmente com o projeto. veto é a manifestação de discordância do presidente com o projeto de lei aprovado pelo pode legislativo, no prazo de 15 dias úteis, no todo ou em parte, desde que esta parcialidade somente alcance texto integral de artigos, parágrafos, alíneas ou incisos. dessa forma, impossível o veto de palavras, frases ou orações isoladas. (art. 66). o veto é irretratável, pois uma vez manifestado e comunicadas as razões ao poder legislativo, tornar-se-á insuscetível de alteração de opinião do presidente observa-se que o veto aditivo não existe no brasil.promulgação – é o ato pelo qual o executivo autentica a lei, atesta a sua existência, ordenando sua aplicação e cumprimento. (art. 66, §7o) publicação – dá conhecimento a todos de que a ordem jurídica recebeu uma nova norma. visa impedir que se alegue o desconhecimento da lei e marca o momento em que a lei passa a ser exigida. deve ser publicada em órgão oficial, e se for parcialmente publicada, far-se-á nova publicação do texto integral. nota-se que a parte já publicada é considerada válida. observa-se que quando se tratar de leis complementares ou ordinárias o processo será sempre completo.
emendas constitucionais ; consistem em uma modificação, acréscimo ou retirada de algum dispositivo constitucional. leis complementares e leis ordinárias a cf traz as leis complementares como espécie normativa diferenciada, com processo legislativo próprio e matéria reservada. duas são as diferenças entre as leis complementares e ordinárias: poderá ser objeto de lei complementar a matéria taxativamente prevista na cf, enquanto que todas as demais matérias deverão ser objeto de lei ordinária, salvo aquelas privativas do congresso nacional, câmara dos deputados ou senado. 2º enquanto o quorum para a aprovação de lei ordinária é de maioria simples, o quorum da lei complementar é de maioria absoluta. leis delegada trata-se de uma exceção a regra de que as leis provêm do legislativo, pois as leis delegadas serão elaboradas pelo presidente, que deverá solicitar a delegação ao congresso nacional . assim, a iniciativa é exclusiva do presidente e o congresso não pode aprovar lei delegada espontaneamente. uma vez encaminhada a solicitação ao congresso nacional, a mesma será submetida a votação pelas casas do congresso nacional, em sessão bicameral conjunta ou separadamente, e em sendo aprovada por maioria simples, terá a forma de resolução, que especificará obrigatoriamente as regras sobre seu conteúdo e os termos de seu exercício.
medidas provisórias = são sucedâneos do extinto decreto-lei, que uma vez baixados, tinham forma e força de lei e se não fossem expressamente rejeitados pelo congresso nacional no prazo de 60 dias, automaticamente era considerado aprovado. baseado no direito italiano foi criada a medida provisória que, diferentemente do decreto-lei, uma vez editada, tem força de lei, mas sua vigência é provisória, ou seja, se não aprovada em 30 dias, perderá a eficácia. se aprovada, converte-se em lei ordinária. decretos legislativos e resoluções decreto legislativo é a espécie normativa destinada a veicular as matérias de competência exclusiva do congresso nacional,previstas, basicamente no art. 49 cf. resolução é ato do congresso nacional ou de qualquer de suas casas, tomado por procedimento diferente do previsto para elaboração de leis, destinado a regular matéria de competência do congresso nacional ou privativa do senado ou câmara dos deputados, mas em regra com efeitos internos; excepcionalmente, porém, prevê a constituição de resolução com efeitos externos, como a que dispõe sobre a delegação legislativa.

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