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PORTFÓLIO GRUPO 2° SEMESTRE ADM BH CENTRO

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12
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ADMINISTRAÇÃO – 2
° SEMESTRE
cláudia martins silva
fabiano sebastião silva
neemias gonçalves pereira
sunária siqueira
ANÁLISE DO MERCADO 
(
SUPERMERCADO VALE
 A PENA)
Belo Horizonte
2015
cláudia martins silva
fabiano sebastião silva
neemias gonçalves pereira
sunária siqueira
ANÁLISE DO MERCADO 
(SUPERMERCADO VALE A PENA)
Trabalho de Produção Textual em equipe
 
apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bime
stral na
s
 disciplina
s do 2
° semestre/ 2015.
Orientador
a: Professora
 
Elexssandra
 Ferreira de Assunção Alves.
Belo Horizonte
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA..........................................................................4
2.2 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA: ASPECTOS RELACIONADOS A EMPRESA	4
2.3 MÉTODOS QUANTITATIVOS: ANÁLISE DENTRO DA EMPRESA...............	8
2.4 ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE: PESQUISA COM FUNCIONÁRIOS.	13
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS	17
REFERÊNCIAS	18
INTRODUÇÃO
	A finalidade deste trabalho é, através de uma pesquisa de campo, mostrar bases práticas das matérias de Economia, Métodos Quantitativos, Ética, Política e Sociedade. Desta forma, a produção textual, a partir de informações colhidas junto a gerência e funcionários da MERCEARIA RIBEIRO E OLIVEIRA LTDA, contempla situações práticas associadas à teoria a que se refere as matérias mencionadas acima.
Indo ao encontro do que descrevem Domingues Júnior et al. (2014, p.05), no desenvolvimento das atividades profissionais de um administrador, independente de ser um colaborador ou empreendedor em seu próprio negócio, busca-se sempre o sucesso da empresa a qual representa. A partir deste conceito vê-se a importância de desafios relativos à Economia, Métodos Quantitativos, Ética, Política e Sociedade.
Seguindo este contexto do estudo da empresa a partir de informações colhidas junto ao Gerente e a seus funcionários, são objetivos específicos deste trabalho:
- Mostrar características da Microeconomia e Macroeconomia dentro da realidade do mercado supermercadista, bem como na empresa pesquisada, beneficiando o leitor, uma vez que “o objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los de forma a melhorar nossa qualidade de vida” (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004, p.1). 
- Mostrar aplicação dos conceitos estatísticos desenvolvidos pelos Métodos Quantitativos, uma vez que o objetivo da estatística é “o estudo de fenômenos que possam ser quantificados de alguma forma por meio da observação” (GARCIA et al., 2014, p. 6). 
- Considerar fatores do mercado de trabalho dentro do setor supermercadista, através da visão dos funcionários da empresa, tomando como base aspectos de ética, política e sociedade.
O objetivo principal é desta forma, proporcionar ao leitor, através da pesquisa realizada, uma visão clara sobre a importância destas matérias no âmbito administrativo e também, como consumidores, empreendedores ou colaboradores em uma empresa, já que são fatores que fazem parte da vida de todos.
 DESENVOLVIMENTO
 APRESENTAÇÃO Da empresa
A empresa escolhida para realização da pesquisa tem como Razão Social MERCEARIA RIBEIRO E OLIVEIRA LTDA e será tratada apenas pelo nome fantasia “Supermercado Vale a Pena”.
O Supermercado Vale a Pena, seguindo as classificações de Headley, Campos (2014, p.12-16), trata-se de uma empresa de porte médio (SEBRAE), contando com a colaboração 78 funcionários, com Fins Lucrativos e do Segundo Setor.
Está localizada na periferia de Belo Horizonte/ MG, bairro Floramar, sendo um supermercado familiar, voltado a atender a demanda da região em questão. 
 microeconomia e macroeconomia: aspectos relacionados a empresa
Conforme caracteriza Domingues Júnior et al. (2014, p.45), toda empresa tem como um de seus objetivos a geração de lucro. E o bom desempenho nas escolhas aumenta a possibilidade de lucro, que as incentiva a crescerem e aumentarem sua produtividade. Com mais produtividade, consegue-se vender produtos melhores com preços que viabilizam o aumento dos lucros e dos salários dos colaboradores. Este sucesso na obtenção de resultados favoráveis está ligado a fatores econômicos, que permitam a identificação do papel das empresas na economia e que reflitam de forma positiva na sociedade.
O Supermercado Vale a Pena atua no segmento de gênero alimentício, limpeza, açougue e perfumaria. Este mercado, quanto a sua estrutura, pode ser classificado como Concorrência Perfeita ou Pura, devido ao grande número de empresas concorrentes, sem barreiras de acesso, onde devem prevalecer produtos homogênios e transparência de mercado. Por ser um mercado transparente e sem barreiras de acesso, não há espaço para lucros extraordinários (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004, p.74-75). Esta classificação, levando em consideração o grande número de empresas concorrentes no mercado, também é defendida por Domingues Júnior et al.(2014, p.30):
A grande maioria dos autores que abordam a questão da estrutura do mercado, aponta que o critério mais frequente para classificar as diferentes estruturas de mercado é a que faz referência ao número de participantes que interagem neste mercado. 
 
Por ser supermercado familiar, situado em bairro periférico da capital mineira, a maioria de seus clientes são locais e de baixa renda, embora existam exceções. Recebe como clientes toda a sociedade local, homens, mulheres, família, filhos, pais, etc. Os graus de escolaridade predominantes são o ensino médio e o fundamental. 
O tempo médio dos clientes no supermercado varia de acordo com o tipo de compra. Em média, cada cliente investe de 60 minutos a 120 minutos realizando suas compras, semanal, quinzenal e, sobretudo mensal. 
O gasto médio por compra varia entre R$ 500,00 e R$ 700,00, ainda considerando, é claro, que existem compras emergentes no dia a dia de um ou outro produto. Porém, como o perfil maior é de compras mensais, apresenta a média no valor mencionado acima.
Quanto à forma de pagamento, a maioria dos clientes utiliza cartão de crédito e cartão alimentação. O supermercado ainda oferece as opções de dinheiro e, somente para clientes antigos, cheques. 
Todo o perfil dos clientes inicialmente mencionado acima influencia diretamente na forma de trabalhar do Supermercado Vale a Pena, indo o encontro do que afirma Vasconscellos, Garcia (2004, p.30-32), ao mencionar que a procura de uma mercadoria é geralmente afetada pelo preço, mas também pela renda dos clientes. Os empresários buscam a maximização do lucro total e os clientes, como agentes de demanda, buscam maximizar a função utilidade dos produtos. Vasconcellos, Garcia (2004,p.40) ainda mostra que além das variáveis anteriores, alguns produtos são afetados por fatores mais específicos, como efeitos sazonais, localização, condições de crédito, salário, entre outros.
Os clientes do Supermercado Vale a Pena preferem marcas fortes, que os influencia devido o alto investimento em marketing promocional. Pode-se citar como exemplos: café Três Corações, sabão em Pó Omo, Arroz Prato Fino e Cerveja Brahma. Se os preços destes produtos sobem, os clientes manifestam insatisfação, mas não procuram outro supermercado. Na maioria das vezes migram de marca, pesquisando produtos concorrentes mais ou menos do mesmo nível.
Um exemplo é a marca de sabão em pó Omo. Quando o preço aumenta muito, ocorre migração para marcas como Ypê, pois na percepção dos clientes, possui também um conceito de qualidade. Quando a diferença diminui, existe uma tendência a voltarem a consumir a marca Omo. Mas não deixam de comprar nem mudam de supermercado. Assim, observa-se uma elasticidade quanto a marca escolhida seguindo o entendimento de Domingues Júnior et al.(2014, p.24) que vê “a questãoda elasticidade como um grau de reação ou sensibilidade de um produto ou de uma família de produtos a variação de seu preço”. E, conforme afirma Vasconcellos, Garcia (2004 p.39), para a maioria dos produtos a procura será afetada pelos preços dos bens substitutos (concorrentes) e pelas preferências ou hábitos dos consumidores.
 Outro fator que interfere na migração de marcas são campanhas promocionais. Seguindo ainda o exemplo acima, quando a marca Ypê lança uma campanha expondo seus produtos em ponta de balcão a R$ 9,00 contra R$ 14,00 da marca Omo, obriga a marca Omo a reduzir o preço neste supermercado, pois uma parte de seus clientes permanece fiel, mas a maioria migra devido período de crise. Segundo o gerente do supermercado, a migração depende muito também da situação econômica do país: em tempos de economia forte, dificilmente mudam de marca, mas em tempos de crise a tendência é buscarem marcas que apresentem melhor relação custo-benefício, indo novamente ao encontro da visão de Vasconcellos, Garcia (2004, p. 40) onde pontua as perspectivas da economia, congelamentos ou tabelamentos de preços e salários como fatores que interferem na procura de um produto. 
O supermercado Vale a Pena revisa seus preços e trabalha com regime de cotação através de uma tabela onde os fornecedores informam o preço em determinada semana, sem ter conhecimento do preço informado pelo concorrente. Prevalece a compra junto ao fornecedor que informar menor preço.
Nas oportunidades de promoção, o supermercado repassa o desconto ao cliente final, compra em maior quantidade e coloca o produto em promoção. Essa ação é realizada por acreditar que, promovendo os produtos mais acessíveis, obriga aos fornecedores com preços altos a baixarem devido a concorrência. Essa é uma estratégia importante, conforme observa Domingues Júnior et al.(2014, p.78) sobre a importância de se ter um planejamento baseado na busca de uma definição do porque se faz e do como se faz, estratégia de redução de despesas, poder de barganha com fornecedores e poder de barganha com compradores. 
Referente a fatores externos, a inflação influencia diretamente nos preços dentro do supermercado. Desde qual produto o cliente compra; a quantidade que compra; a marca; o segmento do produto (produtos como queijo, vinho e carne de primeira diminuem o consumo em período de alta inflação). Desta forma, obriga a toda cadeia comercial a baixarem seus preços. 
Influencia ainda na disponibilidade de determinados produtos que possuem matéria prima importada para o mercado, pois impossibilita os fabricantes a promoverem a oferta, devido a margem de lucro bem baixa em detrimento do custo fixo com frete, matéria prima importada, etc. Assim, sofre também influência do Dólar, sobretudo o departamento de perfumaria do supermercado. Conforme mostra Vasconcellos, Garcia (2004, p.168) uma elevação da taxa de câmbio (desvalorização cambial) acarretará em maior despesa aos importadores, elevando o preço em Real dos produtos importados e, mesmo considerando seus preços em dólar, precisará de mais Real por dólar. 
 Neste caso, os fabricantes diminuem a oferta, porém, como a procura continua, ocorre o hiato inflacionário, definido por Vasconcellos, Garcia (2004, p.128) como consequência da procura estar mais aquecida e a oferta de bens e serviços não poder acompanhá-la, elevando os preços. 
 Em termos de concorrência, o supermercado Vale a Pena está em uma competição direta com vários supermercados de porte médio na região onde atua. As maiores ações da concorrência são voltadas a prática de menor preço e fidelização pela disponibilidade de serviços: entregam em domicílio, campanhas de fidelização, ou seja, evitando que o cliente faça pesquisa de mercado. Por este motivo, o Supermercado Vale a Pena segue o que descrevem Domingues Júnior et al. (2014, p. 44-45) ao afirmarem que os preços têm duas dimensões a serem consideradas: uma interna, na qual se considera custo de produção e outra externa, onde se compara o preço interno com os preços da concorrência.
Novamente, destaca-se a importância do planejamento descrito por Domingues Júnior et al. (2014, p. 77-79) como estratégias para análise do ambiente, riscos de novos concorrentes, análise relação entre gastos versus retornos, expectativas versus realidade, cultura organizacional, análise contínua das mudanças provocadas pelas estratégias e mecanismos de controle para garantir que o lucro líquido aumente.
 MÉTODOS QUANTITATIVOS: ANÁLISE DENTRO DA EMPRESA
No momento de ações administrativas em uma empresa como o Supermercado Vale a Pena, as análises de dados coletados auxiliam e promovem um entendimento adequado, bem como definem qual a melhor decisão a ser tomada, conforme descrito por Guimarães (2007, p.11):
Estatística é um conjunto de técnicas de análise de dados, cientificamente formuladas, aplicáveis a quase todas as áreas do conhecimento que nos auxiliam no processo de tomada de decisão. É a Ciência que estuda os processos de coleta, organização, análise e interpretação de dados relevantes e referentes a uma área particular de investigação. (GUIMARAES, 2007, p. 11).
Para tanto, esta pesquisa se utiliza de variáveis quantitativas discretas, definidas por Garcia et al.(2014, p.9) como dados que podem ser expressos por uma estrutura numérica por meio de números inteiros e não negativos. Para coleta das informações, se utiliza do método de amostragem intencional onde, é escolhido intencionalmente um grupo de elementos para compor a amostra onde se deseja coletar os dados (GARCIA et al., 2014, p.14). 
Ainda no contexto da pesquisa, é utilizado amostragem levando em consideração os principais cuidados descritos por Garcia, et al. (2014, p.15) como: um universo que defina os objetivos da pesquisa, a situação que é investigada, a base do processo da investigação e os cuidados que garantem a confiabilidade da pesquisa. Desta forma, a análise estatística utilizada é descritiva, onde apresenta tabelas e gráficos a partir de dados numéricos coletados, organizados e descritos para compreender melhor o comportamento da variável no conjunto de dados sob a análise. 
 A primeira análise estatística desta pesquisa é determinada pela preferência dos clientes do Supermercado Vale a Pena quanto as marcas de sabão em pó disponíveis no mercado. A partir desta investigação obteve-se um conjunto de dados definidos como população e a amostra, que é parte dessa população conforme descrito por Larson (2010, p.4) ao afirmar que a população é “uma coleção de todos os resultados, respostas, medições ou contagens que são de interesse e a amostra é um subgrupo de uma população”.
Segundo o Gerente do Supermercado Vale a Pena, a marca mais vendida é o OMO. A partir de um questionário realizado junto aos clientes com pergunta direta sobre a preferência quanto as marcas disponíveis no supermercado, pode-se confirmar o relato do gestor, conforme demonstra a Tabela 1. 
O percentual da preferência dos clientes é calculado a partir da distribuição das frequências. Conforme descreve Garcia et al.(2014, p.76), na distribuição, agrupamos uma série de dados com as suas respectivas frequências absolutas. Na tabela de distribuição de frequência, a frequência relativa é dada por: 
Frequência Relativa (fr)= ____Frequência_________
 Tamanho da Amostra
Assim, foram entrevistados 64 clientes, onde 55% destes confirmam a marca OMO como de sua preferência. A marca YPÊ segue em segundo com 19% da preferência, seguido pela marca ARIEL com 14% da preferência. As demais marcas se dividiram em 12 % da preferência.
Tabela 1- Preferência dos clientes do Supermercado Vale a Pena por marcas de sabão em pó
	Marcas
	Frequência
	Frequência Relativa 
	Percentual
	OMO
	35
	35/64=0,5469
	55%
	YPÊ
	12
	12/64=0,1875
	19%
	ARIEL
	9
	9/64=0,1406
	14%
	OUTROS
	8
	8/64=0,125
	12%
	TOTAL
	64
	1,00100%
Fonte: da pesquisa (2015)
Representação em gráfico
 Fonte: da pesquisa (2015)
A segunda análise estatística desta pesquisa, leva em consideração medidas de tendência central (Média, Mediana e Moda) do salário dos clientes do Supermercado Vale a Pena, a partir de dados informados pelo Gerente do supermercado. Para tanto, estes dados referentes aos valores dos salários foram agrupados. Desta forma, para calcular a média, seguindo o que afirma Garcia et al. (2014, p.136-139) define-se o ponto médio de cada dado agrupado que é representado por uma variável (xi). Informa-se o valor da média ponderada, representado pela quantidade ou frequência (fi) de clientes no ponto médio salarial de cada classe. E por fim, calcula-se a média ponderada seguindo a fórmula:
Essa fórmula traduz-se como a somatória das variáveis (xi) multiplicadas pela frequência (fi) de cada variável e divido pela somatória da frequência de cada variável.
Aplicando esta equação a partir das informações descritas na tabela 2, observa-se a média salarial no Supermercado Vale a Pena em R$ 1.115,00.
Tabela 2- Distribuição de frequência salarial dos clientes do Supermercado Vale a Pena- Valores em R$
	Salários (R$)
	variável(xi)
	frequência(fi)
	F acumulada
	xi.fi
	0|---500
	250
	9
	9
	2.250
	500|---1.000
	750
	33
	42
	24.750
	1.000|---1.500
	1250
	41
	83
	51.250
	1.500|---2.000
	1750
	12
	95
	21.000
	2.000|---2.500
	2250
	3
	98
	6.750
	2.500|---3.000
	2750
	2
	100
	5.500
	
	
	100
	
	111.500
Fonte: da pesquisa (2015)
Ainda seguindo as informações da mesma tabela, calcula-se a Mediana dos salários destes clientes. Para tanto, de acordo com Garcia et al. (2014, p. 56-57) deve-se seguir os seguintes passos:
1º Passo: determinar a frequência acumulada.
2º Passo: calcular n/2.
3º Passo: marcar a classe correspondente a frequência acumulada imediata superior a somatória de n/2. Essa classe será chamada de Classe Mediana.
4º Passo: calcula a Mediana pela seguinte fórmula:
 Onde:
l md= limite inferior da classe mediana.
n= tamanho da amostra ou números de elementos.
FAA= frequência acumulada da classe anterior à classe mediana.
F md= frequência da classe mediana.
Seguindo esta fórmula, observa-se que a Mediana dos salários dos clientes no Supermercado Vale a Pena é: R$ 1.095,24.
Por fim, observando a mesma Tabela 2, ainda seguindo o passo a passo descrito por Garcia et al. (2014, p. 58-59), encontra-se a Moda salarial destes clientes, definida como o valor dominante que está compreendido entre os limites da classe modal. A classe modal, nada mais é que a que apresenta maior frequência.
1º Passo: Identificar a classe modal.
2º Passo: Aplicar a fórmula:
Onde:
l= limite inferior da classe modal.
d1= frequência da classe modal - frequência da classe anterior a classe modal.
d2= frequência da classe modal – frequência da classe posterior a classe modal.
h= amplitude da classe modal.
A partir da aplicação desta fórmula, observa-se que a Moda dos salários dos clientes no Supermercado Vale a Pena é R$ 1.108,11.
A terceira análise desta pesquisa, leva em consideração medidas de dispersão (Variância, Desvio Padrão e Coeficiente de Variação). Os dados coletados referem-se à idade dos clientes do Supermercado Vale a Pena. Considerando os dados da tabela de distribuição de frequência (Tabela 3), calculam-se estes dados. O desvio padrão é a “medida de dispersão geralmente mais empregada, pois leva em consideração a totalidade dos valores da variável em estudo. É um indicador de variabilidade bastante estável” (AMAZONAS, 2013, P.22).
Tabela 3- Distribuição de frequência da idade dos clientes do Supermercado Vale a Pena
	Idade
	Variável (xi)
	Frequência (fi)
	xi.fi
	xi-x=di
	di²
	|di²|.fi
	0|---20
	10
	15
	150
	10-33,6=-23,6
	556,96
	8.354,40
	20|---40
	30
	55
	1.650
	30-33,6=-3,6
	12,96
	712,8
	40|---60
	50
	27
	1.350
	50-33,6=16,4
	268,96
	7.261,92
	60|---80
	70
	3
	210
	70-33,6=36,4
	1.324,96
	3.974,88
	Total
	
	100
	3.360
	
	
	20.304,00
	
	
	20.304,00/100-1
	205,1
	
	
	
Fonte: da pesquisa (2015)
 Para cálculo do desvio padrão tem-se por base a variância, que é uma soma de quadrado, conforme equação definida pela fórmula:
Onde s²= variância amostral. 
Aplicando esta fórmula, observa-se que a variância amostral das idades dos clientes no Supermercado Vale a Pena é de 205,01.
A partir da variância, chega-se ao valor do desvio padrão, definido pela fórmula: . 
Após aplicar tal fórmula, observa-se o desvio padrão é de 14,32. Seguindo ainda o que Garcia et al. (2014, p.65-66) nos mostra, pode-se afirmar que: o grau de dispersão na variação das idades dos clientes do Supermercado Vale a Pena é de 14,32, medido pelo desvio-padrão.
Por fim, calcula-se o Coeficiente de Variação aplicando apenas a fórmula: 
Onde: CV= coeficiente de variação.
Após aplicar esta fórmula, observa-se que o coeficiente de variação nas idades dos clientes do Supermercado Vale a Pena é de 42,62% (heterogênio).
A suma da pesquisa mostra que:
1º- Existe uma preferência por marcas de grande investimento em propaganda e marketing, a exemplo do sabão em pó OMO.
2º- A média salarial, bem como a mediana e a moda são bem próximas, sendo todos um pouco acima de R$ 1.000,00.
3º- Existe uma grande variação na idade dos clientes que frequentam o supermercado Vale a Pena, sendo que o coeficiente de variação é heterogênio. 
2.4 ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE: PESQUISA COM FUNCIONÁRIOS
Sendo o Supermercado Vale a Pena, uma empresa com cargos e funções distintas, como por exemplo, Gerente, Supervisor, Operadores de Caixa e Repositores de Loja, observa-se uma diferença no padrão de comportamento bem como na visão que cada um tem da empresa e do mercado supermercadista como um todo. Considerando a cultura própria desta empresa e ainda, discernidos os cargos e funções, cada um tem um pensamento diferente e liberdade de criticar de acordo com a classe a que pertence, mesmo respeitando as mesmas regras e preceitos internos. Isso vai ao encontro do que afirma Chaui (2000, p. 436):
Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. Culturas e sociedades hierarquizadas e com diferenças muito profundas de castas ou de classes podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referida aos valores de uma casta ou de uma classe social. No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.
O posicionamento do Supervisor de Loja é claro em enxergar possibilidades de crescimento profissional, sobretudo no segmento supermercadista, migrando para Gerência Geral em alguma grande Rede de Supermercados e se graduando como Administrador. Já a Operadora de Caixa e a Repositora, enxergam apenas como benefício a pouca exigência que o mercado pede para que alguém ingresse, ou seja, o fator empregabilidade independente de qualificação profissional. Não vê possibilidade nenhuma de crescimento profissional e financeiro tanto na empresa quanto no segmento supermercadista. Observa-se nesta diferença de posicionamento entre o Supervisor e as funcionárias, o que Chaui (2000, p.469) descreve: “a escolha de vida que fazemos tem sempre lugar sobre a base de situações dadas e possibilidades abertas”.
Quando o assunto são as vantagens em se trabalhar neste segmento, há unanimidade em citar sobre o conhecimento a respeito das mercadorias, exposição dos produtos nos balcões de acordo com a data de vencimento, caixas remarcadas, condição das carnes no açougue, ou seja, sempre relacionando o conhecimento que obtém enquanto funcionários e não teriam se fossem apenas consumidores. Neste ponto, observa-se apercepção de se ter vantagem e, ao mesmo tempo não advertem os consumidores a respeito destes fatores, sem perceberem mal algum nessa conduta, até para não prejudicar as vendas. Assim, percebe-se o conceito de moral como definido por Srour: (2013, p.56):
¬ É um sistema de normas culturais que pauta as condutas dos agentes sociais de uma determinada coletividade e lhes diz o que é certo ou não fazer; 
¬ Representa um posicionamento diante das questões polêmicas ou sensíveis e constitui um discurso que justifica interesses coletivos.
 
 Como desvantagem, todos também citam o trabalho aos sábados e domingos e folgas apenas por escala. O Supervisor cita apenas esta desvantagem, enquanto a Operadora de Caixa e a Repositora mencionam também o baixo rendimento salarial e falta de oportunidade em promoção de cargo.
Neste setor supermercadista, segundo o Supervisor do Supermercado Vale a Pena, existe a possibilidade de carreira duradoura, por estar o comércio sempre em atividade, mas admite a necessidade e a intenção de buscar formação acadêmica para se crescer profissional e financeiramente. Já a Operadora de Caixa enxerga apenas a possibilidade temporária, devido baixo salário. Por sua vez, a Repositora vê uma carreira duradoura, devido falta de oportunidades, porém sem chance de crescimento, pois não pretende seguir carreira através de formação acadêmica. 
Estes três posicionamentos descritos acima, mostram as regras que o imperativo hipotético-técnico expressa, conforme Tavares, Almeida e Barboza (2014, p.63) pontuam ser fator que determina a vontade debaixo da condição de se alcançar determinados objetivo como: se quiseres ser campeão, vai ter que treinar ou, neste caso, se quiseres ter sucesso no mercado supermercadista, vai ter que estudar e seguir carreira acadêmica.
Também sobre esta mesma situação, vemos o que descreve Tavares, Almeida e Barboza (2014, p.32) sobre a liberdade das opções que seguimos, uma vez que sempre existem possibilidades, as escolhas são feitas (mesmo mediante condicionamentos sociais, políticos, econômicos e culturais) e em torno delas vamos criando o futuro de nossas vidas, exigindo sempre um posicionamento.
Em um comparativo do Supermercado Vale a Pena (supermercado familiar) frente às grandes redes, a noção do Supervisor é de ser mais fácil em supermercados familiar devido à informalidade, facilitando a relação tanto para o funcionário, quanto para o patrão. Segundo ele, nas grandes redes as decisões são tomadas sem a participação dos funcionários, mesmo sendo Supervisores. Já em supermercados de bairro tem-se mais acesso aos fornecedores e proximidade com clientes. Neste quesito, observa-se nas grandes redes, a partir deste relato, uma das disfunções da burocracia: as decisões são tomadas, partindo do cargo mais alto independente do conhecimento que possui sobre o assunto. A ênfase está na exibição de poder de autoridade. Assim, os funcionários encontram dificuldades com os clientes por estarem voltados ao interior da empresa. Em suma, a burocracia desconsidera a organização formal e a variedade humana (TAVARES; ALMEIDA; BARBOZA, 2014, p.143).
A favor das grandes redes, o Supervisor pontua os benefícios como reconhecimento maior em termos de currículo, contato frequente com promotores de outras empresas e mais cargos com consequentes oportunidades de crescimento. Ainda assim prefere trabalhar em supermercado familiar. 
A Operadora de Caixa prefere o trabalho em supermercado familiar devido a seleção ser mais fácil, ter mais proximidade com os colegas de trabalho e clientes e, sobretudo morar próximo ao local de trabalho. Não deseja trabalhar em grandes redes, porque vê este segmento como uma atividade temporária. 
A Repositora prefere trabalhar em grandes redes, devido melhor relação custo-benefício, embora esteja acomodada onde trabalha hoje. Cita a soma das ponderações de seus colegas Supervisor e Operadora de Caixa.
Na observação do comportamento individual desses funcionários, percebe-se que cada indivíduo reage de acordo com sua potencialidade, descrito por Tavares, Almeida e Barboza (2014, p.28) como sendo fator hereditário e das normas e padrões de sua cultura, uma vez que, desde o nascimento é submetido a um processo contínuo de aprendizagem, prolongando por toda a vida em fases de maior ou menor apreensão. Ou seja, é condicionado consciente ou inconscientemente a canalizar seus impulsos sociais para as expectativas da sócio cultura. Assim, resulta em uma personalidade que caracterizam individualmente os membros de um grupo social.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se que fatores da Microeconomia, Macroeconomia, estudo de estatísticas e ainda Ética, Política e Sociedade são fundamentais na compreensão do mercado como um todo e no sucesso que uma empresa específica possa ter neste mercado.
E, através da reflexão dos assuntos tratados neste trabalho, o leitor pode compreender tudo que envolve os acordos e variáveis pertinentes à economia e estatística em uma empresa, um segmento e uma sociedade, bem como o ponto de vista de ética, moral e política. Estes acordos e variáveis estão correlacionados e cooperam para o bom funcionamento de uma comunidade. Como afirma Tavares, Almeida e Barboza (2014, p. 3): “a humanidade necessita de acordos para que sua interação e convivência se tornem sustentáveis”.
Os estudos descritos neste trabalho favorecem aos leitores a compreensão destes temas abordados de forma prática a partir dos relatos da liderança e dos funcionários sobre o mercado supermercadista e a empresa pesquisada. 
Por fim, entende-se após a leitura, que a economia influencia diretamente na vida das pessoas; estas, respondem de acordo com conceitos de moral e ética em um grupo a que pertence e, através da estatística consegue-se planejar melhor ações futuras, além de entender as atuais e passadas.
 
 REFERÊNCIAS
AMAZONAS (Estado). Curso de qualificação profissional: estatística básica. Amazonas: Manaus, Governo do Estado do Amazonas, 2013. Disponível em: http://www.seplancti.am.gov.br/arquivos/download/arqeditor/apostila_estatistica.pdf Acesso em 12 outubros 2015
 CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
DOMINGUES JUNIOR, Jurandir et al. Economia. Londrina: Educacional, 2014.
GARCIA, Regis et al. Métodos Quantitativos. Londrina: Educacional, 2014.
GUIMARÃES, PAULO R. BITTENCOURT. Métodos Quantitativos Estatísticos.1. ed. IESDE Brasil S.A. Curitiba PR. Disponível em: http://www.inf.ufsc.br/~verav/LIVROS/LIVROS/Metodos%20Quantitativos%20%20Estatisticos%20Paulo%20Ricardo%20BittencourtGuimar%E3es.pdf. 
Acesso em 12 outubros 2015.
HEADLEY, Samara Silva; CAMPOS, Ivan Ferreira. Administração e teoria das organizações. Londrina: Unopar, 2014.
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