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QUESTÃO DISCURSIVA - ECA JUIZ
Magistratura Estadual - Concurso: TJRR - Ano: 2008 - Banca: FCC - Disciplina: Estatuto da Criança e do Adolescente - Assunto: Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): 
“Eu o amava porque o que eu queria fazer, ele consentia, e brincava comigo no chão como um menino de minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera a seu lado amargo. A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um coração sensível demais às suas mágoas. Coitado de meu pai ! Parece que o vejo quando saía de casa com os soldados no dia de seu crime (assassinato de minha mãe). Que ar de desespero ele levava, no rosto de moço ! E o abraço doloroso que me deu nessa ocasião ! Vim a compreender, com o tempo, que se deixara levar ao desespero. O amor que tinha pela esposa era o de um louco. O seu lugar não era no presídio para onde o levaram. O meu pobre pai, dez anos depois, morria na casa de saúde, liquidado por uma paralisia geral (...). três dias depois da tragédia (assassinato) levaram-me para o engenho do meu avô materno. Eu ia ficar morando com ele”. (José Lins do Rego, Menino do Engenho). 
Com base no excerto, e considerando as disposições do ECA (Lei 8.069/90), comente o exercício do direito de liberdade e do poder familiar antes e após o evento descrito, bem como as medidas pertinentes ao pai que poderiam ter sido adotadas com antecedência, a fim de se evitar a mencionada tragédia, especificando a competência para a adoção de tais medidas. 
Há de se relatar os aspectos ligados ao Direito de Liberdade, previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 16, onde dispõe:
“Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação”.
Sobre o bom exercício do poder familiar por parte do pai, segundo Carlos Roberto Gonçalves:
"Poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante à pessoa e aos bens dos filhos menores".
Falando sobre os atos atentatórios a moral e os bons costumes sobre o crime de homicídio da mãe do menino cometido pelo seu próprio pai, é uma das causas para a perda do poder familiar, já que, a criança fica frustrada e abalada emocionalmente e psicologicamente por pessoas de seu convívio familiar, o pai e a mãe, duas figuras presentes e de muita proximidade são entrelaçados em um crime e uma tragédia ao mesmo tempo.
É importante mencionar as medidas pertinentes aos pais ou responsáveis segundo o ECA em seu artigo 129, incisos I, III, IV e X, ao qual dispõe:
“Título IV - Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família; 
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do poder familiar. 
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24”.
No que tange os incisos I, III, IV e VII do art. 129, considera-se neste caso a competência do Conselho Tutelar e a competência judicial em seu inciso X do respectivo artigo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
GONÇALVES, Carlos Roberto – Direito Civil Brasileiro, volume 6: direito de família – 8ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2011.
www.jusbrasil.com.br
www4.planalto.gov.br

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