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Mineraçao de Placeres SEmi pronto

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UNIVERSIDADE WUTIVI
Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico
Curso: Engenharia de Minas
Cadeira: Mineração Especifica
Ano: 4º
Laboral
TEMA: Mineração de Pláceres 
 
Discentes:
Arcénio Artur Munguambe
Ênio Jafete Cuna
Jeftes Zacarias Nhamirre
Jesse Mitchel da Silva 
José Pedro Nhampossa
Pedro Mário Mausse
Virgílio Júlio Mafumo
 Docente: _______________
Boane, Maio de 2018
	
Introdução
O presente trabalho, surge no âmbito da Cadeira de Mineração Específica e visa abordar sobre a mineração de pláceres. É inegável que a mineração à céu aberto pode ser definida como uma escavação superficial para remoção de minerais de interesse económico. Pode ser empregada para a explotação de minerais Metálicos e não Metálicos (Industriais, Energéticos) em depósitos próximos à superfície, geralmente com profundidades menores que 150 m. Pode-se dizer que, no momento em que não há mineração selectiva, isto é, não há cobertura estéril, como no caso de pláceres metálicos, a mineração se resume na carga do material, remoção do material desmontado pela caçamba e descarga no veículo que o transportará até a planta de beneficiamento. O tamanho dos depósitos pode variar de poucas toneladas (ouro) até 100 milhões de toneladas (ferro). Os métodos de lavra à céu aberto de entre as várias classificações existentes também apresentam-se sob forma de: Mineração de pláceres, Open pit e Métodos combinados. No presente trabalho se vai debruçar da Mineração de pláceres que subdivide-se em:
Método de calhas e represas (“Panning and Sluicing”);
Método de desmonte hidráulico (“Hidraulicking”);
Métodos de dragagem (“Dredging”).
2. Objectivo
2.1 Geral
Abordar sobre a mineração de pláceres no seu todo e sua ocorrência em Moçambique.
2.2 Específico
Conceituar a Mineração de Pláceres;
Descrever os métodos de extracção aplicados à Mineração de Pláceres;
Identificar a aplicação dos minerais oriundos da mineração de Pláceres.
3.Metodologia 
Para a prossecução dos objectivos acima mencionados foi elaborado um plano de estudo consistindo nas seguintes fases nomeadamente: fase da Revisão Bibliográfica e a fase do Trabalho de Gabinete. Estas fases consistiram na obtenção de informações através de documentos em formato electrónico do tipo PDF, Artigos científicos, Brochuras, e informações da internet referentes ao tema em estudo. 
4. Depósito de Plácer
Concentração natural de minerais pesados ​​causada pelo efeito da gravidade nas partículas em movimento. Quando minerais pesados ​​e estáveis ​​são liberados de sua matriz por processos de intemperismo, eles são lentamente lavados em direcção a fluxos que rapidamente deixam a matriz mais leve. Assim, os minerais pesados ​​concentram-se em cascalhos de rios, praia e latência (residuais) e constituem depósitos de minério viáveis. Os minerais que formam o depósito possuem alta gravidade específica, são quimicamente resistentes ao intemperismo e são duráveis; tais minerais incluem Ouro, Platina, Cassiterita, Magnetita, Cromita, Ilmenita, Rutilo, Cobre nativo, Zircão, Monazita e várias Gemas. Os minerais pesados que compõem os pláceres marinhos são oriundos de rochas fontes, ígneas, sedimentares ou metamórficas, que sofreram intemperismo e erosão, desagregando e liberando os minerais detríticos para o transporte pelos agentes superficiais (rios, vento, águas pluviais, gelo e acção da gravidade). Uma vez liberados das rochas fonte, estes minerais pesados podem ser transportados até o litoral, junto com outros minerais detríticos, onde a acção das ondas e correntes costeiras, ocasiona a retirada dos minerais mais leves e concentra aqueles cujas densidades são mais elevadas, dando origem aos pláceres de praias.
Fig.1: Ambiente de Formação do Pláceres.
5. Génese dos Pláceres
Origem relacionada às variações do nível do mar que ocasionaram períodos de exposição sub-aérea (regressões) e subsequente afogamento (transgressões) de extensas áreas da actual plataforma marinhas caracterizam o período Quaternário e foram modulados por mudanças climáticas, que ocasionaram o desenvolvimento das calotas polares nos períodos glaciais e seu posterior degelos, nos períodos interglaciais.
As variações no volume das geleiras, foram acompanhadas pelas mudanças eustáticas do nível do mar, ou seja, nível do mar baixo e exposição da plataforma continental em fases glaciais e afogamento durante fases interglaciais. O máximo da última fase de nível de mar baixo ocorreu há 18.000 anos, quando a linha de costa situava-se nas proximidades da quebra da plataforma continental, cuja profundidade atual ocorre em média entre 75 a 120m. Os depósitos fluviais, formados na extensa planície costeira que se estendia por toda a plataforma continental durante as fases de nível do mar baixo do final do Pleistoceno, foram afogados pela transgressão marinha holocênica (Fig.2).
Os minerais pesados que compõem os pláceres são oriundos de rochas fontes, ígneas, sedimentares ou metamórficas, que sofreram intemperismo e erosão, desagregando e liberando os minerais detríticos para o transporte pelos agentes superficiais (rios, vento, águas pluviais, gelo e acção da gravidade). Uma vez liberados das rochas fonte, estes minerais pesados podem ser transportados até o litoral ou rios, junto com outros minerais detríticos, onde a acção das ondas e correntes costeiras, ocasiona a retirada dos minerais mais leves e concentra aqueles cujas densidades são mais elevadas, dando origem aos pláceres.
Fig.2: Gênese dos depósitos de minerais pesados durante o afogamento do litoral em função da elevação do nível do mar. Depósitos fluviais e deltaicos, incluindo o canal fluvial e as barras arenosas submarinas na desembocadura do canal (A) são afogados pela transgressãomarinha, permanecendo na plataforma continental como depósitos submersos (B) que por sua vez são retrabalhados pela ação das correntescosteiras e pelas ondas.
6. Mineração de Pláceres
É a mineração de depósitos aluviais para minerais. Isso pode ser feito por vários equipamentos de escavação de superfície. A mineração de Pláceres é frequentemente usada para depósitos de metais preciosos (particularmente ouro) e pedras preciosas, os quais são frequentemente encontrados em depósitos aluviais: depósitos de areia e cascalho em leitos de rios modernos ou antigos, ou ocasionalmente depósitos glaciais. 
A mineração de pláceres é afectada pela concentração de minerais de detritos materiais originados da sedimentação selectiva em água corrente. Um primeiro requisito é que o material esteja próximo ou dentro da água e sobre ou próximo à terra superficial.
6.1 Principais tipos de depósitos pláceres 
Aluviões;
Areias de praias e de deposição eólica;
Saprófilos.
6.1.1 Aluviões
É um depósito de sedimentos (areia, cascalho, lama, resíduos vegetais) e que podem ter origem fluvial, lacustre ou marinha. Nos rios, esta acumulação de sedimentos é muito frequente como consequência de inundações e ocorre a partir do momento em que as águas perdem a capacidade de os transportar, geralmente junto dos estuários e em planícies de inundação. No mar e nos lagos, o aluvião ocorre geralmente na sequência de períodos de forte ondulação. Pelas suas características em termos de consistência, os depósitos de detritos formados com os aluviões são muito mutáveis, sendo facilmente moldáveis pela erosão fluvial (ou pela erosão das ondas e das marés no caso de aluviões marinhos)
Fig.3: Formação de depósitos de ouro de aluvião.
A maioria do ouro é transportado nos fluidos hidrotermais que viajam através das rachaduras na terra. Veias são fendas preenchidas por ouro e os outros elementos químicos realizados pelos fluidos hidrotermais.
Eventualmente, as veias podem estar expostas na superfície da Terra por Resistência e Erosão onde água corrente pode concentrar os pesados pepitas de ouroem depósitos aluviais. 
Estes depósitos formam se por causa do alto peso de ouro e pode ser prospectado com uma panela ou extraído numa base comercial com uma draga.
6.1.2 Areias de Praias e Deposição Eólica
Podem se formar em áreas áridas onde o vento, e não a água, atua como agente concentrador, removendo partículas finas da escória mais clara. Os depósitos de ouro de algumas partes do deserto australiano são exemplos.
A deflação eólica ocorre frequentemente em regiões de campos de dunas com a retirada preferencial de material superficial mais fino (Areia, Silte), permanecendo, muitas vezes, uma camada de pedregulhos e seixos atapetando a superfície erodida que depois pode vir a ser sepultada por novas deposições arenosas ao cessar a ablação eólica naquele ponto.Tipos de dunas costeiras: 
Dunas frontais;
Dunas Transgressivas,
Dunas estacionárias.
7. Concentração de minerais pesados em depósitos de Pláceres
Fig.4: Concentração de minerais pesados em depósitos de aluvião ocorre pela acção de fluxo. Ouro, diamantes, e estanho, por exemplo, se erodido a partir de sua origem depósitos, irá acumular-se em áreas onde as correntes de transmissão são fracos, tais como na base de uma cascata ou dentro de um meandro curva.
8. Localização dos maiores depósitos de Pláceres
Os depósitos de pláceres mundiais estão localizados nos países como a Guiana, Peru, Canadá, Espanha, Rússia, Libéria, Guiné, Congo-Brazzaville, Zimbabué, África do Sul, Serra Leoa, Mali, Tanzânia e a RDC. 
Tabela 1. Principais ocorrências de depósitos de minerais pesados (modificado de Kudrass, 2000).
9. Selecção do método de mineração
Existem vários factores que afectam na selecção do método de lavra, no presente trabalho apresentamos os que afectam directamente a selecção do método de lavra:
Espessura da cobertura e propriedades físicas da rocha estéril;
Espessura, forma, configuração e estrutura do depósito mineral;
Modo de ocorrência (posição com respeito à superfície, ângulo de mergulho);
Condições hidrogeológicas na mineração;
Instalações técnicas viáveis para realizar trabalhos em superfície (energia, equipamentos, perfuração principal, equipamentos de carregamento e transporte);
Condições climáticas da área de mineração;
Factoreseconómicos (teor de minério, custos comparativos de mineração, capacidades de produção requeridas);
Factores ambientais: preservação da superfície (recomposição topográfica) e prevenção da poluição do ar e da água.
10. Métodos de extracção Aplicados na Mineração de Pláceres
10.1 Método de Calhas e Represas (“Panning and Sluicing”)
O sistema de Calhas é utilizado onde a água é abundante e apenas quando o minério ou mineral valioso é mais pesado que os minerais de ganga (estéril) e também para produções muito limitadas.O sistema de calhas é mais útil como método de prospecção/exploração a procura da fonte de minérios (rocha mãe) em depósitos de pláceres.Na extracção, alguns minérios são colocados em uma grande panela de metal ou plástico, combinados com uma quantidade generosa de água, e agitados de forma que as partículas de ouro, sendo de maior densidade do que o outro material, assentem no fundo. O material de ganga mais leve, como areia, lama e cascalho, é então lavado sobre o lado da panela, deixando o ouro para trás.
O sistema de Represas (“Sluicing”) usado no início da produção de ouro tem sido substituído por métodos de produção mais eficientes. A água e um canal de passagem (“sluice box”) são usados para separar o minério do estéril. É necessário um terreno inclinado para a água carrear o material através dos canais de passagem para que haja sua concentração gravimétrica.
Fig. 5: Minério sendo Separado do Estéril. 
10.2 Método de desmonte Hidráulico (“Hidraulicking”)
É um método utilizado em grandes depósitos de pláceres que normalmente contém cascalho e matacões. Grandes quantidades de água sob pressão são dirigidas através de monitores (“Giants”) para desintegração do depósito. Esse sistema pode envolver uma represa no terreno onde o material é lavado através de um canal de passagem (“Sluice box”). Alternativamente a areia, cascalho e mineral valioso são elevados através de bombeamento para um sistema de calhas ou planta de separação (transporte hidráulico).A altura das faces podem variar de 5 a 20 m podendo chegar a 50 m com a utilização de monitores com controlo remoto. A inclinação do embasamento (“BedRock”) necessita ser maior que 2% e para material grosseiro maior que 5% para haver o deslizamento do mesmo sobre a superfície até o sistema de recuperação do mineral valioso. A produção é limitada pela disponibilidade de água sob pressão adequada, espessura do depósito, tamanho dos matacões e inclinação do embasamento.
10.3 Métodos de Dragagem (“Dredging”)
A dragagem é uma escavação abaixo da água de um depósito de pláceres de detritos de material rochoso. Normalmente é utilizado em depósitos de baixo teor em largas áreas superficiais e grande espessura. A dragagem pode ser utilizada em antigos leitos de rios e em cursos de rios activos. Também pode ser realizada ao longo da margem de rios (“Offshore”) sob condições apropriadas. Quando o embasamento é duro e recto, onde as perdas no fundo são mínimas ou o fundo pode ser dragado, então as taxas de recuperação são muito altas. 
Fig.6: Sistema avançado de dragagem.
As dragas utilizadas são de dois tipos básicos:
Draga de caçambas em linha (“BucketLadderDredges”);
Draga por corte e sucção (SuctionCutterDredges”).
10.3.1 Dragas tipo Caçambas em linha (“BucketLadderDredges”)
Consiste de um braço onde está colocada uma corrente de caçambas sem fim. Basicamente é uma máquina de dragagem contínua de alto volume, normalmente com instalações de concentração gravimétrica (“Jigs”). Uma correia transportadora (“Stacker”) proporciona a descarga de rejeito.A draga basicamente é uma planta flutuante montada sobre uma grande barca.
10.3.2 Draga por corte e sucção (“SuctionCutterDredge”)
Esse tipo de draga é basicamente uma barca flutuante com uma bomba montada a bordo que escava o material por sucção e transporte ele para uma planta de concentração em terra ou flutuante. A tubulação de sucção pode ser equipada com uma cabeça cortante para aumentar a escavação do material. Depósitos marítimos de areia como rutilo, ilmenita e zircão são frequentemente escavados por esse método. A draga de sucção pode ser usada em lâminas de água com 4 a 30 m de profundidade e tem sido usada para depósitos de estanho em profundidades de até 48m. Dragas de sucção operam em lagoas com profundidades até 9 m; com grandes profundidades a bomba de sucção deve ser auxiliada pela injecção de ar. Problemas associados com dragagem estão relacionados com água suficiente na lagoa para que a draga flutue e suficiente água limpa para beneficiar o material escavado. Como a dragagem é normalmente feita em larga escala, a deposição de rejeito e recuperação das áreas escavadas e da água são os maiores problemas.
10.4 Lavagem a Seco
Este método envolve a colocação de cascalho em uma placa de corrediça com um fole colocado por baixo dela. O fole é então usado para soprar ar através da placa, a fim de remover o material mais leve do ouro mais pesado e pode ser processada com uma eficiência máxima de 80%.
Fig.5:Prospector operando uma lavadora a seco.
10.5 Trommel
O minério é alimentado na extremidade elevada do Trommel. A água, muitas vezes sob pressão, é fornecida às seções do lavador e da peneira e a combinação de água e acção mecânica libera os minerais valiosos do minério.
Fig.6: Peneira rotativa, máquina de triagem mecânica usada para separar materiais, principalmente nas indústrias de processamento de resíduos minerais e sólidos
11. Processamento de pláceres 
O balancim, ou berço, que permitia a um mineiro lidar com mais material do que pelo simples movimento panorâmico. Era fácil de transportar e instalar em qualquer lugar onde uma fonte de água estivesse disponível. O mineiro colocaria material no funil, regularmente adicionaria águae balançaria o berço de um lado para o outro, a fim de peneirar o material no avental abaixo. À medida que o material era lavado, minerais mais pesados, especialmente ouro, seriam impedidos por corrimões de madeira ou metal e recolhidos à mão.
Fig.7: Processamento de Pláceres.
12. Operações Unitárias 
12.1 Descobertura
Utilização de dragas de caçamba em linha até profundidade de 125 ft (minério vai para Trommel eestéril é descartado) e de tractores de lâmina frontal em depósitos mais estáveis e superficiais.
13. Métodos de Mineração de Pláceres
Operações em terra seca:
Garimpo manual (depósitos de alto teor);
Open-cut;
Galerias de encosta;
Scrapperautomovíeis ou rebocados;
Tractores de lâmina frontal (Dozers);
Combinação de Dragline, Shovel ou Pá carregadeira + correia transportadora ou caminhões até a planta de concentração;
Descobertura com BWE;Operações na margem de rios (“Ofshore”):
Sistema de calhas com água natural (pequenas minas);
Monitores hidráulicos (água sob pressão para desmonte)
13.1 Operações com planta de concentração flutuante:
Draglines e planta de lavagem flutuante;
Dragas de caçamba em linha;
Dragas hidráulicas de sucção.
14. Principais produtos resultados do processamento de Pláceres 
De um modo geral, pode-se minerar: Ouro (Au), Diamante (C), Estanho (Sn), Rutilo (Ru) + Ilmenita (Ti), Platina (Pt), Safira, Rubi, Columbita-Tantalita (Cu, Ta), Sheelita, Monazita, minerais Radioativos (Ur), Ferro (Fe) e Cromita (Cr).
15. Aplicações dos Minerais com Importância Económica 
15.1 Ouro (Au)
O ouro é amplamente utilizado na confecção de jóias (anéis, relógios, colares), medalhas, circuitos electrónicos, moedas e até é submetido à modificação química para ser comestível (como visto em alguns doces e guloseimas refinadas). Além do símbolo de ostentação, o Ouro é utilizado no tratamento de Cânceres, nos processos de fotografia (como ácido cloroáurico) ou como revestimento de Satélites por ser óptimo reflector de radiação infravermelha.
15.2 Estanho (Sn)
Como metal puro, o estanho é usado na construção de tubos e válvulas, no fabrico de recipientes para água destilada, cerveja e bebidas carbonatadas. Pode ainda ser usado em tanques de armazenamento de soluções químicas farmacêuticas, em eléctrodos de condensadores, fusíveis, munições, papel metalizado para envolver alimentos, doces ou tabaco etc. O pó de estanho é usado no fabrico destes papéis e de tintas e Sprays.Alguns compostos orgânicos de estanho encontram aplicação como fungicidas e insecticidas para a agricultura e ainda como preservantes de madeira, têxteis e papel.
15.3 Rutilo (Ru)
 Quando finamente moído o rutilo é usado como um brilhante pigmento branco, utilizado em tintas, plásticos, papel, alimentos e outras aplicações que requerem uma cor branca brilhante. Os pigmentos de dióxido de titânio são a principal aplicação do titânio a nível mundial, pois não é, para já, economicamente viável a produção de titânio metal a partir do Rutilo. Nano partículas de Rutilo são transparentes para a luz visível mas altamente reflectoras de luz ultravioleta sendo por isso usadas no fabrico de protectores solares. Uma variedade sintética praticamente incolor, designada por Titánia, é comercializada como substituto de Diamante.
15.4 Ilmenita (Ti)
Devido a sua alta resistência à tracção e à corrosão por sua densidade relativa, a resistência à fadiga e impacto e a capacidade de resistir moderadamente as altas temperaturas sem deformar, as ligas de titânio são utilizadas nas aeronaves, navios e veículos e militares, naves espaciais e em mísseis.
Tubulações com soldas de titânio e os equipamentos de processos industriais (trocadores de calor, tanques, vasos de processo, válvulas) são utilizados na indústria química e petroquímica por causa de sua resistência à corrosão. Ligas específicas são utilizadas nos fundos dos poços e nas aplicações de hidrometalurgia com níquel devido a sua grande resistência mecânica, sua resistência à corrosão, ou pela combinação de ambas as características. A indústria do papel e de celulose utiliza o titânio nos equipamentos industriais pela exposição das substâncias química como o hidróxido de sódio e do gás cloro (noclareamento). Outras aplicações incluem: Soldas ultra-sónicas, em soldas ondulatórias e nos alvos de pulverização catódica.
15.5 Platina (Pt)
A platina é usada principalmente na forma de metal livre, como catalisador em reacções de Hidrogenização em química orgânica. Aplica-se na preparação de gasolina para aumentar as octanas por Isomerização e na purificação de gases por oxidação catalítica ou hidrogenização. Usam-se também telas metálicas de platina-ródio para catalisar a oxidação da amónia em óxido nítrico para preparar ácido nítrico. A platina quando, muito pura é usada, em termómetros resistivos e juntamente com uma liga de platina-ródio. Esta liga é usada durante o processo de fabrico de seda artificial e fibras de vidro. A liga de platina-irídio usa-se em joalharia, utensílios de laboratório, eléctrodos e contactos eléctricos. Ligada ao Paládio a platina encontra aplicação em próteses dentárias.
15.6 Safira 
Quando não serve para jóias, a safira é empregada em esferográficas sofisticadas, equipamentos eléctricos e ópticos e em janelas de fornalhas de alta temperatura. Safiras com impurezas de titânio são usadas em lasers através de impulsos ultracurtos. Os astrólogos associam a Safira, principalmente a azul, ao signo de Libra.
15.7 Tantalita
Além do seu uso em telefones celulares, os Capacitores de tantalita em estado sólido também são utilizados em circuitos de computadores, vídeo, câmeras e ainda em electrónica automotiva, militar e equipamentos médicos. Outros usos podem ser mencionados para o tântalo, como o de carbetos de tântalo em ferramentas de corte, superligas na indústria aeronáutica para fabricação de turbinas especiais, produtos laminados e fios resistentes à corrosão e a altas temperaturas. Os produtos que podem substituir o tântalo, mas usualmente com menor eficiência são o nióbio em superligas e Carbetos, o alumínio e cerâmicas em capacitores electrónicos.
15.8 Ferro
O ferro é o metal mais usado, com 95% em peso da produção mundial. É indispensável devido ao seu baixo preço e Alta dureza, especialmente empregado em automóveis, barcos e componentes estruturais de edifícios.
16. IMPACTOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS
Os impactos ambientais da explotação de recursos minerais marinhos por intermédio de dragagens são imediatos em diversos níveis, incluindo: a lâmina de água, o fundo submarino e seus organismos, a linha de costa e até mesmo sobre as comunidades costeiras que dependem do mar para sua sobrevivência, uma vez que as actividades de mineração interferem directamente com a pesca, a navegação e o turismo. Virtualmente quase todos os tipos de sedimentos do fundo submarino são habitados por assembléias de organismos bentônicos, que podem viver junto à superfície (Epifauna) ou em subsuperfície (Infauna), normalmente nas primeiras dezenas de centímetros abaixo do fundo marinho (Saila, 1976). Estes organismos são parte importante da cadeia alimentar, sendo o principal alimento dos peixes demersais, especialmente nas plataformas continentais. 
Os efeitos da dragagem do fundo submarinos sobre os organismos bentônicos resultam de diferentes processos, dentre os quais:
A eliminação directa dos organismos na área dragada;
A mudança na Turbidez da água diminuindo sua produtividade e impedindo a luminosidade de atingir o fundo;
A modificação do substrato marinho;
 O despejo de rejeitos sobre o fundo submarino, eliminando grande parte da população bentônica que não tem condições de escapar para a superfície após o soterramento.
Estudos realizados na região de Rhode Island (EUA) demonstram que a taxa de recuperação dos organismos bentônicos é lenta podendo levar décadas para novamente atingir o equilíbrio anterior à dragagem (Saila, 1976)
Outro efeito decorrente das operações de dragagem é a modificação da temperatura e salinidadedas águas de superfície,uma vez que as águas de fundo são normalmente mais frias e salinas do que as águas superficiais. Estas modificações têm efeito direto na produtividade e distribuição das comunidades plantônicas e nectônicas.
17. Medidas de controle e monitoramento
Os diversos programas incluem diferentes fases de estudos ambientais durante o empreendimento, sempre incluindo o diagnóstico, avaliação de impacto e monitoramento ambiental.
A delimitação das áreas de explotação, conservando-se áreas de maior sensibilidade ambiental e a limitação da extensão dos blocos e do volume/espessura máxima permitida para explotação, tem sido uma forma comum de controledefinida pela regulamentação ambiental de muitos países (por exemplo África do Sul, Austrália).
Outra medida importante é a observação das áreas de descarte e a conservação de áreas de preservação permanente, reconhecidas como áreas de grande produtividade ou como berçários para espécies de importância econômica reconhecida.
.Uma técnica comum de recomposição ambiental nestas áreas é a raspagem e estocagem do solo, que após a retirada do bem mineral e devolução do rejeito, retorna ao local de extração, onde então se promove o replantio das espécies originais, ou a recomposição de pastagens. Cuidados especiais também têm que ser dirigidos para o controle da poluição sobre os aquíferos, principalmente a partir das unidades de dragagem e das unidades de processamento dos recursos minerais.
18. Conclusão
Levando em conta o que foi abordado, conclui-se que os jazigos de Pláceres são acumulações sedimentares formadas pela concentração mecânica de minerais detríticos de valor económico, incluindo diversos béns metálicos ou pedras preciosas, originadas a partir da decomposição e erosão de rochas-fonte, principalmente ígneas, mas também de rochas metamórficas e sedimentares. A explotação dos pláceres vem sendo uma importante actividade de mineração em muitos países, contribuindo para o fornecimento expressivo de alguns recursos minerais desde os menos valiosos aos mais valiosos como a Ilmenita, Rutilo, Zircão, Estanho, Ouro e Diamantes. Em virtude do que foi mencionado nos impactos, importa referir que quaisquer intervenções no fundo submarino, seja para a mineração, através de dragagens, ou para o descarte do rejeito do material após retirada do bem mineral, irão provocar alterações na quantidade, distribuição e deposição dos sedimentos, com óbvios impactos principalmente sobre a comunidade betônica.
	
19.Bibliografia 
JÚLIO CÉSAR DE SOUZA RECIFE, Universidade Federal DE Pernambuco centro de tecnologia e Geociências, departamento de engenharia de minas: “MÉTODOS DE LAVRA À CÉU ABERTO”, Janeiro de 2001.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A2nio#Aplicações. Consultado no dia 03 de Abril de 2018, as 23h.46 Minutos.
https://www.britannica.com/science/placer-deposit.Consultado no dia 03 de Abril de 2018, as 00h.06 Minutos.
https://www.britannica.com/technology/placer-mining. Consultado no dia 03 de Abril de 2018, as 01h.47 Minutos.
SAILA, S.B., 1976. Sedimentation and food resources: animal-sediment relationships. In: Stanley and. Swift (eds), Marine Sediment Transport and Environmental Management, J. Wiley, NY, 479 – 493.
KUDRASS, H.R., 2000. Marine placer deposits and se-level changes. In: David S. Cronan (ed),Handbook of Marine Mineral Deposits, CRC Press, 3 – 12.
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