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RESUMO PERIODO ARCAICO, ATENAS, ESPARTA E AS GUERRAS MÉDICAS

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PERIODO ARCAICO, ATENAS, ESPARTA E AS GUERRAS MÉDICAS
As cidades de Esparta e Atenas se formaram durante o período Arcaico, no contexto da formação das primeiras polis gregas, processo que se consolidou entre 700 a.C. a 500 a. C. quando os Genos (tribos) nômades se tornaram sedentários.
ATENAS
As tradições davam a cidade como fundada por Cécrope, colono egípcio. Um dos seus monarcas lendários teria sido o herói Teseu. O último desta fase foi Codro que sacrificou a própria vida para salvar o país da invasão dos dórios. A fim de honrar-lhes a memória, os atenienses aboliram a realeza, declararam que ninguém possuía dignidade bastante para substituir um rei com aquelas qualidades.
Por volta dos anos 500 a.C. e 400 a.C., esta cidade, fundada há mais de 3.000 anos, era a mais próspera da Grécia Antiga e possuía um poderoso líder: Péricles. Nesta fase, a divisão hierárquica seguia a seguinte ordem: nobres, homens livres e uma grande quantidade de escravos que realizavam trabalhos como mercadores, carpinteiros, professores e marceneiros.
A cidade de Atenas, localizada na Ática, foi fundada pelos jônios. Os jônios estabeleceram-se próximo ao mar Egeu e dedicaram-se à pesca e ao comércio marítimo, além de construir portos. A sociedade ateniense era formada pelos eupátridas (grandes proprietários de terras), georghois (pequenos proprietários), thetas (não possuíam terras e eram trabalhadores assalariados) e demiurgos (artesãos e comerciantes estrangeiros).
A organização social de Atenas
A população de Atenas dividia-se em três classes:
 Cidadãos, Metecos e Escravos.
A cidadania era um privilégio que se adquiria pelo nascimento. Somente filhos de pai e mãe atenienses se reservava o direito de serem cidadãos. Os estrangeiros e seus descendentes, domiciliados em Atenas, formavam a classe dos metecos, excluídos, como os escravos, da vida política. Diz-se em resumo, que em Atenas, todos cidadãos tinham direitos políticos, mas nem todos habitantes eram cidadãos.
No século VIII a.C., Atenas era governada por um rei, chamado de basileus, que era indicado e assessorado por uma assembléia da qual só participavam os eupátridas. Em dado momento, os eupátridas destituíram o rei, colocando em seu lugar um grupo de aristocratas ou (arcontado), eleitos pelo conselho dos eupátridas. Dessa forma, o regime político tornou-se oligárquico. 
Sólon
A fim de diminuir a força dos eupátridas, Sólon criou um órgão legislativo chamado Conselho dos Quatrocentos (Bulé); assembléia destinada à elaboração das leis, e uma Assembléia do Povo (Eclésia); votava as leis e escolhia os Estrategos, que eram encarregados de executar as leis. Hiléia, tribunais de justiça.
Em 594 a.C., os atenienses elegeram para o Arcontado um dos "sete sábios da Grécia", Sólon, homem de grande inteligência, que realizou importante reforma no sentido democrático, inspirado no desejo de favorecer os direitos do povo. Começo por libertar os devedores reduzidos à escravidão, suprimindo o cativeiro por dívidas; garantiu a liberdade individual; estabeleceu um imposto progressivo sobre os rendimentos, para o que dividiu os cidadãos em quatro categorias, repartindo entre estas os cargos e os direitos em forma proporcional e equitativa. (Justo, equivalente, imparcial e igual.) 
Os poderes do governo foram divididos em quatro corpos políticos: o Arcontado, o Bulé, a Eclésia e o Aerópago. (São as instituições democráticas de Atenas)
Eclésia ou assembleia, (possuía funções legislativas e deliberativas) só podiam ser eleitos os cidadãos da primeira classe, isto é, os mais ricos.
Bulé, era um conselho de cidadãos, eleitos entre os membros das primeiras três classes.
Arcontado: Os arcontes eram os magistrados supremos de algumas cidades-estados da Grécia Antiga, principalmente de Atenas. Surgiram, provavelmente, com a queda da monarquia e início da República.
O Aerópago é uma colina situada a leste da Acrópole. Estava, pois, consagrada ao Deus Ares e nela reunia-se o Tribunal ou Conselho mais ilustre e mais antigo de Atenas manteve a estrutura anterior.
Pisístrato
As reformas de Sólon originaram descontentamento: os eupátridas se viram prejudicados e o povo achou que devia ter mais direitos. Das lutas aproveitou Pisístrato, jovem endinheirado que, apoiado no partido popular, apoderou-se do governo. Deu-se- o qualificativo de tirano, que, como sabemos, designava os que se elevavam ao poder por meios irregulares.
Pisístrato administrou com justiça e acerto, respeitando as leis de Sólon e procurando melhorar as condições dos menos favorecidos. A ele se atribui a iniciativa de determinar a compilação das obras de Homero. Quando morreu, sucederam-lhe os filhos Hiparco e Hípias: aquele foi morto numa conjuração e este foi obrigado a fugir, por força de uma sublevação de nobres atenienses (510 a.C.).
A democracia ateniense
O governo de Atenas coube, depois de algumas lutas, a Clístenes, homem de origem aristocrática, mas de tendências populares. 
Nomeado arconde realizou reformas políticas de grande importância, aboliu a divisão de classes e permitiu que todos os domiciliados em Atenas fossem considerados cidadãos. Depois dividiu politicamente o território dez tribos com direitos iguais e deu à Eclésia maior qualidade de poderes. 
Para evitar influências de indivíduos que pudessem atentar contra a liberdade instituiu o ostracionismo, (“O Ostracismo era uma punição na qual o cidadão, geralmente um político, que atentasse contra a liberdade pública”) era votado para ser banido ou exilado, por um período de dez anos.
Votação realizada pela Eclésia, que tinha por fim exilar, pelo prazo de dez anos, os que visem a incidir naquela suspeição.
ATENAS por ser uma cidade bem-sucedida e comercial, despertou a cobiça de muitas cidades gregas. Esparta se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.) durou 27 anos e Esparta venceu, tomando a capital grega para si, que, a propósito, continuou riquíssima culturalmente.  
Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta região repleta de escritores, pensadores e escultores, entre eles estão: os autores de peças de teatro Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes e também os grandes filósofos Platão e Sócrates. 
Atenas destacou-se muito pela preocupação com o desenvolvimento artístico e cultural de seu povo, desenvolvendo uma civilização de forte brilho intelectual. Na arquitetura, destacam-se os lindos templos erguidos em homenagens aos deuses, principalmente a deusa Atena, protetora da cidade. 
A democracia ateniense privilegiava apenas seus cidadãos (homens livres, nascidos em Atenas e maiores de idade) com o direito de participar ativamente da Assembleia e também de fazer a magistratura. No caso dos estrangeiros, estes, além de não terem os mesmos direitos, eram obrigados a pagar impostos e prestar serviços militares. 
 
ESPARTA
Esparta foi uma das principais polis (cidades-estados) da Grécia Antiga. Situava-se geograficamente na região sudeste da Península do Peloponeso. Destacou-se no aspecto militar, pois foi fundada pelos dórios.
A cidade de Esparta foi fundada no século IX a.C. pelo povo dório que penetrou pela península em busca de terras férteis. Quatro aldeias da região da Lacônia uniram-se para formar a cidade de Esparta. A cidade cresceu nos séculos seguintes e o aumento populacional fez com que os espartanos buscassem a ampliação de seu território através de guerras. No final do século VIII a.C., os espartanos conquistaram toda a planície da Lacônia. Nos anos seguintes, Esparta organizou a formação da Liga do Peloponeso, reunindo o poderio militar de várias polis da região, exceto a rival Argos.
Sociedade Espartana: principais características.
Em Esparta a sociedade era estamental, ou seja, dividida em camadas sociais onde havia pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma:
Esparcíatas: eram os cidadãosde Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a educação espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos.
Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos.
Hilotas: levavam uma vida miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram alvos de humilhações e massacres. Chegaram a organizar várias revoltas sociais em Esparta, combatidas com extrema violência pelo exército.
Educação Espartana
O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.
Política Espartana.
Reis: (Diarquia) a cidade era governada por dois reis que possuíam funções militares e religiosas. Tinham vários privilégios. 
Assembleia: constituída pelos cidadãos, que se reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação ou rejeição de leis.
Gerúsia: formada por vinte e oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as leis da cidade que eram votadas pela Assembleia. 
Éforos: formado por cinco cidadãos, tinham diversos poderes administrativos, militares, judiciais e políticos. Atuavam na política como se fossem verdadeiros chefes de governo.
Religião Espartana Assim como em outras cidades da Grécia Antiga, em Esparta a religião era politeísta (acreditavam em vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na cidade.
O poder militar de Esparta
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Médicas, a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.
As Guerras Médicas
As Guerras Médicas foram os confrontos entre gregos e persas durante o século V a.C. que foram provocados pela disputa sobre a região da Jônia na Ásia Menor. As colônias gregas tentaram se livrar do domínio persa e garantir a hegemonia sobre um importante ponto estratégico de comércio.
O Império Persa se estruturou transformando em um grande e poderoso império antigo, a iniciativa de expandir o poderio rumo ao Ocidente teve como consequência a conquista de colônias gregas na Ásia Menor. O Império Persa conquistou inicialmente a Lídia em torno do ano 546 a.C., a partir de então se abria um corredor para o domínio das sequentes colônias gregas na Jônia.
 Uma das mais importantes colônias gregas na região era Mileto, que se revoltou contra o domínio persa com o auxílio de Atenas. As revoltas promovidas pelas colônias gregas na Jônia causaram a ira do rei dos persas, Dario I, este resolveu então enviar seu poderoso exército para punir a Grécia Continental, tinham início as Guerras Médicas.
As Guerras Médicas eclodiram por causa do choque de interesses das cidades-estado gregas e o Império Persa, que almejavam dominar o comércio do Oriente Próximo, e pelo próprio fato da revolta das cidades gregas na Jônia, especialmente Mileto, com o apoio de Atenas e Erétria.
A primeira Guerra Médica aconteceu em 490 a.C. quando o rei Dario I dos persas enviou seu numeroso exército dotado de 60 navios para a Grécia Continental, atacando Naxos e Erétria. O ateniense Milcíades assumiu o comando do lado grego e com seus 10 mil soldados conseguiu barrar o desembarque de aproximadamente 50 mil persas que seguiriam em sentido à Atenas. Os gregos derrotaram os persas na Batalha de Maratona e conseguiram impedir o avanço dos inimigos.
A segunda Guerra Médica aconteceria dez anos mais tarde. Os persas não se deram por vencidos na primeira derrota e em 480 a.C. quando Xerxes, filho de Dario I, era o rei persa, resolveram atacar a Grécia na primavera daquele ano. 
As cidades gregas se organizaram para fortificar uma defesa, tendo as cidades de Esparta e Atenas como líderes. Os persas avançaram e venceram os gregos nas cidades de Termópilas e Artemision até a invasão e saque da cidade de Atenas. 
Os gregos possuíam vários conflitos entre eles mesmos, mas diante da situação de domínio persa conseguiram se entender e a frota ateniense sob o comando de Temístocles conseguiu derrotar os persas na Batalha de Salamina e dar um novo rumo à guerra. O ataque persa continuou e alguns meses depois o espartano Pausânias comandava o exército grego que venceu as tropas persas em Platéia, já em 479 a.C., encerrando a tentativa de invasão do império de Xerxes.
Após a segunda Guerra Médica os gregos tiveram receio de que os persas pudessem tentar nova invasão, Atenas fundou então uma organização com outras cidades gregas chamada de Confederação de Delos para combater os persas. 
A terceira Guerra Médica aconteceu finalmente no ano 468 a.C. em novo combate entre gregos e persas dessa vez na Ásia Menor. O ateniense Címon, filho de Milcíades que era líder da primeira Guerra Médica, tal como seu pai, derrotou também os persas. Nesta ocasião, persas e gregos assinaram um tratado em Susa no qual os persas reconheciam o domínio grego sobre o Mar Egeu.
CONFLITO ESPARTA E ATENAS
Com o fim das Guerras Médicas, conflito armado entre a Grécia Antiga e os Persas, Atenas, que liderou as cidades gregas nessa batalha, Atenas saiu do conflito com a moral muito alta. Dessa maneira, começou a exercer influência sob tantas outras cidades gregas com a Liga de Delos, formada por várias cidades inicialmente para a defesa das cidades gregas contra ataques persas.
Isso vai gerar um descoforto por parte de um outra cidade estado grega que também estava em completa expansão e tinha também interesses hegemonicos, Esparta. Assim, seria inevitável um choque de interesses dentre as duas cidades estados.
A cidade Espartana adotando interesses imperialistas no território fundou a liga do Peloponeso e com isso conseguiu exercer influências em cidades-estado de menor porte e menor poderio como, Argos, Arcadia, e Tegeia.
O conflito se deu pelo fato da concorrencia comercial de Atenas com a cidade de Corinto, que por sua vez fazia parte da liga do Peloponeso, ou seja, era aliada de Esparta.
O conflito foi horrível, e aliado à falta de higiene e a má alimentação, morreu quase um terço da população ateniense, inclusive Pericles, que era um dos maiores dirigentes de Atenas. Um acordo de paz foi assinado por volta de 421 a .C, denominado Paz de Nicias, mas posteriomente as duas cidades voltam a se enfrentar. 
Esparta domina Atenas, dissolve a Liga de Delos, e como consequência a Grécia sai da guerra completamente devastada e mergulhada em uma crise.
Dessa maneira, com a derrota de Atenas é marcado o fim da hegemonia Ateniense e da Liga de Delos e o inicio do Império Espartano, onde a cidade passará a exercer influencias em outras cidades.

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