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Centro cirúrgico Enfermagem cirúrgica INSTITUTO FORMAÇÃO Curso Técnico de Enfermagem Disciplina: Enfermagem Clínica – Cirúrgica Planejamento e organização do centro cirúrgico Cirurgia É o ramo da medicina que lida com enfermidade e condições que necessitam, de técnicas operatórias. quanto a necessidade de realização. quanto a finalidade; As cirurgias quanto a finalidade Diagnostica – realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença (laparotomia exploradora, biopsia) Curativa – tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa de uma doença (apendicectomia) Corretiva – finalidade de reconstituir, restabelecer a capacidade funcional perdida ou diminuída (fissura palatina) Paliativa – tem o objetivo de atenuar, aliviar ou corrigir provisoriamente a dor causada pela doença (colostomia) As cirurgias quanto a necessidade de realização Emergência – deve ser realizada de imediato, com a finalidade de salvar a vida do paciente (hemorragia interna, amputação traumática) Urgência – sua realização é necessária, aguardar de 24 a 48 horas(colecistectomia) Eletiva – sua realização pode aguardar ocasião mais propícia, mas com necessidade (cistos superficiais, herniorrrafia) Centro Cirúrgico É um conjunto de áreas e instalações agrupadas dentro de um hospital, onde permite a realização de atividades cirúrgicas nas melhores condições de segurança para o paciente e de conforto para os médicos e equipe de enfermagem. Finalidades Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o cliente à unidade de origem, na melhor condição possível de integridade; Servir de campo de estágio para a formação e aprimoramento de recursos humanos. Prover recursos humanos e materiais para que o ato seja realizado dentro de condições ideais e assépticas; Desenvolver pesquisas objetivando o desenvolvimento científico e tecnológico, em prol dos clientes. Localização O centro cirúrgico deve localizar-se em área independente da circulação geral, livre de ruídos, trânsitos de pessoas e materiais estranhos ao serviço; próximo à Clínica Cirúrgica, UTI e Recuperação Pós-Anestésica. número de salas cirúrgicas em cada hospital Tipo de cirurgia: eletiva ou urgência; Duração da cirurgia; Especialidade cirúrgica; Horário de funcionamento; Número de equipe cirúrgica; Atividade de ensino. O critério estabelecido (MS) é de 01 sala de operação para cada 50 leitos gerais e 02 salas para cada 50 leitos especializados. Estruturas do Centro Cirúrgico Bloco Operatório – com salas de operação equipadas a depender da especialidade; Recuperação Pós-Anestésica – com leitos equipados para atender aos clientes no pós-anestésico, até a normalização dos sinais vitais; Cento de Material Esterilizados – local onde são preparados e armazenados os matérias para serem distribuídos a todas a unidades do hospital. Recursos Humanos Enfermeira Coordenadora; Enfermeira Assistencial; Técnica de Enfermagem; Auxiliar de Higienização; Auxiliar Administrativo; Cirurgião; Anestesista; Auxiliar do cirurgião. CONTROLE ASSÉPTICO Área restrita – área de trânsito privativo, com limites definidos para a circulação de pessoal e equipamentos, rotinas específicas para o controle e manutenção da assepsia. Compõe-se de: sala para acondicionamento de sangue e órgãos, lavabos, CRPA, s ala de anatomia patológica, raios-X, corredor interno, sala de esterilização. CONTROLE ASSÉPTICO Área Semi-Restrita – área na qual é permitida a circulação de pessoal e de equipamentos de modo a não interferis nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. Compõe-se de: expurgo, copa, sala de estar, secretaria, sala de preparo de material. CONTROLE ASSÉPTICO Área Não-Restrita (Irrestrita) – área de livre circulação, em que não exige trânsito privativo. Compõe-se de: Vestuários; e corredor de transferência de macas. Elementos Vestuários masculino e feminino; Corredor periférico; Lavabos; Secretaria e posto de enfermagem; Copa; Sala de material de limpeza; Expurgo; Sala de estar e repouso; Sala para guarda de aparelhos e equipamentos; Rouparia; Sala de reserva de medicamentos; Sala de anatomia patológica; Sala de cirurgia; Sala de Recuperação Pós-Anestésica. Sala de Operação Área física: o tamanho da sala deve oferecer conforto e boa circulação para toda a equipe. Forma: deve ser retangular (6m x 7m) ou oval, acompanhando a estrutura das mesas. Piso: deve ser condutivo, não poroso, não absorvente, resistente a agentes químicos, sem fendas ou fissuras, ter aspectos estéticos, realçar a sujeira, resistente ao choque e de fácil limpeza. Sala de Operação Deve ter isolamento acústico e térmico. Paredes: devem ser revestidas com material lavável, resistente e de cor neutra, os cantos devem ser arredondados, a fim de facilitar a utilização de aparelhos; devem permitir a instalação dos dispositivos de iluminação, em número suficiente, para maior facilidade na utilização de aparelhos. Teto: deve ser de material resistente, lavável, não conter rachaduras e as interseções das paredes arredondadas. Sala de Operação Portas: devem ser amplas a fim de facilitar a passagem das macas e equipamentos cirúrgicos. Tipo vaivém com visores, devendo manter-se fechadas. Janela: devem estar localizadas de modo a espalhar luminosidade em todo o ambiente, não permitindo a entrada de poeira e insetos. Ventilação: o uso da ventilação artificial proporciona um ambiente confortável, permitindo a renovação do ar, elimina odores e impurezas, temperatura em torno de 22ºC e umidade relativa do ar de 55 a 60%. Sala de Operação Iluminação: o mais natural ajuda a compensar o esforço visual e não altera a coloração da pele e mucosas do paciente. A iluminação artificial deve ser protegida contra interrupções bruscas e queda de energia elétrica, adaptada a uma fonte geradora. Deve ser adequada a iluminação do campo operatório, com ausência de sobras e reflexos. Lavabos: devem estar localizados próximo às salas de operação, podendo ser acionado com pé, cotovelo ou joelho. Equipamentos Devem ser de preferência de aço inox, de fácil limpeza, ter durabilidade e proporcionar segurança para o paciente e equipe. Podem ser classificados em fixos e móveis. Equipamentos fixos: Negatoscópio; Interruptores e tomadas elétricas de 110 e 220 volts; Oxigênio, oxido nitroso e vácuo canalizados; Foco central; Ar condicionado. Equipamentos móveis Mesa cirúrgica e acessórios; Foco auxiliar; Escadinha dois degraus e estrada; Raio X portátil; Bisturi elétrico e aspirador; Carro de anestesia complexo e reanimação; Aparelho de pressão e garrote; Extensões; Mesa auxiliar e de Mayo; Mesa do instrumentador; Suporte de soro e alças; Banco giratório; Balde de lixo; Aquecedor de soro; Balde para roupa ou hamper. Material Estéril Aventais ou Lap; Campos simples ou duplos; Impermeável; Compressas grandes ou pequenas, gazes e ataduras; Material para antissepsia; Aventa vestido com abertura para gente; Cuba rim, bacias, cúpulas grandes e pequenas; Luvas de diferentes números; Material de corte; Sondas e drenos diversos; Cabo de bisturi elétrico; Cabo de borracha para aspirador; Caixa de instrumental; Fios de sutura; Equipos de soro e sangue, seringas, agulhas, cateteres de punção venosa; Material extra, específico a cada cirurgia; Esparadrapo. Soluções Álcool a 70%; PVPI degermante e tópico; Éter; Soros: fisiológico, glicosado, glicofisiológico, ringer lactato; Pomadas; Xylocaina spray e geleia; Outras. Medicamentos Analgésicos; Antipiréticos; Corticosteroides; Diuréticos; Eletrólitos (NaCl, KCl. Bicarbonato de sódio); Hipertensores; Cardiotônicos; Anticoagulantes; Anestésicos. Impressos Folha de gráfico do anestésico; Folha de relação de gastos; Folha de controle de psicotrópicos; Receituário; Relatório de enfermagem; Prescrição médica; Ficha de notificação compulsória; Atestado de óbito. RoupasUso do uniforme privativo nas dependências do centro cirúrgico, destinados à proteção do paciente e equipe cirúrgica: calças, jaleco, gorro, máscara, propé. Além do uniforme privativo, as roupas incluem lençol móvel, lençol para cobertura do paciente, triângulo, cobertura da mesa cirúrgica. O tipo de pano pode ser de algodão resistente, malha de algodão, sintético ou algodão leve. Para aquisição de tecidos para a confecção de roupas do C.C. devem ser observados permeabilidade a vapor, boa durabilidade, resistência, baixo custo e cor firme. Roupas Quanto a necessidade de esterilização as roupas podem ser: Limpas: aquelas que necessitam apenas do processo de lavagem e desinfecção; Assépticas: necessitam, para o seu uso, de serem submetidas a processos de esterilização. São aventais, campos cirúrgicos, cobertura para mesa de instrumental e “opas” (proteção para costas dos membros das equipes). Equipe cirúrgica Conjunto de profissionais e ocupacionais que, num processo dinâmico, prestam assistência sistematizada e global ao paciente durante sua permanência no centro cirúrgico. A equipe é composta por: cirurgião, anestesista, auxiliar do cirurgião, enfermeiro, Instrumentador, circulante. Assepsia hospitalar A assepsia é o processo de eliminar ou matar os microorganismos patogênicos de uma determinada superfície. Com o objetivo de conduzir o ato cirúrgico dentro dos padrões de segurança, evitando infecções, lançamos mão de recursos de assepsia, anti-sepsia e de conceitos para elucidar as diversas terminologias. Assepsia hospitalar Assepsia: conjunto de meios usados para impedir a penetração de germes em local que não contenha (uso de luvas, campos operatórios e instrumentos estéreis). Anti-sepsia: método usado para impedir a proliferação de microorganismos em tecidos vivos com o uso de substâncias químicas (escovação das mãos com sabões antissépticos). Assepsia hospitalar Esterilização: eliminação total dos microorganismos, eliminação dos esporos e inativação dos vírus. A esterilização é aplicada no instrumental e roupas, avental, campos e compressas. Sanificação: redução do número de germes a um nível julgado isento do perigo, aplicação realizada em objetos inanimados nas dependências hospitalares, refeitórios e lavanderias. Desinfestação: exterminação ou destruição de insetos, roedores ou outros que possam transmitir infecções ao homem e a outros animais ou meio ambiente. Degermação Consiste na remoção de maior quantidade de bactérias, detritos e impurezas depositadas sobre a pele. A pele normalmente possui bactérias resistentes e transitórias, sendo que as transitórias podem ser eliminadas facilmente com a lavagem das mãos com água e sabão durante 7 a 8 minutos. degermação A degermação das mãos e antebraços podem ser realizados pelos métodos: Mecânicos: escova estéril + água corrente + sabão Químicos: uso de antisséptico degermante + escova estéril + água corrente. degermação A degermação é importante pelas seguintes razões: As luvas podem apresentar-se furadas ao final da cirurgia; Elas podem apresentar defeito de fabricação imperceptível ao olho nu; As bactérias tendem a se multiplicar com o suor das mãos e calor desta sobre as luvas; As luvas sofrem constantes traumas por agulhas, unhas e outros. Procedimentos Estar paramentado com o uniforme privativo do C.C., usando gorro, máscara bucal e narinas, manter unhas curtas e sem esmalte; Retirar joias das mãos e antebraços, inclusive aliança; Proceder degermação somente de pele íntegra e sem solução de continuidade; Abrir a torneira, lavar as mãos, antebraços e cotovelos com degermante e água corrente para retirada de algum resíduo; Procedimentos Retirar a escova esterilizada do suporte e segurá-la pela metade inferior com a mão esquerda e embebê-la com degermante; Iniciar a escovação pelas unhas da mãe direita; em caso de pessoas canhotas pela esquerda, contando 15 movimentos; Escovar a palma da mão (região ventral), começando pela parte lateral do dedo mínimo, espaço interdigital de cada dedo, até o polegar, com movimentos de vaivém para cada área descrita, desde a extremidade dos dedos até o pulso; Procedimentos Virar a mão e escovar o dorso da mesma mão, começando pela região lateral externa do polegar e terminando no dedo mínimo com movimentos de vaivém; Passar para o antebraço, escovando em toda a sua extensão, desde o punho até o cotovelo, girando e mantendo a mão elevada, não podendo tocar em nada; Escovar também o cotovelo com movimentos circulares; Procedimentos Enxaguar a escova, passar para a outra mão, pegando-a pela extremidade oposta que segurava antes; Ensaboar e iniciar a escovação da mãe esquerda com os mesmos procedimentos adotados para a mão direita; Ao terminar a escovação depositar a escova na pia; Proceder o enxague no sentido das unhas, mãos, antebraço e cotovelo, em ambos os braços; Procedimentos Manter as mãos juntas e elevadas após o enxague, deixando escorrer o excesso de água na pia; Ir para a sala operatória, mantendo as mãos juntas e antebraços em posição vertical, acima da cintura e sem tocar em nada; Enxugar com compressas esterilizadas as mãos, antebraços e por último os cotovelos, primeiro o da mão direita e depois o da mão esquerda, em seguida desprezar no hamper. Procedimentos Vestir avental esterilizado Pegar o avental pela parte posterior superior junto às tiras, elevá-lo e trazê-lo para fora da mesa; Abrir o avental sem encostar em nada, realizando movimentos firma e rápido; Segurar o avental pela parte interna do ombro, e com um movimento rápido e cuidadoso, introduzir os dois braços nas mangas, ao mesmo tempo, conservando as mãos para o alto e os braços em extensão; Vestir avental esterilizado Distanciar da cintura os amarrilhos para que o circulante possa pegá-los e amarrá-los; Deixar os braços acima da cintura e na frente, considerar esterilizados apenas a parte da frente e acima da cintura. Calçar luvas esterilizadas Abrir o envelope de luvas, de modo que os punhos finquem voltados para a pessoa que vai calçar; Calçar a luva esquerda, segurando-a a com a mão direita, tendo o cuidado de segurá-la sobre a dobra do punho; Calçar a luva direita, com o auxilio da mão esquerda, com os dedos introduzidos na dobra e puxá-la até cobrir o punho da manga do avental; Calçar luvas esterilizadas Ajeitar as luvas com ambas as mãos e sobrepô-las ao punho do avental, não deixar qualquer parte do punho do avental para fora nem pele exposta; Conservar as mãos enluvadas para o alto e acima do nível da cintura. Para Descalçar as luvas Dobrar os punhos das luvas, sem, contudo tocar n aparte interna; As luvas devem ficar pelo avesso, com a finalidade de proteger a equipe cirúrgica. Calçar luvas esterilizadas PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO Esporos: são formas inativas de bactérias; Esterilização: é o processo de destruição de todos os organismos patogênicos, eliminação dos esporos e inativação dos vírus; Desinfecção: processo de destruição de todos os organismos patogênicos, exceto os esporulados; Desinfetante: substancia química usada para fazer desinfecção; Antisséptico: toda substância capaz de impedir a proliferação das bactérias, inativando-as ou destruindo-as; Bactericida: agente que mata as bactérias. PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO Esterilização por calor úmido Esterilização a calor úmido por meio de vapor saturado e sob pressão constitui o processo de esterilização mais variável e fácil de controlar. Esterilização por calor úmido Vantagens: Altamente efetiva; Rápido aquecimento e rápida penetração nos pacotes; Barata; Pode esterilizar. Desvantagens: O material deve ter resistência ao calor e a umidade; Não esteriliza pós e óleos. Esterilização por calor úmido Os materiais são divididos em: Material de superfície: material pouco denso, exposição de 15 min a 121°C. Exemplo: seringas, agulhas, cubas, sondas, etc. Material de densidade: material espesso. Exposição por 30 minutosa 121°C. Exemplo: gazes, compressas, campos, etc. Cuidados com o carregamento da autoclave Carregar o aparelho com material que requer o mesmo tempo de exposição; Utilizar apenas 80% da capacidade da autoclave; Dispor o material na autoclave, de modo a facilitar a penetração e circulação do vapor e eliminação do ar. Esterilização pelo ar seco Estufa ou forno de Pasteur – caracteriza esse método a ausência de umidade, o que o torna menos eficiente e mais moroso, por aumentar a termoresistência de esporos. Deve ser utilizado apenas por material que não pode ser esterilizado pelo vapor. Esterilização pelo ar seco Vantagens: Esteriliza pós, óleos e vidros; Pouco corrosivo; Baixo custo. Desvantagens A penetração do calor no material é lenta; Requer longo período de exposição; Limitações de artigos e utilização de invólucros; Inadequada para tecidos e borrachas. Esterilização pelo ar seco Para se efetuar a esterilização faz-se necessário um período de 2 horas de exposição a 160°C. As substancias oleosas exigem 4 horas e 45 minutos para que haja aquecimento e esterilização a 160°C . Durante a esterilização a estufa não pode ser aberta. Esterilização por produtos químicos A escolha deste método faz-se pela impossibilidade de determinados matérias não poderem sem expostos ao calor. Ao escolher um produto químico observar as seguintes propriedades: Não ser irritante ou tóxico para os tecidos humanos; Ter poder para destruir os microorganismos patogênicos; Ser estável; Não ser corrosivo. Esterilização por produtos químicos Observar: Emergir o artigo na solução adequada; Utilizar EPI e garantir ventilação na sala; Preencher o interior das tabulações e reentrâncias com o auxilio de seringa, se necessário, evitando a formação de bolhas de ar; Observar e respeitar o tempo de exposição Enxaguar os artigos; Secar com compressa estéril ou ar comprimido; Acondicionar em invólucro adequado. TEMPO CIRÚRGICO 04 tempos: diérese; hemostasia; cirurgia propriamente dita; síntese. Dependendo da cirurgia, acrescentamos: exérese, drenagem, implantação de próteses, etc. Diérese – a abertura ou incisão. Preparar os tecidos ou planos anatômicos para atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. diérese mecânica Punção – introdução de uma agulha ou cateter nos tecidos sem seccioná-los. Secção – segmentação dos tecidos com material cortante. Curetagem – raspagem de superfície de um órgão com o auxílio de cureta. Dilatação – processo através do qual se procura aumentar a luz de um órgão tubular. diérese física Térmica: realizada com calor, cuja fonte é a energia elétrica (bisturi elétrico) Crioterapia – consiste no resfriamento intenso e repetido da área em que vai ser realizada a intervenção cirúrgica. Raio laser – consiste em um bisturi que emprega feixe de radiação infravermelho de alta intervenção cirúrgica. Hemostasia Hemostasia: controle de hemorragia. Hemostasia temporária: após uma secção o vaso sangrante deve ser imediatamente comprimido com o dedo, compressa ou gaze enquanto se providencia seu pinçamento com pinça hemostática. Sangramentos difusos: a colocação de compressas por 5-10 minutos são suficientes. Dentro da cavidade as compressas deverão estar úmidas por SF 0,9%. Hemostasia Ligadura com fio cirúrgico: pode ser preventiva e anterior à secção do vaso, ou reparativa, após a secção do vaso e hemorragia. Hemostasia com eletrocautério: cirurgião encosta o eletrocautério na pinça, presa ao tecido. Entre cauterizar e ligar sempre preferir por ligar! Hemostasia com clipe ou grampo: fechamento vascular mais rápido. Síntese / sutura Síntese é a recomposição dos tecidos por suturas ou grampeamento, com aposição das bordas da incisão ou aproximação de duas estruturas anatômicas. Excepcionalmente usa-se colas biológicas, tiras de fitas adesivas ou enfaixamento. Suturas são usadas para o fechamento de cavidades, paredes, serosas, aponeuroses, fáscias, músculos, subcutâneo... Síntese / sutura Cruenta – união dos tecidos realizada por meio de sutura permanente ou removível. Incruenta – é a aproximação dos tecidos, unindo bordas por meio de gesso, adesivo ou atadura. Imediata – realizada logo após o traumatismo. Mediata – algum tempo após a lesão. Completa – quando é feita em toda a extensão da lesão. Incompleta – a união dos tecidos não é realizada em toda a extensão da lesão, mantendo-se uma pequena abertura para colocação de um dreno. Posicionamento do paciente Fatores que determinam o posicionamento: Abordagem cirúrgica; Tipo de anestesia; Idade, altura e peso do paciente. Itens que influenciam na segurança do posicionamento: Manutenção da boa função respiratória; Manutenção da boa circulação; Prevenção da pressão sobre músculos e nervos; Boa exposição e acesso para o campo cirúrgico; Bom acesso para a administração de anestésicos. Acessórios necessários para o posicionamento Braçadeiras; Travesseiros; Coxins; Saco de areia; Perneiras; Suporte para ombros; Esparadrapo; Extensão para mesa; Suporte para cabeça; Suporte para os pés; Cobertores. Posição de litotomia O paciente fica em posição dorsal e as pernas são colocadas no suporte. Usada para abordagem perineal. Posição de prona O paciente deita em decúbito ventral. Usada para cirurgia na parte posterior do corpo. Posição lateral O paciente é colocado sobre um dos lados, tendo a perna inferior fletida e a superior em extensão, separadas por um coxim e o paciente é fixado a mesa cirúrgica por uma faixa larga passada sobre o quadril. Usada para cirurgia de rins, pulmões e quadril Posição de Fowler O paciente é colocado em posição dorsal com o tórax elevado e os ombros são mantidos eretos. Usado para neurocirurgia. Posição supina ou dorsal O paciente fica deitado sobre o dorso com seus braços em posição anatômica e as pernas levemente afastadas. Usada para indução de anestesia geral e acesso a cavidades maiores do corpo. Posição de Tredelenmburg O paciente fica em posição dorsal, com a pelve e membros inferiores elevados. Usada para cirurgia de abdome inferior e algumas cirurgias de extremidades inferiores. Essa posição pode, às vezes, interferir na respiração, porque o peso adicional dos órgãos internos comprime o diafragma do paciente. Posição de Tredelenmburg Reversa O paciente fica na posição dorsal com elevação do tórax e da cabeça. Usada para cirurgia da cavidade abdominal superior. Posição Canivete (Kraske) É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que o corpo fique fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais elevado. Utilizada para cirurgias da região proctológicas e coluna lombar. O que devemos observar O corpo do paciente está bem alinhado; Os pés não estão cruzados; A cinta da coxa está passada corretamente; Os braços estão posicionados anatomicamente; As braçadeiras estão segurando os braços apropriadamente pelo meio do braço até o punho; Os cotovelos estão protegidos da pressão excessiva; Os coxins foram colocados adequadamente; Conferir a posição da cabeça; Se o paciente está bem fixado na mesa.
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