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apostila aquecedor de fluxo termico

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AQUECEDORES DE FLUÍDO 
TÉRMICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prefeitura 
Municipal de 
Curitiba 
 
Instituto 
Municipal de 
Administração 
Pública – IMAP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AQUECEDORES DE 
FLUÍDO TÉRMICO 
Operação, Manutenção e Segurança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gilson Manoel dos Santos 
Curitiba – 2011 
 
 
 
 2 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 Este trabalho tem por objetivo a descrição de funcionamento, a operação 
segura e a manutenção preventiva e corretiva dos aquecedores de fluído 
térmico e das redes de aquecimento instaladas nas Usinas de Asfalto da 
Prefeitura Municipal de Curitiba. 
 
 
 Mais importante que aprender a operar, manter e reparar esses 
equipamentos – ações relativamente simples – é conhecer os aspectos que 
podem comprometer a segurança, das máquinas e das pessoas envolvidas. 
 
 
 Esperamos que as instruções e especificações aqui contidas colaborem 
para uniformizar os procedimentos em ambas as Usinas de Asfalto. 
 
 
 O autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
ÍNDICE 
 
 
 
 
 
1. Caldeiras X Aquecedores de Fluído Térmico 1 
 
 
2. Utilização dos Aquecedores em Usinas de Asfalto 4 
 
 
3. Descrição do equipamento e princípios de funcionamento 5 
 
 
4. Rede de condução de fluído térmico 14 
 
 
5. Operação 16 
 
 
6. Procedimentos de manutenção 20 
 
 
7. Manutenção preventiva 24 
 
 
 Segurança na operação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AQUECEDORES DE FLUÍDO TÉRMICO
 
 
1. Caldeiras X Aquecedores de Fluído 
 
Pressão, calor e temperatura.
 
Algumas definições: 
 
- Pressão 
 
 Pressão é uma força exercida sobre uma unidade de superfície. Por 
exemplo, a pressão atmosférica é a pressão exercida pelo peso do ar sobre a 
superfície da terra. Quanto mais subimos, menor a pressão (menos ar 
peso - menos pressão). Nos manômetros 
1), é comum vermos uma escala indicado kg
medindo 2 kgf/cm²? Significa que, a cada centímetro quadrado (um quadrado 
de um por um centímetro), existe um peso de 2 kgf.
 
- Temperatura 
 
 Temperatura é a medida da agitação térmica das pequenas partículas 
que compõem a matéria
temperatura. Interessante notar que a temperatura pode subir indefinidamente, 
mas que não existe temperatura inferio
absoluto). Os instrumentos que medem a temperatura são os termômetros
2). 
 
- Calor 
 
 O calor é uma forma de energia em trânsito, e que só existe entre dois 
corpos com diferença de temperatura (o calor passa do mais 
mais frio). Observar que calor e temperatura são coisas diferentes. Por 
exemplo, uma faísca que salta de um rebolo de esmeril tem alta temperatura 
(mais de 1000°C), mas nada faz se cair na mão, pois como é muito pequena 
(pouco peso, ou melhor
tem relativamente pouca temperatura (perto de 100ºC), mas muito calor, e 
queima a mão em que cair.
 Foto 1 - Manômetro 
AQUECEDORES DE FLUÍDO TÉRMICO 
1. Caldeiras X Aquecedores de Fluído Térmico 
calor e temperatura. 
Pressão é uma força exercida sobre uma unidade de superfície. Por 
exemplo, a pressão atmosférica é a pressão exercida pelo peso do ar sobre a 
superfície da terra. Quanto mais subimos, menor a pressão (menos ar 
menos pressão). Nos manômetros (instrumentos de medir pressão, foto
, é comum vermos uma escala indicado kgf/cm². O que significa o manômetro 
medindo 2 kgf/cm²? Significa que, a cada centímetro quadrado (um quadrado 
de um por um centímetro), existe um peso de 2 kgf. 
emperatura é a medida da agitação térmica das pequenas partículas 
que compõem a matéria. Quanto maior a agitação dessas partículas, maior a 
temperatura. Interessante notar que a temperatura pode subir indefinidamente, 
ão existe temperatura inferior a 273°C negativo (o chamado zero 
absoluto). Os instrumentos que medem a temperatura são os termômetros
O calor é uma forma de energia em trânsito, e que só existe entre dois 
corpos com diferença de temperatura (o calor passa do mais 
). Observar que calor e temperatura são coisas diferentes. Por 
exemplo, uma faísca que salta de um rebolo de esmeril tem alta temperatura 
(mais de 1000°C), mas nada faz se cair na mão, pois como é muito pequena 
(pouco peso, ou melhor, massa) tem pouco calor. Um copo de água fervente 
tem relativamente pouca temperatura (perto de 100ºC), mas muito calor, e 
queima a mão em que cair. 
 
Foto 2 - Termômetro
4 
Pressão é uma força exercida sobre uma unidade de superfície. Por 
exemplo, a pressão atmosférica é a pressão exercida pelo peso do ar sobre a 
superfície da terra. Quanto mais subimos, menor a pressão (menos ar - menos 
umentos de medir pressão, foto 
. O que significa o manômetro 
medindo 2 kgf/cm²? Significa que, a cada centímetro quadrado (um quadrado 
emperatura é a medida da agitação térmica das pequenas partículas 
. Quanto maior a agitação dessas partículas, maior a 
temperatura. Interessante notar que a temperatura pode subir indefinidamente, 
273°C negativo (o chamado zero 
absoluto). Os instrumentos que medem a temperatura são os termômetros (foto 
O calor é uma forma de energia em trânsito, e que só existe entre dois 
corpos com diferença de temperatura (o calor passa do mais quente para o 
). Observar que calor e temperatura são coisas diferentes. Por 
exemplo, uma faísca que salta de um rebolo de esmeril tem alta temperatura 
(mais de 1000°C), mas nada faz se cair na mão, pois como é muito pequena 
, massa) tem pouco calor. Um copo de água fervente 
tem relativamente pouca temperatura (perto de 100ºC), mas muito calor, e 
Termômetro 
 
 
 
 
Caldeiras 
 
O que são caldeiras? 
 
 Caldeiras são equipamentos muito similares à panelas de pressão 
gigantes, e a grande maioria trabalha com água. Nas caldeiras, a água é 
aquecida até ferver (ocorre a chamada mudança de fase, de líquido 
para vapor - "gás"), e o
enormes pressões (250 kgf/cm²
 As caldeiras então existem para produzir esse vapor, que é usado, por 
exemplo, em aquecimento, geração de energia mecânica em turbina
Como o vapor está sempre em altas pressões nesses equipamentos, existem 
nas caldeiras os chamados "vasos de pressão", que são os recipientes 
destinados a conter esse vapor e resistir a essas pressões altíssimas.
 Compare a pressão do vapor produzido nas caldeiras com
atmosférica ao nível do mar (~1 kgf/cm²), e daí você verá porque que as 
caldeiras podem explodir, por problemas de construção, operação ou 
manutenção. Essas explosões são chamadas explosões por pressão, 
causam graves danos ao equipamento e a
pessoas. 
 As caldeiras podem 
(óleo, gás (figura 3), carvão, 
por fontes não convencionais (energia nuclear, solar, etc)
combustíveis líquidos ou
construção, operação ou manutenção,
Falaremos mais sobre isso.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caldeiras são equipamentos muito similares à panelas de pressão 
, e a grande maioria trabalha com água. Nas caldeiras, a água é 
aquecida até ferver (ocorre a chamada mudança de fase, de líquido 
"gás"), e o vapor é então aquecido também, pode
250 kgf/cm²) e temperaturas (500°C). 
As caldeiras então existem para produzir esse vapor, que é usado, por 
exemplo, em aquecimento,geração de energia mecânica em turbina
r está sempre em altas pressões nesses equipamentos, existem 
nas caldeiras os chamados "vasos de pressão", que são os recipientes 
os a conter esse vapor e resistir a essas pressões altíssimas.
Compare a pressão do vapor produzido nas caldeiras com
nível do mar (~1 kgf/cm²), e daí você verá porque que as 
caldeiras podem explodir, por problemas de construção, operação ou 
manutenção. Essas explosões são chamadas explosões por pressão, 
causam graves danos ao equipamento e a tudo que estiver próximo, inclusive 
As caldeiras podem ser aquecidas através da queima de um
carvão, lenha, etc), por resistências elétricas
por fontes não convencionais (energia nuclear, solar, etc). As aquecidas com 
combustíveis líquidos ou gasosos podem, também por problemas de 
construção, operação ou manutenção, explodir devido ao combustível. 
Falaremos mais sobre isso. 
Figura 3 – Caldeira à gás 
Figura 4 – Caldeira elétrica 
5 
Caldeiras são equipamentos muito similares à panelas de pressão 
, e a grande maioria trabalha com água. Nas caldeiras, a água é 
aquecida até ferver (ocorre a chamada mudança de fase, de líquido - água, 
podendo atingir 
As caldeiras então existem para produzir esse vapor, que é usado, por 
exemplo, em aquecimento, geração de energia mecânica em turbinas, etc. 
r está sempre em altas pressões nesses equipamentos, existem 
nas caldeiras os chamados "vasos de pressão", que são os recipientes 
os a conter esse vapor e resistir a essas pressões altíssimas. 
Compare a pressão do vapor produzido nas caldeiras com a pressão 
nível do mar (~1 kgf/cm²), e daí você verá porque que as 
caldeiras podem explodir, por problemas de construção, operação ou 
manutenção. Essas explosões são chamadas explosões por pressão, e 
udo que estiver próximo, inclusive 
ser aquecidas através da queima de um combustível 
elétricas (figura 4) ou 
. As aquecidas com 
gasosos podem, também por problemas de 
explodir devido ao combustível. 
 
 
Aquecedores de Fluído Térmico
 
O que são aquecedores de fluído térmico?
 
 Os aquecedores de fluído térmico são o que seu nome diz. Aquecem um 
fluído - em nosso caso, nas usinas de asfalto, um 
com aquele que é usado para lubrificar o motor dos automóveis
térmico. Nossa intenção 
Em nossos aquecedores é usado óleo diesel 
aquecimento (foto 5). 
 Esses equipamentos têm duas diferenças fundamentais em relação às 
caldeiras: 
- Não há mudança de fase, ou seja, em operação normal e correta, o óleo 
térmico jamais vai ferver dentro do aquecedor.
- Operam à pressão atmosférica. Isso significa que não
aquecedores de fluído térmico. 
 É praticamente impossível um aquecedor de fluído térmico explodir por 
excesso de pressão (pois opera à pressão atmosférica), mas é possível sim 
explodir por problemas de 
equipamento em que há chamas e calor, existe perigo de incêndios
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E por que (quase) todos chamam os aquecedores de fluído térmico das 
usinas de asfalto de caldeiras?
 
 No passado, as usinas de asfalto usavam caldeiras a vapor, no lugar de 
aquecedores de fluído térmico
manteve. 
 
Foto 5 
Aquecedores de Fluído Térmico 
que são aquecedores de fluído térmico? 
Os aquecedores de fluído térmico são o que seu nome diz. Aquecem um 
em nosso caso, nas usinas de asfalto, um óleo mineral muito parecido 
com aquele que é usado para lubrificar o motor dos automóveis
. Nossa intenção é usar esse calor do óleo para aquecer outras coisas.
aquecedores é usado óleo diesel como combustível de 
Esses equipamentos têm duas diferenças fundamentais em relação às 
Não há mudança de fase, ou seja, em operação normal e correta, o óleo 
térmico jamais vai ferver dentro do aquecedor. 
Operam à pressão atmosférica. Isso significa que não há vaso de pressão nos 
aquecedores de fluído térmico. 
É praticamente impossível um aquecedor de fluído térmico explodir por 
excesso de pressão (pois opera à pressão atmosférica), mas é possível sim 
explodir por problemas de combustível. Além disso, como
equipamento em que há chamas e calor, existe perigo de incêndios
(quase) todos chamam os aquecedores de fluído térmico das 
de asfalto de caldeiras? 
passado, as usinas de asfalto usavam caldeiras a vapor, no lugar de 
aquecedores de fluído térmico. O tempo passou mas o nome - hoje errado 
Foto 5 - Aquecedor de Fluído Térmico - Usina Norte 
6 
Os aquecedores de fluído térmico são o que seu nome diz. Aquecem um 
óleo mineral muito parecido 
com aquele que é usado para lubrificar o motor dos automóveis - o óleo 
calor do óleo para aquecer outras coisas. 
como combustível de 
Esses equipamentos têm duas diferenças fundamentais em relação às 
Não há mudança de fase, ou seja, em operação normal e correta, o óleo 
há vaso de pressão nos 
É praticamente impossível um aquecedor de fluído térmico explodir por 
excesso de pressão (pois opera à pressão atmosférica), mas é possível sim 
combustível. Além disso, como em todo 
equipamento em que há chamas e calor, existe perigo de incêndios 
 
(quase) todos chamam os aquecedores de fluído térmico das 
passado, as usinas de asfalto usavam caldeiras a vapor, no lugar de 
hoje errado - se 
 
 7 
2. Utilização dos aquecedores de fluído térmico em usinas de asfalto 
 
 As usinas de asfalto utilizam normalmente dois derivados de petróleo 
"pesados" em sua operação, o CAP (cimento asfáltico de petróleo) e o óleo 
combustível (OC-A1, em nosso caso). 
 Esse derivados são chamados de pesados pois são muito viscosos (OC-
A1) ou sólidos (CAP) a temperatura ambiente. 
 O óleo combustível, utilizado no aquecimento dos agregados dentro do 
secador, deve ser vaporizado no maçarico para uma queima adequada. Para 
que isso ocorra, deve ser mantido a 100°C dentro do reservatório (para evitar 
sua contaminação com água) e nas tubulações, e chegar a aproximadamente 
135ºC no maçarico. Essas temperaturas são atingidas através da circulação do 
fluído térmico aquecido, dentro de serpentinas no tanque, através de camisas 
de aquecimento nas tubulações e da circulação no retificador. 
 O CAP, no processo de produção do asfalto, é injetado dentro do 
secador, em uma quantidade muito precisa. Para que possa ser bombeado, o 
CAP deve ser mantido, nos tanques, nas tubulações e na bomba a temperatura 
de 150ºC. Aqui também as temperaturas são atingidas pela circulação do fluído 
térmico nas serpentinas dos tanques, camisas dos tubos e retificador. 
 Os tanques de armazenamento, seja de óleo combustível, seja de CAP, 
estão em contínua perda de calor para o ambiente, mesmo sendo construídos 
com isolamento térmico. As tubulações encamisadas resfriam ainda mais 
rapidamente após a parada do aquecedor, chegando a temperatura ambiente. 
Esse motivo torna necessário o funcionamento do aquecedor pelo menos duas 
horas antes do início da produção das usinas de asfalto, e durante os finais de 
semana. 
 Na figura 6 temos uma representação esquemática e simplificada do 
sistema de aquecimento utilizado na Usina Norte: 
 
Figura 6 – Sistema de aquecimento da Usina Norte 
 
 
 
 
 8 
 
3. Descrição do equipamento – componentes / Princípios de Operação 
 
 As duas usinas de asfalto da Prefeitura Municipal de Curitiba têm o 
mesmo modelo de aquecedor de fluído térmico: 
 
- Aquecedor térmico tipo horizontal, estacionário, modelo AFI-H-400 
- Capacidade de aquecimento: 400.000 kcal/h 
- Temperatura máxima de aquecimento do fluído térmico: 250°C 
- Combustível: óleo diesel 
 
 O aquecedor é um equipamento que transfere calor de um combustível, 
óleo diesel, em nosso caso, para um fluído, o óleo térmico. A idéia é usar a 
energia liberada pela queima desse combustível para aquecer os derivados de 
petróleopesados em uso na usina de asfalto. 
 
Componentes do equipamento: 
 
Componentes mecânicos: 
 
Corpo: 
 
É um cilindro de aço soldado, que serve de invólucro para o sistema de 
troca térmica. O corpo tem ligado a si os suportes, e tem externamente uma 
camada de isolamento térmico, protegida por uma chapa fina galvanizada. 
 
 
 
 
 
 
 
Chaminé: 
 
 É por onde saem os gases da combustão do maçarico (foto 8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 7 – Corpo do aquecedor 
Foto 8 - Chaminé 
 
 9 
- Serpentinas: 
 
É um sistema de tubos, em duas camadas (primário e secundário), por 
onde circula o óleo térmico a ser aquecido. O processo de aquecimento se dá 
pela chama e gases quentes que atingem as serpentinas pelo lado de fora, 
aquecendo o óleo em seu interior (foto 9). 
 
 
 
 
 
Queimador: 
 
 É onde se dá a queima do combustível. Partes constituintes: 
 
- Corpo: É a carcaça do queimador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 9 – Serpentinas no interior do aquecedor 
Foto 10 – Corpo do queimador 
 
 10 
- Motor elétrico: Motor de eixo passante, que aciona simultaneamente a bomba 
de combustível e o ventilador (foto11). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Bomba de combustível: Eleva a pressão do óleo diesel, permitindo assim sua 
vaporização (foto 12). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Ventilador: Proporciona o ar necessário para a correta queima do combustível 
- Controlador de vazão de ar: Regula a quantidade de ar injetada pelo 
ventilador. Tem duas posições: uma fixa inicial e uma segunda, mais aberta, 
acionada pelo sistema de comando (foto 13). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 11 – Motor do queimador 
Foto 12 – Bomba de combustível 
com manômetro. 
Foto 13 – Controlador de vazão 
de ar 
 
 11 
- Bicos injetores: Dois bicos injetores, com ângulos de injeção diferentes. É por 
onde o combustível sai para ser queimado. Como temos dois bicos, na 
realidade teremos também duas chamas, 1º estágio (bico 1) e 2° estágio (bico 
2)(foto 14) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Válvulas solenóides: Duas válvulas acionadas eletricamente, que liberam a 
passagem do combustível para os bicos 1 e 2 (foto 15). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Eletrodos: Eletrodos com revestimento de porcelana, que dão partida, através 
de faísca, ao fogo no queimador (foto16). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 14 – Bico injetor 
Foto15 – Válvulas solenóides dos 
bicos 1 e 2 
Foto 16 - Eletrodos 
 
 12 
- Bomba de circulação e reservatório de água. 
 
 Bomba centrífuga acionada por motor elétrico, é a responsável pela 
circulação do fluído térmico no circuito de aquecimento (serpentinas de 
aquecimento, tubulações, serpentinas nos tanques). A vedação do eixo da 
bomba é feita através de selo mecânico, que é refrigerado por água contida em 
um reservatório próprio (foto 17). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 17 – Bomba centrífuga de circulação do fluído térmico, com motor de acionamento 
 Reservatório de água de refrigeração da bomba: A circulação da água 
mantém baixa a temperatura do selo mecânico, que veda o eixo da bomba. O 
reservatório deve ser mantido com água acima do nível da tubulação mais alta 
(retorno)(foto 18). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reservatório de expansão 
 
 Reservatório acima do aquecedor, opera a pressão atmosférica (isto é, 
aberto), e absorve as variações de volume do fluído térmico em função da 
temperatura. Tem em seu interior um sensor de nível elétrico, e um visor de 
nível transparente em sua lateral (foto 19). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 18 – Reservatório de água 
para refrigeração da bomba 
Foto 19 – Reservatório de 
expansão 
 
 13 
Acessórios: 
 
 
- Válvulas de gaveta: Existem duas válvulas de gaveta, uma antes e uma 
depois da bomba de circulação, que devem ser fechadas para remoção da 
bomba ou limpeza do filtro. Em operação normal ambas devem ficar 
completamente abertas (foto 20). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Filtro de óleo térmico: Filtro de tela, instalado antes da entrada da bomba de 
circulação de óleo, destinado a impedir a entrada de corpos estranhos na 
bomba (foto 21). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Filtro de óleo diesel: Localizado na tubulação, pouco antes da bomba de 
injeção (foto 22). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 20 – Válvulas de gaveta 
Foto 21 – Filtro de óleo térmico 
Foto 22 – Filtro de óleo diesel 
 
 14 
- Válvula solenóide de segurança: Localizada próximo ao tanque de 
combustível, impede a passagem de óleo diesel no caso de parada da bomba 
de circulação (foto 23). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Válvula de desvio: Localizada na tubulação logo após a saída do aquecedor, 
se aberta, desvia parte do óleo aquecido para o reservatório de expansão. 
Utilizada para retirar o ar presente nas linhas, quando de manutenção nas 
tubulações ou troca do óleo térmico (foto 24). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Manômetros e termômetros 
 
Existem dois manômetros no equipamento: um que mede a pressão na 
linha de fluído térmico, logo após a bomba centrífuga, e outro que mede a 
pressão de injeção de óleo diesel, localizado no corpo da bomba do maçarico. 
 Existe um termômetro que mede a temperatura do fluído térmico que 
retorna dos tanques, instalado na tubulação logo após a bomba de circulação 
(fotos 25 e 26). 
 
 
 Foto 25 – Manômetro e termômetro 
Foto 23 – Válvula de segurança 
Foto 24 – Válvula de desvio 
Foto 26 – Manômetro da bomba de 
injeção de combustível 
 
 15 
Componentes elétricos/eletrônicos: 
 
São os equipamentos que permitem o funcionamento correto e seguro 
do aquecedor. 
 
1. Painel de comando: 
 
Parte frontal 
 
- Interruptores, sinalizadores luminosos e sonoros: 
 
04 interruptores liga/desliga: chave geral, bomba, estágio 1 e estágio 2. 
A cada interruptor está relacionado um sinalizador luminoso, indicando “ligado” 
quando aceso. 
 
04 interruptores que silenciam os sinalizadores sonoros de alarme de 
alta temperatura, nível de óleo, problemas no queimador e problemas na 
bomba de circulação. Cada um desses alarmes têm associados um sinalizador 
luminoso (foto 27). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 27 – Painel de comando 
- Controlador de temperatura: 
 
Controlador eletrônico que é o responsável pelo comando do sistema de 
aquecimento. Tem dois grupos de dígitos: dígitos maiores, em vermelho, 
representam a temperatura do fluído térmico na saída do aquecedor; dígitos 
menores, em verde, representam a temperatura selecionada pelo operador do 
equipamento (esse valor pode ser modificado, dentro de certos limites, através 
da teclas “seta para cima” e “seta para baixo”). As outras duas teclas são 
utilizadas para programação da lógica do aparelho, e não são usadas na 
operação. O controlador de temperatura recebe informações, para seu 
funcionamento, de um termopar instalado na tubulação que sai do aquecedor 
(foto 28). 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 28 – Controlador de 
temperatura 
 
 16 
Parte interna 
 
Na parte interna do painel estão (foto 29): 1 - os disjuntores de proteção dos 
circuitos, 2 - o sistema de acionamento e proteção do motor da bomba de 
circulação de fluído térmico e 3 - o termostato desegurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Caixa de comando do queimador. 
 
Sobre o motor do ventilador/bomba de combustível do queimador, existe uma 
caixa metálica com fecho, onde está instalado o sistema de comando e 
acionamento. Nesta caixa temos (foto 30): 
 
- O transformador que produz a tensão necessária à faísca para acendimento 
do queimador (1). 
- O sistema de temporização e segurança da combustão (o mais importante 
sistema de segurança do aquecedor de fluído térmico) (2). Esse sistema 
recebe informações de um sensor colocado no corpo do queimador (foto 31). 
- O sistema de acionamento/segurança do motor elétrico do ventilador/bomba 
de combustível (3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 29 – Interior do painel de comando 
Foto 30 – Caixa de comando 
Foto 31 – Sensor de chama 
 
 17 
 
4. Rede de condução de fluído térmico. 
 
 O aquecedor de fluído térmico é uma das partes do sistema de 
aquecimento. A outra é a rede de condução. 
 A rede de condução é constituída pela tubulação que leva fluído térmico 
aos pontos em que o calor nele contido é usado, pelas serpentinas que 
transferem esse calor aos derivados de petróleo, pelas válvulas que permitem 
ou impedem a passagem do fluído, pelos retificadores, pela válvula que regula 
a pressurização da linha principal, pelas camisas nos tubos de transporte 
destes derivados, e pela tubulação em que o fluído retorna, mais frio, ao 
aquecedor. 
 A operação dessa rede de maneira correta garante que as temperaturas 
dos derivados de petróleo estejam de acordo com as necessidades do 
processo de produção do CBUQ. 
 A lógica das válvulas da rede de condução é muito semelhante nas duas 
usinas da PMC, diferindo apenas com relação aos acessórios ligados à essa 
rede. 
 Basicamente existe uma ligação em série entre os tanques, na seguinte 
sequência fechada: 
- Circuito de pressão: bomba de circulação – tanque de óleo combustível – 
tanque de CAP 1 – tanque de CAP 2 – válvula de controle de pressão 
- Circuito de retorno: Válvula de controle de pressão – bomba de circulação. 
 Todas as saídas acessórias estão ligadas no circuito de pressão. O 
fluído proveniente dessas saídas aquece, através de válvulas individuais, as 
camisas dos tubos de condução de CAP e óleo combustível, as bombas de 
injeção, os retificadores, etc 
 
 Aquecimento dos tanques 
 
 Os tanques que devem ser aquecidos têm a passagem de fluído térmico 
liberada em suas serpentinas; naqueles que não devem ser aquecidos, o fluído 
não entra. 
 Observe o esquema de tubulações de ligação entre o aquecedor e os 
tanques. Considere apenas o tanque de óleo combustível (figura 32). 
O fluído aquecido chega e encontra as válvulas V1 e V2. Temos quatro 
possibilidades: 
- V1 e V2 estão fechadas: a passagem de óleo fica completamente bloqueada, 
a pressão no manômetro do aquecedor vai subir, e em breve teremos um 
alarme de superaquecimento com a parada do aquecedor; 
- V1 fechada e V2 aberta: o óleo passa direto e não aquece o conteúdo do 
tanque; 
- V1 e V2 abertas: a maior parte do óleo não aquece o interior do tanque, 
embora alguma parte dele entre. Produz um aquecimento muito pequeno do 
conteúdo do tanque; 
- V1 aberta e V2 fechada: todo o óleo passa pelo interior das serpentinas de 
aquecimento do tanque, transferindo seu calor ao óleo combustível 
armazenado. 
 
 
 
 18 
 
Figura 32 – Aquecedor e rede de condução de fluído térmico 
 
O mesmo procedimento de válvulas é usado para os outros tanques, 
sempre com o mesmo raciocínio – entra fluído aquecido nas serpentinas do 
tanque que desejamos aquecer. 
 Observar que nunca deve ocorrer a situação das duas válvulas de um 
tanque ficarem fechadas simultaneamente – isso bloqueia o fluxo de óleo 
térmico, fazendo com que aquele parado dentro do aquecedor superaqueça e 
levando a parada do processo com alarme. 
 
 A válvula de pressão 
 
 A válvula de pressão está instalada entre o ramal de pressão e o de 
retorno. Sua função é a de aumentar a pressão na linha, tornando possível que 
o fluído chegue aos acessórios (fotos 33). Assim: 
 
- Quando a usina não está produzindo, e não precisamos de aquecimento em 
nenhum acessório, a válvula deve ficar completamente aberta. 
- Quando a usina está produzindo, e/ou necessitamos de aquecimento em 
acessórios (linhas, bombas, etc), a válvula fica em posição intermediária (meio 
fechada). 
- A válvula nunca deve ficar fechada, pois a vazão de retorno diminui muito, e 
pode haver superaquecimento do aquecedor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotos 33 – Válvula de pressão fechada, aberta e 
em posição intermediária. 
 
 19 
5. Operação do conjunto Aquecedor de Fluído Térmico / Rede de 
condução. 
 
 
 Como vimos, através do Aquecedor utilizamos a energia contida no 
combustível (óleo diesel) para aquecer os tanques e tubulações dos derivados 
de petróleo, sendo que o fluído térmico aquecido é o meio pelo qual essa 
energia é transmitida. 
 Para que isso ocorra, necessitamos de algumas coisas aconteçam, 
simultaneamente: 
- Combustível deve chegar ao queimador 
- Fogo (controlado) deve ser produzido no queimador 
- O fluído térmico deve circular no circuito 
- O circuito deve ser tal que o fluído térmico chegue aos locais onde o 
aquecimento é necessário 
 
Operação do aquecedor de fluído térmico, com descrição de cada fase: 
 
Ligar o equipamento no início do expediente diário: 
 
1. Abrir a válvula de combustível para o queimador. 
2. Ligar a CHAVE GERAL no painel de comando 
3. Verificar se estão acesos os números no controlador de temperatura (em 
vermelho a temperatura atual, em verde a temperatura selecionada) 
4. Verificar se a temperatura selecionada está correta (aumentar ou 
diminuir nas teclas de setas) 
5. Ligar a BOMBA de circulação no painel de comando 
6. Verificar a pressão no manômetro na linha que sai da bomba. A pressão 
deve estar entre 4 e 5 kgf/cm². Caso a pressão esteja muito baixa 
(próximo a zero), a válvula de entrada pode estar fechada, ou há um 
grande vazamento nas linhas; caso a pressão esteja muito alta (acima 
de 5 kgf/cm²), há alguma obstrução na linha (alguma válvula está 
fechada) 
7. Após o funcionamento da bomba de circulação, a temperatura indicada 
em vermelho no controlador começará a subir (óleo mais quente está 
vindo das serpentinas dos tanques). Se a bomba estiver funcionando 
normalmente, passar para o próximo passo. 
8. Ligar a chave 1° ESTÁGIO no painel de comando. A seguinte sequência 
ocorre automaticamente: 
- O motor elétrico do queimador é ligado. Assim, a bomba de 
combustível e o ventilador são acionados. 
- Após alguns segundos de funcionamento (tempo em que somente ar é 
mandado ao queimador, para limpar qualquer resíduo de combustível 
dentro da câmara), é liberado combustível ao bico 1, e ao mesmo tempo 
uma faísca é emitida entre os eletrodos que estão a frente do bico. O 
óleo entra em ignição, e o aquecedor está aceso. 
9. Na primeira vez em que o aquecedor é ligado no dia, deixar apenas o 
primeiro estágio funcionando por alguns minutos, principalmente em dias 
muito frios, antes de ligar o 2° estágio. 
 
 20 
10. Estando os 1º estágio estável – a chama se mantendo, ligar o 2º 
ESTÁGIO. A seguinte sequência ocorre automaticamente: 
- É liberado combustível ao bico 2. Ao mesmo tempo, a porta de controle 
na entrada do ventilador se abre um pouco mais, garantindo oxigênio 
para a quantidade adicional de óleo diesel a ser queimada. 
 
Observação: Os dois bicos, 1 e 2, liberam a mesma quantidade de óleo diesel. 
A diferença entre eles está no ângulo de injeção, ou leque. O bico 1 tem um 
ângulo de 45° (chama larga e curta), para que o óle o possa ser inflamado pela 
faísca dos eletrodos;o bico 2 tem ângulo de 60°, p rovocando uma chama mais 
estreita e mais longa. 
 
 O aquecedor está agora funcionado. Caso não exista nenhum problema, 
a temperatura do fluído térmico será mantida dentro de uma faixa mais ou 
menos entre a temperatura selecionada no controlador e menos 15°C daquela, 
dependendo da temperatura ambiente, temperaturas dos conteúdos dos 
tanques, existência de vento, etc 
 
 Estando o aquecedor em funcionamento normal, posicionar as válvulas 
da rede de condução de acordo com o desejado aquecimento dos tanques, 
linhas e acessórios. 
 Em cada uma das unidades (usinas norte e sul), existem 
particularidades nos procedimentos relativos às linhas de condução, que não 
são iguais. Essas diferenças de procedimento serão tratadas individualmente, 
em cada local. 
 
 
 Lembrar que: 
 
- A temperatura ideal para o armazenamento do CAP nos tanques e seu uso é 
de 150°C 
- A temperatura ideal para o armazenamento do óleo combustível no tanque é 
de 100°C. O acréscimo de temperatura necessário par a seu uso (+30 a 40°C) é 
conseguido no retificador. 
 
- Desligar o equipamento ao final do expediente: 
 
1. Desligar as chaves 1° ESTÁGIO e 2° ESTÁGIO 
2. Manter a bomba de circulação ligada até a temperatura indicada em 
vermelho no controlador chegar até 150°C. Desligar a chave da 
BOMBA. 
3. Desligar a CHAVE GERAL. 
4. Fechar a válvula de óleo diesel. 
 
 Os alarmes 
 
 Pode acontecer do Aquecedor de Fluído Térmico não funcionar 
corretamente. Caso o problema seja grave, um alarme dispara, um sinal 
luminoso acende no painel de comando, e a máquina para. Temos quatro 
alarmes: 
 
 21 
1. Alarme de alta temperatura 
 
Ocorre quando a temperatura do fluído térmico ultrapassa a temperatura 
máxima selecionado no controlador. Isso pode ocorrer: 
- Obstrução na passagem do fluído térmico, provocada por válvulas 
incorretamente posicionadas; 
- Temperatura selecionada muito baixa, quando os tanques já estão 
aquecidos e há pouca troca de calor; 
- Excesso de calor produzido (os dois estágios acionados) quando os 
tanques já não necessitam de tanto aquecimento. 
 O alarme de alta temperatura desliga completamente o aquecedor (corta 
o combustível dos bicos e para a bomba de circulação) e aciona os alarmes 
sonoro e visual. Para cancelar o alarme, deve-se desligar a chave geral, tendo 
o cuidado de antes verificar e corrigir a causa do problema. 
 
2. Alarme da bomba 
 
Ocorre quando há problemas com o motor elétrico da bomba de 
circulação (normalmente queda de disjuntor). 
 
3. Alarme de nível baixo 
 
Ocorre quando o nível de fluído térmico dentro de reservatório de 
expansão cai abaixo do limite mínimo medido pela bóia (sensor). 
 
4. Alarme de queimador. 
 
É o alarme mais grave do equipamento, e ocorre quando a chama não 
se mantém estável no queimador. O sistema de proteção, que aciona o alarme, 
funciona da seguinte forma: 
- Quando o equipamento é ligado, ou quando o aquecimento é religado pelo 
controlador de temperatura, o ventilador do queimador é acionado por um 
tempo determinado, para limpar o interior da câmara. 
- Após essa limpeza, o combustível é liberado para o bico 1, ao mesmo tempo 
em que uma faísca surge entre os eletrodos que estão a frente do bico. 
- Se tudo funcionar corretamente, a chama acende, e esse fato é comunicado 
ao programador, através de um sensor de chama. 
- Se a chama não acender, o processo é reiniciado (ar de limpeza, injeção de 
óleo, faísca). Se mais uma vez não funcionar, o alarme do queimador é 
acionado (sonoro e visual), e o processo para. 
 O alarme é cancelado no botão que existe no corpo do programador de 
combustão, dentro da caixa metálica sobre o maçarico. 
 Importante observar que esse alarme indica um problema grave, 
podendo existir risco de explosão do corpo do aquecedor por injeção de 
combustível em superfície quente, em caso de muitas tentativas sem ignição 
normal. 
 
 A ação dos alarmes deve ser rara. NÃO OPERAR UM EQUIPAMENTO 
EM QUE OS ALARMES ATUEM COM FREQUÊNCIA – A CAUSA DEVE SER 
DESCOBERTA E CORRIGIDA. 
 
 22 
Alguns problemas de funcionamento e suas causas mais comuns: 
 
Chave geral do aquecedor não liga 
- Verifique a alimentação elétrica 
- Verifique os disjuntores do painel de comando 
 
Aquecedor liga, mas a bomba de circulação não funciona 
- Verifique o disjuntor da bomba 
- Verifique o relê de proteção colocado junto ao contactor de acionamento da 
bomba 
 
A bomba de circulação gira normalmente, mas a pressão não estabiliza 
(manômetro oscilando): 
- Verifique a existência de ar na tubulação. Abrir a válvula de retorno para o 
reservatório de expansão, desligando a bomba sempre que a oscilação 
começar. Repetir o processo algumas vezes e fechar a válvula quando a 
pressão estabilizar 
 
A bomba de circulação gira, mas o motor do queimador (ventilador/bomba de 
combustível) não funciona: 
- Verifique a alimentação elétrica do queimador 
- Verifique o relê de proteção do motor elétrico, dentro da caixa metálica 
 
A bomba de circulação e o ventilador giram, mas o queimador não funciona 
(não acende) 
- Verifique a alimentação elétrica do queimador 
- Verifique se o alarme do queimador não está acionado 
- Verifique se há combustível chegando à bomba de injeção 
- Verifique a pressão da bomba de combustível (8 kgf/cm²) 
- Verifique se há faísca chegando à ponta dos eletrodos 
- Verifique se há entupimento do bico 1 (ver procedimento 2) 
 
O 1° estágio acende, mas logo após apaga. 
- Verifique o filtro de combustível 
- Verifique se não há entrada de ar no filtro de combustível, conexões e tubos. 
- Verifique o filtro (peneira) no corpo do bico injetor 1 – procedimento 2 exposto 
a seguir. 
 
O 1° estágio (bico 1) acende normalmente, mas quand o se liga o 2° estágio, o 
queimador apaga: 
- Verifique se o filtro de combustível não está entupido 
- Verifique se a regulagem do ar do 2° estágio não está incorreta (excesso de 
ar que “assopra” o fogo – siga o procedimento 1 exposto a seguir 
 
Excesso de fuligem na chaminé, principalmente com o 2º estágio ligado. 
- Verifique a regulagem de ar do 2º estágio (falta de ar, resultando em 
combustão incompleta – procedimento 1) 
- Verifique o filtro (elemento sinterizado) no corpo do bico injetor 2; 
procedimento 2. 
 
 
 23 
 
6. Procedimentos de manutenção 
 
Procedimento 1 – Regulagem do ar do 2° estágio (bic o 2) 
 
 O ar necessário para combustão apenas com o bico 1 geralmente não 
apresenta problemas, pois a regulagem é estática e normalmente não é 
alterada (foto 34) 
 Caso exista fumaça visível (fuligem) quando o 2º estágio está em 
operação, há falta de oxigênio, e o ar deve ser regulado. A regulagem é feita 
através de uma porca e uma contraporca próximas às solenóides dos bicos, da 
seguinte maneira (foto 35). 
1- Estando o equipamento ligado apenas no 1° estági o, afrouxar a 
contraporca (chave de boca 22mm) da regulagem do ar; 
2- Ligar o 2° estágio. Se a chama apagar, aperte um pouco a porca e 
recomece o processo; se a chama permanecer acesa mas fuligem sair 
pela chaminé, afrouxe um pouco a porca até que não exista fumaça 
visível. 
3- O ajuste deve ser feito muito lentamente. 
4- Conseguida uma boa regulagem – chama estável sem fumaça visível – 
desligar e ligar manualmente o 2° estágio para veri ficar se o problema foi 
resolvido. 
5- Segurar a porca e travar a contraporca (duas chaves de boca 22mm). 
 
Lembrar que: 
 - Apertar ou afrouxar a porca só terá efeito no funcionamento do 2º 
estágio; 
 - Essa regulagem raramente é necessária; caso tenha que ser feita com 
freqüência ou não se consiga manter a chama acesa sem fuligem, 
provavelmente o bico está entupido, e deve ser retirado para limpeza, conforme 
o procedimento 2. 
 - Operar o equipamento com liberação de fumaçae fuligem é péssimo 
ambientalmente (poluição do ar), economicamente (óleo diesel jogado fora) e 
termicamente (a fuligem acumulada diminui o aquecimento de um fogo já ruim), 
além de ser um fator de risco de operação (alta possibilidade de parada por 
alarme de queimador). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 34 – Indicador de abertura do 
regulador de ar para o 1° estágio (máquina 
parada) 
Foto 35 – Regulador de ar do 2° estágio 
(acionado pela pressão do combustível ) 
 
 24 
Procedimento 2 – Limpeza dos bicos injetores e regulagem dos eletrodos de 
partida 
 
O seguinte procedimento deverá ser executado sempre que: 
- Existir dificuldade no acendimento e/ou manutenção da chama acesa – 1° 
estágio 
- Existir dificuldade em manter o 2° estágio aceso. 
- Impossibilidade de regular o ar do 2° estágio, co mo descrito no procedimento 
anterior. 
- Preventivamente, a cada seis meses. 
 
O procedimento deverá ser executado por duas pessoas. 
 
1. De preferência com a máquina fria, retire os quatro parafusos que 
prendem o queimador ao corpo do aquecedor (chave sextavada 
17mm)(foto 36, 1). 
2. Com o auxílio de outra pessoa, retire o queimador do local e coloque-o 
sobre uma superfície firme, tendo cuidado de não danificar as 
mangueiras do óleo diesel, nem a fiação elétrica. 
3. Com uma chave sextavada 8mm, retire o parafuso do controlador de 
potência (foto 36, 2). 
4. Com uma chave Allen 4mm, afrouxe os dois parafusos que mantêm o 
tubo do queimador preso ao corpo (foto 36, 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Com cuidado, retire o controlador de potência e o tubo externo (anel 
deslizante) (foto 37). Normalmente há alguma dificuldade para retirar, 
pois o tubo prende devido à fuligem e poeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 36 - Queimador 
Foto 37 – Controlador de potência e tubo 
externo 
 
 25 
 
6. Com uma chave Allen 2,5mm, retire os dois parafusos laterais que fixam 
a placa de turbilhonamento. Marque sua posição antes de retirá-la (foto 
38,1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Afrouxe o parafuso Phillips da abraçadeira que segura os eletrodos. 
Cuidado, o revestimento de porcelena é frágil (foto 38, 2). 
8. Gire os eletrodos de maneira que as pontas permitam a retirada do bico 
1. 
9. Retire o bico 1 (chave sextavada 15mm). 
10. Desmonte o bico 1 (quatro partes), limpando cuidadosamente cada 
componente. Monte as peças e recoloque o bico (foto 39). 
11. Retire o bico 2 e proceda da mesma maneira (foto 40). 
 
 
 
 Foto 39 – Bico 1 desmontado 
 
12. Com cuidado, recoloque os eletrodos na posição em que estavam. Suas 
extremidades devem ficar afastadas aproximadamente 5mm. Não aperte 
demais o parafuso, pois a porcelana é frágil. 
13. Com o queimador apontado para um local onde não existam substâncias 
inflamáveis, teste a faísca de acendimento. Ligue a chave geral, a 
bomba de circulação e o 1º estágio, por no máximo um segundo de cada 
vez. Deve surgir uma faísca visível e ruidosa entre os eletrodos. 
Atenção: não toque nos eletrodos nem nos cabos – a alta tensão pode 
matar! (10.000 Volts). Caso a faísca não apareça, reposicione os 
eletrodos (foto 41). 
 
Foto 38 – Placa de turbilhonamento e 
eletrodos 
Foto 40 – Bico 2 desmontado 
 
 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14. Recoloque a placa de turbilhonamento na posição em que estava. 
Aperte os dois parafusos. 
15. Recoloque o controlador de potência, mas deixe o parafuso 
completamente frouxo. Recoloque o tubo externo, aperte os dois 
parafusos, posicione o parafuso do controlador no meio da regulagem e 
aperte-o. 
16. Novamente com o queimador apontado para local seguro, é conveniente 
testar a combustão. Para que o teste seja possível, será necessário 
retirar o sensor de chama, para “enganá-lo”. Então: 
- Retire o sensor de chama do seu ponto de fixação, e cubra-o com algo 
escuro (pode ser mão). 
- Ligue a chave geral, a bomba de circulação e o 1° estágio. 
- O ventilador vai funcionar, e a faísca vai saltar entre os eletrodos. Após 
alguns segundos, o combustível é liberado e vai pegar fogo (foto 42) 
Nesse momento libere a luz para o sensor de chama. 
- Estando a chama firme e estável, ligue o 2° estág io. A chama deve 
praticamente dobrar de tamanho. Não mantenha a chama acesa por 
muito tempo. Desligue os dois estágios, a bomba e a chave geral. 
Recoloque o sensor de chama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Agora o queimador pode ser colocado de volta em seu lugar. Isso deve 
ser feito por duas pessoas. 
 
 
 
Foto 41 – Teste da faísca de acendimento 
Foto 42 – Teste de chama do queimador 
 
 27 
7. Manutenção preventiva 
 
Diariamente: 
 
- Verificar vazamentos de combustível, fluído térmico ou água no aquecedor e 
nas linhas de aquecimento, incluindo válvulas, juntas e soldas de tubos; 
- Verificar o nível de fluído no reservatório de expansão, com o equipamento 
frio e quente. Adicionar, se necessário (serviço que deve ser executado por 
duas pessoas). 
 Observação – Extremo cuidado deve ser observado com relação à óleos 
contaminados com água. A água ferve e o vapor empurra o óleo quente para 
fora do reservatório. 
- Verificar o nível de água no tanque de resfriamento da bomba de circulação. 
- Verificar se há fumaça visível ou fuligem saindo pela chaminé. 
- Verificar problemas em ligar ou manter ligado o equipamento e se alarmes 
são acionados. 
 
Semanalmente: 
 
- Limpar os visores de chama (lateral e no corpo do queimador) 
 
Mensalmente: 
 
- Verificar o correto funcionamento do sistema de segurança de corte de 
combustível na ausência de chama. Limpar o sensor de chama. 
- Verificar o nível de óleo lubrificante na bomba de circulação. 
 
Semestralmente: 
 
- Desmontar o queimador, para limpeza dos bicos injetores e eletrodos. 
- Trocar o filtro de combustível 
 
Anualmente: 
 
- Verificar os rolamentos da bomba de circulação e motores elétricos. 
- Retirar o queimador e a placa de fechamento dianteiro, para verificar o estado 
das serpentinas dentro da câmara. Retire toda a sujeira e fuligem existente. 
- Verificar o estado do fluído térmico – sua viscosidade, presença de depósitos 
no filtro (carvão), etc. Trocar se necessário. 
 
A cada dois anos: 
 
- Realizar teste hidrostático das serpentinas da câmara de aquecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
8. Segurança na operação 
 
 Uma das primeiras coisas expostas aqui, o aquecedor de fluído térmico 
não é caldeira, e portanto não apresenta risco de explosão por excesso de 
pressão. 
 Mas apresenta sim risco de explosão por problemas de injeção de 
combustível – problema comum a equipamentos similares, como fornos, 
secadores, etc. O risco de incêndio também existe. 
 Além disso, há o permanente perigo de queimaduras, pois o fluído 
térmico normalmente está a temperaturas próximas a 200°C, sem falar nos 
derivados de petróleo aquecidos. Embora o contato direto com essas 
substâncias seja difícil, temos dezenas de metros de superfícies aquecidas, 
onde se chega perto para ajustar válvulas, por exemplo. Há também o risco de 
quedas, por piso escorregadio ou de nível mais alto (reservatórios de expansão 
e de água). 
 
 Procedimentos de operação com segurança 
 
Antes da operação: 
 
- Assegurar-se que não existem vazamentos no aquecedor, principalmente de 
combustível que possa vir a ser inflamado; 
- Assegurar-se de que não existem equipamentos de segurança ou proteção 
desativados, seja por defeito, seja por ação humana (exemplo – bóia de nível 
do reservatório de expansão amarrada para permitir que o equipamento 
trabalhasse com poucoóleo). 
 
Durante a operação: 
 
- Acompanhar com especial atenção o equipamento durante os primeiros 
minutos após o início de operação. 
- No caso de acionamento de algum alarme, procurar saber os motivos e as 
conseqüências. Extremo cuidado deve haver com o alarme de queimador. 
- Não se afastar do equipamento nos horários fora do expediente normal da 
usina de asfalto, Ficar a uma distância em que a sinalização sonora dos 
alarmes possa ser ouvida, e fazer uma inspeção visual a pelo menos cada 
quinze minutos. 
 
Depois da operação: 
 
- Desligar todos os interruptores. 
- Fechar a válvula de combustível. 
 
A qualquer tempo 
 
- Manter o equipamento e o entorno limpos, principalmente sem a presença de 
materiais inflamáveis (estopas, por exemplo). Limpar imediatamente qualquer 
óleo ou lubrificante que caia no chão. 
- Comunicar aos responsáveis pela usina de asfalto qualquer defeito, 
dificuldade ou alteração observadas no funcionamento do equipamento. 
 
 29 
 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) necessários ao trabalho: 
 
- Calça comprida e camisa de manga longa 
- Bota de segurança 
- Capacete 
- Luvas de raspa, quando da manobra de válvulas dos tanques 
- Óculos de segurança, quando da colocação de fluído térmico 
 
Proibições: 
 
É proibido àquele que está operando o aquecedor de fluído térmico: 
 
- Desativar sistemas de segurança do equipamento 
- Abandonar o equipamento trabalhando sozinho 
- Tentar modificar a programação do controlador de temperatura

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