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Universidade Federal de Minas Gerais - Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química Disciplina: Química Geral Experimental C – Turma: PE3 Professor: Luiz Otávio Alunas: Gábia Nunes Teixeira Tayná Alves Barbosa Data da prática: 20/04/2018 e 27/04/2018 Introdução às técnicas de laboratório – Noções de Segurança Belo Horizonte, 10 de abril de 2018 1. Introdução: Na realização de experimentos químicos em laboratórios, é necessário que os usuários tenham conhecimentos das técnicas básicas de laboratório, como manuseio de reagentes, utilização de vidrarias e equipamentos com precisão adequada ao experimento e avaliação ao tratamento de dados, para que dessa forma possam garantir qualidade e confiabilidade dos resultados analíticos gerados. 1 Além disso, é necessário estabelecer procedimentos de segurança de laboratório, para que todos tenham conhecimentos das propriedades do que estão manipulando e as medidas de emergências a serem tomadas caso ocorra algum acidente no local. Observando continuamente as orientações, os riscos de acidentes gerais serão minimizados. 1 Consideramos que uma substancia atingiu sua temperatura de ebulição quando está apresenta evidencias físicas da transformação do estado líquido para gasoso. 2 A temperatura de ebulição da água tem relação proporcional a pressão atmosférica ao nível do mar, ou seja, quanto menor a pressão atmosférica menor será a temperatura de ebulição da água.3 A densidade é uma propriedade específica de cada material que serve para identificar uma substância. Essa grandeza pode ser enunciada da seguinte forma: “ a densidade ou massa especifica pode ser dada através da relação entre a massa e o volume de um determinado material.” 2 2. Objetivo: Abordagem das técnicas de laboratório e de segurança para práticas de laboratórios, apresentando os materiais a serem utilizados, manuseio correto, tratamento dos resultados e o modo de denotá-las. 3. Parte experimental 3.1 Materiais e reagentes Parte 1: Medida de Temperatura de ebulição da água Béquer de 250 mL; Cacos de porcelana; Chapa de aquecimento; Termômetro de vidro; Pinça Reagentes: Água destilada; Parte 2: Determinação da Densidade de um líquido Béquer de 50mL Pipeta Volumétrica Pipetador Balança Tubo de ensaio Reagentes: Líquido X (Etanol) 3.2 Procedimento A prática de noções de laboratório foi realizada em duas partes: Parte 1: Normas e temperatura de ebulição da água 1.1 Normas de laboratórios No primeiro momento foram passadas as informações sobre as instalações do laboratório, regras de segurança e descrição de algumas vidrarias. 1.2 Temperatura de ebulição da água Ligou-se a chapa aquecedora após conferencia da voltagem da mesma com a voltagem das tomadas nas bancadas; Com as vidrarias devidamente limpas, transferiu-se 150 mL de água destilada para um béquer de 250 mL; Adicionou-se 3 cacos de porcelana ao béquer; Em seguida posicionou-se o béquer sobre a chapa de aquecimento e aguardou-se até o surgimento de bolhas; Homogeneizou-se a água com o auxílio de um termômetro e anotou-se a temperatura exibida pelo termômetro. Comparou-se o resultado com a Tabela 1: Relação entre temperatura e pressão. Montagem Apostila de química geral, Universidade Federal de Minas Gerais Parte 2: Manuseio do bico de gás e determinação da densidade de um líquido 2.1 Manuseio do bico de gás Verificou-se a torneira de gás que fica na bancada estava desligada; Em seguida abriu-se o registro do gás; Fechou-se a manga do bico de gás e após alguns minutos ligou-se o bico com o auxílio de um fósforo e observou-se a chama de combustão incompleta; Abriu-se a válvula abaixo do bico de gás, fechou-se um pouco a torneira do gás que fica na bancada e abriu-se a manga do bico de gás e observou-se a chama de combustão completa. 2.2 Determinação da Densidade de um líquido Pegou-se um béquer de 50 mL, colocou-o sobre a balança e apertou-se a tecla tarar da balança; Adicionou-se 10 mL de um líquido desconhecido com auxílio de uma pipeta volumétrica no béquer; Anotou-se o resultado encontrado na Tabela 2: Dados sobre a determinação de densidade do líquido desconhecido. Foi realizado o mesmo procedimento para os dois béqueres enumerados. 4. Resultados e discussão Parte 1: Medida de Temperatura de ebulição da água Após atingir o ponto de ebulição, a temperatura registrada foi de 97,0 °C. O ponto de ebulição da água destilada foi atingido mais rápido devido a adição dos cacos de porcelana, que a medida que o aquecimento foi ocorrendo, estes foram liberando as bolhas de ar retidas nas paredes porosas que por serem apolares não rompem as ligações química da água e por apresentarem densidade menor, sobem até a superfície rompendo a tensão superficial da água, com isso impedindo uma ebulição tumultosa e provocando um aquecimento por igual em todo líquido. A temperatura de 97,0°C foi obtida devido a variação da pressão encontrada no laboratório de 679 mmHg durante a realização da prática, em relação ao nível do mar, como é possível comprovar na tabela abaixo, sendo 679 mmHg igual 905 P/mbar, resultando a uma temperatura de 96,87°C o que não é possível encontrar com o termômetro utilizado, devido a marcação do mesmo ser feita de 1,0 a 1,0°C. Tabela 1: Relação entre temperatura e pressão Parte 2: Determinação da Densidade de um líquido Após realizarmos os procedimentos foram encontrados os seguintes resultados: Tabela 2 : Dados sobre a determinação de densidade do líquido desconhecido Volume do líquido dispensado Massa (g) Densidade 10 mL Massa 1: 7,89 0,789 g/mL Massa 2: 7,86 0,786 g/mL A partir dos resultados obtidos pode-se calcular a densidade conforme a seguinte fórmula: Com isso, foram encontradas as seguintes densidades para o líquido X: 1° valor de densidade: 0,789g/mL 2° valor de densidade: 0,786g/mL Média das densidades: 0,788g/mL Após as duas medidas realizadas a média dos valores encontrados para o líquido X é de 0.788g/mL, eliminando as substâncias que possuíam densidade distante da encontrada. O próximo teste realizado foi a solubilidade do líquido X em água, que restaram somente o etanol e a acetona, que foi descartada após identificar o odor característico do líquido X (Etanol). Parte 2: Determinação da Densidade de um líquido Considerando os dados de propriedades físico-químicas de algumas substâncias descritas na tabela abaixo ao se comparar o valor da densidade encontrada podemos descartar as seguintes substâncias, água, benzeno e éter dietílico como alternativa. Sendo assim, foi realizado o teste de solubilidade em água e deu-se como resultado substância solúvel, descartando o ciclohexano, que por ser uma substância apolar, devido à insignificância da diferença de eletronegatividade entre os átomos de carbono e hidrogênio, impossibilita a interação com as moléculas de água. Sendo assim, restaram somente acetona e etanol como opções. Logo, após realização de teste de odor característico, o etanol foi considerado como o líquido X. Tabela Apostila Química Geral – 1° semestre de 2018 – UFMG. Substancia Temperatura de fusão / °C Temperatura de ebulição/ °C Solubilidade em água Densidade/ g/mL -1 Acetona -95 56 Solúvel 0,79 Benzeno 5,5 80 Insolúvel 0,88 Etanol -112 78 Solúvel 0,79 Água 0 100 --- 1,00 Ciclohexano 6,5 80,7 Insolúvel 0,78 Éter dietílico -116 34,5 Insolúvel 0,71 5. Conclusão: Ao finalizar os experimentos realizados, foi possível identificar e absorver conhecimentos repassados a respeito da manipulação de materiais e reagentes utilizados na prática, regras de segurança, algumas técnicas básicas de laboratório e a importância da expressão correta dos resultados encontrados.A técnica de medida da temperatura de ebulição da água e de caracterização de substâncias desconhecidas foi de extrema importância, pois possibilitou desenvolver conhecimentos de diversas características físico-químicas e comportamentos de substâncias quando são submetidas a um meio diferente, como a pressão atmosférica que influenciou na temperatura de ebulição da água e a solubilização de substâncias. Os conhecimentos das boas práticas de laboratório também foram essências para alcançar um resultado tão próximo do resultado real, bem como a temperatura de ebulição encontrada 97,0ºC, em que era de se esperar considerando as condições da pressão atmosférica do local. Enfim, conclui-se que os resultados esperados foram alcançados e que é preciso buscar conhecimento daquilo que se está manipulando para obter qualidade nos resultados gerados e consequentemente evitar possíveis riscos de acidentes. 6. Bibliografia: 1. DEMICHELI, C.P. Práticas de Química Geral. Departamento de Química. UFMG. 2014. 2. MACHADO, A.M.R;VIDIGAL,M.C.S;SANTOS,M.S. Apostila de Química Orgânica Prática. Belo Horizonte. 2006. 67p. 3. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/variacao-pressao-atmosferica-ponto-ebulicao.htm. Acessado em 08/04/2018.
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