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CAPÍTULO V - SUPREMACIA CONSTITUCIONAL

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CAPÍTULO V
SUPREMACIA CONSTITUCIONAL
Noção Geral
A Constituição se coloca no vértice do sistema jurídico do país, a que confere validade, e que todos os poderes estatais são legítimos na medida em que ela os reconheça e na proporção por ela distribuídos. Assim, todas as normas que integram a ordenação jurídica nacional só serão válidas se se conformarem com as normas da Constituição. (2)
Pairando acima de todas as demais normas do Estado, o dispositivo constitucional impede que qualquer outro dispositivo, interno ou externo, o contrarie. Inconstitucional, no todo ou em parte, é a norma que conflita com a norma paralela inserida na Constituição. (4)
Recepção
As normas da Constituição anterior, em regra, são ab-rogadas (totalmente revogadas), ou seja, ocorre a substituição integral do antigo texto pelo novo, já que um país não pode conviver com duas Constituições ao mesmo tempo. (1)
	ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
	Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores.
Quanto às normas infraconstitucionais, o princípio da recepção produz efeitos diversos, já que não seria possível reescrever toda a legislação infraconstitucional em curto espaço de tempo e o vazio normativo poderia acarretar grave insegurança jurídica. (1)
Em alguns casos, o novo texto constitucional é expresso na recepção de normas infraconstitucionais. O mais comum, no entanto, é a recepção tácita, ou seja, a nova Constituição recebe todas as normas infraconstitucionais, de conteúdo compatível com ela e passa a ser o seu novo fundamento de validade. Assim, mesmo sem sofrer qualquer alteração em seu texto, as normas recepcionadas devem ser interpretadas sob a luz da nova Constituição, passando por uma espécie de recriação, novação, tudo a caracterizar um processo abreviado de criação de normas jurídicas. (1)
A norma precedente recepcionada pela nova Constituição pode passar a ter natureza diversa de sua origem. Assim, leis antes ordinárias podem passar a ter força de leis complementares (ex: CTN – CF/88, art. 146), decretos-lei podem ganhar força de lei ordinária (ex: CP). Portanto, eventual incompatibilidade formal não impede a recepção. (1)
Normas Constitucionais Segundo sua Eficácia
Normas de Eficácia Plena são normas auto-executáveis e também costumam ser chamadas de completas, auto-aplicáveis, bastantes em si, ou ainda normas de aplicação. São aquelas que não necessitam de qualquer outra disciplina legislativa para terem aplicabilidade. (1)
Normas de Eficácia Plena são aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constituinte, direta ou normativamente, quis regular. (3)
	CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	Art. 5º. XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
As Normas de Eficácia Contida trazem em seu conteúdo a previsão (cláusula de redutibilidade) de que uma legislação subalterna, inferior, poderá compor o seu significado. A norma subalterna (infraconstitucional) pode restringir o alcance da norma constitucional com autorização da própria Constituição. Enquanto o legislador não produzir a norma restritiva, a norma de eficácia contida terá aplicabilidade plena e imediata. (1)
Normas de Eficácia Contida são aquelas que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados. (3)
	CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	Art. 5º. XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Art. 9º. § 1º – a lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
No que se refere às Normas de Eficácia Limitada, muitas vezes, uma regra prevista na Constituição utiliza expressões do tipo “nos termos da lei”, “na forma da lei”, “a lei disporá” etc., evidenciando não ter aplicabilidade imediata. São as chamadas normas de eficácia limitada, incompletas, não bastantes em si. Dependem de interposta lei (complementar ou ordinária) para gerar seus efeitos principais. (1)
Normas de Eficácia Limitada são aquelas que apresentam aplicabilidade indireta, mediata ou reduzida, porque somente incidem totalmente sobre esses interesses após uma normatividade ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade. (3)
As normas de eficácia limitada geram alguns efeitos negativos imediatos, pois vinculam o legislador infraconstitucional aos seus comandos (efeito impeditivo de deliberação em sentido contrário ao da norma constitucional) e paralisam as normas precedentes com elas incompatíveis (efeito paralisante). (1)
	CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	Art. 5º. XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
Art. 5º. XLVI – a lei regulará a individualização da pena (...)
Normas Programáticas
É aquela que estabelece um programa a ser desenvolvido pelo Estado, mediante a regulamentação, pelo legislador ordinário, no direito nela previsto. Enuncia princípio indicativo da finalidade do Estado, devendo ser observada como regra-matriz para a elaboração, interpretação, e integração do sistema jurídico nacional. (1)
São normas de aplicação diferida (para o futuro) que se limitam a enunciar comandos-valores, a linhas diretoras que devem ser seguidas pelo Poder Público (daí serem denominadas também normas diretórias ou diretivas), mas que desde sua vigência devem ser observadas pelo legislador ordinário ou pelo intérprete. (1)
	CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.
Art. 21. Compete à União:
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	Ricardo Cunha Chimenti
José Afonso da Silva
Alexandre de Moraes
José Cretella Júnior

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