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0 Imperativo Ambiental - Szokolay

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imperativo ambiental 
 
 
STEVEN V. SZOKOLAY 
 
(Presidente da PLEA (Passive and Low Energy Architecture) Internacional 
The University of Queensland 
P.O. Box 851 Kenmore 4069 Australia) 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A necessidade de gerenciamento ambiental em substituição à 
exploração é estabelecida e o papel do arquiteto no 
estabelecimento de um futuro sustentável é examinado. 
Projetar em simpatia com o local, conservação de energia, 
escolha de materiais e o centro de resíduos emerge com 
questões de especial relevância. O trabalho conclui com uma 
observação otimista: o comportamento humano está 
mudando lentamente e os governos começaram a levar 
em conta uma visão de longo prazo. 
 
 
A visão da Terra a partir da Lua proporcionou um reforço 
emocional ao fato conhecido de que a nossa Terra é uma 
pequena, limitada e vulnerável nave espacial (1). Os seus 
recursos são finitos e a sua capacidade de absorção de nossos 
resíduos é limitada. O sistema ecológico da Terra está em um 
delicado equilíbrio e nós temos agora o poder de destruí-lo. E se 
nós fizermos isso, então não existe alternativa. 
 
De forma similar, pode-se intelectualmente absorver o fato de 
que a população humana está crescendo exponencialmente, 
que levou alguns milhões de anos para alcançar um bilhão no 
início do século 19, então ela dobrou em aproximadamente cem 
anos - o fato passa a integrar a nossa experiência: ela era de 
dois bilhões quando eu me matriculei em Budapeste e agora é 
de seis! Ela triplicou em 50 anos. O controle de população não é 
o meu tema, mas segundo o meu ponto-de-vista é uma pré-
condição para a nossa sobrevivência. 
 
É óbvio que com um acréscimo de população dessa ordem, 
mais nosso incrível crescimento de tecnologia e conseqüente 
uso de energia, tanto a nossa exploração de recursos como a 
nossa produção de resíduos alcançou níveis que excedem a 
capacidade do planeta. Nós precisamos reduzir a nossa taxa de 
uso de recursos e nosso indiscriminado despejo de resíduos. 
Seja a nossa motivação o esgotamento das reservas de óleo ou 
a preocupação com emissões de CO2 conduzindo a mudanças 
climáticas, o uso de energia é identificado como a mais 
importante questão individual. 
 
Isto é, contudo, apenas parte do problema. A questão crucial é 
que uma mudança de atitude é necessária; nos métodos rudes 
de exploração (a atitude de que a natureza é infinita em 
recursos e que pode absorver todos os resíduos) precisa ser 
substituída por gerenciamento ambiental. Isto significa que 
as conseqüências a longo prazo de nossas ações precisam ser 
consideradas. Nós temos que manter o sistema terrestre se 
quisermos que a humanidade sobreviva. Por essa razão, a 
sustentabilidade tornou-se uma questão da maior 
O
 
 
 
UMA NOTA 
HISTÓRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PAPEL DOS 
ARQUITETOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
importância. 
 
 
A degradação ambiental foi já a preocupação maior da 
Conferência das Nações Unidas em Estocolmo em 1972. No ano 
seguinte, devido ao embargo do petróleo pela OPEC, a natureza 
finita de nossos recursos combustíveis fósseis tornou-se o 
centro de atenções, instigando um esforço de pesquisa conjunto 
no sentido de utilização de recursos energéticos renováveis. O 
encontro da UNCED (United Nations Conference on Environment 
and Development), realizado no Rio de Janeiro em 1992, uniu 
estas duas preocupações maiores e ampliou o discurso na 
Agenda 21, promovendo uma aliança global e com a 
Declaração do Rio, estabeleceu os princípios do 
desenvolvimento sustentável (2). 
 
Igualdade para toda a humanidade é um dos objetivos da 
Agenda 21, mas a igualdade intergerações seja talvez ainda 
mais importante: que nós deixemos para a próxima geração um 
mundo que não seja pior que aquele que nós herdamos da 
geração anterior à nossa. 
 
A nossa categoria profissional juntou-se ao movimento através 
da Declaração de Interdependência para um Futuro Sustentável 
no Congresso da IUA em Chicago, em 1993 (ver Apêndice 1). 
Muitos grupos nacionais de arquitetos ou de arquitetura 
adotaram esta declaração e produziram políticas energéticas e 
ambientais. O Royal Australian Institute of Architects 
formalmente adotaram a Declaração de Chicago em outubro de 
1993 e editaram uma declaração de Política Ambiental (ver o 
Apêndice 2) um ano mais tarde. 
 
Tais declarações e políticas são apenas palavras bonitas, mas 
elas têm de fato uma importante significância: implicam em um 
compromisso, que os indivíduos precisam reconhecer sob o 
risco de serem "politicamente incorretos", eles precisam pelo 
menos aderir a este palavreado e com repetições freqüentes 
elas tornam-se de fato a norma (mesmo que alguns não ajam 
de acordo, pelo menos eles terão uma consciência pesada a 
respeito). 
 
 
A principal questão prática é como traduzir estas idéias nobres 
em ações ao nível da realidade diária. Como nós agimos na 
nossa prática profissional diária? O projetista freqüentemente 
tem muito pouca liberdade: o que, onde e como é construído, é 
freqüentemente determinado por planejadores, autoridades 
regulatórias e pela organização do cliente. 
 
Entretanto, os arquitetos atuam em muitos níveis no processo 
de desenvolvimento e construção e podem influenciar decisões 
que afetam o futuro. Como 'gerenciadores de recursos' eles 
podem aconselhar o cliente nas necessidades construtivas. Eles 
podem estar envolvidos na seleção de locais e estudos iniciais 
de viabilidade. Grandes organizações, tanto privadas como 
públicas, podem empregar arquitetos, tanto em seu staff como 
na forma de consultores para formular as diretrizes de projeto 
(as instruções do cliente ao projetista), a qual pode envolver 
uma série de estudos primários incluindo tanto aspectos 
organizacionais como sociais, antes que os requisitos espaciais, 
ergonômicos e ambientais sejam estipulados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O processo de projeto não ocorre de forma linear, ele é 
interativo. O projetista arquiteto pode discutir questões 
emergentes com o cliente, não apenas para um esclarecimento, 
mas também para aconselhar, ou mesmo persuadir o cliente. O 
projeto conceitual é freqüentemente separado do projeto 
detalhado dos materiais e da documentação de projeto. A 
supervisão do trabalho de construção e a gerência do contrato é 
uma tarefa distintamente separada, mas mesmo se todas essas 
são realizadas no mesmo escritório, o arquiteto pode se 
especializar em determinadas tarefas, em partes específicas do 
mesmo processo. 
 
Muitas empresas de construção empregam os seus próprios 
arquitetos. Alguns de nossos colegas se especializam em 
projetos de interiores, tanto para lojas (incluindo vitrines) como 
para escritórios. Alguns de nós se tornam escritores, críticos, 
educadores ou proponentes de teorias. Arquitetos podem 
trabalhar para autoridades locais e ter uma influência a nível de 
planejamento urbano e projeto urbano. Eles podem ter um 
papel decisivo no processo de aprovação de edificações, o qual 
não é apenas uma tarefa dupla (aprovação ou rejeição), mas 
freqüentemente envolve negociações com o incorporador (e o 
arquiteto do incorporador) de modo a modificar a proposta no 
interesse do “bem público”. 
 
Em cada uma destes pontos estão envolvidas questões 
ambientais as quais necessitam ser consideradas. Decisões 
tomadas no início do processo podem ter conseqüências 
imprevisíveis: elas podem impedir, mais tarde, decisões 
ambientaispertinentes. Cada ação terá conseqüências 
ambientais. Questões ambientais são questões de 
sobrevivência, portanto elas precisam ter uma prioridade 
total e um papel decisivo. 
 
Entre os muitos papéis desempenhados pelo arquiteto, o central 
para a nossa tarefa (e para a nossa ética) é o projeto de 
edificações. Assim eu me concentrarei naquilo que o arquiteto 
projetista pode fazer para promover a sustentabilidade. A tarefa 
e as questões envolvidas em projetos sustentáveis podem ser 
convenientemente consideradas sob quatro títulos: local, 
energia, materiais e resíduos. 
 
 
A terra é um bem precioso. Todas as atividades construtivas 
perturbam a terra, o local. Nós devemos minimizar todas as 
perturbações de tal natureza. A terra não perturbada, suporte 
de uma ecologia intacta, é particularmente valiosa; se possível, 
o seu uso deve ser evitado. Esta pode ser nossa contribuição 
para a preservação da biodiversidade. O uso de terras já 
perturbadas, talvez terras degradadas deve ser preferível. A 
reabilitação de terras perturbadas, negligenciadas é altamente 
desejável. 
 
As edificações devem se encaixar em seu ambiente: se 
possível, trabalhos de terraplenagem de larga escala devem ser 
evitados. Se esses forem inevitáveis, o solo de cobertura (que é 
um valioso sistema vivo) deve ser preservado a reusado em 
paisagismo. Todas as medidas possíveis devem ser tomadas 
para evitar a erosão do solo e para promover a conservação do 
solo e da terra. 
 
 
 
Energia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Energia é uma grande preocupação. Mesmo em um país de 
clima favorável, tal como a Austrália, as edificações são 
responsáveis por cerca de 25% de todo o consumo de energia. 
Nos Estados Unidos isto está em torno de 40% e no Reino 
Unido alcança 45%. O uso de energia em edificações é 
responsável por cerca de 50% das emissões de CO2 (3) em 
muitos países. Isto sublinha a magnitude de nossa 
responsabilidade. 
 
A energia é usada em dois níveis: 
 
· energia principal, usada na construção da edificação. Isto 
incluiria o conteúdo energético dos materiais e componentes 
construtivos, e.g. a energia que foi usada desde as fontes 
primárias (e.g. extração) até o processo de manufatura e 
transporte ao local, assim como a energia usada no processo de 
construção. 
· energia operacional, usada para aquecimento, 
refrigeração, ventilação, iluminação e serviços na edificação, 
usualmente expressa em termos anuais. 
 
É interessante observar que 20 anos atrás, quando nós 
começamos a analisar o uso de energia, nós encontramos que a 
relação C/O estava em torno de 5, isto é, a energia principal 
(C) equivaleria a 5 anos de energia operacional (O). Para 
uma edificação muito pobre esta relação encontrava-se em 
torno de 2,5 anos. Recentes estudos produziram resultados de 
até 50 anos! (4) 
 
A razão para isso é dupla: as edificações foram melhoradas e 
tais melhoras teriam aumentado da energia principal investida 
(por exemplo, em isolamento térmico). Entretanto, em 
conseqüência de tais melhoras nos tivemos a energia 
operacional reduzida. Vinte anos atrás, ao reconhecermos o 
papel da energia principal, nós pensávamos que esta era 
relativamente insignificante e nos concentramos em tentativas 
de reduzir a energia operacional requerida. Mudanças da 
relação C/O por um fator de 10 (e mesmo 20) é uma indicação 
do sucesso de tais tentativas. Entretanto, agora a energia 
principal tem uma significância relativa maior. 
 
A energia principal ou investimento em energia em uma 
edificação é fundamentalmente dependente dos materiais 
utilizados. Dados confiáveis para o conteúdo energético de 
vários materiais são poucos e são dependentes da indústria 
específica e condições no país. Tais dados podem ser 
produzidos por métodos analíticos (percorrendo o processo de 
produção desde a extração dos materiais brutos até o produto 
final) ou por métodos estatísticos (examinando uma indústria 
completa em um dado país, o seu uso total de energia, 
dividindo-o pela produção no mesmo período). A Tabela 1 
abaixo pode oferecer alguma orientação, distinguindo, para 
conveniência, materiais de baixa, média e alta energia. 
 
Obviamente, o conteúdo energético dos materiais não é tudo, 
qualquer comparação deve incluir uma estimativa de quanto 
dos materiais alternativos é requerido para realizar o mesmo 
trabalho: por exemplo, alumínio pode ter um conteúdo 
energético por unidade de massa cinco vezes maior que o aço, 
mas se 6 toneladas de aço forem requeridos para realizar o 
mesmo trabalho (por exemplo como o esqueleto de uma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
estrutura) que uma tonelada de alumínio, então o alumínio é 
mais vantajoso (todas as demais variáveis sendo as mesmas). 
A seleção de materiais deve também incluir outros critérios, 
como será discutido abaixo. 
 
 
TABELA 1: Conteúdo energético de alguns materiais de 
construção 
 
Materiais de baixa energia areia, brita 0,01 
 KWh/kg 
< 1 concreto 0,2 - 0,5 
 tijolos silico-calcario 0,4 - 0,5 
 argamassa cimento 0,5 
 madeira serrada 0,5 - 0,9 
 concreto leve 0,5 - 0,9 
 telhas de concreto 0,6 - 0,9 
Materiais de média energia concreto aerado 1 - 1,1 
 KWh/kg 
1 - 10 tijolos cerâmicos 1 - 1,2 
 cal 1,5 
 telhas de fibro-cimento 2,1 
 cimento 2,2 
 placas de fibra de madeira 2,2 
 vidro 6,0 
Materiais de alta energia aço 10 
 KWh/kg 
>10 aço galvanizado 10,5 
 zinco 15 
 cobre 16 
 fibra de vidro 49 
 alumínio 46 - 56 
 PVC 80 
 polietileno 90 
 (Compilado a partir de diversas fontes) 
 
A energia operacional pode ser reduzida de três maneiras: 
 
1) estabelecendo normas ambientais racionais, por 
exemplo aquecer a edificação a 20°C durante o inverno ao invés 
de 23°C ou resfriá-la a 25°C durante o verão, ao invés de 22°C, 
ou proporcionar 200 lux de iluminação geral com 
suplementação local, ao invés de 800 lux de forma 
generalizada. 
 
2) Através de uma melhor eficiência no uso de energia, 
melhorando a edificação, reduzindo perdas, fazendo uso de 
técnicas passivas para o controle ambiental (por exemplo, 
isolamento, massa térmica e iluminação natural) e 
 
3) Através do uso de fontes renováveis de energia, como 
energia solar ou eólica. 
 
Sistemas solares passivos podem ser considerados tanto no 
título 2 e 3, mas a rotulação não é importante. No meu ponto 
de vista todas as edificações são edificações solares: todas tem 
algum ganho de energia solar, apenas algumas são melhores 
que outras na utilização desta energia radiante recebida. As 
técnicas das duas categorias 2 e 3 estão bem documentadas em 
livros, periódicos e mais recentemente em publicações 
especiais, tais quais as da EC (European Commission) ou - 
ainda - nas Environmental Notes da RAIA (Royal Australian 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Institute of Architects). Estas incluem o grupamento de 
edificações, orientação, esquadrias, sombreamento, o projeto 
do envelope (massa, isolamento, etc.) e sistemas solares 
passivos especiais. 
 
Três imperativos energéticos podem resumir bem a tarefa do 
arquiteto projetista nesta área: 
 
1) Projeto para reduzir a demanda de energia; 
2) O uso de controles passivos tanto quanto 
praticável; 
3) Uso de energia renovável sempre quando possível.A escolha de materiais tem amplos efeitos sobre o ambiente, 
tanto direta como indiretamente. Um sistema de avaliação de 
materiais de construção (BMAS), desenvolvido pela 
Universidade de New South Wales usa 14 critérios (em 5 
grupos) para a avaliação ecológica de materiais de construção 
(5). Cada critério tem um fator de ponderação baseada em 
consenso, como é mostrado na Tabela 2. Em aplicações práticas 
estes fatores de ponderação podem ser modificados para se 
adequarem a situações particulares ou a uma filosofia de 
projeto. 
 
TABELA 2: BMAS: Building Materials Assessment System 
Grupo critério ponderação do grupo peso 
 
fonte 1 dano ao meio ambiente na extração 
 de materiais brutos: 3 
 2 extensão do dano relativamente à 
 quantidade de material produzido: 2 
 3 abundância da fonte ou renovabilidade 
 materiais brutos: 4 
 4 conteúdo de reciclado: 3 
 12 
manufatura 5 resíduos sólidos e líquidos na manufatura 
 e produção: 3 
 6 poluição aérea na manufatura e produção 4 
 7 conteúdo energético: 5 
 12 
construção 8 energia de transporte ao local: 3 
 9 energia empregada no local para montagem 
 e verticalização: 1 
 10 desperdícios no local, incluindo embalagem: 2 
 6 
uso 11 manut. requerida durante o ciclo de vida: 3 
 12 efeitos amb. durante o ciclo de vida (i.e. 
 emissões tóxicas): 3 
 6 
demolição 13 energia usada e efeitos da demolição ao 
 final do ciclo de vida: 2 
 14 reciclabilidade dos materiais de construção:4 
 6 
 
Para o julgamento de um material, um escore de 0 a 5 foi 
atribuído a cada critério, 0 se não ocorre impacto algum e 5 
significando o impacto ambiental mais severo. Tabelas de 
“Ajuda” são disponíveis para orientação na atribuição de 
escores. Os escores podem ser elevados ao quadrado (para 
melhor resolução), multiplicados pelo fatores de ponderação e 
somados. Esta soma corresponde ao “fator ecológico” (EF) para 
o material. 
 
O uso deste sistema de avaliação ecológica pode ser estendido 
a materiais compostos, ou elementos da edificação. O EF é 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resíduos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
considerado apenas como um número de orientação 
quantitativa, mas o sistema proporciona o conjunto de critérios 
mais completo com o qual julgar um material de construção. 
Vale notar que os critérios são fortemente interconectados, por 
exemplo, embora a madeira tenha um baixo nível de conteúdo 
energético, ela somente terá um valor EF se ela for originária de 
recursos renováveis, isto é, de florestas plantadas. Se ela 
provém de florestas nativas, originárias de métodos de limpeza 
por tombamento, possivelmente causando a erosão do solo, 
então o seu EF poderá ser bastante elevado. 
 
 
As edificações produzem resíduos de muitas formas, tais quais 
gases, líquidos ou sólidos. Cada um destes tem um efeito 
nocivo sobre o ambiente. 
 
Resíduos gasosos produzem poluição local e muitos efeitos 
adversos (odores, neblinas fotoquímicas, etc.), as quais podem 
afetar a saúde humana ou simplesmente constituir um 
incômodo, mas a nível planetário eles contribuem para o efeito 
estufa (com as conseqüentes modificações climáticas) e para a 
destruição da camada de ozônio. O dióxido de carbono, o 
metano, os óxidos nitrosos e sulfurosos são os gases mais 
significantes como contribuintes para o efeito estufa. Os cloro-
fluor-carbonos (CFC) e os hidro-cloro-fluor-carbonos (HCFC) são 
também contribuintes para o efeito estufa, mas o seu efeito 
mais nefasto é a destruição da camada de ozônio.As edificações 
causam emissões de CO2 principalmente em locais distantes 
daquele da construção, como resultado do uso de energia 
elétrica. Cada kWh de eletricidade usada causa emissões de 
cerca de 1 kg de CO2 na estação geradora (6). Assim, a melhor 
maneira de reduzir tais emissões é a conservação de energia. 
O mesmo é aplicável a edificações projetadas onde óleo 
combustível ou gás é utilizado para caldeiras e geradores. 
 
O processo de substituição de CFCs usado na refrigeração de 
máquinas está se processando gradualmente. Nenhum arquiteto 
responsável permitiria atualmente a instalação de sistemas de 
ar condicionado que ainda façam uso de CFCs. Um problema 
ainda não satisfatoriamente resolvido é o uso de extintores de 
incêndio que utilizam halogênio em locais onde o uso de água 
pode causar mais dano que o fogo (por exemplo em bibliotecas 
e galerias de arte). 
 
Resíduos líquidos incluem esgoto, águas residuárias de banhos, 
toaletes ou lavanderias, mas também águas de precipitação. 
Deve-se tentar reter o máximo de águas de precipitação no 
local, através do uso de superfícies porosas ao invés da 
pavimentação de modo a promover a percolação: a 
penetração da água no solo. Isto contribui para a conservação 
do solo: reduzindo o escorrimento superficial, evitando a 
erosão, mas também auxiliaria na retenção de um lençol de 
água, contribuindo para as reservas subterrâneas. As águas 
residuárias podem ser recicladas como águas cinzas para 
muitos propósitos (uso na descarga de vasos sanitários, 
irrigação), que devem ser seguidos onde quer que possível. A 
água também constitui um precioso recurso, o seu uso de ser 
reduzido de todas as maneiras possíveis (reduzindo a água de 
descarga de vasos sanitários, usando chuveiros ao invés de 
banheiras, usando redutores de vazão nos chuveiros, etc.). 
 
A disposição dos esgotos é normalmente uma responsabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA 
 
 
das municipalidades, mas os indivíduos (incluindo os arquitetos) 
podem ter uma influência no instigar o uso não único de 
tratamento primário (anaeróbio) e secundário (aeróbio), mas 
também terciário, o que removeria a presença de nitratos e 
fosfatos do efluente. O uso de produtos secundários, tais quais 
o gás metano (da fase anaeróbia) para estações de geração de 
energia, deve ser encorajada (de outra forma estes seriam 
dispersos no ar e contribuiriam para o efeito estufa). Após 
tratamento terciário o efluente não causa dano aos cursos 
d’água naturais, podendo ser ainda utilizados para propósitos 
de irrigação. 
 
Sob certas circunstâncias o projeto de edificações pode ter a 
sua própria estação de tratamento de esgotos (a partir da 
escala de tanques sépticos domésticos), caso em que o uso de 
tratamentos primário e secundário é imperativo, mas o 
tratamento secundário nesta pequena escala é difícil. O efluente 
rico em fosfatos e nitratos não deve ser descarregado em 
cursos d’água naturais, mas podem ser usados com o propósito 
de irrigação. 
 
Resíduos sólidos, tais quais o lixo doméstico, são usualmente 
coletados e depositados, quer pelas autoridades municipais (ou 
por empresas contratadas), mas as suas quantidades, 
especialmente em cidades e grandes aglomerações, tem 
crescido com tal ímpeto que o seu gerenciamento vem se 
tornando cada vez mais difícil. É interessante notar que 
algumas autoridades, que há 40 anos atrás insistiram na 
implementaçãode incineradores em cada projeto (mesmo a 
uma escala doméstica) tentando reduzir a quantidade de 
resíduos sólidos, agora proíbem o seu uso, por causa da 
poluição por eles provocada. 
 
O gerenciamento racional dos resíduos incluiria a reciclagem 
de muitos componentes de tais resíduos, tais quais metais, 
vidro, plásticos e papel. Isto novamente constitui um 
empreendimento de escala, mas o projetista deve contribuir 
para prover recursos de fácil uso para a seleção dos resíduos, 
assim como para a sua coleta para reciclagem. 
 
O projetista também deve prestar atenção para os resíduos 
sólidos gerados durante a construção. O retorno de materiais de 
embalagem (incluindo palets e engradados) pode ser 
especificado e integrar o contrato de suprimento de materiais. A 
seleção de resíduos da construção permitiria a reciclagem de 
metais, plásticos ou papel, o uso de serragem (no mínimo como 
material para queima em lareiras), e o uso de materiais 
inorgânicos como aterro. Especificações cuidadosamente 
pensadas podem forçar o construtor a assim agir. 
 
Os resíduos sólidos produzidos na demolição de edificações 
pode ser substancialmente reduzidos através da reciclagem. 
Muito pode ser feito no estágio de projeto para assegurar que 
pelo menos alguns materiais e componentes possam ser 
reciclados e reusados quando a edificação alcançar o término de 
sua vida útil, assim também reduzindo a quantidade de resíduos 
de demolição. 
 
 
Ecologia e economia freqüentemente são colocadas em 
oposição uma à outra. Vale a pena lembrar que tais palavras 
possuem uma origem no Grego, oikos (oikos), significando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
casa, habitat ou moradia. O final -logia significa estudo de ... 
enquanto o sufixo -nomia implica em lei (ou leis) da ... Assim, 
ecologia é o estudo de, e economia incorpora as leis de nossa 
casa e da administração doméstica. Talvez os dois lados da 
mesma moeda. 
 
Freqüentemente se alega que todo esse “ambientalismo” pode 
ser desejável, mas nós não podemos pagá-lo. Eu contesto 
dizendo que isso é uma expressão de uma visão extremamente 
curta e um ponto-de-vista de uma mente limitada. 
 
Há muitas instâncias em que um pequeno custo adicional de 
capital resultaria em substanciais economias de manutenção. É 
fácil convencer a um cliente com uma mente racional, de que 
na construção para o seu uso, o investimento de algum dinheiro 
extra, digamos: no isolamento térmico, reduzirá os custos de 
aquecimento. A análise custo/benefício pode ser realizada 
usando métodos de fluxo de caixa para comparar o valor 
presente de futuras economias com o investimento extra 
requerido. O custo no ciclo de vida deve ser a ferramenta usual 
para as decisões. 
 
Problemas podem emergir quando um incorporador estiver 
produzindo uma edificação para venda imediata sem interesse 
em redução nos custos correntes. Isto, entretanto, não é 
exclusivo na conservação de energia, o mesmo problema ocorre 
quando se tenta usar materiais mais caros mas com baixo custo 
de manutenção. A resposta depende muito na maturidade do 
mercado. Na Austrália as casas de fibra (de madeira, com 
chapas de fibro-cimento) dos anos 50 não conseguem ser 
vendidas hoje: os compradores aprenderam o custo de 
freqüentes re-pintura, que podem ser evitados pelo uso de 
tijolo-madeira (casas de madeira com tijolos não-portantes com 
11 cm de espessura na face externa). O resultado é não 
somente um reconhecimento das vantagens financeiras do uso 
de alvenaria externa, mas também (e talvez mais importante) o 
valor associado à aparência mais nobre. Ninguém mais quer 
uma casa de “aparência barata” identificada pelas casas de 
fibra. 
 
Isto está começando a acontecer com os custos energéticos 
na área habitacional. Muitos compradores estão agora 
preparados a pagar um preço mais elevado por uma casa que é 
bem orientada, que possui um sombreamento adequado e 
isolamento térmico no telhado. O mercado de salas de escritório 
deverá seguir o mesmo rumo. Os baixos custos operacionais já 
fazem com que o inquilino aceite pagar um maior aluguel. E os 
valores de venda de um bloco de escritórios seja função do 
aluguel total recebido. 
 
Muito depende da percepção e valor de prestígio, mas tais 
percepções variam continuamente e podem ser influenciadas. 
Todos podemos contribuir para tais mudanças em vez de 
perpetuar concepções errôneas resultantes de sua aceitação por 
nós. 
 
Nos anos 60 era quase impensável ter-se um escritório sem ar 
condicionado. Eu provei em Nairobi (quase no equador, a 1500 
m de altitude) que conforto térmico pode ser assegurado em 
escritórios através de simples meios passivos, sem ar 
condicionado. O cliente excepcional pode concordar hoje em 
construir tal edifício e obter como retorno uma satisfação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
interna por ter “feito a coisa certa” para a ecologia global. Isto, 
entretanto, não é suficiente. Nós precisamos trabalhar sobre 
isso para criar um valor de prestígio para edificações 
condicionadas por meios naturais. Reconheçamos que tal 
edificação é aceita como sendo mais saudável, livre da 
síndrome das edificações doentes e não oferecendo o risco das 
doenças associadas a tais edificações. Isto também é mais 
gratificante psicologicamente para os ocupantes. Entretanto, a 
questão é mais ampla que isso. Um processo de educação longa 
e penosa apresenta-se diante de nós para que tenhamos nossos 
princípios ecológicos reconhecidos pelos seus valores inerentes. 
 
Inumeráveis exemplos mostram que práticas ecológicas podem 
ser também propostas atrativas de negócios e são também 
rentáveis à curto prazo. Por exemplo, freqüentemente uma 
mudança de hábitos sem custo algum, economiza energia e 
reduz custos. A remoção de fosfatos e nitratos de esgotos 
produz produtos comercialmente viáveis. A reciclagem de papel, 
que começou há alguns anos atrás com subsídios, é agora uma 
indústria lucrativa. 
 
Há um crescente risco causado pelo fato de que ecologia, 
ambiente e o movimento verde tenham um poder tão grande 
que muitos charlatões “embarquem” no movimento e 
descrevam os seus produtos ou mesmo o projeto de suas 
edificações, como conservando energia e ambientalmente 
conscientes. Em alguns casos existe alguma proposta que 
funciona, mas a edificação é basicamente falha. Tais edificações 
freqüentemente são incluídas em revistas populares e podem 
enganar ao leitor mal informado. Isto é particularmente 
pernicioso quando um arquiteto renomado é o seu autor. Existe 
uma grande quantidade de veneração aos “heróis” na 
arquitetura, os grandes “mestres” ditam o rumo, ditam a moda. 
É bom se tais heróis produzem edificações genuinamente 
ecológicas, mas uma aguda atitude crítica tem de ser 
desenvolvida e tais propagandas não devem ser aceitas pela 
sua aparência, pelo que diz ser, elas devem ser examinadas 
antes de serem aceitas como exemplos a serem seguidos. 
 
 
No todo eu sou otimista. 
 
Eu gostaria de usar a analogia com um sistema de controle, por 
exemplo um sistema de ar condicionado. Este consiste de três 
componentes principais: um sensor, uma unidade que toma a 
decisão e um “ativador”- um servo mecanismo. Quando o 
sensor indica um sobreaquecimento em uma sala, a unidade de 
decisão emitirá o sinal apropriado ao motor para ajustar (abrir) 
o damper VAV, assim aumentando o fluxo de ar. 
Meteorologistas, ecologistas e pensadores entre nós são os 
“sensores” da sociedade, emitindo sinais de alerta. Os governos 
podem ser os principais órgãos decisórios, mas nós - como uma 
profissão - tambémtemos o nosso papel no processo decisório. 
E somos - de certa maneira - também ativadores, servo 
mecanismos para executar as decisões corretas. 
 
Acredito que nós começamos a receber os sinais apropriados e 
podemos ter tempo para realizar os ajustes necessários. Este 
seminário - se eu puder continuar a analogia - serve como um 
amplificador para os sinais percebidos. Estamos entrando no 
terceiro milênio com mais sabedoria e entendimento do que na 
entrada do último século. Teremos a força para agir de 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE 1: 
DECLARAÇÃO DE 
INTERDEPENDÊNCIA 
PARA UM FUTURO 
SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
acordo? 
 
 
· R. Buckminster Fuller: Operating manual for spaceship 
Earth. Sth. Illinois Uni. Press, 1968. 
· Michael Keating: Agenda for change (a plain language 
version for Agenda 21 and the other Rio Agreement). Centre for 
Our Common Future. Geneva, 1993. 
· National Greenhouse Response Strategy (draft), AGPS 
(Aus. Gov. Publ. Service), Canberra, 1992. 
· S F Pullen: Embodied energy and operational energy of 
house. p. 155-164, ANSAScA’94 Conf. Proc. 
Aus&NZ.Arch.Sc.Assoc. Deakin Uni.Geelong, 1994. 
· H Partridge & Bill Lawson: Quantitative assessment of 
ecological sustainability of building materials. Solar ‘94 
Conf.Proc. Aus&NZ.Sol.En.Soc. Uni.of NSW. Sydney, 1994. 
· S V Szokolay: Architecture and climate change. RAIA 
Education Division, Canberra, 1992. 
 
 
 
IUA/AIA World Congress of Architects, Chicago, 18-21 Junho, 
1993 
 
Reconhecendo que: 
· Uma sociedade sustentável recupera, preserva e 
aperfeiçoa a natureza e cultura para o bem de toda a vida, 
presente e futura; 
· Um ambiente diverso e saudável é intrinsicamente 
valioso e essencial para uma sociedade saudável; 
· A sociedade do momento está degradando seriamente o 
ambiente e não é sustentável; 
· Nós somos ecologicamente interdependentes com o todo 
do ambiente natural; 
· Nós somos socialmente, culturalmente e 
economicamente interdependentes com toda a humanidade; 
· Sustentabilidade, no contexto desta interdependencia, 
requer associação, equidade e equilíbrio entre todas as partes; 
· Edificações e o ambiente construído desenvolvem uma 
papel significativo no impacto humano sobre o ambiente natura 
e na qualidade de vida; 
· Um projeto sustentável integra consideração dos 
recursos e eficiência energética, edificações e materiais 
saudáveis, uso ecológico e socialmente sensível do solo e uma 
sensibilidade estética que inspira, afirma e enobrece; 
· Um projeto sustentável pode reduzir significativamente 
os impactos humanos adversos sobre o ambiente natural, 
enquanto simultaneamente melhorar a qualidade de vida e o 
bem estar econômico; 
 
Nós nos comprometemos: 
· Como membros das profissões de arquitetura e 
projetistas de todo o globo, individualmente e através de nossas 
organizações profissionais a: 
· Colocar a sustentabilidade ambiental e social no centro 
de nossas práticas e responsabilidades profissionais; 
· Desenvolver e aperfeiçoar continuamente práticas, 
procedimentos, produtos, currrículos, serviços e normas 
técnicas que permitam a implementação de projetos 
sustentáveis; 
· Educar a nossos colegas profissionais, a indústria da 
construção, clientes, estudantes e ao público em geral a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE 2: 
POLÍTICA 
AMBIENTAL DO 
ROYAL AUSTRALIAN 
INSTITUTE OF 
ARCHITECTS 
(versão abreviada) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
respeito da importância crítica e oportunidades substanciais de 
projetos sustentáveis; 
· Estabelecer políticas, normas e práticas no governo e 
negócios que assegurem que projetos sustentáveis se 
transformem em prática normal; 
· Conduzir todos os elementos presentes e futuros do 
ambiente construído - em seu projeto, produção, uso e eventual 
reuso - a padrões de projeto sustentáveis; 
 
 
 
A profissão da arquitetura está comprometida com a 
sustentabilidade ambiental e social. Tal compromisso 
contribuirá para a preservação e reestabelecimento de 
processos ecológicos dos quais a vida depende, desse modo 
provendo oportunidades para manter ou melhorar a qualidade 
de vida para as gerações presentes e futuras e manter os 
valores intrínsecos do ambiente natural. 
 
Os seguintes cinco princípios específicos devem ser adotados na 
realização deste compromisso: 
 
1. Manter e restabelecer a biodiversidade, através: a) da 
consideração do impacto das decisões projetuais e seleção de 
materiais em ecossistemas distantes do local; b) da avaliação 
dos ecossistemas no local e na região; c) da recomendação 
contrária a edificações em áreas onde a implantação 
provavelmente tenha conseqüências ambientais negativas 
significantes; d) da manutenção e melhoria dos ecossistemas 
locais, preservando a vegetação e o solo superficial, e) do 
restabelecimento de corredores-habitat; f) da promoção de 
edificações inovadoras e de desenvolvimento que conduzam a 
uma sociedade sustentável; 
 
2. Minimizar o consumo de recursos através: a) de práticas de 
conservação da terra e do solo; b) da recomendação de 
construção em terras já degradadas reabilitando-as; c) do 
uso de recursos “renováveis” de preferência a recursos finitos, 
encorajando a redução de consumo de energia (por exemplo, 
através de controles térmicos passivos e melhorando a 
eficiência); d) da prática de controle de resíduos e evitando 
elementos descartáveis; e) da reciclagem de edificações e 
usando componentes recicláveis; f) do uso de técnicas de 
gerenciamento cíclico de águas; g) do desenvolvimento de 
densidades maiores em formas urbanas e construídas, 
considerando alternativas de desenvolvimento, tais quais a 
opção de “sem desenvolvimento”; h) da participação a 
formulação das necessidades do cliente para assegurar a 
eficiência do espaço e a provisão de serviços; i) de projetos 
formulados para durabilidade, assegurando adaptabilidade 
através do conceito “loose fit”; j) de recomendação do uso de 
materiais e equipamentos de vida longa, baixa manutenção e 
qualidade e acabamento apropriados; 
 
3. Minimizar a poluição do ar, solo e água através: a) da 
minimização de emissões de gases contribuintes para o efeito 
estufa (por exemplo, CO2 e CFCs); b) da redução de 
necessidade de transporte e do uso de todas as formas de 
energia baseados em combustíveis fósseis; c) do incremento 
da absorção de CO2 através da vegetação e do plantio de 
árvores; d) do não-uso de CFCs na refrigeração, assim como 
em aerosóis e materiais de embalagem e extintores de incêndio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questionário sobre o 
texto 
 
 
usando halogênio; e) da minimização de todas as formas de 
poluição, erosão, inundações e escorrimento superficial, 
incluindo a poluição que possa ser causada na extração, 
processamento e manufatura de materiais e componentes da 
edificação; 
 
4. Maximizar saúde, segurança e conforto considerando a saúde 
ocupacional e a segurança na extração, processamento e 
manufatura de componentes, no local de construção (por 
exemplo, ruído, solventes nocivos) e evitando o uso de 
materiais tóxicos no controle de pestes e ervas daninhas; 
através de projetos que contemplem uma boa localização 
(relativamente a ofuscamento, ruído, acesso solar, 
privacidade visual); através da integração das edificações 
com o ambiente natural, evitando materiais com emissões 
nocivas; através da qualidade no ambiente interior; 
 
5. Incrementar a consciência sobre questões ambientais entre 
clientes, autoridades, consultores, organizações, fabricantes, 
colegas arquitetos e estudantes dando assistência a processoseducacionais, desenvolvendo novas soluções, encorajando 
produtos com preocupação ambiental e defendendo o papel do 
arquiteto na contribuição por uma sociedade sustentável; 
 
 
1. Como você descreveria uma comunidade sustentável? 
2. Comente sobre os resíduos gasosos gerados pelo 
processo de produção de edificações. 
3. Comente sobre os resíduos líquidos gerados pelo 
processo de ocupação de edificações. 
4. Comente sobre os resíduos sólidos gerados pelos 
processos de produção e uso de edificações. 
5. Comente sobre a importância da escolha do local na 
preservação ambiental. 
6. Comente sobre a importância de considerações 
energéticas na produção de edificações. 
7. Comente sobre a importância da seleção de materiais na 
produção de edificações, na minoração de impactos ambientais.

Outros materiais