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ATENÇÃO: esse conteúdo está atualizado com o do Exame de Certificação Profissional Anbima CPA10. No entanto, ressaltamos que a instituição Anbima não possui nenhum um vínculo com esse material. Eu sou o Tiago Feitosa, autor desse e-book e vou contar a você porque e como eu resolvi escrever esse material para ser entregue gratuitamente. Sou professor de Matemática por formação e especialista em finanças pela FAAP-SP. No entanto trabalhar no banco sempre foi minha aspiração de garoto e, ainda em 2006, quando iniciava minha carreira no Banco Itaú eu nem sonhava que precisava obter a certificação CPA-10 da ANBID (naquela época, a ANBIMA era chamada de ANBID). Foi justamente nesse período que essa certificação passou a ser obrigatória a todos profissionais que fossem trabalhar com distribuição de produtos de investimento. Tive a felicidade de ser aprovado na primeira tentativa, mas a infelicidade de ver amigos sendo reprovados e outros até sendo demitidos por não possuir a certificação. Um amigo recém-chegado à agência, chamado Tiago Gomes (hoje gerente de plataformas), havia reprovado na CPA10 por 3 vezes e pediu que eu o ajudasse em sua aprovação, assim, depois de umas conversas sobre o tema, ele foi fazer a prova e obteve sua certificação. À essa época eu era recém-formado em minha pós-graduação em Finanças e o assunto estava bem "fresco" em minha cabeça. Depois de sua aprovação, o mesmo Gomes pediu que eu ajudasse um grupo de amigos que queriam obter a certificação mas não conseguiam passar na prova. Nos reunimos em grupos de estudos por 6 dias e, para nossa felicidade, todos foram aprovados no exame após nossas aulas. A verdade foi que eu descobri o que ajudava meus colegas a serem aprovados: nada mais era do que o método de ensino. Levei para nossas conversas um método de ensino aprendido ainda na faculdade que potencializava a retenção do conteúdo. Hoje minha vocação pedagógica, desenvolvida ainda na faculdade,e a dificuldade que as pessoas têm de obter a certificação por estudarem através de métodos ineficientes me fizeram entrar nessa causa. O site http://passarnaanbima.com.br tem sido o portal que, proporcionalmente, mais tem aprovado alunos no exame, no entanto, entendo que nem todas as pessoas querem ter acesso ao curso com método exclusivo de aprendizado e garantir a aprovação. Esse material é para ser distribuído gratuitamente a todos que se consideram auto didatas e querem mais do que a aprovação na CPA-10, querem assumir o controle de suas carreiras. Sinta-se à vontade para compartilhar com sua agência, amigos de sala, etc. Venha estudar em nosso grupo de estudos gratuito no Facebook. Basta clicar no botão abaixo! Termino essa breve introdução agradecendo a todas as pessoas envolvidas nesse projeto e desejando que a CPA-10 seja só o começo de sua carreira brilhante que vem pela frente. Um abraço. Bons Estudos! O que esperar desse capítulo? Nesse capítulo falaremos sobre a estrutura do Sistema Financeiro Nacional que é a base para o estudo da Anbima, por isso a importância de seu aprendizado. Na prova, esse capítulo corresponde de 5 a 10% do Exame. Intermediação financeira é o nome dado a operação que transfere recursos de agentes superavitários para agentes deficitários. Na prática é o mesmo que dizer: “Quem tem dinheiro sobrando empresta para que tem falta de dinheiro”. Acontece que essa transação não pode ser feita diretamente entre os agentes (deficitários e superavitários). Para tanto se faz necessário a intermediação financeira. O Sistema Financeiro Nacional possui uma estrutura de órgãos, entidades e autarquias que o regulam e o mantém funcionando. Tem como principal função: Regular a constituição e o funcionamento das instituições financeiras; Estabelecer medidas de prevenção e correção de desequilíbrios econômicos; Disciplinar todos os tipos de crédito. Órgão normativo O Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto por Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento e Presidente do Banco Central. O CMN é a autoridade Máxima de todo o sistema. O Banco Central do Brasil, também conhecido como BACEN, BC ou BCB, é um órgão executivo e tem entre suas principais atribuições: O CMN é o órgão máximo, emite ordens aos demais e por isso não as executa. Dessa forma recomendo que atente-se às palavras: regula, estabelece e disciplina. Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras; Controlar crédito e capitais estrangeiros; Emitir papel moeda; Executar a política Monetária e Cambial (Política essa determinada pelo CMN). O Banco Central é uma entidade supervisora, dessa forma recomendo a você se atentar-se às palavras: fiscaliza, executa e supervisiona. A Comissão de Valores Mobiliários, também conhecida como CVM, possui funções semelhantes às do BACEN, no entanto sua alçada compete ao mercado de capitais, ou seja, a CVM regula e fiscaliza os valores mobiliários. Suas principais funções: Promover medidas incentivadoras de capitalização de poupança ao mercado de capitais; Estimular o funcionamento das Bolsas de Valores e das instituições operadoras do mercado de capitais; Proteger os investidores do mercado. A CVM tem como função fiscalizar os valores diários, ou seja, as ações, debentures e cotas de fundos de investimento. Para facilitar seu aprendizado observe as palavras: fiscaliza, executa e supervisiona. Associação Brasileira das entidades dos mercados financeiro e de capitais, a ANBIMA, é uma entidade privada que visa criar códigos de auto regulação do mercado para complementar a legislação em vigor. Em outras palavras, a ANBIMA cria processos para que o mercado seja auto regulado. Não confunda a ANBIMA com a CVM. A CVM fiscaliza o mercado de capitais, a ANBIMA, por sua vez, cria mecanismos para que o próprio mercado se auto regule. As instituições participantes da ANBIMA devem se enquadrar no sistema de auto regulação afim de haver uma concorrência leal entre os participantes, uma padronização das informações aos investidores. Para que você entenda o conceito de banco múltiplo é necessário que entenda o conceito de carteira de bancos. Cada operação de banco é realizada em uma carteira específica, e cada carteira possui CNPJ próprio. Por esse motivo, há na legislação os bancos múltiplos, ou seja, bancos com múltiplas carteiras. Para exemplificar: quando uma empresa procura um banco para contratar um leasing de máquinas, essa operação é feita pelo banco com carteira de investimentos. Quando uma pessoa procura uma agência bancária para fazer um financiamento de uma casa, essa operação é feita pelo banco com carteira de crédito imobiliário. Dessa forma entendemos que: "Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes àssuas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão “Banco” (Resolução CMN 2.099, de 1994). Ou seja, para que seja denominado banco múltiplo o banco deve possuir 2 ou mais carteiras, sendo que uma das carteiras deve ser comercial ou de investimento. Como dito antes, os bancos possuem múltiplos CNPJs, um para cada carteira, porém a publicação do balanço é feita somente pelo CNPJ do Banco Múltiplo. Instituições financeiras que praticam intermediação de recursos financeiros com foco no curto e médio prazo. Banco comercial capta depósito à vista (Conta corrente) e depósito a prazo (CDB), emite talão de cheques. Instituições financeiras com foco em operações no médio e longo prazo. Os bancos de investimentos não podem captar depósito à vista, ou seja, não possuem conta corrente e por consequência não emitem talões de chequ Instituições financeiras com foco em operações no médio e longo prazo. Os bancos de investimentos não podem captar deposito a vista, ou seja, não possuem conta corrente e por consequência não emitem talões de cheques, entre as funções do banco de investimento destaca-se: Financiamento de capital para médio e longo prazo; Gestão de recursos de terceiros; Captam depósito a prazo (CDB); Operações com valores mobiliários Financiamento de capital para médio e longo prazo; Gestão de recursos de terceiros; Captam depósito a prazo (CDB); Operações com valores mobiliários; A Bolsa de Valores de São Paulo é a maior bolsa de valores da América Latina e a única do Brasil. É uma instituição privada de capital aberto. No modelo como a conhecemos hoje existe desde 2008, quando houve a fusão da Bolsa de mercadorias e Futuro, a BM&F, com a Bolsa de Valores de São Paulo. Com essa fusão nasceu a BMF&Bovespa. A BMF&Bovespa é uma empresa com fins lucrativos, suas receitas advém de emolumentos pagos nas operações, ou seja, toda vez que um ativo é negociado na BMF&Bovespa ela recebe um pequeno percentual do valor da operação. A BMF&Bovespa dispõe de sistemas para negociação de ações, títulos de renda fixa, cotas de fundos de investimentos, derivativos financeiros e agropecuários entre outros. Apesar de a BMF&Bovespa trabalhar com uma grande quantidade de ativos, para a CPA-10 vamos abordar somente operações de ações e debentures. As corretoras são responsáveis por realizar intermediações de operações com títulos e valores mobiliários. Isto é, as corretoras são responsáveis por: Operar em bolsa de valores; Administrar carteira de valores mobiliários; Administrar Clube de investimentos; Intermediar operações de cambio; Realizar operações com metais preciosos. As distribuidoras possuem as mesmas funções das corretoras, no entanto, no passado as distribuidoras não podiam operar no ambiente das bolsas de valores. Desde 02/03/09, através da Resolução Conjunta BACEN-CVM n.17 que permitiu as DTVMs atuarem no ambiente de Bolsa e Mercados Organizados, NÃO existe diferença entre essas instituições. As CTVMs e DTVMs são fiscalizadas tanto pelo BACEN (Resolução CMN 1655/89) quanto pela CVM (por causa dos fundos de investimento). Os sistemas e câmaras de liquidação e custódia, também conhecidos como (clearing house) são os sistemas eletrônicos que processam o registro, custódia e liquidação financeira das operações, garantindo mais segurança e velocidade nos negócios com ativos financeiros. As clearing house são 4: SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia; CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação; CA - Câmara de Ações; SPB - Sistema de Pagamento Brasileiro. A SELIC é responsável pela liquidação do registro, custódia e liquidação de títulos públicos federais, ou seja, quaisquer transações feita com títulos públicos são registradas nesse sistema único. O CETIP é responsável por custodiar, registrar e liquidar os títulos privados. Dessa forma, afirmamos que todo e qualquer título privado (com exceção de ações) são registrados na CETIP. Como o próprio nome sugere, a câmara de ações custodia, registra e liquida operações realizadas com ações. O Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB) é um sistema que tem como principal objetivo reduzir riscos sistêmicos. O SPB transaciona valores entre instituições financeiras em tempo real. Em 2002, quando foi reformulado, o SPB emitia TED (Transação Eletrônica Disponível) de operações com valores superiores a R$ 5000,00. Hoje não existe mais limite mínimo para emissão de TEDs. Princípios éticos; Código de regulação e melhores práticas da Anbima; Prevenção contra lavagem de dinheiro; Ética na venda; Análise do perfil do investidor. Segundo o filósofo Mario Sergio Cortela, ética “é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero?; (2) devo?; (3) posso? Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.” Os princípios éticos da ANBIMA CPA 10 estão de acordo com o Código de Ética e Responsabilidade Profissional do IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros - atualizado em Dezembro/2010. São eles: Princípio da Integridade Princípio da Objetividade Princípio da Competência Princípio da Confidencialidade Princípio da Conduta Profissional Princípio da Probidade Princípio da Diligência Agir com postura profissional exemplar. A conduta profissional exige comportar-se com dignidade, agindo com respeito para com os clientes e outros profissionais, em conformidade com as regras, regulamentações e os requisitos profissionais adequados. A conduta profissional requer também que o planejador financeiro CFP® aprimore e mantenha a imagem pública das Marcas, do Profissional CFP® e o compromisso destes em bem servir. Fornecer serviços profissionais com probidade. A probidade exige do Profissional CFP® manter com os clientes uma relação profissional íntegra, revelando e gerenciando possíveis conflitos de interesse. Envolve compatibilizar os próprios sentimentos, preconceitos e desejos, de forma a alcançar um equilíbrio entre os interesses conflitantes. A probidade é tratar os outros da mesma maneira que gostaríamos de ser tratados. Fornecer serviços profissionais de forma diligente. A diligência exige do planejador financeiro CFP® atender aos compromissos profissionais com zelo, dedicação e rigor, cuidando adequadamente do planejamento e execução de serviços profissionais nas condições acordadas Agir com integridade. Fornecer serviços profissionais com integridade. O Profissional CFP® ocupa uma posição de confiança dos clientes e a fonte primordial dessa confiança é honestidade, isenção e transparência do profissional de planejamento financeiro pessoal. Agir com objetividade. Fornecer serviços profissionais de forma objetiva. O Profissional CFP® deve buscar atender as necessidades e objetivos do cliente dentro do escopo do serviço acordado, de forma pragmática, isenta, clara e transparente. Agir com competência profissional conhecendo seus limites de atuação bem como estar em busca da evolução contínua no aprendizado. Manter e desenvolveras habilidades e os conhecimentos necessários para fornecer serviços profissionais de forma competente. Competência exige atingir e manter um nível adequado de habilidades, capacidades e conhecimentos para o fornecimento de serviços profissionais de planejamento financeiro pessoal. Inclui, também, a sabedoria e maturidade para conhecer as suas limitações e as situações em que a consulta a, ou o encaminhamento para outro(s) profissional(is) for apropriada. Competência exige que o profissional CFP® tenha um comprometimento com sua educação continuada e aperfeiçoamento profissional. A concorrência leal; A padronização de seus procedimentos; A maior qualidade e disponibilidade de informações sobre fundos de investimento, especialmente por meio de envio de dados pelas Instituições Participantes à ANBIMA; A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado. As Instituições Participantes devem observar, na esfera de suas atribuições e responsabilidades em relação aos Fundos de Investimento, as seguintes regras de regulação e melhores práticas: Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos descritos no regulamento e prospecto do Fundo de Investimento, se for o caso, referidos no art. 8° deste Código, bem como a promoção e divulgação de informações a eles relacionadas de forma transparente, inclusive no que diz respeito à remuneração por seus serviços, visando sempre ao fácil e correto entendimento por parte dos investidores; Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas durante o período em que prestarem algum dos serviços previstos; Evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos Fundos de Investimento; Evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de Fundos de Investimento e seus participantes, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes, estabelecidas em contratos, regulamentos e na legislação vigente. Entende-se por relação fiduciária a relação de confiança e lealdade que se estabelece entre os cotistas dos Fundos de Investimento e a Instituição Participante, no momento em que é confiada à mesma a prestação de serviço para a qual foi contratada. Na capa dos Prospectos dos Fundos de Investimento administrados pelas Instituições Participantes que sejam elaborados em conformidade com os seguintes critérios: O texto obrigatório do Selo ANBIMA terá o seguinte teor: PROSPECTO DE ACORDO COM O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO. Informações relevantes e obrigatórias: informações do fundo, objetivo de investimento; política de investimento; fatores de risco, Selo ANBIMA. Informações relevantes e obrigatórias: Deve ser impresso com destaque, na capa, na contracapa ou na primeira página do Prospecto, aviso com o seguinte teor: ESTE PROSPECTO FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO DAS DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO, BEM COMO DAS NORMAS EMANADAS DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. A AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E/OU VENDA DAS COTAS DESTE FUNDO DE INVESTIMENTO NÃO IMPLICA, POR PARTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS OU DA ANBIMA, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS, OU JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU ADMINISTRADOR OU DAS DEMAIS INSTITUIÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS. As Instituições Participantes devem se ater aos princípios que regem as melhores práticas de mercado no tocante à Publicidade e divulgação de Material Técnico, não se limitando às diretrizes expostas nesta norma. São considerados como princípios de melhores práticas: Objetividade e Relevância: As informações disponibilizadas devem ser objetivas, pertinentes ao processo de decisão, sendo tratados de forma técnica assuntos relativos à performance passada e privilegiando as informações de longo prazo em vez daquelas de curto prazo; consistência, atualidade e regularidade: as informações apresentadas de forma constante e regular devem manter a mesma linha de conteúdo e forma, incluindo a informação mais recente disponível, de tal maneira que não sejam alterados os períodos de análise buscando ressaltar períodos de boa rentabilidade, descartando períodos desfavoráveis, A divulgação de publicidade ou material técnico pelas Instituições Participantes deve obedecer às disposições trazidas pela legislação e regulamentação vigentes aplicáveis, bem como às diretrizes específicas elaboradas pelo Conselho de Regulação e Melhores Práticas, que complementam este Código; Todo o material publicitário ou técnico dos Fundos de Investimento é de responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere à conformidade de tal material com as normas do presente Código. Caso a divulgação seja feita por um prestador de serviço, este considerando que o registro de um Fundo de Investimento na ANBIMA pressupõe a adesão da Instituição Participante à totalidade das normas do presente Código, os materiais publicitários ou técnicos divulgados pelos Fundos de Investimento podem ser analisados pela ANBIMA a partir de denúncias formuladas por Instituições Participantes, devendo tais denúncias atender ao disposto no Código ANBIMA dos Processos de Regulação e Melhores Práticas. Comparabilidade: As informações disponibilizadas devem privilegiar dados de fácil comparabilidade. Caso não sejam usados métodos de cálculo universais, deve ser indicado o local onde o cartista pode obter informações sobre a metodologia utilizada, que deve ser pública e estar disponível para consulta; Adequação: As Instituições Participantes devem envidar seus melhores esforços no sentido de produzir Publicidade ou Material Técnico adequado ao seu público alvo, minimizando incompreensões quanto ao seu conteúdo, e privilegiando informações necessárias para a tomada de decisão. Parágrafo Único: Notas explicativas, que façam referência à fonte para obtenção de informações mais completas, devem ser utilizadas para o cumprimento dos princípios elencados nesta norma. Toda Publicidade ou Material Técnico de Fundo de Investimento deve obedecer às seguintes regras na utilização do selo ANBIMA e na divulgação de avisos aos clientes: A utilização do selo ANBIMA, é obrigatória em toda e qualquer publicidade ou Material Técnico, excetuadas as veiculações em áudio ou exclusivamente em texto, de natureza digital, que não permitem, por restrições técnicas, o uso ou a formatação de imagens. O aviso: LEIA O PROSPECTO E O REGULAMENTO ANTES DE INVESTIR é obrigatório em toda e qualquer publicidade ou Material Técnico. Caso a Publicidade e/ou o Material Técnico faça referência a histórico de rentabilidade, ou menção a sua performance, adicionar aviso com o seguinte teor: ou interrompendo sua recorrência e periodicidade especialmente em razão da performance; Transparência e Clareza: As informações disponibilizadas devem buscar a transparência, clareza e precisão das informações, fazendo uso de linguagem adequada ao público alvo, não induzindo ou manipulando o investidor afim de tomar decisão equivocadade aplicação ou permanência no Fundo de Investimento; Na divulgação de rentabilidade ou rendimento, somente são autorizados os seguintes padrões: Mês anterior do calendário civil; Todos os meses do ano corrente do calendário civil, de forma individual (“mês a mês”) ou com seu valor acumulado (“acumulado no ano”); Anos anteriores do calendário civil; Períodos de 12 meses do calendário civil e seus múltiplos, contados até o mês anterior a divulgação (“últimos 12 meses”); Períodos de 12 meses e seus múltiplos, contados a partir do mês de constituição do fundo; Da data de constituição do fundo até o mês anterior à divulgação (“desde o início”). 1. RENTABILIDADE PASSADA NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA. 2. A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS; 3. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO - FGC. Não é permitida a comparação direta da rentabilidade do Fundo de Investimento - em termos percentuais ou de diferencial de rentabilidade - com indicadores econômicos não estabelecidos no Regulamento ou Prospecto como meta ou parâmetro de performance do Fundo de Investimento, dando a entender que há vinculação entre a rentabilidade e estes indicadores. A s Instituições Participantes devem adotar a Marcação a Mercado (“MaM”) no registro dos ativos financeiros e valores mobiliários componentes das carteiras dos Fundos de Investimento que administrem. A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos Fundos de Investimento, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as oscilações de mercado dos preços dos ativos ou dos fatores determinantes destes, estarão refletidas nas cotas, melhorando assim a comparabilidade entre suas performances. A MaM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos Fundos de Investimento, pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado. A administração do Fundo de Investimento compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e manutenção do Fundo. A gestão compreende o conjunto de decisões que, executadas com observância dos termos do Regulamento e do Prospecto, determinam a performance do Fundo de Investimento; A gestão dos Fundos de Investimento deve ser exercida por gestor que esteja devidamente autorizado pela CVM para o exercício da atividade de administração de carteira de valores mobiliários. Os profissionais que desempenham a atividade de gestão, possuindo poderes para tomar decisão de investimento em nome dos Fundos, devem estar certificados pela Certificação de Gestores ANBIMA, nos termos do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada; A Instituição Participante gestora do Fundo de Investimento é responsável: Pelas decisões de investimento e desinvestimento, segundo a política de investimento estabelecida nos respectivos Regulamentos e Prospectos; Pelas respectivas ordens de compra e venda de ativos financeiros e demais modalidades operacionais; Pelo envio das informações relativas a negócios realizados pelo Fundo de Investimento ao administrador do Fundo ou ao prestador de serviço contratado para tal; Pelo gerenciamento da liquidez das carteiras dos Fundos de Investimento, de acordo com as diretrizes elaboradas pelo Conselho de Regulação e Melhores Práticas; Em garantir que as operações realizadas pelo fundo de Investimento tenham sempre propósitos econômicos compatíveis com sua política de investimento, sobretudo aquelas referentes a empréstimos de títulos e valores mobiliários. Caracteriza-se como distribuição de fundos de Investimento, para os efeitos desse Código, a oferta de cotas de Fundo de Investimento a investidor ou potencial investidor. De forma individual ou coletiva, resultando ou não em captação de recursos para o Fundo de Investimento. É responsabilidade do distribuidor em relação a seus clientes: A prestação adequada de informações sobre o Fundo de Investimento, esclarecendo suas dúvidas e recebendo reclamações; O fornecimento de Prospecto, Regulamentos, termo de adesão e demais documentos obrigatórios; O controle e manutenção de registros internos referentes a compatibilidade entre as movimentações dos recursos dos clientes e sua capacidade financeira e atividades econômicas, nos termos das normas de proteção e combate a lavagem de dinheiro ou ocultação de bens e direitos; O atendimento aos requisitos da legislação e da regulação e melhores práticas em relação a adequação dos investimentos recomendados (suitability). A coleta de informações sobre o cliente é necessária para possibilitar a análise apropriada da situação financeira, experiência e objetivos de investimentos do cliente. As Instituições Participantes devem definir metodologia que resulte em Perfis para os investidores, criar descrição clara e objetiva de cada um dos Perfis estabelecidos e que seja de conhecimento do investidor tal descrição. Nos casos de desenquadramento, as Instituições Participantes deverão explicitar, em suas metodologias, o tratamento interno adotado para correção/formalização de tal divergência. As divergências identificadas devem ser comunicadas aos investidores, disponibilizando um canal de contato para manifestação do investidor caso haja discordância. Conceito: Lei 9613/98 – Alterada pela lei 12.683/12 CAPÍTULO I Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores Art. 1. Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. Colocação - a primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal. Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas “fantasmas”. Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal. Foi revogado pela nova lei de Lavagem de Dinheiro, hoje caracteriza-se como crimes de lavagem de dinheiro ocultar ou dissimular a natureza, origem,localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. Também estão sujeitos à mesma pena (multa + reclusão de 3 a 10 anos) aquele que ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal: os converte em ativos lícitos; os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. Reclusão de três a dez anos e multa. Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo: A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime (delação premiada). A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos na lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa. A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior: Ações preventivas: princípios do “Conheça Seu Cliente”. A principal forma de evitar a lavagem de dinheiro é conhecendo o cliente, principalmente através de informações obtidas através do cadastro. Caso o cliente se negue a fornecer as informações requeridas, a instituição não deve aceitá-lo como cliente. A função do cadastro é identificar as características de cada cliente, um cadastro consistente e atualizado permitirá que o profissional e a instituição financeira identifiquem operações suspeitas. A caracterização de operações suspeitas possui diversas facetas mas a principal delas é movimentação de recursos incompatível com a renda ou patrimônio do agente econômico, no entanto, destaco abaixo algumas operações que podem ser caracterizadas suspeitas tão somente por sua natureza: Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino anteriormente não relacionado com o cliente; Troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de grande valor; Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e vice-versa; Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamento ou outros instrumentos em grande quantidade - isoladamente ou em conjunto -, independentemente dos valores envolvidos, sem evidencias de propósito claro; Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras; Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do cliente; Ao dobro do valor da operação; Ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou O valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais). Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cliente, cujos valores, somados,resultem em quantia significativa; Abertura de conta em agência bancária localizada em estação de passageiros - aeroporto, rodoviária ou porto - internacional ou pontos de atração turística, salvo se por proprietário, sócio ou empregado de empresa regularmente instalada nesses locais; Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade financeira do usuário. O dever do profissional e da instituição financeira é o de identificar e comunicar as operações suspeitas, fazendo isso ambos estarão protegidos de qualquer penalidade civil ou administrativa caso tal operação seja classificada como crime de lavagem de dinheiro. O COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras está vinculado ao Ministério da Fazenda e tem como finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos ou entidades. De acordo com a circular 2852/98, Carta-circular 2826/98 e a complementação da carta circular 3098/03, as instituições financeiras devem comunicar ao banco central: As operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro de valor acima de R$ 10.000,00; Operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$ 10.000,00; Depósito em espécie, retirada em espécie, ou pedido de provisionamento para saques, de valor igual ou superior a R$ 100.000,00, independente de serem suspeitas ou não. Toda operação realizada por uma instituição financeira acima de R$ 10.000,00 deve ficar registrada no banco. A operação que for suspeita independente do valor deve ser reportada ao COAF, através do SISCOAF. Cada investidor apresenta um conjunto de necessidades especificas, no entanto é possível identificar essas necessidades analisando SEMPRE 4 itens antes de tomar uma decisão de investimentos: Idade – Devido a um horizonte de tempo mais curto, quanto mais elevada a idade, menor deve ser a exposição ao risco do investidor; Horizonte de Tempo – Deve-se evitar correr riscos em operações com resgate a curto prazo, uma vez que não existe tempo hábil para recuperação das perdas, operações com prazos mais elásticos podem ser expostas a riscos mais elevados; Conhecimento do Produto – Deve-se evitar recomendar produtos de investimentos para clientes que desconhecem os riscos envolvidos na operação; Tolerância ao Risco – Cada investidor possui um perfil de risco diferente, deve-se evitar recomendar produtos de risco mais elevado para perfis mais conservadores, para facilitar a adequação as instituições dispõem de ferramentas de Análise do Perfil do Investidor (API). Questionário de uso obrigatório pelas instituições associadas a ANBIMA que normalmente possui entre 6 e 10 questões dirigidas ao investidor com o objetivo de traçar o seu perfil. Existem três perfis básicos: Conservador; Moderado; Agressivo. Esses perfis são utilizados tanto na classificação dos investidores como na c l a s s i fi c a ç ã o dos produtos. O que esperar desse capítulo: Conceitos Básicos de Economia; Conceitos Básicos de Finanças. Esse módulo corresponde de 10 a 15% da prova. Nesse capítulo vamos abordar os índices econômicos, suas metologias de cálculo, bem como sua aplicação no dia a dia e no exame. O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período. Isso inclui do pãozinho até um avião produzido pela Embraer, por exemplo. O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na contabilidade. O PIB é obtido pela equação: PIB = C + I + G + (X-M) Onde: C = Consumo + I = Investimentos + G = Gastos do Governo + Saldo da Balança Comercial (X = Exportação – M = Importação). A taxa Selic Over, taxa apurada no Selic, obtida medianteo cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido Sistema na forma de operações compromissadas. A taxa Selic Meta é definida pelo COPOM, com base na Meta de Inflação. É a Selic Meta que regula a taxa Selic over. Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das instituições financeiras, que lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem. A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a rentabilidade de fundos, como os DI, por exemplo. O CDI é utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre os bancos, no setor privado e, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), essa modalidade de aplicação pode render taxa de prefixada ou pós-fixada. A TR representa a Taxa Básica Financeira (TBF), que é calculada em função da taxa média dos CDB, deduzida de um redutor (R). A TR É utilizada na remuneração dos títulos da dívida agrária (TDA), dos recursos das cadernetas de poupança e do FGTS. É competência do BACEN calcular e divulgar a TR. A taxa DI é definida como a média ponderada das negociações diárias de Certificado de Depósito Imobiliário apuradas na CETIP. É a sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É o índice oficial de inflação no Brasil. O IPCA é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utiliza famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimos como público alvo para a pesquisa. A pesquisa do IPCA abrange as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e o município de Goiânia. A periodicidade é mensal, utilizando geralmente como referência o período que vai do dia 1º ao dia 30 de cada mês. A divulgação ocorre normalmente até o dia 10 do mês seguinte ao mês de coleta. Índice similar ao IGP-M, calculado pela FGV difere do IGP-M por computar as variações de preço do dia 1º ao dia 30 de cada mês. O IGP-M notabiliza-se por ser um índice de grande credibilidade no mercado, é o índice mais utilizado em contratos, como por exemplo o de reajuste dos aluguéis. Até o governo em menor escala, utiliza o IGP-M: Os títulos públicos do tipo Notas do Tesouro Nacional série C (NTN-C) são indexados ao IGP-M. É a sigla para Índice Geral de Preços de Mercado, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IGP-M é a média ponderada de três outros índices de inflação calculados pela FGV: 60% IPA - Índice de Preços por Atacado 30% IPC - Índice de Preços ao Consumidor 10% INCC - Índice Nacional de Custo da Construção Civil A pesquisa dos índices que compõem o IGP-M abrange diversas capitais e os preços são coletados do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês de referência. O IGP-M notabiliza-se por ser um índice de grande credibilidade no mercado, é o índice mais utilizado em contratos, como por exemplo o de reajuste dos aluguéis. Até o governo, em menor escala, utiliza o IGP-M: Os títulos públicos do tipo Notas do Tesouro Nacional série C (NTN-C) são indexados ao IGP-M. É a taxa oficial de câmbio calculada pelo Banco Central e divulgada no Sisbacen. É calculada com base na média de todos os negócios com moedas estrangeiras realizados no mercado interbancário com liquidação para dois dias úteis após o dia da operação (D+2). Apesar da Ptax ser associada ao dólar, todas as moedas negociadas oficialmente no Brasil têm a sua PTAX. O COPOM realiza 8 reuniões por ano (uma a cada 44 dias). O viés é a prerrogativa dada ao Presidente do Banco Central para alterar a Taxa Selic entre as reuniões. O viés fica registrado na ata da reunião, e poderá ser de alta ou de baixa. O Presidente do Bacen apenas poderá exercer o viés no sentido indicado na ata (alta ou baixa). Comitê de Política Monetária, formado pelos diretores (área fim) e Presidente do Banco Central. Objetivos: Implementar a Política Monetária; Analisar o Relatório de Inflação; Definir a Taxa Selic e seu eventual viés. A fórmula correta é a seguinte: A taxa nominal é a taxa que normalmente é divulgada pelas instituições financeiras, enquanto que a taxa real é dada pela diferença entre taxa nominal e a inflação do período. Para facilitar o nossa compreensão, podemos dizer em outras palavras que a taxa “real” é “realmente” quanto o investidor ganhou em determinada aplicação pois é necessário descontar a inflação apurada no período. Assim, por exemplo, se uma aplicação financeira teve: uma rentabilidade de 10% no ano passado (taxa nominal). A inflação no mesmo período foi de 6%. Dessa forma temos que a taxa real foi de quase 4%. Digo “quase”, pois para o cálculo da taxa real envolve um conceito de juros compostos chamado desconto e não apenas uma simples subtração. Ao invés de termos: Taxa Real = Taxa Nominal - Inflação A Taxa real é SEMPRE um POUCO INFERIOR a subtração da taxa nominal menos a inflação. Juros proporcionais são aplicados no regime de Juros Simples e duas taxas são proporcionais quando, considerado o mesmo prazo e aplicação inicial (capital), produzem o mesmo valor futuro (montante). 1% a.m é proporcional a 12% ao ano; 2% ao semestre é proporcional a 4% ao ano; 6% ao ano é proporcional a 0,5% a.m; 6% ao trimestre é proporcional a 8% ao quadrimestre. Ou seja, no regime de Juros Simples as taxas de juros alteram de forma proporcional. Para calcular uma taxa proporcional, basta multiplicar ou dividir a taxa de juros proporcionalmente a relação entre os períodos em que as taxas estão compreendidas. A taxa equivalente está relacionada aos JUROS COMPOSTOS, é aplicada para calcular a taxa correspondente em uma série com periodicidade diferente. EXEMPLOS: 1% a.m é equivalente a 12,68% ao ano. 2% ao semestre é equivalente a 4,04 % ao ano. 6% ao ano é equivalente a 0,49% a.m. 6% ao trimestre é equivalente a 8,08% ao quadrimestre Capitalização Simples: Juros incidem apenas sobre o capital. Não possui “juros sobre juros”; Capitalização composta: Os juros incidem sobre o capital acrescido os juros de período anterior. Existe a cobrança de “juros sobre juros”. Fórmulas para calcular o montante: Juros Simples: FV = PV (1 + i x n) Onde: FV = Valor Futuro (Montante); PV = Valor Presente (Capital); i = taxa de juros; n = período que a taxa será capitalizada. Juros Compostos: FV = PV (1 + i) A presença da potência na fórmula caracteriza em juros compostos. Onde: FV = Valor Futuro (Montante); PV = Valor Presente (Capital); i = taxa de juros; n = período que a taxa será capitalizada. Os índices de referências (ou Benchmark) servem como parâmetro para avaliar o desempenho dos Investimentos. Para avaliar o desempenho de um investimento é prudente comparar com um parâmetro que possua forte relação com o desempenho da rentabilidade do produto. Exemplos de Benchmark: Ptax, Taxa DI, Selic. Principal Índice do Mercado de Ações; Carteira Teórica Formada pelas Ações mais líquidas da bolsa; Não tem um número fixo de Ações; As ações mais negociadas possuem maior peso no índice; Vigência de 4 meses; Utiliza um histórico de 12 meses para mensurar quais ações irão compor o índice. Índicecomposto pelas 100 ações mais negociadas da bolsa nos últimos 12 meses; Tem vigência de 4 meses; Para entrar no índice, a ação tem que ter sido negociada em pelo menos 70% dos pregões; Ações de empresa em processo falimentar/concordata não participam do IBrX; Possui um índice irmão: o IBrX50 (50 ações). Índice composto pelas 100 ações mais negociadas da bolsa nos últimos 12 meses; Tem vigência de 4 meses; Para entrar no índice, a ação tem que ter sido negociada em pelo menos 70% dos pregões; Ações de empresa em processo falimentar/concordata não participam do IBrX; Possui um índice irmão: o IBrX50 (50 ações). Volatilidade = Medida de Risco. Quanto mais um investimento oscila, maior a volatilidade e consequentemente maior será o risco. O desvio-padrão e a variância são exemplos de medidas estatísticas de volatilidade. Os produtos de renda variável (ex. ações) possuem volatilidade mais elevada do que os investimentos em renda fixa. Critérios de Inclusão das ações no IBOVESPA: Estar incluída entre as ações cujos negócios somados representem mais de 80% do valor total negociado na bolsa; Apresentar volume de negócios individualmente superior a 0,1% do total negociado; Ter sido negociada em pelo menos 80% dos Pregões. Critérios de Inclusão das ações no IBOVESPA: Estar incluída entre as ações cujos negócios somados representem mais de 80% do valor total negociado na bolsa; Apresentar volume de negócios individualmente superior a 0,1% do total negociado; Ter sido negociada em pelo menos 80% dos Pregões. Marcar a Mercado é precificar um ativo pelo seu valor de negociação diária no mercado. Os ativos sofrem variações de preço diariamente, para saber o valor real dos ativos os fundos precisam precificá-los todos os dias. Precificar ativos de grande liquidez é fácil, basta ver quanto foi fechado o último negócio (ex. Ações da Vale). O difícil é precificar ativos de baixa liquidez. Se faz meses que um determinado ativo não é negociado, quanto ele está valendo hoje? Mercado Primário = Local onde um título é vendido pela primeira vez, ele gera recursos para o agente emissor. Exemplo: A Vale emite novas ações, o dinheiro da venda dessas ações vai para o caixa da Vale, e pode ser utilizado conforme necessidade. Mercado Secundário = Local onde um título já existente é vendido, ele não gera recursos para o agente emissor. Exemplo: Tiago comprou ações da Vale e vendeu na Bolsa, o valor da venda vai para o bolso de Tiago e não para empresa. O que esperar desse módulo: Principais fatores de análise de investimento; Recomendo que estude esse módulo somente depois de estudar os módulos 6 e 5 (nessa ordem) pois vamos entender como funcionam os ativos financeiros (Módulo 6) para depois entender os fundos de investimentos (módulo 5) e só então analisarmos os princípios de investimentos. Esse módulo representa de 10 a 20% do Exame. Os principais fatores da análise de investimentos são: Rentabilidade; Liquidez; Risco. Rentabilidade Observada está relacionada com o conceito de passado. É a rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento, por exemplo. Na rentabilidade relativa estamos analisando uma rentabilidade com relação a algum benchmark, na rentabilidade absoluta estamos analisando a rentabilidade sem parâmetro de relatividade. Exemplos: Rentabilidade Absoluta: O fundo de renda fixa do banco X rendeu 0,80% no último mês; Rentabilidade Relativa: O fundo de renda fixa do banco X teve um rendimento de 97% do CDI no último mês. Rentabilidade Esperada é calculada como a média da rentabilidade observada. Representa uma expectativa (esperança) de retorno do investidor. Definição para a prova Anbima: possibilidade de o retorno esperado não se confirmar. IMPORTANTE: Ativos de risco mais elevado tendem a ter um retorno esperado mais alto. Exemplo: Ações. Capacidade do Ativo de converter em poder de compra; O ativo mais líquido que existe é o dinheiro; Um ativo é considerado líquido quando convertido em dinheiro por um preço justo e um curto espaço de tempo; A liquidez de um ativo depende do número de compradores; Os imóveis tendem a ser menos líquidos que os investimentos financeiros; A poupança é um dos ativos financeiros mais líquidos que existem; Existem ativos financeiros de baixa liquidez, como ações de empresas desconhecidas, consideradas de segunda linha. Risco de Mercado, Risco de Crédito, Risco de Liquidez. O risco de mercado está associado a oscilação/flutuação/variação no preço dos ativos devidos a fatores mercadológicos; Todos os ativos financeiros possuem risco de mercado; Não existe nenhuma forma de “escapar” do risco de mercado. Conceito: oscilações na taxa de câmbio, mudanças no cenário macroeconômico mundial, riscos geopolíticos específicos de cada país investido, questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país. Risco Sistemático = Risco Conjuntural = Risco de Mercado; Não existe nenhuma forma de eliminar o risco do sistema, pois todos os ativos estão sujeitos a este risco; Também é conhecido como risco não-diversificável, pois a diversificação não traz a redução deste tipo de risco. Risco não-sistemático = Risco Individual = Risco da Empresa (ou setor); O risco não-sistemático pode ser reduzido ou eliminado através da diversificação. Risco associado a inadimplência, ao não pagamento das obrigações por parte do emissor de um título ou tomador de empréstimo; Não existe risco de crédito no investimento em ações, uma vez que os acionistas são considerados sócios e não credores das empresas; Os títulos públicos federais são considerados os ativos de menor risco de crédito. Ocorre quando os vendedores encontram dificuldade de vender seus ativos por um preço justo por falta de compradores para determinado ativo; É caracterizado pela presença de poucos compradores ou mesmo pela ausência deles; Ativos de alta liquidez em tempos normais, podem se tornar de baixíssima liquidez em tempos de crise, onde muitos querem vender e pouquíssimos querem comprar. O que esperar do Módulo V: Definições Legais; Dinâmica de Aplicação e Resgate ; Principais Características ; Política de Investimento ; Carteira de Investimentos ; Taxas de Administração e Outra;s Classificação CVM; Outros Fundos ; Tributação. Recomendo que estude o módulo 6 antes de estudar esse módulo. Vamos entender no módulo 6 o conceito de ativos financeiros para depois entender os fundos de investimentos. Esse módulo representa de 25% a 40% do exame. Atualizada de acordo a instrução normativa 555 da CVM Imagine a seguinte situação: um pequeno investidor quer começar a investir seu dinheiro através de instrumentos mais rentáveis do que a boa e velha caderneta de poupança. Ai ele se depara com a seguinte informação: “Para investir em títulos mais seguros, rentáveis e diversificáveis é necessário muito conhecimento do mercado, tempo para acompanhar as variações deste e muito dinheiro para poder ter o mesmo retorno que grandes investidores. Esse investidor tem 2 opções. Dedicar-se anos estudando o mercado, dedicar muito tempo para acompanhar o movimento do mercado, e juntar durante a vida toda uma boa economia para começar a investir; ou Contratar alguém que possa fazer isso por ele. A segunda alternativa me parece mais sensata, certo? É exatamente isso que um fundo de investimento faz. Democratiza e torna acessível os instrumentos de investimentos a todos investidores. Para que isso aconteça é necessário que haja regras e vamos entendê- las agora.Os fundos de investimento caracterizam-se como uma prestação de serviço por parte das instituições financeiras; Todo fundo de investimento apresenta risco de perdas; Tomar decisões de investimentos é difícil: O que comprar? Quando comprar? Qual é a hora de vender? Os fundos de investimentos democratizam o acesso a produtos de investimentos, pois possuem regime de condomínio que permite que todos investidores, independente do valor investido, tenha os mesmos diretos e deveres. Os fundos de investimento possuem CNPJ próprio, independente da instituição financeira e são de propriedade dos cotistas (não geram captação de recursos para a instituição financeira); Os fundos de investimentos não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (nem pelo administrador!). Os Fundos de Investimento (FIs) investem diretamente em ativos. Exemplo: CDBs, Títulos Públicos, Ações, etc. Os Fundos de Investimento em Cotas (FICs) têm obrigação de investir pelo menos 95% do seu patrimônio em cotas de outros fundos, ou seja, são fundos que investem em outros fundos. Conforme eu citei anteriormente, os fundos são organizados sob o regime de condomínio, isso implica que os seus participantes (cotistas) possuem direitos e deveres iguais. O fundo será constituído por deliberação de um administrador a quem incumbe aprovar, no mesmo ato, o regulamento do fundo; O funcionamento do fundo depende do prévio registro na CVM; O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos e informações: Regulamento do fundo, elaborado de acordo com as disposições desta Instrução; Declaração do administrador do fundo de que o regulamento do fundo está plenamente aderente à legislação vigente; As informações ou documentos para os quais esta Instrução exija a “comunicação”, “acesso”, “envio”, “divulgação” ou “disponibilização” devem ser encaminhadas por meio físico aos cotistas. Desde que expressamente previsto no regulamento do fundo, as informações ou documentos de que trata o caput podem ser comunicados, enviados, divulgados ou disponibilizados aos cotistas, ou por eles acessados, por meio de canais eletrônicos ou por outros meios, incluindo a rede mundial de computadores. Admite-se, nas hipóteses em que esta Instrução exija a “ciência”, “atesto”, “manifestação de voto” ou “concordância” dos cotistas, que estes se deem por meio eletrônico. O fundo que se utilizar de meios eletrônicos pode prever, em seu regulamento, que o administrador deve enviar correspondências por meio físico aos cotistas que fizerem tal solicitação de forma expressa, ocasião em que seu regulamento deve especificar se os custos com o seu envio serão suportados pelo fundo ou pelos cotistas que optarem por tal recebimento. Os dados relativos ao registro do regulamento em cartório de títulos e documentos; Declaração do administrador do fundo de que firmou os contratos mencionados no art. 78, se for o caso, e de que estes se encontram à disposição da CVM; Nome do auditor independente; Inscrição do fundo no CNPJ; Lâmina de informações essenciais. A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou transferência, exceto nos casos de: Decisão judicial ou arbitral; Operações de cessão fiduciária; Execução de garantia; Sucessão universal; Dissolução de sociedade conjugal ou união estável por via judicial ou escritura pública que disponha sobre a partilha de bens; Transferência de administração ou portabilidade de planos de previdência. As cotas de fundo fechado e seus direitos de subscrição podem ser transferidos, mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, ou por meio de negociação em mercado organizado em que as cotas do fundo sejam admitidas à negociação. As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, são escriturais, nominativas, e conferem iguais direitos e obrigações aos cotistas. O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do patrimônio líquido pelo número de cotas do fundo, apurados, ambos, no encerramento do dia. O administrador do fundo, o terceiro contratado para essa finalidade e o distribuidor que atue por conta e ordem são responsáveis, conforme o caso, pela inscrição do nome do titular no registro de cotistas do fundo. Os fundos de investimento são instituições independentes do administrador, possuem CNPJ próprio (excluindo os Fundos Imobiliários) e são de propriedade do seus cotistas. Este conceito de separação é conhecido como Chinese Wall (Muralha da China). Esta segregação pode ser realizada de duas formas: A IF cria uma diretoria independente para gestão dos fundos de investimento; ou A IF contrata uma empresa para realizar a gestão dos fundos. A assembleia geral de cotistas é a instância máxima de decisão dos fundos de investimento, e ocorre anualmente. A convocação é realizada por correspondência, encaminhada para os cotistas com antecedência mínima de 10 dias da data de realização da assembleia. Seu principal objetivo é a aprovação das demonstrações contábeis do exercício encerrado. As demonstrações contábeis são auditadas por uma empresa credenciada na CVM antes de serem submetidas aos cotistas na assembleia. Segundo a Instrução CVM 359, compete privativamente à assembleia geral de cotistas deliberar sobre: Para evitar situações de conflitos de interesse, a CVM obriga que a Instituição Financeira (IF) realize a segregação das atividades de gestão de recursos de terceiros (fundos de investimento) da gestão de recursos próprios. As demonstrações contábeis do fundo; A amortização de cotas e a distribuição de resultados, caso não estejam previstos no regulamento do fundo; A substituição do administrador; Mudança na política de investimento; O aumento das taxas de administração, de entrada ou de saída; Mudança de endereço do fundo na rede mundial de computadores; A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo; VIII. Alterações no contrato entre a instituição proprietária do índice e o administrador, se houver, caso essas alterações acarretem aumento de despesas para o fundo; Alguns dos principais Direitos: Ter acesso ao regulamento e ao prospecto; Ter acesso ao valor da cota e a rentabilidade do fundo; Receber mensalmente extratos de investimentos; Receber anualmente extrato consolidado para fins de IR. Algumas das principais Obrigações: Conhecer as características do fundo; Verificar a compatibilidade do fundo que está investindo com seus objetivos pessoais; Comparecer nas assembleias gerais; Manter seus dados cadastrais atualizados. Política de investimento; Objetivos do fundo; A relação de prestadores de serviço; As taxas cobradas; Informações claras sobre os risco assumidos pelo fundo. Existe uma série de informações importantes que o fundo deve transparecer aos seus cotistas. Algumas das principais informações são: O administrador do fundo é obrigado a divulgar diariamente o valor da cota e do patrimônio líquido dos fundos (Fundo Abertos). Remeter mensalmente extrato ao cotista com detalhamento de informações, principalmente no que se refere a rentabilidade, movimentação e data de emissão. O administrador do fundo é obrigado a divulgar imediatamente qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado ao funcionamento do fundo ou a ativo participante de sua carteira. Para a CVM, fato relevante é aquilo que influenciar a decisão do investidorde adquirir, manter ou vender suas cotas. Podem ser administradores de fundo de investimento as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM para o exercício profissional de administração de carteiras de valores mobiliários, nos termos do art. 23 da Lei n.º 6.385, de 7 de dezembro de 1976 e instrução específica. O administrador pode contratar, em nome do fundo, com terceiros devidamente habilitados e autorizados, os seguintes serviços para o fundo, com a exclusão de quaisquer outros não listados: A administração do fundo compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser prestados pelo próprio administrador ou por terceiros por ele contratados, por escrito, em nome do fundo. Gestão da carteira do fundo; Consultoria de investimentos, inclusive aquela de que trata o art. 84; Atividades de tesouraria, de controle e processamento dos ativos financeiros; Distribuição de cotas; Escrituração da emissão e resgate de cotas; Custódia de ativos financeiros; Classificação de risco por agência de classificação de risco de crédito; Formador de mercado. O administrador e o gestor, nas suas respectivas esferas de atuação, estão obrigados a adotar as seguintes normas de conduta: Receber depósito em conta corrente; Contrair ou efetuar empréstimos, salvo em modalidade autorizada pela CVM; Prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma, ressalvada a hipótese prevista no art. 125, inciso V; Vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização a prazo de cotas subscritas; Prometer rendimento predeterminado aos cotistas; Realizar operações com ações fora de mercado organizado, ressalvadas as hipóteses de distribuições públicas, de exercício de direito de preferência e de conversão de debêntures em ações, exercício de bônus de subscrição, negociação de ações vinculadas a acordo de acionistas e nos casos em que a CVM tenha concedido prévia e expressa autorização; Utilizar recursos do fundo para pagamento de seguro contra perdas financeiras de cotistas; Praticar qualquer ato de liberalidade. Exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o fundo, empregando o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, atuando com lealdade em relação aos interesses dos cotistas e do fundo, evitando práticas que possam ferir a relação fiduciária com eles mantida, e respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas sob sua administração ou gestão; É vedado ao administrador e ao gestor, no que aplicável, praticar os seguintes atos em nome do fundo: Exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos decorrentes do patrimônio e das atividades do fundo, ressalvado o que dispuser o formulário de informações complementares sobre a política relativa ao exercício de direito de voto do fundo; Empregar, na defesa dos direitos do cotista, a diligência exigida pelas circunstâncias, praticando todos os atos necessários para assegurá-los, e adotando as medidas judiciais cabíveis. Sem prejuízo da remuneração que é devida ao administrador e ao gestor na qualidade de prestadores de serviços do fundo, o administrador e o gestor devem transferir ao fundo qualquer benefício ou vantagem que possam alcançar em decorrência de sua condição. É vedado ao administrador, ao gestor e ao consultor o recebimento de qualquer remuneração, benefício ou vantagem, direta ou indiretamente por meio de partes relacionadas, que potencialmente prejudique a independência na tomada de decisão de investimento pelo fundo. O administrador e o gestor da carteira do fundo devem ser substituídos nas hipóteses de: Descredenciamento para o exercício da atividade de administração de carteiras de valores mobiliários, por decisão da CVM; Renúncia; ou Destituição, por deliberação da assembleia geral. Nas hipóteses de renúncia ou descredenciamento, fica o administrador obrigado a convocar imediatamente assembleia geral para eleger seu substituto, a se realizar no prazo de até 15 (quinze) dias, sendo também facultado aos cotistas que detenham ao menos 5% (cinco por cento) das cotas emitidas, em qualquer caso, ou à CVM, nos casos de descredenciamento, a convocação da assembleia geral. No caso de renúncia, o administrador deve permanecer no exercício de suas funções até sua efetiva substituição, que deve ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de liquidação do fundo pelo administrador. No caso de descredenciamento, a CVM deve nomear administrador temporário até a eleição de nova administração. Diariamente cotistas colocam e retiram dinheiro do fundo. Quando um fundo recebe mais resgates do que aplicações, haverá uma situação de resgate líquido, nessa situação o gestor terá que vender ativos financeiros para honrar (pagar) os saques. Diariamente cotistas colocam e retiram dinheiro do fundo. Quando um fundo recebe mais aplicações do que resgates, ele terá dinheiro em caixa, caracterizando uma situação de aplicação líquida, para não deixar o dinheiro parado no caixa o gestor terá que comprar ativos financeiros. Prazo de cotização é o tempo que demora para que o dinheiro do investidor, ao fazer sua aplicação, seja convertido em cotas. Na aplicação será adotada a cota do dia (D0) ou do dia seguinte (D+1) conforme o regulamento do fundo. Normalmente os fundos mais voláteis (ações, multimercado) utilizam a cota de D+1, enquanto os mais conservadores utilizam cota de D0. Prazo de liquidação ou descotização é o tempo que para que a cota do investidor, após a solicitação de resgate, seja convertida em dinheiro. A CVM permite que o resgate seja processado em até 5 dias úteis após a conversão de cotas. Normalmente, os fundos mais conservadores possuem liquidação imediata, enquanto que os fundos de ações possuem liquidação financeira em D+4. O administrador do fundo pode fechar o fundo para novas aplicações? Sim, desde que tal impedimento se aplique tanto aos já cotistas do fundo, quanto para eventuais novos cotistas. O fechamento do fundo não o impede de reabrir para aplicações uma data posterior. É necessário que o administrador do fundo comunique aos distribuidores sobre o fechamento do fundo para novas aplicações. Já imaginou numa emergência você precisar resgatar os seus recursos de um fundo de investimento e ser impedido pelo administrador? É possível fechar o fundo para resgates? Sim, mas apenas em casos excepcionais de falta de liquidez, ou seja, em situações de crise em que todos querem de desfazer dos seus ativos e não conseguem vendê-los por falta de compradores. Quando esta situação ocorre, o administrador terá um dia para convocar uma assembleia geral extraordinária que deverá deliberar em um prazo de até quinze dias após o fechamento para resgate sobre as possibilidades de: reabertura ou manutenção do fundo fechado para resgate; substituição do administrador, gestor ou ambos; cisão do fundo; liquidação do fundo; possibilidade de pagamento dos resgates em títulos. Alguns fundos estabelecem prazo de carência para resgate. Resgates antes do prazo estarão sujeitos às penalidades previstas no regulamento e no prospecto do fundo. O administrador do fundo pode fechar o fundo para novas aplicações? Sim, desde que tal impedimento se aplique tanto aos já cotistas do fundo, quanto para eventuais novos cotistas. O fechamentodo fundo não o impede de reabrir para aplicações em uma data posterior. Os fundos de investimento geralmente possuem uma grande diversificação de ativos, diluindo, desta forma, os riscos quando comparados com ativos individuais. Os fundos de investimento possuem vantagens em relação aos investimentos individuais. As suas principais características são: Acessibilidade ao Mercado Financeiro; Diversificação. Por possuir em seu regulamento o prazo para descotização os fundos de investimentos apresentam boa liquidez. Os Fundos abertos em sem carência apresentam resgates em no máximo D+4, sendo que fundos de renda fixa apresentam resgate em D0. Conforme já mencionado nesse capitulo, os fundos de investimentos democratizam as aplicações no mercado financeiro, tornando acessível a qualquer pessoa que se interesse em aplicar recursos. Através dos fundos de investimento, os investidores têm acesso a produtos financeiros que não conseguiriam investir individualmente. Exemplos: títulos de valor elevado, títulos negociados no mercado externo. Objetivo Os fundos de investimentos podem apresentar gestão Ativa o u gestão Passiva. Fundos com Gestão Passiva tentam acompanhar seu benchmark. Em outras palavras, um fundo com gestão passiva indexado ao DI usará estratégias para que seu rendimento ao investidor seja um percentual do DI, por exemplo: 90% do DI. OS Fundos de Investimentos, segundo o código de regulação da Anbima, devem apresentar uma série de documentos que visam padronizar as informações aos investidores e tornar a concorrência leal. São eles: Regulamento; Lâmina de Informações Essenciais; Demonstração de Desempenho; Formulário de Informações Complementares; Termo de Adesão. 55regulamento é o principal documento do fundo, é o documento que fica registrado em cartório, instrumento legal utilizado em casos de litígios judiciais. Por ser um documento de efeito legal, o regulamento por vezes apresenta uma linguagem difícil o que dificulta o entendimento por parte do investidor comum. Um fundo com gestão passiva é fiel ao seu benchmark? Rende, por exemplo, 100% do DI (Caso seja indexado a esse índice)? Dificilmente. Devido aos custos (taxa de administração), impostos, dinâmica de cálculo da rentabilidade do fundo e regras de contabilização a mercado dificilmente um fundo passivo consegue replicar seu índice de referência (benchmark). Fundos com Gestão Ativa tentam superar seu benchmark. Em outras palavras, um fundo com gestão ativa indexado ao Ibovespa usará estratégias para que o rendimento ao investido seja superior ao indexador. Por exemplo: 110% do Ibovespa. Um Fundo de Gestão Ativa vai SEMPRE superar o benchmark? Não. Para superar o benchmark, o gestor do fundo pode usar instrumentos de derivativos que, por vezes, expõe o investidor a risco maiores, no entanto, nem sempre a estratégia é alcançada. Além do mais, fundos com Gestão Ativa podem apresentar cobrança de taxa de performance. O administrador de fundo aberto, que não seja destinado exclusivamente a investidores qualificados, deve elaborar uma lâmina de informações essenciais na forma da Página 100 da Instrução CVM 555. É facultado ao administrador de fundo formatar a lâmina livremente desde que: A ordem das informações seja mantida; O conteúdo do Anexo não seja modificado; Os logotipos e formatação não dificultem o entendimento das informações; Quaisquer informações adicionais: a) sejam acrescentadas ao final do documento; b) não dificultem o entendimento das informações contidas na lâmina; c) sejam consistentes com o conteúdo da própria lâmina e do regulamento. O administrador do fundo é responsável por disponibilizar aos cotistas dos fundos não destinados exclusivamente a investidores qualificados a demonstração de desempenho do fundo até o último dia útil de fevereiro de cada ano. O administrador também é responsável por divulgar, em lugar de destaque na sua página na rede mundial de computadores e sem proteção de senha, a demonstração de desempenho do fundo relativo: aos 12 (doze) meses findos em 31 de dezembro, até o último dia útil de fevereiro de cada ano; aos 12 (doze) meses findos em 30 de junho, até o último dia útil de agosto de cada ano. É vedado ao administrador e aos demais prestadores de serviços do fundo atribuir a denominação “lâmina” a qualquer outro material de divulgação que não atenda ao disposto acima. O administrador e o distribuidor devem assegurar que potenciais investidores tenham acesso à lâmina antes de seu ingresso no fundo. Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam vir a ser prejudicadas pela sua divulgação, o demonstrativo da composição da carteira pode omitir sua identificação e quantidade, registrando somente o valor e a percentagem sobre o total da carteira. As operações omitidas com base no parágrafo anterior devem ser divulgadas no prazo máximo de: 30 (trinta) dias, improrrogáveis, nos fundos da classe “Renda Fixa” das subcategorias Referenciado, Curto Prazo e Simples; Nos demais casos, 90 (noventa) dias após o encerramento do mês, podendo esse prazo ser prorrogado uma única vez, em caráter excepcional, e com base em solicitação fundamentada submetida à aprovação da CVM, até o prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias). O formulário de informações complementares deve abranger pelo menos o seguinte: Periodicidade mínima para divulgação da composição da carteira do fundo; Local, meio e forma de divulgação das informações; Local, meio e forma de solicitação de informações pelo cotista; Exposição, em ordem de relevância, dos fatores de riscos inerentes à composição da carteira do fundo; Descrição da política relativa ao exercício de direito do voto decorrente dos ativos financeiros detidos pelo fundo; Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas, contemplando a política a ser adotada pelo administrador quanto ao tratamento tributário perseguido; Descrição da política de administração de risco, em especial dos métodos utilizados pelo administrador para gerenciar os riscos a que o fundo se encontra sujeito, inclusive risco de liquidez; Quando houver, identificação da agência de classificação de risco de crédito contratada pelo fundo, bem como a classificação obtida e advertência de que a manutenção desse serviço não é obrigatória, podendo ser descontinuado a critério do administrador do fundo ou da assembleia geral de cotistas; Apresentação detalhada do administrador e do gestor, inclusive informações sobre o departamento técnico e demais recursos e serviços utilizados pelo gestor para gerir a carteira do fundo; Relação dos demais prestadores de serviços do fundo; Política de distribuição de cotas; e Quaisquer outras informações que o administrador entenda relevantes. O termo de adesão deve ter no máximo 5.000 (cinco mil) caracteres, e conter as seguintes informações: Identificação dos 5 (cinco) principais fatores de risco inerentes à composição da carteira do fundo; Aviso de que informações mais detalhadas podem ser obtidas no formulário de informações complementares. O administrador e o distribuidor devem disponibilizar ao cotista versões vigentes do regulamento e atualizada da lâmina de informações essenciais, se houver. Caso o cotista efetue um resgate total do fundo e volte a investir no mesmo fundo em intervalo de tempo durante o qual não ocorra alteração do respectivo regulamento, é dispensada a formalização de novo termo contendo as
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