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1 Administração de Varejo: com foco em casos brasileiros Aula 2 Estratégia no Varejo Varejo • Inclui todas as atividades envolvidas na venda de bens e serviços diretamente aos consumidores finais para uso pessoal. É qualquer empresa cujo volume de vendas decorre, principalmente, do fornecimento por unidade ou pequenos lotes. 2 Composto Varejista (mix de marketing) Modelo 6 P’s, respaldados por Mason, Mayer e Wilkinson (1993). Produto (Product) Pessoas (People) Apresentação (Presentation) Localização (Place) Preço (Price) Promoção (Promotion) Composto Varejista (mix de marketing) Variedade Qualidade Design Características Marca Embalagem Tamanhos Serviços Garantias devoluções 3 Composto Varejista (mix de marketing) Lucratividade Benefícios e custos Concessão de descontos Concessão Prazos Formas de pagamento Composto Varejista (mix de marketing) Propaganda Promoção no ponto de venda Propaganda Força de vendas Programas de fidelização Promoção 4 Composto Varejista (mix de marketing) Canais Proximidade Facilidade de acesso Tipos de Distribuição (seletiva, exclusiva Intensiva) Estoque Transporte Estratégias de distribuição Composto Varejista (mix de marketing) Nível de intensidade Exemplos Número de intermediários Exemplos Intensivo Mercado de massa, produtos de saúde e beleza, produtos de conveniência Muitos Coca-Cola, Elma-Chips, Pampers, Alpo Seletivo Produtos de compra comparada e de especialidade Vários Impressoras HP, câmeras Sony Exclusivo Produtos que requerem soluções especiais, produtos de especialidade, equipamentos industriais Um Carros BMW, relógios Rolex, bolsas Louis Vuitton Fonte: Lamb Jr., Hair jr e Mcdaniel (2004) 5 Composto Varejista (mix de marketing) Variedade Qualidade Design Embalagem Tamanhos Serviços Garantias devoluções PRODUTO Lucratividade Tabela de preço Descontos concessão prazo Crédito PREÇO Promoção de vendas Propaganda Força de vendas Marketing direto PROMOÇÃO PONTO DE VENDA MERCADO ALVO Canais Proximidade Facilidade de acesso Tipos de Distribuição (seletiva, exclusiva Intensiva) Estoque Transporte Composto Varejista (mix de marketing) 6 Composto Varejista (mix de marketing) Apresentação da loja • Lay out • Comunicação • Apresentação visual Composto Varejista (mix de marketing) Quem já ouviu falar na expressão “a primeira impressão a gente nunca esquece??? ? ? ? ? ? 7 Composto Varejista (mix de marketing) Essa apresentação é o seu primeiro contato com os clientes, e, como tal poderá ou “seduzi-los” ou não. Composto Varejista (mix de marketing) As decisões sobre a loja, sua atmosfera, apresentação externa e interna, layout, exposição dos produtos, devem visar a construção da imagem, a conquista das preferências dos clientes e estimular o aumento da produtividade da área de venda (PARENTE, 2014). 8 Composto Varejista (mix de marketing) A pesquisa de Kumar e Karande (2000) indica que variáveis externas e internas influenciam de forma significativa escolha da loja e, portanto, nas vendas e na rentabilidade dos varejistas. Composto Varejista (mix de marketing) Admite-se assim, que a apresentação visual corresponde ao conjunto de recursos utilizados com o objetivo de atrair VISUALMENTE os clientes. Segundo Ailawadi e Keller (2004), um ambiente agradável encoraja os consumidores a visitarem e comprarem mais na loja. 9 Composto Varejista (mix de marketing) O design da loja é um dos elementos mais visíveis da estratégia de posicionamento do varejista (McGOLDRICK, 2002). Composto Varejista (mix de marketing) Avaliação disposição dos produtos 10 Composto Varejista (mix de marketing) Disposição dos produtos Composto Varejista (mix de marketing) Sofisticação 11 Composto Varejista (mix de marketing) Moda jovem Composto Varejista (mix de marketing) Popular 12 Composto Varejista (mix de marketing) Alegre Composto Varejista (mix de marketing) Vídeo 1 (Fatores internos e externos da loja) 13 Composto Varejista (mix de marketing) Composto Varejista (mix de marketing) Pessoas 14 Composto Varejista (mix de marketing) Composto Varejista (mix de marketing) De acordo com Bohlander e Snell (2015), bons planos de negócios, produtos e serviços podem facilmente ser copiados pelos concorrentes, mas NÃO há como imitar bons funcionários. (Thomas J. Watson, fundador da IBM). “Você pode obter capital e construir edifícios, no entanto é necessário haver pessoas para construir um negócio”. 15 Composto Varejista (mix de marketing) Características • Educadas e simpáticas • Competência técnica • Empáticas • Rapidez no atendimento • Interesse e cortesia Composto Varejista (mix de marketing) 16 Composto Varejista (mix de marketing) Composto Varejista (mix de marketing) 17 Composto Varejista (mix de marketing) Vídeo 2 (Atendimento) Composto Varejista (mix de marketing) 18 Composto Varejista (mix de marketing) Vídeo 3 (Spoleto) Composto Varejista (mix de marketing) 19 Poder do Varejista Os varejistas têm aumentado seu controle no mercado de bens para o consumidor. • O desenvolvimento do poder do varejista – 1950: o fornecedor é o rei (produzir e fornecer) – 1960: o consumidor é o rei (aumento da competição, desenvolvimento das marcas de fabricantes) – 1970: o comércio é o rei (varejista exerce as principais funções de marketing). • Aspectos que levaram ao aumento do poder do varejo – Crescimento das marcas próprias – Aumento da concentração das redes Poder do Varejista 20 Estratégia Varejista 1- Direção de longo prazo 2- Adquire alguma vantagem 3- Fornece o escopo para as atividades de uma organização 4- Mecanismo de ajuste da estratégia Características principais de uma estratégia (cf Johnson e Scholes) Estratégia Varejista O objetivo do planejamento estratégico é direcionar a empresa para atingir os objetivos de lucro e de crescimento. Trata-se de uma afirmação que identifica: 1. O mercado alvo do varejista. 2. O formato que o varejista planeja usar para satisfazer as necessidades do mercado-alvo. 3. As bases sobre as quais o varejista planeja construir uma vantagem competitiva sustentável 21 Estratégia Varejista Varejistas de sucesso satisfazem as necessidades dos clientes melhor que sua concorrência. Objetivo final de uma estratégia de varejo: criar uma vantagem competitiva sustentável por meio: •fidelidade do cliente •localização •relações com fornecedores •sistemas de distribuição •operações de baixo custo Estratégia Varejista Etapas • Sensibilização • Definição de missão • Objetivos gerais do • Diagnóstico estratégico • Segmentação estratégica • Objetivos por segmento P.E. • Identificação das opções estratégicas • Definição da estratégia • Planos de ação • Implementação e controle 22 Missão Objetivos Metas e Objetivos Objetivos: são os resultados que se pretende atingir. Exemplos de objetivos no varejo: •Vendas •Número de clientes •Vendas médias por tíquete •Lealdade do consumidor •Expansão e número de lojas •Fatia de mercado, etc. Metas: correspondem a objetivos específicos, quantificados e com prazos definidos. 23 Missão Missão: é a razão de ser da empresa. Determina o negócio da empresa, o tipo de atividade que ela desempenha, as competências essenciais e/ou fatores de diferenciação competitiva. Missão • Proporciona alinhamento depropósitos, de direção, de valores e de oportunidades. • Para conseguir melhores resultados, as missões devem ser direcionadas por um sentido de visão, que proporcione direção à empresa no futuro. 24 Missão Visão: situação desejada/ideal para a empresa. É como a empresa se enxerga no futuro. Valores São os ideais e crenças sustentadas pela empresa, pois refletem aquilo que acredita ser certo ou errado. 25 Exemplos de missão Criar e comercializar produtos e serviços que promovam o bem-estar. Refrescar o mundo! Inspirar momentos de otimismo e confiança! Criar valores e fazer a diferença! Exemplos de missão Criar e comercializar produtos e serviços que promovam o bem-estar. Refrescar o mundo! Inspirar momentos de otimismo e confiança! Criar valores e fazer a diferença! 26 Avaliação Varejistas de sucesso: devem entender adequadamente como o mercado funciona e como atuar dentro dele. O volume de vendas é o indicador de desempenho que os varejistas acompanham mais intensamente. Vendas (loja a) = Fatia de Mercado (loja a) x Demanda de Mercado Avaliação Fatores que determinam o desempenho de uma loja 27 Avaliação Fatores ambientais Composto varejista da concorrência Composto varejista da loja A Compor- tamento de compra do Consumi- dor Demanda de Mercado Demanda de Mercado Venda da loja A Custos da loja A Lucro da loja A Fonte: Parente (2014). Avaliação Análise interna Varejista Conc.1 Conc.2 Conc.3 Visão do Consumidor 1. Variedade 2. Qualidade dos produtos 3. Serviços 4. Atendimento 5. Conforto e facilidade na loja 6. Preços 7. Promoções 8. Localização e acesso 9. Simpatia e satisfação geral Fatores de Avaliação Avaliação dos Pontos Fortes e Fracos Peso 28 Avaliação Análise interna Varejista Conc.1 Conc.2 Conc.3 Avaliação empresarial 10. Fatia de mercado 11. Vendas 12. Tecnologia logística 13. Tecnologia em marketing 14. Localização e cobertura geográfica 15. Recursos e/ou acesso a recursos 16. Estabilidade financeira 17. Índices de lucratividade 18. Venda/m2 19. Venda/funcionário 20. Giro de estoque 21. GM-ROI Fatores de Avaliação Avaliação dos Pontos Fortes e Fracos Peso Avaliação Análise interna Varejista Conc.1 Conc.2 Conc.3 Avaliação empresarial Capacidade gerencial 22. Clima organizacional e motivação dos funcionários 23. Motivação e competência dos dirigentes 24. Liderança e capacidade de empreendedora da presidência 25. Foco no cliente e sensibilidade estratégica 26. Foco na melhoria contínua e na eliminação de desperdícios Fatores de Avaliação Avaliação dos Pontos Fortes e Fracos Peso 29 Estratégia e Implementação Tática Tomar decisões referentes às variáveis do composto varejista: •política de preços •linhas de produtos •propaganda e promoção •loja e apresentação •atendimento e serviços •localização e expansão Balanced Scorecard (Kaplan e Norton) A necessidade de traduzir a estratégia em algo mensurável do ponto de vista de mercado e financeiro e também para a empresa como um todo. Assim sendo, são proposta 4 perspectivas: • Influenciadores financeiros (financial stakeholders) • Consumidores • Processo internos nos negócios • Inovação, aprendizado e crescimento 30 Balanced Scorecard (Kaplan e Norton) Os autores sugerem 4 processos básicos a serem implementados: • Traduzindo a visão: clarificar a visão e ganhar consenso com a organização. • Comunicar e ligar: comunicar a estratégia para cima e para baixo na organização. • Plano de negócios: definir metas, alinhar objetivos estratégicos, alocar recursos e definir medidas. • Feedback e aprendizado: ampliar o foco das metas financeiras para perspectivas mais amplas. Este aspecto facilita a revisão da estratégia e o aprendizado. As estratégias podem ser modificadas para refletir o aprendizado em tempo real. Tendências no Varejo O 18º relatório anual dos Poderosos do Varejo Global elaborado pela Deloitte (2015), aponta algumas tendências do varejo, pautadas pelas mudanças disruptivas que estão impactando o mercado atualmente. Varejo de viagem Mais de 1 bilhão de pessoas (cerca de 15% da população mundial) viajam para outros países todos os anos e gastam o equivalente a mais de US$ 1 trilhão1 . Em consequência disso, empresas como a L’Oréal se referem ao varejo de viagem como seu “sexto continente”, e a Luxottica descreve as vendas em aeroportos como “a Fórmula 1 do varejo”. 31 Estratégias Varejista Varejo rápido A rapidez tem sido uma tendência importante no varejo há mais de uma década. Isso inclui: • fast fashion (levar a moda da passarela para as lojas o mais rápido possível); • produtos de tempo limitado e vendas relâmpago para impulsionar compras imediatas e urgentes; • lojas pop-up para lançar produtos e serviços rapidamente para o mercado e gerar badalação; • caixas self services e quiosques para reduzir ou eliminar esperas. Estratégias Varejista Varejo móvel Estima-se que 65% da população mundial faz uso do celular e que 83% do uso de internet seja feito por meio de dispositivos portáteis. A previsão de que o varejo móvel continue a crescer de maneira agressiva. 32 Estratégias Varejista Compras online – Variação do tíquete médio Fonte: Disponível em: <http://img.ebit.com.br/webshoppers/pdf/33_webshoppers.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2016. Estratégias Varejista Esse estudo da empresa Criteo demostra que mais de 5% das transações no varejo eletrônico já são feitas via Android no Brasil. Fonte: Disponível em: <http://www.criteo.com/media/1894/criteo-state-of- mobile-commerce-q1-2015-ppt.pdf>. Acesso em: 07 Ag. 2016. 33 Estratégias Varejista Varejo móvel Nos próximos três anos, as vendas do comércio eletrônico global feitas com o uso de dispositivos móveis deverão alcançar US$ 638 bilhões, o que equivale ao tamanho do mercado global de comércio eletrônico há apenas um ano (DELOITTE, 2015). Estratégias Varejista Varejo experiência O varejo não é mais apenas questão de produto, mas de experiência. Os consumidores querem que as compras representem também entretenimento, informação, emoção, envolvimento e esclarecimento. 34 Estratégias Varejista Varejo experiência Assim, os varejistas estão avaliando formas inovadoras de melhorar a experiência de compra de seus clientes: • desfiles de moda • festivais de música • monitores interativos • campanhas de mídia social • co-criação de produtos e marketing. Estratégias Varejista Segmentos estratégicos 35 Estratégias Varejista - Studios para produção de Filmes - Produtos para o Consumidor (Camisas, Bonecos, Brinquedos, etc.) - Rede de Mídia (Canais de Televisão, como a Disney Chanel, e Rádio Disney) - Mídia Interativa (Produção de Jogos para as diferentes Plataformas, Mobile, Xbox, Playstation, Nintendo e qualquer tipo de entretenimento online, que possa aproximar as pessoas de seus personagens favoritos) - Parques Temáticos e Resorts Estratégias Varejista Varejo inovador O setor de varejo continuará a ser afetado por novas tecnologias e concorrência inovadora. Como não vai haver uma única fórmula para o sucesso, novos tamanhos e formatos, nem como canais variados poderão surgir. Varejistas não tradicionais continuarão existindo, inovando no espaço de varejo, como a Verizon com sua loja conceito no Shopping Mall of America. Sistemas móveis continuarão a viabilizar lojas pop-up, trucks e quiosques engenhosos. 36 Referências AILAWADI, L. K.;KELLER, K. L. Understanding retail branding: conceptual insights and research priorities. Journal of Retailing, vol 80, p. 331–342, 2004. BOHLANDER, G.; SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Cengage Learning, 2015. KUMAR, V.; KARANDE, K. The Effect of Retail Store Environment on Retailer Performance. Journal of Business Research, vol. 49, pp. 167-181, 2000. McGOLDRICK, P. J. Retail Marketing. Londres, McGraw-Hill, 2002. PARENTE, J.; BARKI, E. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. 2ª. Edição. São Paulo: Atlas, 2014. SAIANI, E. Loja Viva. Rio de Janeiro: SENAC, 2001. Fim da apresentação... Comentários... 37 Assunto da próxima aula: Comportamento do Consumidor Fim da apresentação... Fim da apresentação... 38 Fim da apresentação...
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