Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Controladores Lógico Programáveis Professor : André Sousa 1 - Introdução CLP ou PLC É um equipamento eletrônico programável que tem a finalidade de controlar máquinas e/ou processos, capaz de executar programas que contém instruções de sequência lógica, temporização e contagem, operações lógicas e aritméticas, interagindo com sinais elétricos de entrada e saída analógicos e digitais. O CLP é projetado para trabalhar em ambiente industrial com variação de temperatura, umidade,vibrações, distúrbios elétricos e outras variantes existentes no ambiente industrial O Controlador Lógico Programável (C.L.P.) nasceu dentro da indústria automobilística americana, especificamente na Hydronic Division da General Motors em 1968, devido a grande dificuldade de mudar a lógica de controle de painéis de comando a cada mudança na linha de montagem. Tais mudanças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro. 2 - Histórico Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos, como a variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de processamento, a inclusão de blocos lógicos complexos para tratamento das entradas e saídas e principalmente o modo de programação e a interface com o usuário. 2 - Histórico Interface de programação com D.O.S e Windows 2 - Histórico Quadro com contactores e quadro com CLP 2 - Histórico • Ocupam menor espaço; • Requerem menor potência elétrica; • São programáveis, permitindo alterar os parâmetros de controle; • Apresentam maior confiabilidade; • Manutenção mais fácil e rápida; • Oferecem maior flexibilidade; • Apresentam interface de comunicação com outros C.L.P.s e computadores de controle; • Permitem maior rapidez na elaboração do projeto 2 - Vantagens Nesta configuração CPU, fonte, entradas e saídas estão encapsuladas no mesmo módulo. A maioria dos modelos pode ser expandido. 3 - Hardware do CLP - Classificação Este CLP pode ser montado de acordo com a necessidade do usuário ou sistema a ser implementado. 3 - Hardware do CLP - Classificação 4 - Hardware do CLP – Principais componentes Um CLP é formado por: 1 – CPU 2 – Memórias 3 – Fonte de Alimentação 4 – Bateria 5 – Módulos de entrada e saída 6 – Módulos especiais 7 – Base ou rack (CLP modular) Unidade Central De Processamento (CPU) Entrada analógica 16bits A/D Entrada discreta (digital) Saída Discreta (Digital) Saída Analógica 16bits D/A 3 - Hardware do CLP – Principais componentes CPU(Central Processing Unit): É formado por processador (microprocessador ,microcontrolador), sistema de memória (ROM e RAM) e os circuitos auxiliares de con- trole. Responsável pela execução do programa do usuário ,atualização da memória dados , atualização da imagem das entradas e saídas . Controlando os barramento de endereços, barramento de dados e barramento de controle. 4 - Hardware do CLP Cartões de entrada Os cartões de entrada são responsáveis por receber os sinais elétricos provenientes do campo e transformar estes sinais em níveis elétricos que sejam compatíveis com a CPU. Podem ser digitais ou analógicos 4 - Hardware do CLP Cartões saída: Os cartões de saída são responsáveis por enviar os sinais elétricos do CLP para o campo, atuando dispositivos como: lâmpadas,contactores e outros 4 - Hardware do CLP A1 A2K 1 13 14 MII MIOINPUT OUTPUT Ladder 00 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 VCC=24VVCC=24V -+ -+COM 13 14 1 1 COM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 11 0000 A1 A2K 1 13 14 S1 13 14 S1 4 – Hardware – Cartões de I/O No momento em que o PLC é energizado ele executada uma série de operações pré-programadas que estão gravadas em seu programa monitor: - Verifica o funcionamento eletrônico da CPU,memórias e circuitos auxiliares - Verifica a configuração interna e compara com os módulos instalados - Verifica o status do modo de funcionamento( RUN,PROG e etc) - Verifica a existência de um programa de usuário - Emite um erro no caso de alguma falha encontrada 5 – Ciclo de inicialização do PLC • É o processo onde a CPU lê as entradas,executa o programa do usuário e atualiza as saídas • A maioria dos fabricantes informa o tempo de processamento por instrução, o qual pode chegar a valores em torno de décimos de microssegundos. • Porém, o valor do scan time pode variar a cada novo ciclo, ao passo que, alguns CLP’s permitem ajustar um tempo fixo para o scan, desde de que seja o suficiente para executar todas as funções. 6 – Ciclo de varredura ou Scan Inicio do ciclo Lê as Entradas Escreve na memória imagem de entrada Executa o programa do usuário Processa pedidos de comunicação Faz diagnostico da CPU Escreve na memória imagem de saída Atualiza as saídas 6 – Ciclo de varredura ou Scan • Serve para supervisionar se houve erro em tempo de processamento.o sistema estipula um tempo de varredura, se este tempo é ultrapassado a execução é interrompida e assumido um estado de Falha(fault). • Em alguns clps existe um contato que é acionado pelo WDT em caso de falha de processamento.Este contato pode ser usado como sinalização ou para interromper a alimentação de algum dispositivo como medida de segurança. 6 – Watch Dog Timer - (WDT) De maneira geral, as CPU’s apresentam três modos de operação: –Remote(Rem). –Program(Prog) –Execução (Run). 7 – Modos de operação da CPU • Modo Program – Neste modo o controlador não tem ação sobre o processo, portanto entradas e saidas estão inoperantes(podem ser feitas alterações mas estas não podem ser executadas) • Modo Remote – Neste modo o controlador controla o processo recebendo e processando sinais de entrada e saída.(As alterações feitas, podem ser executadas tendo ação imediata após a conclusão da modificação) • Modo Run – Neste modo o controlador esta em modo de execução. Não permite modificações no programa. Obs1: Nem todos os CLP´s possuem o modo REMOTE 7 – Modos de operação da CPU Tipos de memórias utilizadas no CLP são: RAM; ROM; EEPROM Flash EEPROM. 8– Memórias no CLP RAM – Random Acess Memory – é um tipo de memória volátil, ou seja, perde os dados com a falta de alimentação. Sua principal característica reside no fato de que os dados podem ser gravados e alterados rapidamente e facilmente. No CLP, acompanhada de uma bateria ou um capacitor, é utilizada para armazenar dados temporariamente. 8– Memórias no CLP ROM – Read Only Memory – são memórias especialmente projetadas para manter armazenadas informações, que, sob hipótese alguma, poderão ser alteradas. Desta forma, é uma memória somente para leitura e seus dados não se perdem caso ocorra falta de energia. Nesse elemento são armazenados os dados do programa de controle do funcionamento do CLP(Firmware), gravados pelo fabricante. 8– Memórias no CLP • EEPROM – Erasable Electrical Programable Read Only Memory – são dispositivos de memória que, apesar de não voláteis, oferecem a mesma flexibilidade de reprogramação existente nas RAM. • Elas apresentam duas limitações: – O processo de regravação de seus dados que só pode ser efetuado após a limpeza da célula; – A vida útil de uma EEPROM é limitada pelo número de reprogramações 8– Memórias no CLP Flash EEPROM: é uma memória do tipo EEPROM que permite que múltiplos endereços sejam apagados ou escritos numa só operação. Dessa forma, a gravaçãoé mais rápida que a EEPROM. Apesar de possuir uma vida útil menor que a EEPROM (mínimo de 10.000 operações de limpeza/escrita), 8– Memórias no CLP O sistema de memória é a parte da CPU onde são armazenadas todas as instruções, assim como, os dados para executá-las e está dividida em: Memória do programa monitor; Memória do usuário; Memória de dados; Memória imagem das entradas/saídas 8– Memórias no CLP 0000 .... 777F 8000 ... 8FFF BFFF C000 ... FFFF 9000 9FFF A000 AFFF B000 ... ... ... b0b1b2b3b4b5b6b7b8b9b10b11b12b13b14b15 Sistema operacional Imagem das entradas Imagem das saídas Memórias auxiliares Contadores/Temporizadores Programa do usuário Endereço simbólico Endereço real ou Absoluto 0000 777F I: 1/0 8FFF 9FFF O:2/0 B:0/0 A000 T4:1/0 BFFF C000 FFFF 9 – Mapa de memórias Memória do programa monitor (firmware): é o responsável pelo gerenciamento de todas as atividades do CLP e não pode ser alterado pelo usuário. Na maior parte dos casos o programa monitor é gravado em memória ROM. Porém, os CLP’s atuais permitem que o firmware seja atualizado e, nesse caso, a memória deve ser do tipo EEPROM, por ser regravável e não volátil. 9 – Mapa de memórias Memória do usuário: é nessa memória onde fica gravado o programa desenvolvido pelo usuário, a qual pode ser alterada pelo mesmo. A capacidade e o tipo desta memória variam de acordo com a marca/modelo do CLP e podem ser EEPROM/Flash, EEPROM ou RAM (mantida por bateria ou capacitor). É comum o uso de cartuchos de memória que permitem a troca do programa com a troca do cartucho de memória. 9 – Mapa de memórias Memória de dados: É a região de memória destinada a armazenar temporariamente os dados gerados pelo programa do usuário, tais como, valores de temporizadores, valores de contadores, códigos de erro, senhas de acesso, etc. Esses valores podem ser consultados ou alterados durante a execução do programa do usuário e, devido a grande quantidade de regravações, essa memória só pode ser do tipo RAM. 9 – Mapa de memórias Memória imagem das entradas/saídas: Sempre que a CPU executa o ciclo de leitura, ela armazena os estados da cada uma das entradas ou das saídas nessa região de memória. Nela a CPU irá obter informações das entradas ou das saídas para tomar as decisões durante o processamento do programa do usuário, não necessitando acessar os módulos enquanto executa o programa. Devido a grande quantidade de regravações, essa memória é do tipo RAM. 9 – Mapa de memórias A fonte de alimentação fornece energia aos elementos eletrônicos internos do controlador, converte a tensão de entrada em uma forma utilizável e protege os componentes do CLP contra os picos de tensão. A fonte do CLP é programada de forma a suportar as perdas rápidas de alimentação externa sem afetar a operação do sistema. 10 – Fonte de alimentação • Baterias são usadas nos CLP’s para manter o relógio em tempo real, reter parâmetros ou programas (memórias do tipo RAM), guardar configurações de equipamentos, etc... • As baterias do CLP normalmente são recarregáveis e do tipo longa vida (chegando a 10 anos de vida útil). Podendo manter os dados sem energia elétrica até por 30 dias. • Dependendo do CLP pode-se utilizar um capacitor no lugar da bateria. 11 – Baterias Esta linguagem originou-se da lógica de relés ou diagramas em ladder(escada). Possui duas linhas verticais e paralelas nas extremidades, representando a alimentação do “circuito elétrico virtual(pólo positivo e pólo negativo)”. As sequências de causa e efeito orientam-se da esquerda para direita e de cima para baixo. A ativação das bobinas de saída depende da habilitação de todas as linhas horizontais,Que por sua vez depende da afirmação(verdadeiro) dos contatos á sua esquerda. 12 – Linguagem Ladder Alimentação + Alimentação - BobinaContato NF Contato NA out Fluxo virtual de corrente Estrutura de um Degrau (rung)do diagrama ladder 12 – Linguagem Ladder Fabricante Contato Normalmente Aberto (NA) Contato normalmente fechado(NF) IEC 61131-3 Allen-Bradley(RocKwell) Siemens(step7) GE fanuc 12 – Linguagem Ladder Fabricante Bobina Bobina Negada IEC 61131-3 Allen-Bradley(RocKwell) Inexistente Siemens(step7) Inexistente GE Fanuc ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 12 – Linguagem Ladder A cada instrução de entrada,saída ou relé interno,está associado a um endereço que indica a localização do mesmo na memória do CLP. Este endereço é um operando identificado por letras e números,cuja notação e diferente para cada fabricante.EX: Siemens(S7-200) I0.0 Q0.0 M0.0I:0/0 O:0/0 Allen-Bradley(RSLogix500) B3:0/0 12 – Linguagem Ladder Estes endereços utilizam o sistema de registradores ou registros numérico nas bases Binário Octal ou Hexadecimal. Bit Nible Byte Word DoubleWord b0b1b2b3b4b5b6b7b8b9b10b11b12b13b14b15 12 – Linguagem Ladder I:0/0 O:0/0 Allen-Bradley(RSLogix500) B3:0/0 Input Word Bit Output Word Bit Binary Word Bit Entrada Saída Relé Interno 12 – Linguagem Ladder Digita-se I:0/0 0 Aparece I:0 Endereço N.° do bit out I:0 O:0 00 I:0 0 O:0 out I:0 B0: 00 I:0 0 B0: 0 0 12 – Linguagem Ladder I0.0 Q0.0 Siemens(S7-200) M0.0 Input Word Bit Output Word Bit Binary Word Bit Entrada Saída Relé Interno 12 – Linguagem Ladder A1 A2K 1MII MIOINPUT OUTPUT Ladder 00 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 VCC=24VVCC=24V -+ -+COM 0 0 COM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 00 13 14 S1 0V0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 – Ladder (contato NA) 13 14 S1 A1 A2K 1MII MIOINPUT OUTPUT Ladder 00 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 VCC=24VVCC=24V -+ -+COM 0 1 COM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 11 00 A1 A2K 1 13 14 220V 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 – Ladder (contato NA) A1 A2K 1MII MIOINPUT OUTPUT Ladder 00 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 VCC=24VVCC=24V -+ -+COM 0 0 COM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 11 00 13 14 S1 0V0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 A1 A2K 1 12 – Ladder (contato NF) A1 A2K 1MII MIOINPUT OUTPUT Ladder 00 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 01 02 03 04 05 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 VCC=24VVCC=24V -+ -+COM 1 1 COM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 00 13 14 0V 12 – Ladder (contato NF) FIM
Compartilhar