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A Entrevista Lúdica

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A Entrevista Lúdica 
Entrevista Lúdica Segundo Werlang (2000), é um tipo de entrevista de importante papel no atendimento de crianças. É uma técnica de avaliação muito rica, que permite compreender a natureza do pensamento infantil, fornecendo informações significativas do ponto de vista evolutivo, psicopatológico e psicodinâmico, possibilitando formular conclusões diagnósticas, prognósticas e indicações terapêuticas. As instruções específicas para uma entrevista lúdica consistem em oferecer à criança a oportunidade de brincar com todo material lúdico que lhe é oferecido, sob algumas condições, como uso do espaço, papel da criança e do entrevistador, etc. Nos brinquedos oferecidos pelo psicólogo, a criança deposita parte dos sentimentos, representante de distintos vínculos com objetos de seu mundo interno. 
As crianças, de maneira geral, agem, falam e/ou brincam de acordo com suas possibilidades maturativas, emocionais, cognitivas e de socialização, e é pela sua ação (ativa ou passiva) que elas exprimem suas possibilidades, descobrindo-se a si mesmas e revelando-se aos outros. A postura do psicólogo é estimular a interação, conduzindo a situação de maneira tal que possa deixar transparecer compreensão, respeitando e acolhendo a criança, de forma que ela se sinta segura e aceita. Em parte, o papel do psicólogo na entrevista lúdica diagnóstica é passivo, porque funciona como observador, mas também é ativo, na medida em que sua atitude é atenta na compreensão e formulação de hipóteses sobre a problemática do entrevistado, assim como na ação de efetuar perguntas para esclarecer dúvidas sobre a brincadeira. 
O brincar da criança pode ser estudado sob o enfoque de diferentes autores, como mostrado a seguir: Freud segundo ele, as crianças repetem nas brincadeiras tudo o que na vida lhes causou profunda impressão. Brincando, as crianças fazem algo que na realidade lhe fizeram e, portanto, podem, ao reproduzir situações vividas na vida real, tornar-se senhoras de si próprias. Através do brinquedo a criança não só realiza seus desejos, mas também domina a realidade, graças ao processo de projeção dos perigos internos sobre o mundo externo. 
O brinquedo é, então, um meio de comunicação que permite ligar o mundo externo, o interno, a realidade e a fantasia. - Melanie Klein ¦ coloca o brinquedo num lugar de destaque na luta da criança contra a angústia mobilizada pelas pulsões sexuais. Segundo essa autora, ao brincar, a criança domina realidades dolorosas e controla medos instintivos, projetando-os ao exterior, nos brinquedos. Este mecanismo é possível porque a criança, desde já muito pequenina tem a capacidade de simbolizar. O brincar é a linguagem típica da criança e pode ser equiparado à associação livre e aos sonhos dos adultos. 
Winnicott outro autor que estudou a criança e que diz que o brincar aparece também em adultos. Propõe que o brincar é uma forma de fazer as coisas e assim controlar aquilo que está fora, assim como também uma forma de comunicação consigo mesmo e com os outros. 
Winnicott, o psicoterapeuta deve criar um ambiente onde a criança se sinta segura para brincar e o brincar na psicoterapia deve ser administrado pela própria criança e não pelo terapeuta. 
Para Arminda Aberastury, a criança estabelece com o psicoterapeuta transferência positiva e negativa, mas também é capaz de representar através dos brinquedos os seus conflitos, suas defesas e fantasias. Considera que é conveniente para o entrevistador, ao realizar a entrevista lúdica, não interpretar, já que ainda não se tem como saber se a criança será tratada ou não e, em caso de encaminhamento, qual a técnica mais adequada para aplicar. - Virgínia Axline desenvolve a ludoterapia, psicoterapia infantil de base não-analítica. Para ela, o brincar é uma oportunidade dada à criança de falar de seus sentimentos e problemas através do brinquedo. A prática ludoterápica possui duas vertentes: a diretiva e a não diretiva. Na diretiva a orientação e a interpretação são de responsabilidade do terapeuta e na não diretiva as escolhas ficam a cargo da criança e o terapeuta não intervém. 
A entrevista lúdica é uma técnica de avaliação clínica que permite compreender a natureza do pensamento infantil e que possibilita a obtenção de informações significativas da criança. Instruções para conduzir uma entrevista lúdica Para dar início à entrevista com a criança perguntar a ela se sabe o motivo de estar ali, por que veio ou o que os pais falaram para ela sobre a sua vinda ao psicólogo. Depois é o momento de oferecer à criança a oportunidade de brincar com todo o material lúdico da sala. O psicólogo deve também esclarecer sobre o espaço onde poderá brincar, sobre o tempo disponível e, além disto, dos papéis dela e do psicólogo. 
A criança deve ser informada sobre os objetivos da atividade e o psicólogo deverá dizer-lhe que tal atividade permitirá conhecê-la melhor para que posteriormente possa ajudá-la. A Entrevista Lúdica é um tipo de entrevista de importante papel no atendimento de crianças. Por meio do brincar e nos brinquedos oferecidos pelo psicólogo, a criança deposita parte dos sentimentos, representante de distintos vínculos com objetos de seu mundo interno. Foi uma conceituada (1978), psicanalista tornou argentina, o de valor nome Arminda da Aberastury diagnóstica. As crianças, de maneira geral, agem, falam e/ou brincam de acordo com suas possibilidades maturativas, emocionais, cognitivas e de socialização, e é pela sua ação (ativa ou passiva) que elas exprimem suas possibilidades, descobrindo-se a si mesmas e revelando-se aos outros. 
A postura do psicólogo é estimular a interação, conduzindo a situação de maneira tal que possa deixar transparecer compreensão, respeitando e que evidente diagnóstico entrevista lúdica, falando, pela primeira vez, em hora de jogo acolhendo a criança, de forma que ela se sinta segura e aceita. Em parte, o papel do psicólogo na entrevista lúdica diagnóstica é passivo, porque funciona como observador, mas também é ativo, na medida em que sua atitude é atenta na compreensão e formulação de hipóteses sobre a problemática do entrevistado, assim como na ação de efetuar perguntas para esclarecer dúvidas sobre a brincadeira. Ainda, dependendo de cada situação, o psicólogo poderá não participar do jogo ou brincadeira, ou poderá desempenhar um determinado papel, caso seja desejo da criança. Hora de Jogo Diagnóstica Hora de Jogo Diagnóstica.
Segundo o campo (2001) é um “instrumento técnico” que tem como intenção conhecer o indivíduo e sua realidade num determinado contexto, apresentando-se, portanto, como uma técnica projetiva. Considerado experiência importante para o estabelecimento do vínculo transferencial é aplicado em crianças, usualmente de forma individual, sem que haja uma faixa etária definida. 
O tempo utilizado é, normalmente, o da sessão. A criança deve ser avisada quando o tempo estiver terminando. O brincar, como forma de expressão típica da criança, é a atividade pela qual ela expressa afetos e desafetos, assim como a atividade verbal é a forma do utilizada pelo adulto. Na Hora de Jogo, é oferecido à criança um contexto determinado, imposto, que inclui espaço, tempo, explicitação de papéis e em que se estabelece uma situação que será estruturada e vivenciada de acordo com as características internas dessa criança. No ato de brincar a criança irá demonstrar como lida com suas questões, pois brincar é reproduzir vivências individuais, únicas. A participação do psicólogo tem como objetivo criar condições ótimas para que a criança possa brincar com a maior espontaneidade possível. Caso a criança requeira a participação do psicólogo, esse assume um papel complementar, podendo até representar um papel de sinalizador frente a um bloqueio, inibição ou receio por parte desta. Caso se faça necessário, o psicólogo deve interferir quando perceber que falta à criança a sinalização de um limite que mantenha a integridade física tanto dela, quanto do psicólogo, e ainda da sala e material. “A função específicado psicólogo consiste em observar, compreender e cooperar com a criança” (Ocampo, 2001).

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