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Moradores em situação de Rua

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2
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
NOME DOS ALUNOS ORDEM ALFABÉTICA
moradores de rua
Cidade 
Ano
NOME DOS ALUNOS
moradores de rua
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de: Formação Social, Histórica e política do Brasil, Antropologia, Acumulação Capitalista e Desigualdade Social, Metodologia Científica. Produção textual em grupo.
Prof. 
Cidade
Ano
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................03
2 . DESENVOLVIMENTO...............................................................................04
1. QUEM SÃO OS MORADORES DE RUA ...................................................04
 1.1 MOTIVOS QUE OS LEVAM PARA AS RUAS ..................................04
 1.2 TIPOS DE MORADORES DE RUA ....................................................05
2. ONDE PODEM SER ENCONTRADOS E COMO FAZEM PARA SOBREVIVER..................................................................................................06
3. É DIFICIL O COTIDIANO DE UM MORADOR DE RUA E SUA
 ADEQUAÇÃO EM ABRIGOS .........................................................................07
4. MORADORES DE RUA NA CIDADE DE ASSIS-SP ...................................08 
 4.1 CASA DE PASSAGEM ......................................................................08	
 4.2 PROJETO CRIADO NA CAPITAL SÃO PAUL...................................09
5. AS MUITAS VIOLÊNCIA CONTRA OS MORADORES DE RUA DE 
SÃO PAULO .....................................................................................................11 
4. IMAGENS DE MORADORES DE RUA.........................................................14
3 . CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................18
4 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................19
1 . INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como assunto principal a vida dos moradores de rua, a forma precária como vivem, as necessidades que passam no dia-a-dia, os perigos que correm nas ruas, por estarem expostos sem ter um abrigo para ficar. 
Como foram parar ali, quais sãos seus objetivos na vida, se um dia pretendem ter uma vida normal como qualquer outra pessoa saindo das ruas e conseguindo um emprego e uma vida digna.
Pretende deixar claro que não são apenas as grandes cidades que enfrentam esse problema, nas pequenas cidades também existe essa questão, mas de forma mais controlada, pois não passam pelo crescimento desenfreado de uma grande metrópole, que cresce a olhos vistos, mas sem planejamento.
Procura definir algumas características do morador de rua, tais como o motivo que o levou a morar na rua, motivos estes que podem ser vários. Quem são o que fazem para sobreviver no meio dessa selva de pedras.
O que esta sendo feito para melhorar a situação dessas pessoas, como são vistas perante a sociedade e o governo, o que pode ser feito para ajudar.
Enfim, a questão da desigualdade social, perante uma sociedade consumista e em pleno vapor em direção globalização.
QUEM SÃO OS MORADORES DE RUA
Sem teto, mendigos, moradores de rua, pedintes, sem-abrigo ou mendicantes, são conhecidos por vários nomes, mas sua situação é a mesma, são pessoas que moram nas ruas e sofrem com a carência de recursos, tais como alimentação, moradia, sem o mínimo de dignidade humana que precisam para sobreviver. 
São idosos, adultos, adolescentes e crianças. Que vão parar nas ruas por motivos variados, sua filosofia de vida é o hoje, não tem sonhos ou perspectiva de melhora. 
Sofrem constantemente com o preconceito da sociedade, pois na maioria das vezes são tachados como vagabundos, pois ao invés de estarem nas ruas poderiam estar trabalhando, mas antes de julgarmos devemos saber qual foi o motivo que os levou a esta condição.
Os motivos são; abandono familiar, vícios, desemprego, desajuste social, situação econômica e problemas psicológicos. Nas ruas eles são livres fazem o que querem. Vieira e colaboradores (1994), ao referir-se a esse segmento populacional, afirma que são:
 Pessoas que vivem em situação de extrema instabilidade, na grande maioria de homens sós, sem lugar fixo de moradia, sem contato permanente com a família e sem trabalho regular; são de mandatários de serviços básicos de higiene e abrigo; em que a falta de convivência com o grupo familiar e a precariedade de outras referências de apoio efetivo e social fazem com que esses indivíduos se encontrem, de certa maneira, impedidos de estabelecer projetos de vida e até de resgatar uma imagem positiva de si mesmos (Vieira e col., 1994, p. 155).
Vítimas do preconceito e do processo de exclusão de uma sociedade que os rejeita, muitas vezes "o morador de rua assume de forma extremamente rígida o estigma lançado sobre si, sentindo-se fracassados, caídos" (Vieira e col., 1994, p. 100).
MOTIVOS QUE OS LEVAM PARA AS RUAS
Abandono familiar, agressões e abusos praticados dentro de casa.
Não tendo uma base familiar que lhes dê apoio e muitas vezes não tendo condições físicas e psíquicas para ter sustento próprio essa é a única solução que encontram. Nos casos de violência querem fugir daquele ambiente de maus-tratos e abusos sofridos, encontrando nas ruas uma solução imediata, não pensando no amanhã.
 Drogas e álcool também os levam as ruas porque a família não consegue impor limites, acabam assim afundando ainda mais nesse mundo obscuro.
Desemprego, desajuste social e situação econômica tambem são outros fatores que contribuem para o aumento dessa situação. Um bom exemplo é a vinda de pessoas de outras cidades e estados, que idealizam uma vida melhor na cidade grande e quando chegam se deparam com dificuldades que não imaginavam, sem ter dinheiro para voltar pra casa, vão morar nas ruas.
 
TIPOS DE MORADORES DE RUA
Podemos dividir os moradores de rua por tipos recém-deslocados, vacilantes, outsider, andarilhos, mendigos e doentes mentais.
Recém-deslocados são aqueles que estão à primeira vez nas ruas, mas estes acreditam ser por pouco tempo, não aceitam comparações com os outros moradores de rua. Pois tem esperança de sair dali e mudar de vida, procuram um emprego convencional ou informal, por estarem amedrontados diante da situação que se encontram são os que mais procuram ajuda em albergues e casas de convivência.
Vacilantes. Este é o estagio mais critico, por sofrer frustrações na tentativa de sair das ruas acabam aceitando essa condição e mudam sua auto-orientação e seu comportamento, o medo diminui e o ambiente se torna mais familiar. Acaba por fazer novas amizades em conseqüência disso sabe como conseguir de maneira fácil comida, abrigo e companhia. Apesar de saberem como garantir seu sustento nas ruas ainda pensam em sair delas, pode-se perceber nas conversas que eles ainda se identificam com o passado, mas sentem que deve continuar desta vida.
Outsider o morador já começa a aceitar esta condição e não pensa mais em sair dali, podemos ainda subdividi-los em 3 tipos: andarilhos, mendigos e doentes mentais.
Andarilhos são trabalhadores migrantes que estão sempre em vários lugares, seu raio de ação é bem maior do que dos moradores de rua. Sua independência e autocontrole fazem com que despreze os novatos que ainda não sabem viver nesse meio e os aqueles que aceitam a esmolas e a ajuda de entidades sociais. A aceitação já é tanta que a tendência é abandonar o nome de batismo em favor de um nome de rua. 
Mendigos é um não-trabalhador, não-migrante e seu raio de ação esta ligado a um único lugar ou cidade, na maioria das vezes são alcoólatras crônicos e viciados, é muito raro se envolverem em trabalho remunerado, não por que sãopreguiçosos mas de tornaram indiferente ao trabalho, por estarem fisicamente debilitados, devido a muita bebida e drogas e vários anos de vida dura. Ao invés de trabalharem ficam dependentes da ajuda de doações de instituições de caridade, catação de lixo, mendicância, comércio e apoio de serviço social. Vive o presente, não pensam no futuro.
Doentes mentais geralmente são reclusos e socialmente isolados, raramente se movimentam além dos lugares que costumam ir, para sobreviver aceitam doações, catam alimentos no lixo e mendigam.
. ONDE PODEM SER ENCONTRADOS E COMO FAZEM PARA SOBREVIVER?
Ao contrário do que se pensa o problema que envolve moradores de rua não é apenas especifico das cidades grandes, mas também de cidades de pequeno e médio porte.
Podem ser encontrados em centros das cidades, por ruas, praças, embaixo de pontes, viadutos e na maioria das vezes estão maltrapilhos e sujos. Sofrem com o preconceito da população e com o descaso do setor publico.
Muitas vezes são pessoas de boa índole, mas que por algum motivo estão nessa vida, seja por uma situação financeira precária, desemprego ou abandono, mas diante da situação já o que a sociedade já aceitaram e não pensam . 
Não tem muitos bens, às vezes apenas à roupa do corpo e poucos pertences que conseguem levar junto para o lugar aonde vão. 
Para sobreviverem vivem da ajuda de entidades, catando lixo e mendigando nas ruas.
Isso acontece por causa do crescimento desenfreado das cidades, a falta de planejamento e a excessiva oferta de emprego, fazem com que essas pessoas sejam iludidas com a perspectiva de uma vida melhor e por não estarem qualificados para o emprego não conseguem mais voltar para casa. 
É DIFÍCIL O COTIDIANO DE UM MORADOR DE RUA E SUA ADEQUAÇÃO EM ABRIGOS
As grandes metrópoles como Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte são palcos de grandes problemas com moradores de ruas. São diversas as explicações para justificar o fenômeno de abandono e condições subhumanas em que a maior parte dessas pessoas vive os excluídos sociais.
São muitas as histórias de fracasso, falta de oportunidades, drogas e álcool envolvendo a vida delas. Em sua maioria, são alcoólicos. Muitos já usaram ou usam drogas. Entre eles, há os que tentam sair desse meio e aqueles que estão na rua por opção. É um ciclo vicioso de falta de oportunidade e discriminação.
Assim, surgi à iniciativa de algumas prefeituras e governos estaduais de cariarem abrigos para moradores de ruas. Mas existem diversos problemas que impede os desabrigados a frequentarem a instituição, um deles é a falta de vagas e o outro e não adaptação do morador de rua.
No abrigo São Vicente de Paula, na cidade de Belo Horizonte, uns dos critérios para frequentar a casa e primeiramente ser um morador de rua, trabalhar durante o dia e não utiliza nenhum tipo de bebida alcoólica ou drogas. Apresentadas essas características a casa servem como apoio durante algum tempo para que os desabrigados consigam um direcionamento para a sua vida.
De acordo com o assistente social do abrigo Almerindo Rocha a principal dificuldade dos funcionários da casa é manter a ordem na instituição e o respeito dos abrigados. “É muito difícil segurar a onda. Muitas vezes eles chegam aqui na porta, bêbados ou drogados e querem entrar no abrigo de qualquer jeito. É preciso conseguir a confiança e saber impor o respeito, para poder administrar essa casa”, relata Almerindo.
Almerindo ainda relata que aqueles moradores que frequentam a casa, na maioria das vezes não agem da maneira correta dentro do abrigo. “Já é difícil conseguir uma vaga no abrigo. Aqueles que conseguem não dão valor ao projeto, pois eles fogem, não volta mais na instituição e quando volta na sua maioria e para roubar, brigar ou vendar drogas dentro do abrigo”, afirma o assistente social. 
Tudo é justificável até mesmo esse tipo de comportamento de um morador de rua. Para a psicóloga Luiza de Macedo é completamente natural que eles não queiram frequentar uma casa de abrigo, pois lá eles têm que deixar de realizar diversas coisas que eles já têm o hábito de fazer. “Muitos dessas pessoas são alcoólatras e drogados, se dentro do abrigo não pode utilizar esse tipo de entorpecentes é normal que eles não queiram ficar”, afirma Luiza
4. MORADORES DE RUA NO MUNICIPIO DE ASSIS-SP
 Em Assis o número de pessoas em situação de rua é considerável, ao chegar no centro da cidade, nos deparamos esses “mendigos” como costumamos denominá-los, implorando por moedinhas, com fome, frio, sede, sem banho, sem cultura, sem um lar, soltos no centro da cidade sendo tratados como selvagem no meio da civilização.
4.1 Casa de Passagem
 Um lugar criado pela Secretaria Municipal da Assistência Social (SMAS) e a Prefeitura Municipal de Assis para atender a população em situação de rua.
 A Coordenadora do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), Nanci Rabello, entende que dessa forma a administração local amplia a rede sócio-assistêncial para esse público, acolhendo as pessoas que aderem á proposta de novo projeto de vida.
 De acordo com Nanci, o aprofundamento dos problemas sociais criou um novo fenômeno, ou seja, o crescimento das pessoas que perambulam pelas ruas, sem residência fixa. “ Hoje infelismente temos uma grande quantidade de pessoas que ficam nas ruas e este é um problema muito sério que os poderes constituídos devem enfrentar”, observou.
 O objetivo é atender o migrante e a população de rua da melor forma possível.
 Tal proposta obedece a uma determinação do Ministério do Desenvolvimento Social que tem por objetivo acolher da melhor forma possível as pessoas em situação de mendicância e moradores de rua, fortalecendo os laços familiares. Este espaço não sera apenas para acolher as pessoas, mas sim, ajuda-las a ser inseridas em sua família de origem.
 Para isso, funcionários estarão sendo acapacitados para exercerem esta função. Estas pessoas que atuarão nestas funções já trabalham no Creas, o que facilitará em muito exercício dos seus trabalhos.
 4.2 PROJETO CRIADO NA CAPITAL SÃO PAULO
 
 Biblioteca itinerante
 Não são apenas os viadutos de São Paulo que servem de inspiração para projetos sociais na cidade. As próprias ruas do Centro também são palco de uma ideia elaborada por um ex-morador de rua que tinha problemas em ter acesso à cultura por causa do preconceito e de sua condição social: a Bicicloteca, uma biblioteca itinerante que empresta livros gratuitamente.
Robson de Mendes, de 62 anos, chegou a São Paulo há 12 anos, quando deixou o Rio Grande do Sul. Ao chegar à capital paulista, porém, foi vítima de um roubo e se viu sem absolutamente nada, nem mesmo documentos. Assim, passou a morar na rua. “Eu queria ler, mas biblioteca tinha aquilo de o pessoal levantar da mesa porque eu era morador de rua, ninguém queria ficar perto de mim. E eu não podia nem retirar um livro, pois não tinha comprovante de residência. Isso tudo era dificuldade”, conta.
Por causa da sua própria experiência, Robson começou a idealizar uma biblioteca itinerante em um carro de mão, em que as pessoas pudessem retirar livros sem tanta burocracia. Como ele não tinha condições de montar a biblioteca sozinho, fez um projeto e passou a apresentar às pessoas. “Até que um dia conheci o Lincoln. Ele me pediu o projeto, mandei para ele e depois me ligou falando que tava pronta a Bicicloteca”, diz.
Lincoln Paiva é presidente do Instituto Mobilidade Verde. O encontro dele com Robson de Mendes se deu em maio de 2011 e logo a ideia lhe chamou a atenção. “Queremos apoiar as famílias que estão em condições de rua para que elas possam retornar para o trabalho. É um trabalho de inserção. As pessoas não estão fora da sociedade, o que elas estão é foram da comunidade. E o livro tem esse poder de transformar”, comentou.
Assim, desde maio de 2011, a Bicicloteca já emprestou aproximadamente8 mil livros para moradores de ruas e outras pessoas interessadas. Desse número, Robson afirma que 7.600 foram devolvidos. “O que muitas pessoas achavam é que não ia ter retorno, o morador de rua não ia devolver o livro. Mas eles vão pegando e devolvendo”, conta.
Robson fica de segunda a sexta em diversos pontos do Centro de São Paulo fazendo os empréstimos, como na Praça da Sé, na Praça da República e na Rua Barão de Itapetininga. “O foco é morador de rua, por isso que estamos nos locais onde eles estão mais”, disse Paiva.
Quando à Bicicloteca, é uma bicicleta adaptada com um baú que pode levar até 300 livros. Ela é elétrica e possui uma placa de captação solar, sendo totalmente sustentável. Além do empréstimos, a Bicicloteca possui internet e é usada também para ajudar os moradores em inscrições de cursos educacionais e documentos.
Para 2012, Paiva quer três Biciclotecas rodando em São Paulo e nove no resto do país. “Não é um projeto de São Paulo, a ideia é ir para o Brasil”, comenta. O problema, segundo ele, é encontrar uma pessoa dedicada e voluntária como Robson. “Ele está aqui todos os dias, sem pagamento. É vontade mesmo. Robson merece uma medalha, é um cara que faz a diferença. O mérito é todo dele, o que fizemos foi ter acreditado no projeto”.
AS MUITAS VIOLÊNCIAS CONTRA OS MORADORES DE RUA DE SÃO PAULO
O tratamento dado pela prefeitura paulistana e o governo estadual paulista à população sem-teto a torna invisível e mais vulnerável à violência
São Paulo (SP).- A invisibilidade da população em situação de rua pode explicar, de uma maneira mais ampla, a chacina ocorrida na madrugada de 11 de maio, no bairro do Jaçanã, em São Paulo, quando seis pessoas que dormiam sob um viaduto foram mortas a tiros (leia detalhes na matéria abaixo).
A opinião é de Átila, ex-morador de rua e um dos coordenadores do Movimento Nacional da População de Rua. Segundo ele, é difícil dizer por que a violência contra esse setor social vem crescendo tanto nos últimos anos, mas acredita que alguns fatores são determinantes para tal comportamento. “Isso vem sendo motivado pelo incômodo que a sociedade, como um todo, sente dos moradores de rua. São pessoas mais vulneráveis, pois são invisíveis por não terem a proteção do Estado, geralmente por não terem documentos e por terem perdido seus vínculos familiares”.
Prefeitura
 De acordo com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, qualquer pessoa interessada em utilizar as áreas sob os viadutos ou iniciar outro projeto que utilize os espaços públicos deve entrar em contato com a Subprefeitura da área para formalizar o início do processo. “Em seguida deve ser feita uma vistoria prévia da área, cujo acesso será disponibilizado pela Subprefeitura, e o responsável estar ciente do seu estado e condições de aproveitamento. Além disso, é necessário apresentar aos órgãos responsáveis da Prefeitura o projeto detalhado das edificações e da forma de utilização do local”.
Sobre a situação de viadutos abandonados na cidade, a secretaria afirma que “para diagnosticar, organizar e sanar problemas de ocupação dos baixos de pontes e viadutos da cidade, a Prefeitura de São Paulo constituiu Grupo de Trabalho que desenvolve atualmente suas ações, para elaborar propostas com sugestões que visem à concessão de uso das áreas destinadas à exploração, e sugestões sobre o tipo de ocupação desses locais”.
Albergues fechados
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, dentre toda a população de moradores de rua de São Paulo, 79,6% fazem apenas uma refeição por dia e 19% não conseguem se alimentar diariamente.
Na opinião de Átila, essa vulnerabilidade e consequente violência acontecem porque faltam, em São Paulo, políticas públicas diferenciadas, não somente aquelas aplicadas hoje pela prefeitura ou governo estadual – que acabam discriminando a população de rua e sempre terminam na tentativa de sua remoção, sobretudo dos espaços físicos centrais, como se sua presença incomodasse ou sujasse o lugar – mas, principalmente, “políticas intersetoriais, integralistas, que incluam a saúde, tratem a questão do álcool e das drogas, atenuem a questão do trabalho e da habitação. Todos esses elementos não são abordados juntos”, lamenta.
Em 2009, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), fechou três albergues na região central, acabando com 1.154 das 8 mil vagas que existiam, conforme dados da prefeitura.
Átila pontua que as vagas não precisariam ser fechadas; a estrutura de atendimento desses albergues é que deveriam ser repensadas. “No que restou dos albergues centrais, como, por exemplo, o da Pedroso, construído debaixo do próprio viaduto Pedroso, no bairro da Bela Vista, todos os moradores de rua que chegam são colocados juntos e recebem o mesmo tipo de tratamento. Sabemos que essa população é heterogênea em suas características – há pessoas com problemas de saúde física ou mental, por exemplo –, portanto, há de existir um tratamento individual”, propõe.
“Toque de despertar”
Kassab também determinou, através de uma portaria assinada no dia 1º de abril de 2010, que a Guarda Civil Metropolitana passasse a “contribuir para evitar a presença de pessoas em situação de risco nas vias e áreas públicas da cidade e locais impróprios para a permanência saudável das pessoas”. O cumprimento dessa determinação inclui “toque de despertar”, inclusive com utilização de bombas, para impedir que a população moradora de rua possa dormir.
Diante desse quadro, para Átila, sem uma diretriz governamental que resolva ou minimize os problemas das pessoas que moram nas ruas – que, hoje, na cidade de São Paulo, formam um contingente de, aproximadamente, 14 mil pessoas, segundo dados da própria prefeitura –, a violência contra elas será difícil de cessar. “É difícil prever se teremos outras ações criminosas como essas, mas sabemos que o que está sendo feito hoje pelas autoridades leva a isso”, desabafa.
Os crimes que vitimaram os sete moradores de rua em agosto de 2004, na região da Sé, não tiveram um desfecho investigativo que chegasse aos culpados ou mandantes e suas motivações. Portanto, para Átila, fica claro que “as corporações de segurança e a população sabem que existe um movimento de policiais envolvidos nessa violência contra os moradores de rua”.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
. Nesse trabalho podemos notar as dificuldades encontradas pelos moradores de rua, após serem abandonados por seus familiares por fazerem uso de drogas e álcool o individuo procura abrigo nas ruas, onde este passa por vários estágios de inserção a vida na rua sem proteção, para os moradores de ruas frequentar abrigo é necessário que os mesmos não utilizem drogas e bebidas alcoólicas nos interior dos abrigos. Entretanto existem pessoas que olham e se importam com os moradores de ruas e tomam para si mesmo responsabilidade de ajudar os necessitados, não é porque eles se encontram em condições desumanas que devem permanecer ignorados pela sociedade, são seres humanos e precisam de apoio humanizado. Eles precisam de ajuda e não de violência contra eles. 
REFERENCIAS BIBLOGRÁFICAS
VIEIRA, M. A. C.; RAMOS BEZERRA, E. M.; MAFFEI ROSA C.M. População de rua: quem é, como vive, como é vista. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1994.
 http://jornalismonaweb.webnode.com.br/news/moradores-de-rua-e-suas-dificuldades/
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/01/projetos-utilizam-viadutos-e-pracas-para-ajudar-moradores-de-rua-em-sp.html
http://alainet.org/active/39010&lang=es
PIOVESAN, F. Temas de direitos humanos. 2. ed. São Paulo: Max Limonad, 2003
VÉRAS, M. P. B. Exclusão social: um problema de 500 anos. In: SAWAIA, B. (org.). As artimanhas da exclusão sócia: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis:Vozes, 2001.
https://www.google.com.br/search?q=fotos+de+moradores+de+rua+no+brasil&es
http://www.assiscity.com/?id=81-31220
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