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Questões Resolvidas Método Clínico II — A1 Lucas Silva 5º Período — FCMS/JF 1) João Batista, 58 anos, chegou a emergência relatando dor na fossa ilíaca esquerda, intensa há um dia. Piora com a caminhada, com fisgada no abdome quando pisa. Relata dois episódios prévios semelhantes, mas menos intensos e com melhora expontânea. Teve febre e anorexia hoje. Baseado no caso clínico, dê hipótese diagnóstica mais provável e elabore um exame físico compatível com o quadro contendo: A) exame físico geral: Paciente REG, com fáceis atípica (expressão de dor). B) Pele e mucosas: Anictérico, acianótico, ausência de linfonodomegalias, cavidade oral sem alterações, desidatado (+/++++), corado. C) Nível de consciência: Lúcido e orientado (LOTE), ansioso D) Sinais vitais: Tax de 39ºC. Taquicárdico (140bpm). Taquipneico (22irpm). Hipotuso (90/60mmHg). E) Exame completo de abdome: - Inspeção: abdome globoso por distensão, ausência de cicatrizes, hérnias, descontinuidades e abaolamentos. - ausculta: Ruídos hidroaéreos diminuídos, ausência de sopros vasculares. - percussão: Timpanismo e espaço de Traube livre. - palpação: Palpação superficial dolorosa na fossa ilíaca esquerda. Parede abdominal com tensão involuntária na fossa ilíaca esquerda. Palpação profunda dolorosa, sigmoide palpável com distensão. Sinal de Bloomberg positivo na fossa ilíaca esquerda. F. Membros inferiores: Sinal de cacifo negativo; panturrilhas livres etc. 2) Considerando a história de João Pedro, discutida na semana de articulação, com diagnóstico de Hepatite B, responda: A) Descreva 5 achados do exame físico que levariam um médico especialista ao diagnóstico de hepatopatia avançada. - Icterícia (inspeção de olhos, pele e mucosas); - Aranhas vasculares; - Hepatomegalia à hepatimetria (percurssão); - Alterações na palpação do fígado (fígado fica mais macio à palpação); - Dor a palpação superficial e profunda no quadrante superior direito; - Ascite (percussão de piparote); B) Cite duas vias de contaminação pelo HBV mais provável para João Pedro. A hepatite B é transmitida por vias parenterais. É possível que a contaminação tenha ocorrido via relação sexual. 3) José Ferreira, 52 anos, vem com queixa de presença de sangue nas fezes. Formule três hipótese diagnósticas compatíveis com o quadro dele e descreva três características da história ou do exame físico de cada hipótese que auxiliariam no diagnóstico diferencial. I) Doença diverticular difusa dos cólons: sintomas aparecem na fase em que há inflamação (diverticulite). O paciente queixa-se de dor na fossa ilíaca esquerda e relata dor a palpação superficial e profunda nesse local. Pode ser percebida a presença de massa (inflamatória) a palpação profunda. A idade avançada (acima de 40 anos)está relacionada com essa condição, assim como o sedentarismo e alimentação com poucas fibras. II) Câncer de reto ou cólon: Alterações nos hábitos intestinais; perda de peso; adultos jovens ou mais velhos; III) Retocolite ulcerativa: defecação frequente com fezes aquosas; início abrupto dos sintomas; dor intensa em cólica com tenesmo. Aparece em adultos jovens. IV) Outros: hemorróidas (indivíduos que trabalham sentados muito tempo); fissura anal (palpação); rotavírus (sintomas de virose); úlcera péptica, gastrite e doença do refluxo gástrico esofágico (normalmente melena e não hematoquesia!). � of �1 3 5) João, 28 anos, apresenta dor em região lombar, fez uso de antiinflamatório por conta própria. No dia seguinte, procurou o pronto atendimento porque achou que teve alergia a medicação, com intensa reação cutânea. Dê o diagnóstico mais provável e classifique as lesões de pele do João. - O diagnóstico mais provável é de herpes zoester. Nessa condição as lesões são evolutivas, na forma de pápulas, vesículas, bolhas, pústulas e úlceras. As lesões apresentam-se distribuídas nos dermátomos afetados e progridem de vesículas para pústulas e crostas (de forma assincrônica). 6) Marília, 47 anos, vem para mostrar os exames que fez de rotina da avaliação ginecológica. 80kg, mede 1,65m. Cintura de 96 cm. PA 120/80mmHg. Seus exames — Glicose: 119mg/dL, colesterol total: 190mg/dL; HDL: 60ml/dL; triglicérides: 145mg/dL. Marília tem síndrome metabólica, pelos critérios NCEP/ATPIII? Quais são os critérios da NCEP/ATPIII alterados que ela apresenta. - Achados: IMC = 29,4 (sobrepeso); Cintura = 96cm; PA: 120/80mmHg. Glicose: resistência a insulina; Hipercolesterolemia; HDL bom; Triglicérides ainda desejável; - Critérios NCEP/ATPIII para síndrome metabólica: Quaisquer três desses fatores presentes: - Cintura maior que 40 polegadas (internacional) ou 88 cm (Ministério da saúde) (X); - Glicemia de jejum acima de 100mg/dL (X) - Dislipidemia: triglicérides acima d 150mg/dL; - Dislipidemia: HDL abaixo de 40mg/dL para homens ou 50mg/dL para mulheres; - Hipertensão: acima de 120 mmHg (sistólica); Não apresenta síndrome metabólica, pois a paciente enquadra-se apenas em dois dos critérios NCEP/ATPIII. É necessário 3 dos critérios para caracterizar a síndrome metabólica. **O IMC não é considerado nessas diretrizes, entretanto, a paciente apresenta-se com sobrepeso e não obesidade segundo o IMC. Respostas anteriores: - Não apresenta a síndrome, pois apresenta o IMC = 29,4 (sobrepeso, pois é >25 e < 30); circunferência abdominal > 88cm. - Não, pois apresenta de IMG de 29,4 (sobrepeso), circunferência abdominal > 88cm; Glicemia maior que 99mg/dL e menor que 126mg/dL (resistência a insulina). 7) Cristina, 35 anos, vem ao médico por queixas que levam a hipótese clínica de hipertiroidismo. Cite 5 sinais ou sintomas que indicariam essa hipótese. - Presença de bócio difuso; - Tremor fino; - Presença de reflexo exacerbado; - Ansiedade; - Perda de peso; 8) Paciente com febre amarela foi para o CTI. De as hipóteses diagnósticas e o exame físico completo do paciente. Hepatite grave por febre amarela (?). Exame Físico: O paciente pode apresentar-se com mau estado geral, com nível de consciência diminuído e com fáceis de dor. Icterícia intensa, pode haver presença de linfonodomegalias, cavidade oral sem alterações, desidratado (+/++++), corado. Febril, mas não necessariamente com aumento da pulsação (Sinal de Faget). Exame do abdome: Abdome globoso, com presença de abaolamento devido a hepatomegalia. Espaço de traube pode não estar livre (pode haver esplenomegalia). Palpação abdominal é dolorosa no quadrante superior direito. Fígado macio à palpação. � of �2 3 9) Sinal de Faget. Bradicardia é normal em Inflamação e infecção? Explique é o mecanismo. O sinal de Faget trata-se da dissociação pulso-temperatura. O paciente apresenta-se febril sem que haja aumento do número de batimentos por minuto. É pouco comum em infecções bacterianas, aparece na febre amarela e na febre tifóide. Em inflamações e infecções, é comum que haja taquicardia (e não bradicardia). Existem vários mecanismos relacionados. De maneira geral, a inflamação gerada por infecções leva a produção de diversos mediadores inflamatórios, entre eles, algumas prostaglandinas são importante em desencadear resposta no hipotálamo, que medeia o aumento da temperatura corporal assim como faz ativação simpática (desencadeando a taquicardia). A inflamação disseminada (como na sepse) leva a exudação de grande volume de sangue e essa diminuição da volemia leva a hipotensão que desencadeia taquicardia reflexa. **Normalmente a pulsação sobe de cerca de 10 a 18 batimentos por minuto a cada grau de febre. Mecanismos para o Sinal de Faget não é esclarecido exatamente. 10) Paciente com Abdome agudo mas com dor difusa. Qual diagnóstico possível Pode tratar-se de uma peritonite aguda com comprometimento de todo o peritoneo. 11) Dava a imagem de um melanoma.Perguntou o diagnóstico clínico e as características que comprovam esse diagnóstico. Melanoma. Características de melanomas malignos: 1) lesão assimetrica; 2) borda irregular; 3) apresenta duas ou mais cores ou tons; 4) tem tamanho acima de 6mm. 12) Paciente apresenta fezes com sangue. De duas hipóteses e três características da anamnese ou exame físico que comprovem as hipóteses. OLHAR QUESTÃO 3 13) Paciente tem tosse crônica. De duas hipóteses diagnósticas e três características da anamnese ou exame físico que comprovem as hipóteses. I) Bronquite crônica: 1) pode ser produtiva, com muco, podendo haver presença de sangue; 2) Relato de dispneia; 3) histórico de uso prolongado de tabaco; 4) estertores grossos disseminados; II) Tuberculose pulmonar: 1) pode ser seca ou produtiva, podendo haver presença de sangue; 2) anorexia e perda de peso; 3) fadiga; 4) sudorese noturna; 5) febre; III) Gotejamento pós nasal: 1) tosse com produção mucosa ou muco-purulenta; 2) associação com rinite alérgica; 3) sinusite IV) Asma: 1) normalmente com muco no final do ataque de tosse; 2) normalmente há dispneia; 3) histórico de alergias; 4) sibilos; 5) roncos; 6) hiperinsuflação em crise (nesse caso também há hipersonoridade, redução do frêmito toracovocal do murmúrio vesicular bilateral); V) Bronquectasia: 1) infecções broncopulmonars recorrentes (pode coexistir com sinusite); 2) muco na tose, podendo ter sangue; 3) pode haver diminuição do frêmito tóraco-vocal (com a progressão); � of �3 3
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