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Método Clínico II A1 - Principais Síndromes Digestivas

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Método Clínico II — Casos Clínicos (Síndromes Digestivas) 
Lucas Silva 5º Período — FCMS/JF 
1.0 Caso 1 
Homem, 52 anos, apresenta pirose retroesternal e regurgitação diária com piora pós-prandial e à noite e 
melhora com substâncias alcalinas. 
Hipóteses diagnósticas: 
1. Câncer de Esófago;
2. Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
Achados da História Clínica 
Padrão do Exame físico 
- Pode não ser diferenciado;
DRGE Câncer de Esôfago
História de Tabagismo História de Tabagismo —> relacionado com 
carcinoma escamoso
Alcoolismo Alcoolismo
Dieta (alimentar-se demais, comer muito a noite 
etc)
Presença de DRGE
Tosse, Pigarro Disfagia progressiva (com perda ponderal)
Regurgitação Odinofagia
Soluço Histórico familiar
Piora com Estresse
Melhora com antiácidos e omeprozol
Histórico familiar
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DRGE Câncer de Esôfago
Exame físico normal Não há massa palpável
Adenomegalias
Desnutrição (devido a disfagia)
Descorado (devido a anemia por conta da 
desnutrição)
2.0 Caso 2 
Mulher, 48 anos, queixa de epigastralgia agravada no pós-prandial.
Hipóteses diagnósticas: 
1. Dispepsia funcional;
2. Doença Ulcerosa Péptica;
3. Câncer gástrico;
4. Pancreatite
5. Colecistite
Dispepsia 
Funcional Doença Ulcerosa Péptica Câncer Gástrico Pancreatite e Colecistite
Sensação de 
Plenitude pós-
prandial
H. pylori —> etiologia principal 
(contaminação na infância e 
manifestação no adulto)
Massa tumoral —> sinal 
de doença avançada
Cálculo biliar é a origem do 
problema
Agravantes 
emocionais e 
estresse
AINEs e AAs (outros agentes 
etiológicos)
Fatores intrínsecos: 
Histórico familiar; 
etilismo; tabagismo; H. 
pylori 
Dor após alimentação
Doença crônica 
recidivante
Fator hereditário Comprometimento 
nutricional
Dor acompanhada de náuseas e 
vômito
Desencadeada 
por agressores 
semelhantes 
(emocionais)
Jejum prolongado e 
alimentação inadequada 
agravam
Doença progressiva Na pancreatite aguda, a dor 
tende a ser em barra; e na 
inflamação da cabeça do 
pâncreas dor epigástrica. Dor 
evolui de forma contínua
Não é progressiva Dor mais intensa Omeprazol retarda o 
diagnóstico (pois melhora 
a ulceração que dói.)
Colecistite: dor contínua, mas 
pode haver dor biliar (após 
alimentação). Dor no hipocôndrio 
que irradia para o ombro.
Pode ter caráter 
hereditário
Evolução depende da etiologia: 
AINEs (mais agudo); H. pylori 
(crises auto-limitadas 
periódicas)
Hipocloridria —> fator 
que desencadeia pois 
propicia metaplasia (e 
depois neoplasia)
Alimentos gordurosos pioram a 
dor
Mais comum em 
mulheres
Etilismo não é um causador, 
mas leva a piora
Fatores de risco: dislipidemias; 
alcoolismo; 
Desconforto 
epigástrico
Dor epigástrica Pancreatite —> quadro 
recidivante
Dor Difusa Anemia se houver sangramento Multipariedade —> maior risco 
de colecistite, por questões 
hormonais.
Irritação peritoneal (abdome 
agudo localizado ou difuso) 
quando há perfuração
Pode haver icterícia na pancreatite 
quando um cálculo migra e 
obstrui o colédoco
Despertar noturno Pode levar a quadro de íleo 
paralítico por conta do estímulo 
inflamatório abdominal
Melena (quando há 
sangramento)
Febre, hipotensão, taquicardia, 
Sinal de Murphy positivo na 
colecistite
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3.0 Caso 3 
Homem, 28 anos, há 4 anos com diarreia.
Hipóteses diagnósticas: 
1) Síndrome do intestino irritável; 2) Doença Celíaca; 3) Doença Inflamatória Intestinal; 4) AIDS com 
infecção
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Síndrome do 
Intestino Irritável Doença Celíaca
Doença Inflamatória 
Intestinal AIDS com Infecção
Doença recidivante 
estável, alternância no 
hábito intestinal (hora 
diarreia/constipação)
Desencadeada pelo glúten Crohn ou retocolite 
ulcerativa
Comprometimento orgânico
Não há lesão orgânica Processo inflamatório 
imunológico —> linfócitos 
dentro do epitélio levam a 
destruição das vilosidades e 
atrofia criptas —> diminuição 
da capacidade de absorção
Hematoquesia Crônico e progressivo
Não emagrece e não fica 
anêmico
Crônico com anos de evolução Perda de peso Diminuição da absorção —> 
perda de nutrientes
Não é exclusivamente 
emocional, mas piora 
com estresse e 
ansiedade
Não é agudo Pode haver desnutrição e 
desidratação
Infecção intestinal crônica 
por déficit imunológico 
predispondo para outras 
infecções.
Fator hereditário Não tem sintomas por ter 
comido glúten
Progressiva Diarreia não é sanguinolenta
Alteração da peristalse; Privação de glúten —> acaba a 
doença, mas não de maneira 
imediata
Histórico familiar —> auto-
imune
Distensão abdominal Maioria assintomático Alteração do estado 
abdominal com prevalência 
de diarreia
Alívio da dor depois da 
evacuação
Diagnósticos aparecem por 
outros motivos: anemia leve, 
gases, queda de cabelo, 
diminuição dos níveis de ferro 
(pois ferro é absorvido no 
duodeno que é o principal sítio 
da doença)
Dor visceral mal 
localizada
Intolerância pode aparecer em 
idade avançada. Nasce com 
predisposição, mas pode ser 
deflagrada em fase mais 
avançada da vida
Diagnóstico: biópsia e 
anticorpo anti-transglutaminase 
+
4.0 Caso 4 
Homem , 28 anos, há 4 dias com diarreia.
Hipóteses diagnósticas 
1) Gastroenterocolite aguda;
2) Amebíase;
3) Intoxicação alimentar
Câncer de Colo retal 
1. Perda ponderal —> diagnóstico tardio;
2. Importante caracterizar as fezes;
- Indivíduo com hemorróidas tem fezes normais, o sangue envolvido é devido a lesão causada depois;
- Câncer no colo direito —> sangue pouco nítido;
- Câncer no colo esquerdo —> sangue mais nítido, pode apresentar anemia;
- Quando tumor oclui sigmoide e reto —> as fezes saem mais afilado (pode ser também por conta de 
hipertonia do indivíduo, podendo ser normal);
- Alternância no padrão entre diarreia e endurecidas;
- Pode haver constipação importante até que haja obstrução intestinal;
3. Histórico familiar —> não é um fator exclusivamente relacionado;
4. Perguntar sobre hábitos alimentares
- Risco:
- Falta de fibra;
- Carne vermelha;
- Alimentos processados
- Alimentos condimentados
5. Tabagismo
6. Massa apenas em doença avançada;
7. Timpanismo a percussão caso esteja constipado;
8. Mudanças de hábitos intestinais em indivíduos acima de 40-45 anos com fator de risco para CA 
coloretal —> risco de câncer
9. Indicada a colonoscopia
Abdome Agudo 
1.0 Interpretação da dor 
- Dor da vesícula —> ocorre no hipocôndrio direito com forte intensidade e em aperto. Piora após a 
refeição, principalmente de alimentos gordurosos;
- Dor do intestino —> Em cólica ou em aperto de constrição (vai e vem rápido). 
- Dor do intestino com gases —> intestino muito distendido —> dor em pontada;
- Dor do intestino quando atinge o peritôneo parietal —> dor em fisgada (ex: andar de carro gera dor a 
cada movimento)
- Processos pépticos —> dor em queimação;
- Dor da irritação peritoneal —> Dor em deambulação e trepidação (andar de carro)
2.0 Característica de Abdome agudo 
- Náuseas;
- Vômitos;
- Processo doloroso intenso;
- Febre;
- Anorexia;
- Icterícia;
- Função intestinal alterada;
- Sintomas urinários;
- Alteração do ciclo menstrual
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2.1 Tipos de abdome agudo 
Inflamatório 
- Apendicite aguda;
- Colecistite aguda;
- Pancreatite aguda;
- Diverticulite do colon;
- Doença inflamatória pélvica;
- Peritonites primárias e secundárias;
Perfurativo 
- Úlcera péptica;
- Câncer gastrointestinal;
- Algumas infecções (febre tifóide e amebíase);
- Secundárias a abdome agudo inflamatório:
- Diverticulite;
- Apendicite;
- Colecistite
Obstrutivo 
- Obstrução pilórica;
- Hérniaestrangulada;
- Bridas;
- Tumor;
- Corpo estranho;
- Ascaris; 
- Cálculo biliar;
Vascular * Grave —> risco de morte 
- Trombose da artéria mesentérica;
- Trombose venosa mesentérica;
Causas extra-abdominais 
- Infarto;
- Pericardite;
- Embolia pulmonar;
- Herpes zoster;
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2.0 Caso 1 
Mulher, 52 anos, há 1 dia com dor em epigástrio – hipocôndrio direito, intensa, associada a náusea e 
vômitos.
Hipóteses diagnósticas: 
1) Colecistite aguda (discutido acima); 2) Coledocolitíase; 3) Colangite; 4) Pancreatite; 5) Hepatite aguda; 
6) Úlcera Péptica (discutido acima)
**Sinal de Murphy positivo + icterícia e sinais de colangite—> Colecistite + complicação de colangite 
**Íleo paralítico pode ser encontrado em todas, com excessão da hepatite aguda (vai aparecer por conta 
da irritação peritoneal;
Coledocolitíase/Colangite Pancreatite Hepatite aguda Úlcera Péptica
Síndrome colestática: 
Icterícia, febre, prurido, 
colúria, acolia fecal
Mais comum por litíase 
biliar
Dor contínua, mas não é 
intensa
Úlcera comum não dói de 
forma intensa e contínua
Febre apenas na colangite Alterações séricas de 
enzimas pancreáticas
Não é causa de abdome 
agudo
Se for perfurada —> 
abdome em tábua
Coledocolitiase —> 
colestase
Não há infecção no início 
do processo
Hepatite alcoólica —> 
quadros inflamatórios 
muito intensos sem dor 
intensa
Perfurações podem ser 
parcialmente bloqueadas 
por órgãos vizinho
Colangite —> risco de 
sepse
Fenômeno tardio (segunda 
semana da doença) —> 
necrose e infecção
Dor no hipocôndrio direito 
e epigástrio (sem irradiação 
para o ombro). 
Pode ser causada por 
álcool —> processo 
crônico com agudizações. 
Com febre. Com risco 
importante de SRIS. 
Ingesta de álcool piora a 
dor
Não há irritação peritoneal 
—> não há descompressão 
brusca dolorosa
Dor contínua e intensa, 
mesmo com cálculo 
pequeno. Irradia para o 
dorso. Tende a ser em 
barra, mas pode ser 
também apenas onde há 
mais inflamação
Dor a palpação na região 
do hipocôndrio direito e 
epigástrio
Dor pode ser deflagrada 
em alimentação
Sinal de Murphy Negativo Em pancreatite grave —> 
anorexia
Histórico familiar
Tabagismo (tanto 
pancreatite crônica 
quando CA de pâncreas)
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3.0 Caso 2 
Mulher, 42 anos, dor em abdome inferior há 1 dia com piora progressiva.
Hipóteses diagnósticas: 
1) Apendicite; 2) Diverticulite; 3) Gravidez ectópica; 4) ITU/Litíase; 5) Cisto ovariano; 6) Clamídia/Gonorreia
Apendicite Diverticulite Gravidez ectópica ITU/Litíase Cisto Ovariano
Clamídia/
Gonorreia/Doença 
inflamatória 
pélvica
Dor periumbilical 
mal localizada no 
início
Inicialmente —> 
dor visceral e 
difusa
Dor, 
sangramento na 
cavidade
Polaciúria, disuria, 
oligúria,
Sintomas 
parecidos com da 
gravidez ectópica
Sintomas mais 
baixos
Após um dia —> 
dor localizada na 
fossa ilíaca 
direita (tensão 
local)
Em seguida —> 
parietal e 
localizada na 
fossa ilíaca 
esquerda
Dor abrupta Indivíduo passa a 
não beber água 
por medo de ir ao 
banheiro —> pode 
agravar o caso por 
aumentar a 
proliferação 
bacteriana
Relação com ciclo 
menstrual
Sintomas 
ginecológicos
Dor gera 
desconforto 
contínuo
Constipação 
prévia
Mulher 
inicialmente 
assintomática e 
inicia com dor 
súbita
Pode ser DST. 
Avaliar sexo se 
preservativo e 
múltiplos parceiros
Crise de dor com 
acúmulo de 
líquido 
inflamatório
História de 
infecção vaginal, 
corrimento
Posição antálgica 
atenua
Episódios 
prévios 
semelhantes
Atraso 
menstrual 
(quando ciclo é 
regular)
Febre —> 
pielonefrite
Dor bimensal —> 
pode haver 
tendência de cisto 
mais em um lado 
que no outro
Febre
Dor em pontada 
—> trepidação, 
tosse
Alimentação 
pobre em fibras
Sexo sem 
métodos 
contraceptivos
Sem febre —> 
Nefrite (mais 
baixa)
Irritação 
peritoneal
Febre, náusea, 
vômito, anorexia
Histórico 
Familiar
Abscesso pélvico 
pode ser uma 
complicação
Desconfiar 
quando criança, 
mas não 
descartar outras 
faixas etárias
Bloomberg 
positivo, sinal de 
Rovsing positivo
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4.0 Caso 3 
Homem, 52 anos, crise de dor abdominal tipo cólica em mesogástrio há 1 dia com piora progressiva 
associada a distensão abdominal.
Hipóteses diagnósticas: (sugestivo de obstrução)
1) Aderência de delgado; 2) Tumor de Cólon
5.0 Caso 4 
Mulher, 52 anos, dor abdominal de forte intensidade de início súbito há 6 horas.
Hipóteses diagnósticas:
1) Aneurisma dissecante de aorta (não tem inflamação, por isso não tem irritação peritoneal); 2) Gravidez 
tubária rota; 3) infarto mesentérico
 
6.0 Fígado 
6.1 Hepatite Aguda 
- Há vômito e náuseas (mas não e pela dor) —> processo inflamatório hepático;
- Hepatite aguda dói pouco;
- Desconforto contínuo;
- Não é abdome agudo;
- Etapas
- Pródromos de infecções virais: febre; artralgia e astenia
- Em seguida aparece a icterícia —> marca o início da fase clínica da hepatite aguda;
- Aparece também na febre amarela;
- Uso contínuo de remédio;
- Normalmente causa evolução crônica;
- Mas pode relacionar-se com a hepatite aguda —> sobredosagem ou idiossincrasias;
- Em algumas situações é necessário usar um medicamento por um longo tempo antes que gere 
hepatite;
- Perguntar sobre novo medicamento;
- Pode haver um tempo entre a administração do medicamento e aparecimento dos sintomas;
- Paracetamol com álcool —> mais grave;
- Metildopa;
- Alguns fitoterápicos
- Uso de preservativos
- Álcool;
- Drogas inalatórias
- Exame físico:
- Icterícia colestática; 
- Colúria; 
- Acolia 
- Paciente sem quadros hepáticos prévios e que adquiriram hepatite aguda fulminante —> apresenta 
inicialmente pouco edema e ascite (pois ainda tem albumina circulando, uma vez que a proteína tem 
meia vida longa);
- Encefalopatia hepática
- Exames laboratoriais: 
- Alterações no tempo de protrombina;
- Alterações nas enzimas hepáticas (AST, ALT, GAMA-GT);
Aderência de Intestino Delgado Tumor de Cólon
Cirurgia prévia Principal hipótese
Fatores de risco para Câncer
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Hepatite A 
- Transmissão oral-fecal;
- Transmissão por água e alimentos;
- Indivíduo que sempre morou em região sem saneamento —> menor chance, pois pode já estar 
imunizado
- Quando em indivíduos adultos —> inflamação mais intensa;
- Quadro auto-limitado;
Hepatite B 
- Via sexual;
- Chance de cronificar;
- Não há cura, pois o vírus fica integrado no genoma;
Hepatite C 
- Transfusão sanguínea —> raramente causa quadro agudo
6.2 Hepatite Crônica 
- O que a diferencia da cirrose é o nível da fibrose hepática:
- F1 —> F2 —> F3 —> F4 (já caracteriza cirrose hepática);
- Em F4 —> borda romba, consistência endurecida e circulação colateral (quando há hipertensão 
portal);
- Veia umbilical gera as tributárias no abdome —> padrão centrípeto (cabeça de medusa);
- Álcool —> pode causar tanto hepatite crônica, aguda e cirrose de acordo com a quantidade de álcool;
- Beber de estoma vazio —> mais prejudicial;
- Hepatite crônica pode agudizar pelo uso do álcool;
- Relação com hepatite B e C;
- Não gera esplenomegalia;
- Pode ter determinação genética;
- Habitualmente não há telangiectasia
6.3 Cirrose 
- Diferencia-se da hepatite crônica pelo nível da fibrose;
- Pode ter função hepática normal;
- Não há dor abdominal. Pode ser assintomática
- Só a dor se for um processo agudo sobre o fígado cirrótico ou evolução para o câncer;
- Evolução da hepatite crônica;
- Pode haver icterícia;
- Predomínio de bilirrubina direta
- Mecanismo fisiopatológico da ascite —> hipoalbuminemia —> ocorre quandohá perda grave de função 
hepática;
- Telangiectasia;
- Ascite;
- Cabeça de medusa;
- Esplenomegalia com macicez no espaço de Traube;
6.4 Insuficiência Hepática 
- Hepatopatia congênita;
- Encefalopatia hepática;
- Aumento de estrogênios e diminuição de testosterona;
- Caracteres secundários masculino;
- Ginecomastia
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Observações (cirrose/insuficiência): 
1. Síndrome metabólica —> terceira maior causa de transplante —> doença hepática crônica mais 
frequente no mundo atualmente. Envolve resistência a insulina, dislipidemia, obesidade centrípeta. Leva 
a esteatose hepática, hepatite crônica e cirrose;
2. Duas situações levam a sintomas em cirrose: Insuficiência hepática ou hipertensão portal;
- Insuficiência hepática —> não produz albumina e não detoxifica o que vem do intestino; Encefalopatia 
—> não desintoxica o que vem do sistema mesentérico;
- Hipertensão Portal —> ascite é causado pela uniao: 1) insuficiência hepática (diminuição da produção 
de albumina); 2) hipertensão portal com diminuição da pressão hidrostática nos capilares do sistema 
esplâncnico;
- Vômito com sangue —> relacionado com a hipertensão portal que gera varizes esofágicas na 
circulação colateral que podem se romper
3. Exame Físico e laboratoriais:
- Colestase —> indivíduo não consegue transportar e eliminar a bile conjugada (do hepatócito para os 
canalículos);
- *Na cirrose esse processo é menos intenso, por isso aparece comumente icterícia, mas raramente 
acolia;
- Baço é palpável na cirrose;
- Tanto na hepatite aguda, quanto na cirrose há icterícia por aumento da bilirrubinemia direta e há 
colúria;
- Acolia é mais comum quando a diminuição da drenagem biliar e muito grande;
- Bilirrubina indireta normalmente não é aumentada —> aumenta apenas quando há aumento de 
hemólise ou problema de conjugação;
- Nas doenças hepáticas, apesar do problema hepático, normalmente a conjugação continua;
- Pode haver aumento da bilirrubinemia indireta por aumento da circulação esplênica, o que aumenta 
a destruição de hemácias;
**Icterícia 
- Icterícia	colestática —> aumento da bilirrubina direta
- Icterícia de doenças hemofílicas —> aumento da bilirrubina indireta 
6.5 Esquistossomose 
- Hemorragia digestiva;
- Varizes de esófago e gástricas;
- Não faz ascite —> só hipertensão portal;
- Relacionar com indivíduos que moram em zona rural;
Emergência 
1.0 Abordagem ao Paciente na Urgência 
- Classificar o risco de vida:
- Após anamnese direta —> com o paciente;
- Ou indireta —> com outra pessoa;
- Tipos de paciente em emergência:
- Paciente desacordado;
- Alcoolizado;
- Psiquiátrico;
- Especial;
- Sintomático;
- Risco
1.1 Risco 
- Analizar ficha de anamnese previa caso haja;
- Tempo é vital;
- Saber o que é prioridade também é vital;
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1.2 Informações 
- A quem perguntar informações na hora da emergência:
- Paciente —> é possível? é confiável?;
- Usar (sic) em caso de parentes ou terceiros;
- Perguntas rápidas, diretas e com foco no problema;
- Dados objetivos e subjetivo —> anotar todos;
- Entrar no sistema SAMUS e classificar o paciente;
- Queixa principal deve ser o norte;
- Doença de base;
- Motivo;
- Palavra do paciente;
- “Foco”;
- Anamnese:
- Relevância da HDA e HPP (tratando? controle? medicações?);
- Complementar com HF, história fisiológia e HPS se houver necessidade
- Saber abordar e ser minimalista é imprescindível;
- Não esquecer de fazer avaliação geral e ter hipótese diagnóstica
2.0 Semiologia da Urgência 
2.1 Síndromes clínicas: 
Coração e Cardiovascular 
- Arritmias;
- Bradiarritmias / Taquiarritmias;
- Dor torácica;
- Falta de ar;
- Fraqueza;
- Síncope;
- Estado mental alterado agudamente
- Síndrome coronariana aguda;
- Dor precordial com irradiação
- Crise hipertensiva;
- Cefaleia;
- Nucalgia;
- Vasculopatias;
- Trombose venosa profunda;
- Dor e empastamento do músculo;
- Isquemia arterial profunda —> 5Ps
- Polar;
- Sem pulso (pulseless);
- Dor (pain);
- Parestesia;
- Paresia
Pulmão 
- Edema agudo de pulmão;
- Secundária a ICC ou HAS;
- Ortopneia;
- Cianose e palidez;
- Turgência jugular;
- Crepitações pulmonares
- Pneumonia;
- Dor torácica;
- Tosse seca ou com catarro;
- Calafrios, fadiga, mal estar;
- Falta de ar/taquipneia
- Asma
- Dispneia;
- Desconforto torácico;
- Sibilância/Tosse
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Estômago 
- Hemorragia gastrointestinal aguda;
- Hipotensão;
- Anemia;
- Taquicardia;
- Circulação colateral;
- Hematemese;
- Melena/Hematoquesia;
- Gastrite/Úlcera gástrica;
- Dor epigástrica;
- Insônia;
- Anemia;
- Abdome agudo;
- Peritonite;
- Apendicite;
- Colelitíase;
- Colangite
- Sinal de Murphy
Cérebro 
- Convulsão;
- Crises tônico clônicas;
- Trauma;
- Drogas, álcool, abstinência;
- Acidente vascular encefálico;
- Rebaixamento do nível de consciência;
- Drogas;
- Intoxicação;
- Hipoglicemia;
- Trauma
- Acidente Vascular Encefálico;
- Queda facial
- Debilidade dos braços;
- Fala anormal;
- Cefaleia intensa;
- Vômitos;
Rim 
- Nefrolitíase;
- Lombalgia;
- Sinal de Giordano Positivo;
- Infecção do trato urinário;
- Dor suprapúbica com irradiação ingnal;
- Disúria
Sistêmico 
- Sepse;
- IRPM > 22;
- Sistólica < 100mmHg;
- Glasgow < 15
- Meningite;
- Nucalgia;
- Vômitos em jato;
- Síndromes infecciosas;
- Febre;
- Anemia;
- Icterícia;
- Hepatoesplenomegalia;
- Linfadenomegalias;
- Exantemas;
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3.0 Atendimento ao Paciente Grave 
A) Definir prioridades 
1. Rebaixamento agudo do nível de consciência;
2. Alterações importantes dos sinais vitais;
3. Achados importantes:
- Precordialgia;
- Febre com suspeita de neutropenia;
- Suspeita de obstrução de via aérea;
- Alterações neurológicas agudas;
- Intoxicações agudas;
- Hematemese; enterorragia, hemoptíase;
- Avaliação das mucosas;
3.1 Exame Físico mínimo 
A) Neurológico 
- Escala de coma de Glasgow;
- Déficit motores (simetria?);
- Avaliação de pupila;
- Sinais de meningismo;
B) Cardiovascular 
- Ausculta cardíaca nos quatro focos;
- Avaliação de ritmo, fonese e sopros;
- Turgência Jugular;
- Perfusão periférica dos pulsos (simetria);
C) Pulmonar 
- Ausculta em 4 campos pulmonares;
- Definir crepitações; sibilos, roncos e derrames;
D) Abdominal 
- Sinais de Peritonismo;
- Dor e grandes massas/visceromegalias;
E) Membros 
- Edemas;
- Sinais de Empastamento de Panturrilhas;
3.2 Sinais de Má Perfusão 
A) Cardiovascular 
- Hipotensão e taquicardia
B) Respiratório 
- Sinais de Insuficiência respiratória 
C) Nervoso Central 
- Rebaixamento do nível de consciência ou delirium
D) Urinário 
- Oligúria aguda
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3.3 Sinais de IRPA (Insuficiência Respiratória Aguda) 
- Antecedentes de doenças cardíacas;
- História de Tabagismo;
- DPOC;
- Taquipneia;
- Uso de musculatura acessória;
- Alteração do nível de consciência;
- Cianose, sudorese, taquicardia;
- Sibilos;
- Estertores crepitantes;
- Diminuição do murmúrio vesicular localizado
4.0 Abordagem Primária ao trauma 
4.1 Primeira avaliação 
- Obstrução da via aérea;
- Lesões torácicas (dificuldade respiratória);
- Hemorragia severa interna ou externa;
- Lesões abdominais;
- **A avaliação primária não demora mais que de 2 a 5 minutos; 
- **Deve ser feito tratamento simultâneo das lesões quando existe mais de uma lesão 
potencialmente mortal 
Avaliação ABCDE 
A: Airway - vias aéreas;
B: Breathing - respiração/ventilação;C: Circulation circulação;
D: Disability - estado neurológico;
E: Exposure - exposição (lesões);
4.2 Suporte Avançado de Vida (ACLS) 
C —> Checar pulso Cárotídeo;
A —> Chegar e permeabilizar a via Aérea;
B —> Checar Respiração (Breathing);
4.2.1 Via Aérea 
- Paciente respira?
- Apresenta prótese respiratória (máscara, catéter, TOT, Guedel)
4.2.2 Respiração 
- Verificar patência da via aérea;
- Qualidade da respiração;
- Eupneico —> AA, Máscara, cateter;
- Dispneico —> qualificar;
- Há necessidade de oxigênio
4.2.3 Circulação 
- Presença de batimentos;
- Avaliar pulsos centrais
- *Avaliando simetria e ritmo;
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4.2.4 Disfunção Neurológica 
Avaliação Rápida — 3 perguntas 
1) Doente está consciente?
2) Responde vocalmente à dor?
3) Está inconsciente?
Definir 
- Acordado;
- Resposta Verbal;
- Resposta à dor;
- Sem resposta


Escala de Coma de Glasgow 
- Avaliar paciente pela escala de Glasgow se há tempo
4.2.5 Exposição 
- Despir o doente;
- Procurar as lesões;
- Localizar e Definir;
- Suspeita de Lesão Cervical;
- Evitar mobilização
4.3 Descrição 
A) Paciente Desacordado;
B) Dispneico em AA;
C) Pulsos presentes porém finos;
D) Resposta a dor (P);
- Glasgow — 11 (2/4/5);
E) Trauma perfurante na região hipogástrio 
Pediatria 
A consulta Pediátrica 
1.0 Introdução 
- Diferenças entre a consulta com adulto e criança:
- Presença de intermediário;
- Consulta diferente de acordo com a faixa etária e o desenvolvimento da criança
- Interpretação do intermediário. 
- **Deve-se sempre tentar extrair da própria criança a questão;
- Intermediário vai fornecer a Queixa Principal;
- O intermediário pode interpretar de forma diferente:
- Supervalorização - protecionismo exagerado, remorso, culpa;
- Subestimar os sinais e sintomas = displicência (muitos filhos, pouco cuidado);
- Interpretação equivocada;
1.1 A criança 
- Entra um ambiente estranho;
- Encontra-se situação desfavorável (febre, dor, desconforto, etc);
- Comportamento dos pais: ameaças, expectativas dos pais, associação da presença do médico e o ambiente de 
atendimento com a do médico com dor ou punição;
- Desenvolvimento e compreensão;
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1.2 Consultas necessárias de puericultura (seguimento) 
- Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
- 1ª Consulta: 
- Primeiros 15 dias após a alta da maternidade: solucionar problemas da amamentação, avaliar icterícia neonatal, 
etc
- 2ª Consulta: 
- Final do 1º mês: para avaliação do crescimento e desenvolvimento, orientação para prevenção de acidentes, 
vacinação e alimentação (aleitamento materno). 
- Consultas até o 6º mês; 
- Crescimento/desenvolvimento, orientações sobre vacinas e prevenção de acidentes.
- Consultas aos 9 a 12 meses; 
- Na idade pré-escolar: Consulta semestral;
- Na idade escolar e adolescência: Consulta anual;
2.0 Relação médico/paciente pediatrico 
- Lembrar-se de dar atenção a criança e não somente as questões dos pais;
3.0 Anamnese (avaliar) 
- Condições econômicas e sociais. 
- Condições de moradia e creche 
- Alimentação 
- Funcionamento Intestino 
- Habilidades de acordo com a etapa de desenvolvimento
- Temperatura e Personalidade
- Linguagem 
- Acuidade Visual 
- Sono
- Disciplina 
- Atividades lúdicas e sociais 
- Escolaridade 
- Vacinação 
Primeira consulta: 
- Nome, sexo, data de nascimento, raça e procedência


4.0 Antecedentes Pessoais 
- Parte 1
A) Pré-natal: Número de consultas, ganho de peso, medicações;
B) Parto: tipo, indicação, intercorrências;
C) Neonatal: peso/estatura/perímetros cefálicos, torácicos e abdominais ao nascimento, idade gestacional, nota de 
APGAR, necessidade de reanimação, intercorrências neonatais;
D) Teste do olhinho: reflexo vermelho presente;
E) Teste do coraçãozinho: oximetria de pulso. (**30% a 40% das crianças cardiopatas saem sem diagnóstico);
F) Teste do pezinho: hipotiroidismo congênito; fenilcetonúria; hemoglobinopatias; fibrose cística; deficiência da 
biotinidase; hiperplasia adrenal congênita;
G) Emissões otoacústicas evocadas (EOAs): Surdez precoce (1 a 2 casos em 1000 nascidos vivos);
H) Teste da linguinha: Diagnóstico de língua presa (anquiloglossia). (pode ou não ser removida cirurgicamente);
- Parte 2
A) Doenças da infância
B) Alergia; acidentes; internações;
5.0 Antecedentes Familiares 
- Pais: idade, consangüinidade, problemas de saúde, hábitos;
- Irmãos: Idade, problemas de saúde;
6.0 Antecedentes nutricionais 
- Informações sobre aleitamento materno;
- Alimentação atual
7.0 Antecedentes Vacinais 
- Datas de imunizações;
- Reações às vacinas;
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8.0 Condições sócio-ambientais 
- Hábitos de vida e horários das principais atividades;
- Características do domicilio;
- Renda familiar;
9.0 Condições fisiológicas 
- Apetite; sono;
- Hábitos urinários e intestinais;
- Dentição;
- Controle esfincteriano;
10.0 Desenvolvimento 
- Neuromotor;
- Afetivo;
- Cognitivo
11.0 Roteiro da Anamnese em Todas as Consultas 
A) Queixa Principal (QP) —> descrever de acordo com a criança e com o acompanhante;
B) HDA —> atenção a cronologia; investigar elementos etiológicos;
C) Interrogatório sobre os demais aparelhos (ISDA) —> Mesmo quando na consulta não houver queixa;
** Atualizar os dados e informações no prontuário;
** Letra legível;
** Não rasurar o prontuário
12.0 Observações Importantes 
- Inicialmente usar as palavras da criança;
- Anamnese varia de acordo com a idade (e capacidade de compreensão e fala)
- Para idades menores, deve, as vezes ser intermediada por acompanhantes (colo dos pais; lactante no colo);
- A sequência deve ser alterada de acordo com as consequências;
- Investigar tudo o que é possível passando por todas as etapas;
- Usar todos os recursos de exames neonatais;
- Leite de vaca, em muitos casos, causam problemas nos bebês e os médicos não tem costume de perguntar;
- Acuidade visual deve ser avaliada;
- Vacinação em dia —> perguntar;
- Antecedentes familiares de doenças —> perguntar;
- Observar as características e postura da criança;
- FC; FR —> pulso varia entre as idades;
- Apneia de até 8 segundos é normal RN;
- Manguito de 2/3 —> para recem-nascido;
- Fontanela aberta até 9 meses;
- Aceitável até 1 ano e meio;
- Otoscopia não pode faltar;
- Tiragem intercostal;
- Menina com 9 anos é normal o broto mamário;
- Avaliar genitália;
- Cirurgia de testículo até 6 meses
- Sinal de Orttlani —> para verificar displasia coxofemural;
- Se der estalo, é positivo;
- Avaliar tônus;
- Reflexos transitório do recém nascido;
- Sucção;
- Persecução;
- Segurar os dedos e consegue levantar;
- Entre outros
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