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Método Clínico II — Casos Clínicos (Síndromes Digestivas) Lucas Silva 5º Período — FCMS/JF 1.0 Caso 1 Homem, 52 anos, apresenta pirose retroesternal e regurgitação diária com piora pós-prandial e à noite e melhora com substâncias alcalinas. Hipóteses diagnósticas: 1. Câncer de Esófago; 2. Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) Achados da História Clínica Padrão do Exame físico - Pode não ser diferenciado; DRGE Câncer de Esôfago História de Tabagismo História de Tabagismo —> relacionado com carcinoma escamoso Alcoolismo Alcoolismo Dieta (alimentar-se demais, comer muito a noite etc) Presença de DRGE Tosse, Pigarro Disfagia progressiva (com perda ponderal) Regurgitação Odinofagia Soluço Histórico familiar Piora com Estresse Melhora com antiácidos e omeprozol Histórico familiar � of �1 17 DRGE Câncer de Esôfago Exame físico normal Não há massa palpável Adenomegalias Desnutrição (devido a disfagia) Descorado (devido a anemia por conta da desnutrição) 2.0 Caso 2 Mulher, 48 anos, queixa de epigastralgia agravada no pós-prandial. Hipóteses diagnósticas: 1. Dispepsia funcional; 2. Doença Ulcerosa Péptica; 3. Câncer gástrico; 4. Pancreatite 5. Colecistite Dispepsia Funcional Doença Ulcerosa Péptica Câncer Gástrico Pancreatite e Colecistite Sensação de Plenitude pós- prandial H. pylori —> etiologia principal (contaminação na infância e manifestação no adulto) Massa tumoral —> sinal de doença avançada Cálculo biliar é a origem do problema Agravantes emocionais e estresse AINEs e AAs (outros agentes etiológicos) Fatores intrínsecos: Histórico familiar; etilismo; tabagismo; H. pylori Dor após alimentação Doença crônica recidivante Fator hereditário Comprometimento nutricional Dor acompanhada de náuseas e vômito Desencadeada por agressores semelhantes (emocionais) Jejum prolongado e alimentação inadequada agravam Doença progressiva Na pancreatite aguda, a dor tende a ser em barra; e na inflamação da cabeça do pâncreas dor epigástrica. Dor evolui de forma contínua Não é progressiva Dor mais intensa Omeprazol retarda o diagnóstico (pois melhora a ulceração que dói.) Colecistite: dor contínua, mas pode haver dor biliar (após alimentação). Dor no hipocôndrio que irradia para o ombro. Pode ter caráter hereditário Evolução depende da etiologia: AINEs (mais agudo); H. pylori (crises auto-limitadas periódicas) Hipocloridria —> fator que desencadeia pois propicia metaplasia (e depois neoplasia) Alimentos gordurosos pioram a dor Mais comum em mulheres Etilismo não é um causador, mas leva a piora Fatores de risco: dislipidemias; alcoolismo; Desconforto epigástrico Dor epigástrica Pancreatite —> quadro recidivante Dor Difusa Anemia se houver sangramento Multipariedade —> maior risco de colecistite, por questões hormonais. Irritação peritoneal (abdome agudo localizado ou difuso) quando há perfuração Pode haver icterícia na pancreatite quando um cálculo migra e obstrui o colédoco Despertar noturno Pode levar a quadro de íleo paralítico por conta do estímulo inflamatório abdominal Melena (quando há sangramento) Febre, hipotensão, taquicardia, Sinal de Murphy positivo na colecistite � of �2 17 3.0 Caso 3 Homem, 28 anos, há 4 anos com diarreia. Hipóteses diagnósticas: 1) Síndrome do intestino irritável; 2) Doença Celíaca; 3) Doença Inflamatória Intestinal; 4) AIDS com infecção � of �3 17 Síndrome do Intestino Irritável Doença Celíaca Doença Inflamatória Intestinal AIDS com Infecção Doença recidivante estável, alternância no hábito intestinal (hora diarreia/constipação) Desencadeada pelo glúten Crohn ou retocolite ulcerativa Comprometimento orgânico Não há lesão orgânica Processo inflamatório imunológico —> linfócitos dentro do epitélio levam a destruição das vilosidades e atrofia criptas —> diminuição da capacidade de absorção Hematoquesia Crônico e progressivo Não emagrece e não fica anêmico Crônico com anos de evolução Perda de peso Diminuição da absorção —> perda de nutrientes Não é exclusivamente emocional, mas piora com estresse e ansiedade Não é agudo Pode haver desnutrição e desidratação Infecção intestinal crônica por déficit imunológico predispondo para outras infecções. Fator hereditário Não tem sintomas por ter comido glúten Progressiva Diarreia não é sanguinolenta Alteração da peristalse; Privação de glúten —> acaba a doença, mas não de maneira imediata Histórico familiar —> auto- imune Distensão abdominal Maioria assintomático Alteração do estado abdominal com prevalência de diarreia Alívio da dor depois da evacuação Diagnósticos aparecem por outros motivos: anemia leve, gases, queda de cabelo, diminuição dos níveis de ferro (pois ferro é absorvido no duodeno que é o principal sítio da doença) Dor visceral mal localizada Intolerância pode aparecer em idade avançada. Nasce com predisposição, mas pode ser deflagrada em fase mais avançada da vida Diagnóstico: biópsia e anticorpo anti-transglutaminase + 4.0 Caso 4 Homem , 28 anos, há 4 dias com diarreia. Hipóteses diagnósticas 1) Gastroenterocolite aguda; 2) Amebíase; 3) Intoxicação alimentar Câncer de Colo retal 1. Perda ponderal —> diagnóstico tardio; 2. Importante caracterizar as fezes; - Indivíduo com hemorróidas tem fezes normais, o sangue envolvido é devido a lesão causada depois; - Câncer no colo direito —> sangue pouco nítido; - Câncer no colo esquerdo —> sangue mais nítido, pode apresentar anemia; - Quando tumor oclui sigmoide e reto —> as fezes saem mais afilado (pode ser também por conta de hipertonia do indivíduo, podendo ser normal); - Alternância no padrão entre diarreia e endurecidas; - Pode haver constipação importante até que haja obstrução intestinal; 3. Histórico familiar —> não é um fator exclusivamente relacionado; 4. Perguntar sobre hábitos alimentares - Risco: - Falta de fibra; - Carne vermelha; - Alimentos processados - Alimentos condimentados 5. Tabagismo 6. Massa apenas em doença avançada; 7. Timpanismo a percussão caso esteja constipado; 8. Mudanças de hábitos intestinais em indivíduos acima de 40-45 anos com fator de risco para CA coloretal —> risco de câncer 9. Indicada a colonoscopia Abdome Agudo 1.0 Interpretação da dor - Dor da vesícula —> ocorre no hipocôndrio direito com forte intensidade e em aperto. Piora após a refeição, principalmente de alimentos gordurosos; - Dor do intestino —> Em cólica ou em aperto de constrição (vai e vem rápido). - Dor do intestino com gases —> intestino muito distendido —> dor em pontada; - Dor do intestino quando atinge o peritôneo parietal —> dor em fisgada (ex: andar de carro gera dor a cada movimento) - Processos pépticos —> dor em queimação; - Dor da irritação peritoneal —> Dor em deambulação e trepidação (andar de carro) 2.0 Característica de Abdome agudo - Náuseas; - Vômitos; - Processo doloroso intenso; - Febre; - Anorexia; - Icterícia; - Função intestinal alterada; - Sintomas urinários; - Alteração do ciclo menstrual � of �4 17 2.1 Tipos de abdome agudo Inflamatório - Apendicite aguda; - Colecistite aguda; - Pancreatite aguda; - Diverticulite do colon; - Doença inflamatória pélvica; - Peritonites primárias e secundárias; Perfurativo - Úlcera péptica; - Câncer gastrointestinal; - Algumas infecções (febre tifóide e amebíase); - Secundárias a abdome agudo inflamatório: - Diverticulite; - Apendicite; - Colecistite Obstrutivo - Obstrução pilórica; - Hérniaestrangulada; - Bridas; - Tumor; - Corpo estranho; - Ascaris; - Cálculo biliar; Vascular * Grave —> risco de morte - Trombose da artéria mesentérica; - Trombose venosa mesentérica; Causas extra-abdominais - Infarto; - Pericardite; - Embolia pulmonar; - Herpes zoster; � of �5 17 2.0 Caso 1 Mulher, 52 anos, há 1 dia com dor em epigástrio – hipocôndrio direito, intensa, associada a náusea e vômitos. Hipóteses diagnósticas: 1) Colecistite aguda (discutido acima); 2) Coledocolitíase; 3) Colangite; 4) Pancreatite; 5) Hepatite aguda; 6) Úlcera Péptica (discutido acima) **Sinal de Murphy positivo + icterícia e sinais de colangite—> Colecistite + complicação de colangite **Íleo paralítico pode ser encontrado em todas, com excessão da hepatite aguda (vai aparecer por conta da irritação peritoneal; Coledocolitíase/Colangite Pancreatite Hepatite aguda Úlcera Péptica Síndrome colestática: Icterícia, febre, prurido, colúria, acolia fecal Mais comum por litíase biliar Dor contínua, mas não é intensa Úlcera comum não dói de forma intensa e contínua Febre apenas na colangite Alterações séricas de enzimas pancreáticas Não é causa de abdome agudo Se for perfurada —> abdome em tábua Coledocolitiase —> colestase Não há infecção no início do processo Hepatite alcoólica —> quadros inflamatórios muito intensos sem dor intensa Perfurações podem ser parcialmente bloqueadas por órgãos vizinho Colangite —> risco de sepse Fenômeno tardio (segunda semana da doença) —> necrose e infecção Dor no hipocôndrio direito e epigástrio (sem irradiação para o ombro). Pode ser causada por álcool —> processo crônico com agudizações. Com febre. Com risco importante de SRIS. Ingesta de álcool piora a dor Não há irritação peritoneal —> não há descompressão brusca dolorosa Dor contínua e intensa, mesmo com cálculo pequeno. Irradia para o dorso. Tende a ser em barra, mas pode ser também apenas onde há mais inflamação Dor a palpação na região do hipocôndrio direito e epigástrio Dor pode ser deflagrada em alimentação Sinal de Murphy Negativo Em pancreatite grave —> anorexia Histórico familiar Tabagismo (tanto pancreatite crônica quando CA de pâncreas) � of �6 17 3.0 Caso 2 Mulher, 42 anos, dor em abdome inferior há 1 dia com piora progressiva. Hipóteses diagnósticas: 1) Apendicite; 2) Diverticulite; 3) Gravidez ectópica; 4) ITU/Litíase; 5) Cisto ovariano; 6) Clamídia/Gonorreia Apendicite Diverticulite Gravidez ectópica ITU/Litíase Cisto Ovariano Clamídia/ Gonorreia/Doença inflamatória pélvica Dor periumbilical mal localizada no início Inicialmente —> dor visceral e difusa Dor, sangramento na cavidade Polaciúria, disuria, oligúria, Sintomas parecidos com da gravidez ectópica Sintomas mais baixos Após um dia —> dor localizada na fossa ilíaca direita (tensão local) Em seguida —> parietal e localizada na fossa ilíaca esquerda Dor abrupta Indivíduo passa a não beber água por medo de ir ao banheiro —> pode agravar o caso por aumentar a proliferação bacteriana Relação com ciclo menstrual Sintomas ginecológicos Dor gera desconforto contínuo Constipação prévia Mulher inicialmente assintomática e inicia com dor súbita Pode ser DST. Avaliar sexo se preservativo e múltiplos parceiros Crise de dor com acúmulo de líquido inflamatório História de infecção vaginal, corrimento Posição antálgica atenua Episódios prévios semelhantes Atraso menstrual (quando ciclo é regular) Febre —> pielonefrite Dor bimensal —> pode haver tendência de cisto mais em um lado que no outro Febre Dor em pontada —> trepidação, tosse Alimentação pobre em fibras Sexo sem métodos contraceptivos Sem febre —> Nefrite (mais baixa) Irritação peritoneal Febre, náusea, vômito, anorexia Histórico Familiar Abscesso pélvico pode ser uma complicação Desconfiar quando criança, mas não descartar outras faixas etárias Bloomberg positivo, sinal de Rovsing positivo � of �7 17 4.0 Caso 3 Homem, 52 anos, crise de dor abdominal tipo cólica em mesogástrio há 1 dia com piora progressiva associada a distensão abdominal. Hipóteses diagnósticas: (sugestivo de obstrução) 1) Aderência de delgado; 2) Tumor de Cólon 5.0 Caso 4 Mulher, 52 anos, dor abdominal de forte intensidade de início súbito há 6 horas. Hipóteses diagnósticas: 1) Aneurisma dissecante de aorta (não tem inflamação, por isso não tem irritação peritoneal); 2) Gravidez tubária rota; 3) infarto mesentérico 6.0 Fígado 6.1 Hepatite Aguda - Há vômito e náuseas (mas não e pela dor) —> processo inflamatório hepático; - Hepatite aguda dói pouco; - Desconforto contínuo; - Não é abdome agudo; - Etapas - Pródromos de infecções virais: febre; artralgia e astenia - Em seguida aparece a icterícia —> marca o início da fase clínica da hepatite aguda; - Aparece também na febre amarela; - Uso contínuo de remédio; - Normalmente causa evolução crônica; - Mas pode relacionar-se com a hepatite aguda —> sobredosagem ou idiossincrasias; - Em algumas situações é necessário usar um medicamento por um longo tempo antes que gere hepatite; - Perguntar sobre novo medicamento; - Pode haver um tempo entre a administração do medicamento e aparecimento dos sintomas; - Paracetamol com álcool —> mais grave; - Metildopa; - Alguns fitoterápicos - Uso de preservativos - Álcool; - Drogas inalatórias - Exame físico: - Icterícia colestática; - Colúria; - Acolia - Paciente sem quadros hepáticos prévios e que adquiriram hepatite aguda fulminante —> apresenta inicialmente pouco edema e ascite (pois ainda tem albumina circulando, uma vez que a proteína tem meia vida longa); - Encefalopatia hepática - Exames laboratoriais: - Alterações no tempo de protrombina; - Alterações nas enzimas hepáticas (AST, ALT, GAMA-GT); Aderência de Intestino Delgado Tumor de Cólon Cirurgia prévia Principal hipótese Fatores de risco para Câncer � of �8 17 Hepatite A - Transmissão oral-fecal; - Transmissão por água e alimentos; - Indivíduo que sempre morou em região sem saneamento —> menor chance, pois pode já estar imunizado - Quando em indivíduos adultos —> inflamação mais intensa; - Quadro auto-limitado; Hepatite B - Via sexual; - Chance de cronificar; - Não há cura, pois o vírus fica integrado no genoma; Hepatite C - Transfusão sanguínea —> raramente causa quadro agudo 6.2 Hepatite Crônica - O que a diferencia da cirrose é o nível da fibrose hepática: - F1 —> F2 —> F3 —> F4 (já caracteriza cirrose hepática); - Em F4 —> borda romba, consistência endurecida e circulação colateral (quando há hipertensão portal); - Veia umbilical gera as tributárias no abdome —> padrão centrípeto (cabeça de medusa); - Álcool —> pode causar tanto hepatite crônica, aguda e cirrose de acordo com a quantidade de álcool; - Beber de estoma vazio —> mais prejudicial; - Hepatite crônica pode agudizar pelo uso do álcool; - Relação com hepatite B e C; - Não gera esplenomegalia; - Pode ter determinação genética; - Habitualmente não há telangiectasia 6.3 Cirrose - Diferencia-se da hepatite crônica pelo nível da fibrose; - Pode ter função hepática normal; - Não há dor abdominal. Pode ser assintomática - Só a dor se for um processo agudo sobre o fígado cirrótico ou evolução para o câncer; - Evolução da hepatite crônica; - Pode haver icterícia; - Predomínio de bilirrubina direta - Mecanismo fisiopatológico da ascite —> hipoalbuminemia —> ocorre quandohá perda grave de função hepática; - Telangiectasia; - Ascite; - Cabeça de medusa; - Esplenomegalia com macicez no espaço de Traube; 6.4 Insuficiência Hepática - Hepatopatia congênita; - Encefalopatia hepática; - Aumento de estrogênios e diminuição de testosterona; - Caracteres secundários masculino; - Ginecomastia � of �9 17 Observações (cirrose/insuficiência): 1. Síndrome metabólica —> terceira maior causa de transplante —> doença hepática crônica mais frequente no mundo atualmente. Envolve resistência a insulina, dislipidemia, obesidade centrípeta. Leva a esteatose hepática, hepatite crônica e cirrose; 2. Duas situações levam a sintomas em cirrose: Insuficiência hepática ou hipertensão portal; - Insuficiência hepática —> não produz albumina e não detoxifica o que vem do intestino; Encefalopatia —> não desintoxica o que vem do sistema mesentérico; - Hipertensão Portal —> ascite é causado pela uniao: 1) insuficiência hepática (diminuição da produção de albumina); 2) hipertensão portal com diminuição da pressão hidrostática nos capilares do sistema esplâncnico; - Vômito com sangue —> relacionado com a hipertensão portal que gera varizes esofágicas na circulação colateral que podem se romper 3. Exame Físico e laboratoriais: - Colestase —> indivíduo não consegue transportar e eliminar a bile conjugada (do hepatócito para os canalículos); - *Na cirrose esse processo é menos intenso, por isso aparece comumente icterícia, mas raramente acolia; - Baço é palpável na cirrose; - Tanto na hepatite aguda, quanto na cirrose há icterícia por aumento da bilirrubinemia direta e há colúria; - Acolia é mais comum quando a diminuição da drenagem biliar e muito grande; - Bilirrubina indireta normalmente não é aumentada —> aumenta apenas quando há aumento de hemólise ou problema de conjugação; - Nas doenças hepáticas, apesar do problema hepático, normalmente a conjugação continua; - Pode haver aumento da bilirrubinemia indireta por aumento da circulação esplênica, o que aumenta a destruição de hemácias; **Icterícia - Icterícia colestática —> aumento da bilirrubina direta - Icterícia de doenças hemofílicas —> aumento da bilirrubina indireta 6.5 Esquistossomose - Hemorragia digestiva; - Varizes de esófago e gástricas; - Não faz ascite —> só hipertensão portal; - Relacionar com indivíduos que moram em zona rural; Emergência 1.0 Abordagem ao Paciente na Urgência - Classificar o risco de vida: - Após anamnese direta —> com o paciente; - Ou indireta —> com outra pessoa; - Tipos de paciente em emergência: - Paciente desacordado; - Alcoolizado; - Psiquiátrico; - Especial; - Sintomático; - Risco 1.1 Risco - Analizar ficha de anamnese previa caso haja; - Tempo é vital; - Saber o que é prioridade também é vital; � of �10 17 1.2 Informações - A quem perguntar informações na hora da emergência: - Paciente —> é possível? é confiável?; - Usar (sic) em caso de parentes ou terceiros; - Perguntas rápidas, diretas e com foco no problema; - Dados objetivos e subjetivo —> anotar todos; - Entrar no sistema SAMUS e classificar o paciente; - Queixa principal deve ser o norte; - Doença de base; - Motivo; - Palavra do paciente; - “Foco”; - Anamnese: - Relevância da HDA e HPP (tratando? controle? medicações?); - Complementar com HF, história fisiológia e HPS se houver necessidade - Saber abordar e ser minimalista é imprescindível; - Não esquecer de fazer avaliação geral e ter hipótese diagnóstica 2.0 Semiologia da Urgência 2.1 Síndromes clínicas: Coração e Cardiovascular - Arritmias; - Bradiarritmias / Taquiarritmias; - Dor torácica; - Falta de ar; - Fraqueza; - Síncope; - Estado mental alterado agudamente - Síndrome coronariana aguda; - Dor precordial com irradiação - Crise hipertensiva; - Cefaleia; - Nucalgia; - Vasculopatias; - Trombose venosa profunda; - Dor e empastamento do músculo; - Isquemia arterial profunda —> 5Ps - Polar; - Sem pulso (pulseless); - Dor (pain); - Parestesia; - Paresia Pulmão - Edema agudo de pulmão; - Secundária a ICC ou HAS; - Ortopneia; - Cianose e palidez; - Turgência jugular; - Crepitações pulmonares - Pneumonia; - Dor torácica; - Tosse seca ou com catarro; - Calafrios, fadiga, mal estar; - Falta de ar/taquipneia - Asma - Dispneia; - Desconforto torácico; - Sibilância/Tosse � of �11 17 Estômago - Hemorragia gastrointestinal aguda; - Hipotensão; - Anemia; - Taquicardia; - Circulação colateral; - Hematemese; - Melena/Hematoquesia; - Gastrite/Úlcera gástrica; - Dor epigástrica; - Insônia; - Anemia; - Abdome agudo; - Peritonite; - Apendicite; - Colelitíase; - Colangite - Sinal de Murphy Cérebro - Convulsão; - Crises tônico clônicas; - Trauma; - Drogas, álcool, abstinência; - Acidente vascular encefálico; - Rebaixamento do nível de consciência; - Drogas; - Intoxicação; - Hipoglicemia; - Trauma - Acidente Vascular Encefálico; - Queda facial - Debilidade dos braços; - Fala anormal; - Cefaleia intensa; - Vômitos; Rim - Nefrolitíase; - Lombalgia; - Sinal de Giordano Positivo; - Infecção do trato urinário; - Dor suprapúbica com irradiação ingnal; - Disúria Sistêmico - Sepse; - IRPM > 22; - Sistólica < 100mmHg; - Glasgow < 15 - Meningite; - Nucalgia; - Vômitos em jato; - Síndromes infecciosas; - Febre; - Anemia; - Icterícia; - Hepatoesplenomegalia; - Linfadenomegalias; - Exantemas; � of �12 17 3.0 Atendimento ao Paciente Grave A) Definir prioridades 1. Rebaixamento agudo do nível de consciência; 2. Alterações importantes dos sinais vitais; 3. Achados importantes: - Precordialgia; - Febre com suspeita de neutropenia; - Suspeita de obstrução de via aérea; - Alterações neurológicas agudas; - Intoxicações agudas; - Hematemese; enterorragia, hemoptíase; - Avaliação das mucosas; 3.1 Exame Físico mínimo A) Neurológico - Escala de coma de Glasgow; - Déficit motores (simetria?); - Avaliação de pupila; - Sinais de meningismo; B) Cardiovascular - Ausculta cardíaca nos quatro focos; - Avaliação de ritmo, fonese e sopros; - Turgência Jugular; - Perfusão periférica dos pulsos (simetria); C) Pulmonar - Ausculta em 4 campos pulmonares; - Definir crepitações; sibilos, roncos e derrames; D) Abdominal - Sinais de Peritonismo; - Dor e grandes massas/visceromegalias; E) Membros - Edemas; - Sinais de Empastamento de Panturrilhas; 3.2 Sinais de Má Perfusão A) Cardiovascular - Hipotensão e taquicardia B) Respiratório - Sinais de Insuficiência respiratória C) Nervoso Central - Rebaixamento do nível de consciência ou delirium D) Urinário - Oligúria aguda � of �13 17 3.3 Sinais de IRPA (Insuficiência Respiratória Aguda) - Antecedentes de doenças cardíacas; - História de Tabagismo; - DPOC; - Taquipneia; - Uso de musculatura acessória; - Alteração do nível de consciência; - Cianose, sudorese, taquicardia; - Sibilos; - Estertores crepitantes; - Diminuição do murmúrio vesicular localizado 4.0 Abordagem Primária ao trauma 4.1 Primeira avaliação - Obstrução da via aérea; - Lesões torácicas (dificuldade respiratória); - Hemorragia severa interna ou externa; - Lesões abdominais; - **A avaliação primária não demora mais que de 2 a 5 minutos; - **Deve ser feito tratamento simultâneo das lesões quando existe mais de uma lesão potencialmente mortal Avaliação ABCDE A: Airway - vias aéreas; B: Breathing - respiração/ventilação;C: Circulation circulação; D: Disability - estado neurológico; E: Exposure - exposição (lesões); 4.2 Suporte Avançado de Vida (ACLS) C —> Checar pulso Cárotídeo; A —> Chegar e permeabilizar a via Aérea; B —> Checar Respiração (Breathing); 4.2.1 Via Aérea - Paciente respira? - Apresenta prótese respiratória (máscara, catéter, TOT, Guedel) 4.2.2 Respiração - Verificar patência da via aérea; - Qualidade da respiração; - Eupneico —> AA, Máscara, cateter; - Dispneico —> qualificar; - Há necessidade de oxigênio 4.2.3 Circulação - Presença de batimentos; - Avaliar pulsos centrais - *Avaliando simetria e ritmo; � of �14 17 4.2.4 Disfunção Neurológica Avaliação Rápida — 3 perguntas 1) Doente está consciente? 2) Responde vocalmente à dor? 3) Está inconsciente? Definir - Acordado; - Resposta Verbal; - Resposta à dor; - Sem resposta Escala de Coma de Glasgow - Avaliar paciente pela escala de Glasgow se há tempo 4.2.5 Exposição - Despir o doente; - Procurar as lesões; - Localizar e Definir; - Suspeita de Lesão Cervical; - Evitar mobilização 4.3 Descrição A) Paciente Desacordado; B) Dispneico em AA; C) Pulsos presentes porém finos; D) Resposta a dor (P); - Glasgow — 11 (2/4/5); E) Trauma perfurante na região hipogástrio Pediatria A consulta Pediátrica 1.0 Introdução - Diferenças entre a consulta com adulto e criança: - Presença de intermediário; - Consulta diferente de acordo com a faixa etária e o desenvolvimento da criança - Interpretação do intermediário. - **Deve-se sempre tentar extrair da própria criança a questão; - Intermediário vai fornecer a Queixa Principal; - O intermediário pode interpretar de forma diferente: - Supervalorização - protecionismo exagerado, remorso, culpa; - Subestimar os sinais e sintomas = displicência (muitos filhos, pouco cuidado); - Interpretação equivocada; 1.1 A criança - Entra um ambiente estranho; - Encontra-se situação desfavorável (febre, dor, desconforto, etc); - Comportamento dos pais: ameaças, expectativas dos pais, associação da presença do médico e o ambiente de atendimento com a do médico com dor ou punição; - Desenvolvimento e compreensão; � of �15 17 1.2 Consultas necessárias de puericultura (seguimento) - Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento - 1ª Consulta: - Primeiros 15 dias após a alta da maternidade: solucionar problemas da amamentação, avaliar icterícia neonatal, etc - 2ª Consulta: - Final do 1º mês: para avaliação do crescimento e desenvolvimento, orientação para prevenção de acidentes, vacinação e alimentação (aleitamento materno). - Consultas até o 6º mês; - Crescimento/desenvolvimento, orientações sobre vacinas e prevenção de acidentes. - Consultas aos 9 a 12 meses; - Na idade pré-escolar: Consulta semestral; - Na idade escolar e adolescência: Consulta anual; 2.0 Relação médico/paciente pediatrico - Lembrar-se de dar atenção a criança e não somente as questões dos pais; 3.0 Anamnese (avaliar) - Condições econômicas e sociais. - Condições de moradia e creche - Alimentação - Funcionamento Intestino - Habilidades de acordo com a etapa de desenvolvimento - Temperatura e Personalidade - Linguagem - Acuidade Visual - Sono - Disciplina - Atividades lúdicas e sociais - Escolaridade - Vacinação Primeira consulta: - Nome, sexo, data de nascimento, raça e procedência 4.0 Antecedentes Pessoais - Parte 1 A) Pré-natal: Número de consultas, ganho de peso, medicações; B) Parto: tipo, indicação, intercorrências; C) Neonatal: peso/estatura/perímetros cefálicos, torácicos e abdominais ao nascimento, idade gestacional, nota de APGAR, necessidade de reanimação, intercorrências neonatais; D) Teste do olhinho: reflexo vermelho presente; E) Teste do coraçãozinho: oximetria de pulso. (**30% a 40% das crianças cardiopatas saem sem diagnóstico); F) Teste do pezinho: hipotiroidismo congênito; fenilcetonúria; hemoglobinopatias; fibrose cística; deficiência da biotinidase; hiperplasia adrenal congênita; G) Emissões otoacústicas evocadas (EOAs): Surdez precoce (1 a 2 casos em 1000 nascidos vivos); H) Teste da linguinha: Diagnóstico de língua presa (anquiloglossia). (pode ou não ser removida cirurgicamente); - Parte 2 A) Doenças da infância B) Alergia; acidentes; internações; 5.0 Antecedentes Familiares - Pais: idade, consangüinidade, problemas de saúde, hábitos; - Irmãos: Idade, problemas de saúde; 6.0 Antecedentes nutricionais - Informações sobre aleitamento materno; - Alimentação atual 7.0 Antecedentes Vacinais - Datas de imunizações; - Reações às vacinas; � of �16 17 8.0 Condições sócio-ambientais - Hábitos de vida e horários das principais atividades; - Características do domicilio; - Renda familiar; 9.0 Condições fisiológicas - Apetite; sono; - Hábitos urinários e intestinais; - Dentição; - Controle esfincteriano; 10.0 Desenvolvimento - Neuromotor; - Afetivo; - Cognitivo 11.0 Roteiro da Anamnese em Todas as Consultas A) Queixa Principal (QP) —> descrever de acordo com a criança e com o acompanhante; B) HDA —> atenção a cronologia; investigar elementos etiológicos; C) Interrogatório sobre os demais aparelhos (ISDA) —> Mesmo quando na consulta não houver queixa; ** Atualizar os dados e informações no prontuário; ** Letra legível; ** Não rasurar o prontuário 12.0 Observações Importantes - Inicialmente usar as palavras da criança; - Anamnese varia de acordo com a idade (e capacidade de compreensão e fala) - Para idades menores, deve, as vezes ser intermediada por acompanhantes (colo dos pais; lactante no colo); - A sequência deve ser alterada de acordo com as consequências; - Investigar tudo o que é possível passando por todas as etapas; - Usar todos os recursos de exames neonatais; - Leite de vaca, em muitos casos, causam problemas nos bebês e os médicos não tem costume de perguntar; - Acuidade visual deve ser avaliada; - Vacinação em dia —> perguntar; - Antecedentes familiares de doenças —> perguntar; - Observar as características e postura da criança; - FC; FR —> pulso varia entre as idades; - Apneia de até 8 segundos é normal RN; - Manguito de 2/3 —> para recem-nascido; - Fontanela aberta até 9 meses; - Aceitável até 1 ano e meio; - Otoscopia não pode faltar; - Tiragem intercostal; - Menina com 9 anos é normal o broto mamário; - Avaliar genitália; - Cirurgia de testículo até 6 meses - Sinal de Orttlani —> para verificar displasia coxofemural; - Se der estalo, é positivo; - Avaliar tônus; - Reflexos transitório do recém nascido; - Sucção; - Persecução; - Segurar os dedos e consegue levantar; - Entre outros � of �17 17
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