Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
12/05/2017 1 SISTEMAS SENSORIAIS Paula Sanders MODALIDADES SENSORIAIS ➢O que sentimos? ➢"Sentimos" luz, ou seja, vemos. VISÃO ➢"Sentimos" sons, ou seja, ouvimos. AUDIÇÃO ➢Sentimos um toque nas costas, ou uma fonte de calor. Sentimos dor. SOMESTESIA = TATO ➢Sentimos um gosto na boca, ou um cheiro no ar. GUSTAÇÃO OLFAÇÃO ➢Os sentidos correspondem à tradução para a linguagem neural das diversas formas de energia do ambiente. Assim, são chamados modalidades sensoriais. 12/05/2017 2 MODALIDADES SENSORIAIS ➢Para cada uma, uma forma de energia única e característica: ➢Visão – luz = energia eletromagnética do espectro visível. Beija-flores e abelhas percebem a radiação ultravioleta. ➢Audição - som, forma vibratória de energia mecânica que se propaga pelo ambiente. Espectro audível. Cães e morcegos percebem ultrassons. ➢Olfação e Gustação - ativadas por substâncias químicas presentes no meio. ➢Somestesia é a única das modalidades sensoriais ativada por diferentes formas de energia: mecânica, térmica e química. 12/05/2017 3 RECEPTORES SENSORIAIS ➢ São também chamados células primárias dos sistemas sensoriais. Nem sempre são neurônios: os receptores visuais, como os auditivos, os gustativos e os receptores vestibulares são células epiteliais modificadas. ➢ Neurônios ou não, todos se conectam através de sinapses com neurônios secundários, estes com neurônios terciários e assim a níveis progressivamente mais complexos do SN. 12/05/2017 4 SISTEMAS SENSORIAIS ➢ Nosso cérebro é capaz de sentir muito mais do que os cinco sentidos clássicos permitem supor. Detecta alterações da posição do corpo quando nem nos damos conta disso, mudanças sutis da pressão, composição e temperatura do sangue que jamais chegam à nossa consciência. 12/05/2017 5 MUNDO REAL E PERCEBIDO Duas pessoas não percebem do mesmo modo uma obra musical. As capacidades sensoriais dos neurônios auditivos são diferentes nos diversos indivíduos: genoma distinto ou porque foram submetidos a diferentes experiências e influências ambientais. A mesma pessoa não perceberá igualmente a mesma música se a ouvir em momentos diferentes de sua vida. •Diversos estados fisiológicos e psicológicos ao longo de um dia e ao longo da vida, provocando percepções diferentes. SISTEMAS SENSORIAIS ➢ Sensação é a capacidade de codificar certos aspectos da energia física e química que os circunda, representando-os como impulsos nervosos capazes de ser "compreendidos" pelos neurônios. A energia mecânica vibratória pode originar o sentido da audição, mas pode também se transformar em tato ou mesmo em dor. ➢ Sistemas sensoriais, então, representam os conjuntos de regiões do SN, conectadas entre si, cuja função é possibilitar as sensações. 12/05/2017 6 12/05/2017 7 AUDIÇÃO 12/05/2017 8 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ÁREAS DE PROJEÇÃO Área Auditiva – 41 e 42 de Brodmann CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL - ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO - Área auditiva secundária – 22 de Brodmann 12/05/2017 9 AUDIÇÃO Composta por: Estruturas periféricas Orelha externa e Orelha Média Cóclea – receptores auditivos Porção coclear do VIII NC Estruturas Centrais Núcleos bulbares Núcleos talâmicos Tratos Áreas de Projeção e Associação Corticais ESTRUTURAS PERIFÉRICAS Orelha Externa e Média Pavilhão auditivo externo Conduto auditivo Membrana timpânica 12/05/2017 10 POLUIÇÃO SONORA 12/05/2017 11 VISÃO CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ÁREAS DE PROJEÇÃO Área Visual – 17 de Brodmann 12/05/2017 12 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL - ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO - Área Visual Secundária – 18 a 21 e 37 de Brodmann SISTEMA VISUAL Musculatura Ocular extrínseca Músculos Retos medial, superior, inferior e obliquo inferior – III NC Músculo Obliquo superior – IV NC Músculo Reto lateral – VI NC Orbicular do Olho – VII NC Musculatura Ocular intrínseca Constritor da Pupila e Levantador da Pálpebra – III NC Dilatador da Pupilas – Inervação autonômica simpática 12/05/2017 13 SISTEMA VISUAL Composto por estruturas periféricas que captam a luz e por um sistema central que conduz o impulso e interpreta a informação no córtex. 12/05/2017 14 GUSTAÇÃO E OLFAÇÃO 12/05/2017 15 SISTEMA GUSTATIVO As moléculas da substância ingerida devem ser dissolvidas na saliva e devem estimular as papilas gustativas. Quatro gostos básicos: amargo, doce, salgado e ácido. As papilas gustativas localizam-se na língua, palato e faringe. Gosto x Sabor 12/05/2017 16 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL Área Gustativa – 43 de Brodmann 12/05/2017 17 GUSTAÇÃO ➢ Cada pessoa tem entre 2.000 e 5.000 botões gustativos, cada um deles com cerca de 50 a 150 células receptoras. As células receptoras que compõem os botões não são neurónios: são células de origem epitelial. ➢ As extremidades basais das células receptoras fazem sinapses químicas com os botões das fibras nervosas das células de segunda ordem. SISTEMA OLFATÓRIO ➢ Os seres humanos podem detectar até 10 mil odores. ➢ O Olfato ajuda a identificar alimentos impróprios para consumo, rastrear presas, detectar predadores. ➢ Feromonas participam na atração sexual. ➢ Em humanos tem estreita relação com a memória. ➢ Único lugar do organismo em que os neurônios estão em contato direto com o meio ambiente. ➢ São renovados a cada 3 semanas. ➢ Alcança o córtex sem passar no tálamo. 12/05/2017 18 OLFATO ➢No muco dissolvem-se os odorantes, as substâncias que ativam os quimiorreceptores. ➢Os odorantes penetram no nariz durante a inspiração, mas também por via retronasal quando mastigamos os alimentos, empurrando suas substâncias voláteis em direção à mucosa nasal. ➢ É dessa maneira que o cheiro dos alimentos contribui para a percepção final do paladar. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL Área Olfatória Área de projeção – 34 de Brodmann Área de associação – 28 e 35 de Brodmann 12/05/2017 19 12/05/2017 20 SENSIBILIDADE SOMÁTICA CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ÁREAS DE PROJEÇÃO Áreas somestésicas Áreas 1,2,3 de Brodmann 12/05/2017 21 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL - ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO - Áreas Somestésicas Secundárias – 5 e 7 de Brodmann VIAS SOMESTÉSICAS Conecta o individuo com o ambiente. Constitui todas as sensações além dos sentidos especiais. Classificações Somáticas x viscerais Exteroceptivas x Proprioceptivas x Interoceptivas Superficial x profunda 12/05/2017 22 AGNOSIAS 12/05/2017 23 TIPOS DE AGNOSIAS Agnosia visual (incapaz de reconhecer objetos com a visão) Agnosia auditiva (incapaz de reconhecer sons) Agnosia tátil (incapaz de reconhecer com o toque) Assomatognosia (incapaz de reconhecer o esquema corporal) CAUSAS DE AGNOSIA Acidente vascular cerebral; Demência ou outras perturbações neurológicas; Lesão causada por traumatismo craniano; Transtorno no desenvolvimento psicológico; Infecção cerebral ou; Fatores genéticos. 12/05/2017 24 AGNOSIA VISUAL: Definição: “Trata-se de uma percepção despojada de sua significação” Teuber (1968) AGNOSIA VISUAL: 12/05/2017 25 AGNOSIA VISUAL: AGNOSIA VISUAL: (APERCEPTIVA) Dano na etapa discriminativa da identificação visual Forma dos objetos, desenhos e emparelhamento de objetos Erros morfológicos Lesão nos giros têmporo-espaciais inferiores Infarto das cerebrais posteriores ou intoxicação por NO Simultagnosia 12/05/2017 26 AGNOSIA VISUAL: (ASSOCIATIVA) Integridade da percepção Não reconhece os objetos, porém os descrevem e os copiam Erros morfológicos ou funcionais Conseguemostrar como se usa o objeto Hemianopsia lateral homônima, prosopagnosia, acromatopsia Strito sensu x Multimodal Lesões na área 39 ou giros lingual e fusiforme esquerdos (“pensamento sem imagem”) AGNOSIA VISUAL: (AGNOSIA DAS CORES ) Déficit de percepção (nível perceptivo) Déficit de reconhecimento (nível associativo) Déficit de denominação (nível visuoverbal) Acromatopsia x Agnosia das cores x Anomia das cores 12/05/2017 27 PROSOPAGNOSIA Prosopo (rosto) + Agnosia (ignorância) PROSOPAGNOSIA Definição: incapacidade de reconhecer rostos familiares mesmo com a percepção visual intacta Descrita nos anos 40 em soldados feridos na segunda guerra mundial Adquirida (AVC, trauma, tumor) ou congênita 12/05/2017 28 12/05/2017 29 PROSOPAGNOSIA Pacientes usam estratégias como analisar cor do cabelo, olhos, voz e maneirismos; o que nem sempre funciona. PROSOPAGNOSIA Pacientes usam estratégias como analisar cor do cabelo, olhos, voz e maneirismos; o que nem sempre funciona. 12/05/2017 30 PROSOPAGNOSIA Pacientes usam estratégias como analisar cor do cabelo, olhos, voz e maneirismos; o que nem sempre funciona. PROSOPAGNOSIA Topografia Área fusiforme facial (FFA) no giro fusiforme, área 37 Lesões costumam ser bilaterais, mas podem ocorrer unilateralmente à direita 12/05/2017 31 AGNOSIAS AUDITIVAS AGNOSIA AUDITIVA: Descrição genérica: Déficit na capacidade de reconhecimento de sons, com audição preservada em exame audiométrico padrão Classificação teórica de Gil : ➢ Hemianacusia e surdez cortical ➢Associativa ➢Aperceptiva ➢Seletivas: Ruídos, amusias receptivas, surdez verbal e paralinguisticas 12/05/2017 32 AGNOSIA AUDITIVA: (PRINCIPAIS CAUSAS) AVC Traumas Tumores AGNOSIA AUDITIVA: (AGNOSIA DOS RUÍDOS) Modo de instalação Topografia da lesão Hemisfério Direito X Hemisfério Esquerdo 12/05/2017 33 AGNOSIAS AUDITIVAS: (AMUSIA RECEPTIVA) Incapacidade de reconhecer as melodias e características musicais de base Pode surgir na ausência tanto de afasias quanto agnosia de ruídos Níveis de desintegração Lesão no hemisfério direito AGNOSIAS AUDITIVAS: (PARALINGUISTICAS) 12/05/2017 34 TATO - Sentido através do qual é possível conhecer e perceber a extensão, a temperatura, a forma, a consistência de algo ou de alguém, por meio do nosso próprio corpo, especificamente pelo contato com a pele. Agnosias Táteis - Teste 12/05/2017 35 CASO CLÍNICO JOS, mulher, 50 anos, ao recobrar a consciência após sofrer AVC há 05 dias, tem dificuldade em reconhecer seus familiares e a equipe médica. Percebendo isso, o médico plantonista realizar perguntas sobre sua filha e percebe que ela consegue descrever corretamente o sexo, a idade aproximada e as características físicas corporais de sua familiar. Foi observado que JOS também não reconhece pessoas públicas apresentadas para ela em fotografias, além de não reconhecer seu próprio rosto no espelho. Ela não demonstra, contudo, dificuldade no reconhecimento e em nomear objetos. Qual o provável tipo de agnosia apresentada por JOS? Qual o diagnóstico topográfico da lesão dessa paciente? Qual a diferença do quadro dessa paciente com um quadro de cegueira cortical? REFERÊNCIAS ROGER GIL, Neuropsicologia - 4º edição. Editora Santos, 2010 LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios: conceitos fundamentais de neuciência. São Paulo: Atheneu 2002 MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional – 3º edição. Editora Atheneu, 2014 12/05/2017 36 BIBLIOGRAFIA Machado. Neuroanatomia funcional. Atheneu, 2014 Lent. Cem bilhões de neurônios. Atheneu, 2011. Kandel et al. Princípios de neurociências, 2013.
Compartilhar