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3A FASE RESUMO DAS TUTORIAS MÓD 2 PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO

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3A FASE RESUMO DAS TUTORIAS MÓD 2 PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO
1 - Definir e caracterizar a bioeletrogênese.
- Bioeletrogênese é o estudo da formação dos potenciais de membrana em organismos vivos. 
- Potencial de membrana é a diferença de cargas entre a face intracelular e a face extracelular da membrana (Na FORA, K DENTRO). É medido em milésimos de volts (mV) e é uma forma de gerar, processar e conduzir informação no organismo.	
Funções da membrana plasmática: integridade, permeabilidade seletiva, regulação de interação célula à célula,  reconhecimento de antígenos, interface entre citoplasma e meio externo, sistema de transporte para moléculas específicas, e bioeletrogênese que seria a transdução de sinais extracelulares físicos/ou químicos em eventos intracelulares.
- A MP é formada por uma bicamada lipídica onde estão inseridas proteínas, forma-se então um mosaico fluído.
- Na ausência de perturbação externa, os potenciais de membrana da célula permanecem constante, denominados de potencial de repouso.
- Um estímulo externo nas células nervosas e musculares produz uma variação em seus potenciais de membrana, essa variação rápida que se propaga ao longo de uma dessas células é denominada potencial de ação. 
O sinal nervoso chega aos dendritos do neurônio e percorre pelo axônio. O axônio mantem um equilíbrio químico caracterizado pelo aumento da concentração dos íons K em seu interior e Na em seu exterior. Durante a propagação do potencial de ação, a bainha de mielina que envolve o axônio, permite uma mudança no sinal das cargas elétricas na superfície da membrana, causada pelo afluxo de íons Na, seguidos pela saída de íons K, então a distribuição de cargas é reestabelecida. Para que a propagação de potencial de ação ocorra, é necessário que a saída de K, ocorra com certo atraso que a entrada de Na. A entrada de Na ocorre antes que a saída de K. 
SAEM 3 de Na e entra 2 de K. 
BOMBA DE Na e K é transporte ativo. 
Como a célula muda a sua permeabilidade aos íons?
Através de canais iônicos que podem alterar o seu estado entre aberto e fechado mediante um estímulo particular, como: Pressão, temperatura, luz, neurotransmissores, sinais intracelulares e voltagem. Através da inserção ou remoção de canais iônicos na membrana.
Estado dos canais proteicos:
Os canais podem ser classificados em abertos ou fechados.
Abertos passam a maior parte do tempo aberto permitindo que íons se movam sem restrições (poros = passagem contínua).
Fechados permitem regulação do movimento das moléculas entre fluído intracelular e extracelular (estados: fechados, aberto ou inativo).
O que controla a abertura e fechamento dos canais? O controle dos canais é feito por:
a) Moléculas mensageiras intracelulares ou por ligantes extracelulares (quimicamente sensíveis).
b) Por estado elétrico da célula (eletricamente sensível).
c) Por mudança física (mudança de temperatura ou tensão).
2 - Definir gustação e olfação.
O paladar ou gustação - É a capacidade de reconhecer os gostos de substâncias colocadas sobre a língua. Na língua, existem as papilas gustativas que reconhecem substâncias do gosto e enviam a informação ao cérebro. A gustação é primariamente uma função da língua, mas regiões da faringe, do palato e da epiglote têm alguma sensibilidade. 
Os quatro sabores básicos são salgado, azedo, doce e amargo. O 5ª sabor básico é o Umami. Os mecanismos responsáveis pelo gosto não estão esclarecidos.
Olfação é habilidade de reconhecer e discriminar um amplo número de moléculas do ar com grande precisão e sensibilidade. A olfação permite um monitoramento contínuo de moléculas voláteis dos arredores, incluindo sinais químicos que identificam territórios, alimento, predadores, crias e parceiros. A percepção dos odores é modulada por estados emocionais, hormonais. 
- Odores são detectados por neurônios sensoriais olfativos nasais. 
- Correlação com o sistema límbico – estruturas basais que controlam as emoções e outros aspectos do comportamento humano.
3 - Caracterizar a estrutura e funções da língua e do nariz.
A língua é um órgão sensorial e muscular que está localizada na cavidade oral e faríngea, caracterizada por ser recoberta por uma membrana com papilas gustativas em sua superfície (estão presentes os botões e as células gustativas) e os corpúsculos de Krause, responsáveis por perceber as sensações táteis. A língua possui duas funções:
- Órgão sensorial: percebe a conformação, a dimensão, a textura, a temperatura e o sabor dos alimentos.
- Órgão muscular: auxilia o movimento dos alimentos dentro da cavidade bucal, inicia a deglutição e participa na linguagem (articula as palavras durante a fala).
Transmissão dos sinais gustatórios para o SNC - Os quimiorreceptores presentes na língua são constituídos por moléculas que fazem a interação com as moléculas do alimento. 
Inervação da Língua:
Nervo Facial – VII > Impulsos gustatórios dos dois terços anteriores da língua. Trajeto: Nervo lingual > ramo da corda do tímpano do nervo facial > trato solitário (tronco cerebral).
Nervo Glossofaríngeo – IX > Sensações gustatórias que se originam das papilas circunvaladas (parte posterior da língua e regiões posteriores da boca e garganta são transmitidas pelo glossofaríngeo ao trato solitário.
Nervo Vago – X > São poucos os sinais transmitidas da base da língua e de outras partes da região faríngea para o trato solitário.
Nervo hipoglosso - XII > função motora.
Funções das estruturas interiores do Nariz - Aquecimento, umedecimento e filtração do ar inalado através dos pelos grossos e pelas conchas nasais e meatos.
- Detecção dos estímulos olfatórios(odor).
- Modificação das vibrações da fala, nas câmaras de ressonância. Ressonância refere-se ao prolongamento, à amplificação ou à modificação do som, por meio de vibração.
4 - Descrever as vias neurológicas sensitivas relacionadas à gustação e a olfação.
Processo de olfação – Receptores cílio olfatório, prolongamento do nervo olfatório que passa pela lâmina crivosa, bulbo olfatório, trato olfatório, estrias olfatórias (estria lateral é consciente e vai para o giro para hipocampal (lobo temporal), e estria medial segue para o sistema límbico – comportamento do odor salivação, náuseas, vômitos e fortes reações emocionais). ESSA VIA NÃO PRECISA PASSAR PELO TÁLAMO. Via direta
A lesão bilateral do nervo olfatório causa anosmia, percebida pelo paciente apenas se for aguda (ex.: trauma com fratura do etmoide). Quando insidiosa, o paciente não percebe a perda do olfato; em vez disso, reclama da perda progressiva do paladar.
O processo de gustação – As informações percebidas pelos receptores gustativos dos botões centrais na língua seguem pelos axônios gustativos primários, presentes nos nervos cranianos facial, glossofaríngeo e vago, daí para o núcleo do trato solitário do bulbo do tronco encefálico. Seguindo para o tálamo e depois para o córtex cerebral.
- A informação gustativa prepara o sistema gastrointestinal para receber o alimento, promovendo a salivação, deglutição e vômito através das conexões do Núcleo do Trato Solitário com o tronco encefálico e o hipotálamo.
5 - Caracterizar a integração sensorial entre olfação e gustação.
Paladar + Olfato + Textura = Sabor 
O cheiro acrescenta um enorme valor ao paladar e contribui para que caracterizemos o sabor; a mastigação intensifica o olfato por liberar as partículas do alimento. O epitélio olfativo tem a maior contribuição para as sensações de gosto, apesar da impressão do gosto ser na boca. O componente somatossensorial inclui textura do alimento e sensações de alimentos apimentados e mentolados.
A sensação de sabores resulta da combinação dos impulsos gustativos, olfativos e somatossensoriais. O sabor tem aspecto hedônico (relativo ao ou caracterizado pelo prazer).
A integração sensorial do olfato e paladar ocorre nas áreas do CÓRTEX ORBITO FRONTAL, ÍNSULA E GIRO DO CÍNGULO.
6 - Identificar causas para alterações dos sentidos da olfação e da gustação.
Olfato - Alterações da via aérea: desvios de septo, poliposenasal, rinite alérgica ou sinusites, doenças neurológicas degenerativas, tumores do SNC ou traumatismos cranianos.
Definindo as Alterações do Olfato e Paladar - As alterações do olfato podem ser quantitativas ou qualitativas. As alterações quantitativas referem-se a “quanto” se sente do olfato. 
Anosmia a perda total do olfato. Anosmias específicas,  perda da capacidade de sentir um odor específico. 
Hiposmia, ou perda parcial do olfato.
Hiperosmia (sensibilidade exagerada do olfato), que pode ser causada por inalação de vapores tóxicos ou na enxaqueca.
As alterações qualitativas do olfato podem ser causadas por infecções virais, traumatismos cranianos ou estarem relacionadas à sintomas depressivos.
Fantosmia, quando a pessoa tem a percepção de um cheiro que não existe.  
Parosmia refere-se à percepção alterada do olfato – o odor de uma flor pode ser sentido um cheiro diferente. 
Já alterações do paladar podem ser classificadas como:
· Ageusia: Perda completa do paladar, bastante rara.
· Hipogeusia: Diminuição do paladar
· Hipergeusia: Hipersensibilidade gustativa
· Disgeusia: É a mais comum.  Trata-se da alteração do paladar, normalmente com sensação “metálica” ou de “amargor”.
Causadas por: TCE, infecções das vias aéreas, exposição à substâncias tóxicas, secundárias à cirurgias do ouvido ou procedimentos dentários, medicamentos. Uma disgeusia adocicada pode também representar o primeiro sintoma de tumores do pulmão.
TBL - Quando ficamos resfriados o sabor dos alimentos nos fica bastante prejudicado. Este fato se deve, em grande parte, pela gustação e olfação terem projeções em áreas cerebrais superiores. As áreas envolvidas são?
R: Córtex orbitofrontal, Ínsula e Giro do Cíngulo
- Olfação e Gustação + textura, temperatura, consistência, viscosidade, experiência prévia.
- Percepção do sabor = estímulos olfativos, gustativos, mecânicos, térmicos, nociceptivos. Sujeitos à interpretação por áreas cerebrais superiores.
7 - Discutir acerca da importância dos órgãos sensoriais para o bem-estar biopsicossocial.
O olfato e paladar estão extremamente ligados à grande perda do interesse e motivação nessa idade; isto porque, com o envelhecimento, esses sentidos ficam bastante reduzidos, além de se tornarem menos eficientes, provocando inadequações no processo de ingestão de alimento prejudiciais, tais como: mais sal e açucares, prejudicando a saúde do idoso; também a não transmissão de odores, interrompendo a transmissão das informações ao cérebro, as quais são de capital importância para a autonomia do idoso. 
TUTORIA 2
1 - Descrever as estruturas e os mecanismos responsáveis pelo sentido da audição.
SOM -> Ouvido Externo -> Membrana Timpânica -> Ossículos -> Janela Oval -> Ouvido Interno (cóclea) + (TRANSMISSÃO OSSÉA).
Ouvido Interno (cóclea) -> Rampas vestibular e média -> Membrana Basilar (Rampa Timpânica - Janela redonda) 
Membrana Basilar -> Órgão de Corti (espiral) -> movimentos ciliares -> despolarização/hiperpolarizacão -> estímulo elétrico -> Ganglio espiral -> Nervo Coclear.
Córtex auditivo - Fim da via auditiva, aonde a mensagem auditiva chega já largamente descodificada pelos núcleos inferiores, sendo aqui reconhecida, memorizada e possivelmente integrada numa resposta motora.
CÓRTEX AUDITIVO PRIMÁRIO CÓRTEX AUDITIVO SECUNDÁRIO
- Excitado por projeções do Corpo Geniculado Medial. 
- Área 41 de Brodmann.Excitado por impulsos do Córtex Auditivo Primário e por Projeções das áreas de associação talâmica.
Área 42 de Brodmann.
ÁREA DO CÓRTEX - PORÇÃO SUPERIOR DO GIRO TEMPORAL SUPERIOR - Lesões nesta área de Wernicke à área responsável pela compreensão da linguagem, o paciente é capaz de ouvir as palavras e repetí-las, mas não é capaz de interpretá-las.
Resumo - Labirinto coclear
As ondas sonoras fazem com que a membrana timpânica vibre – condução aérea. Através dos ossículos da orelha, as vibrações são transmitidas até a janela do vestíbulo da orelha interna. Consequentemente, a baixa resistência do ar às ondas sonoras é ajustada à alta impedância da orelha interna preenchida por líquido. Além disso, a orelha interna também processa as vibrações dos ossos do crânio (condução óssea). Na orelha interna, a energia sonora progride como ondas (ondas conduzidas). As células sensoriais da orelha interna transformam a energia sonora em impulsos elétricos, transmitidos pelo nervo coclear para o encéfalo.
Exame do nervo vestíbulococlear - Testes simples de audição realizados à beira do leito, como sussurrar uma palavra ou um número em um ouvido com o outro coberto e pedir para o paciente repetir a palavra, podem ser usados para avaliar o grau de deficiência auditiva.
Teste de Rinne: um diapasão é colocado no osso mastoide (condução óssea) até que o som não possa mais ser ouvido. O diapasão é então colocado ao lado da orelha externa (condução aérea). Geralmente, a condução aérea é melhor que a condução óssea e, portanto, o som ainda pode ser ouvido; esse é o teste de Rinne positivo. Se a condução óssea for melhor que a condução aérea, então o teste de Rinne será negativo e indica perda auditiva condutiva naquele ouvido.
Teste de Weber: o diapasão é colocado na testa. Pergunta-se ao paciente em qual orelha o som é mais alto. Se o paciente ouvir o som igualmente em cada ouvido ou não conseguir localizar, será normal, denominando-se Weber de linha média. O Weber se lateraliza em direção a uma perda auditiva condutiva e para longe de uma perda auditiva neurossensorial. Por exemplo, se o paciente ouvir o som de maneira mais alta no ouvido direito, haverá a indicação de uma perda auditiva condutiva direita ou neurossensorial esquerda.
- O sistema sensorial auditivo possui estágios sinápticos em cada uma das divisões do sistema nervoso central: bulbo, ponte, mesencéfalo, diencéfalo, e córtex cerebral.
- A lesão do núcleo coclear (ventral e dorsal) é a única lesão do sistema nervoso central que provoca surdez unilateral. Todas as demais doenças neurológicas que afetam o sistema auditivo provocam perdas sensórias nos dois ouvidos.
2 - Descrever as estruturas e os mecanismos responsáveis pelo equilíbrio.
SISTEMA VESTIBULAR – localizado no ouvido interno, compreende: 3 canais semicirculares, o utrículo e o sáculo. 
O Sistema vestibular (SV) é o órgão sensorial para detectar sensações do equilíbrio.
Labirinto ósseo – parte petrosa do osso temporal, dentro dele a o labirinto membranoso (LM)– parte funcional do SV.
LM é composto principalmente por:
3 canais semicirculares e duas grandes câmaras (órgãos otolíticos) o utrículo e o sáculo – mecanismo do equilíbrio e compõe o LM a cóclea – mecanismo da audição.
Diferença na direção da excitação dos cílios (lado contra outro – cima-baixo...) nas fibras nervosas. Esse padrão é que notifica o SNC sobre a orientação da cabeça no espaço.
Canais semicirculares – São 3, anterior, posterior e lateral (horizontal), ficam dispostos em ângulos retos entre si, representando os 3 planos no espaço. (rotação da cabeça em diversos ângulos).
Cada ducto semicircular tem em sua extremidade uma dilatação, chamada ampola. Os canais e as ampolas ficam cheios de ENDOLINFARICA EM POTÁSSIO e PERILINFA SÓDIO). O fluido desta ao longo dos canais e ampolas excita o órgão sensorial da ampola. 
- Quando a cabeça gira em qualquer direção a inércia do líquido nos canais semicirculares faz com que o líquido permaneça estacionário enquanto os canais semicirculares giram junto, fazendo com que o líquido flua do ducto para a ampola, deformando a cúpula. 
- A rotação da cabeça em sentido oposto, faz com que a cúpula se deforme para o lado oposto.
- Na cúpula tem centenas de cílios de células ciliadas localizados na crista ampular. Por meio das células ciliadas é que são enviados sinais apropriados ao nervo vestibular para notificar o SNC sobre alteração rotação e velocidade da cabeça nos 3 planos do espaço.
Hiperpolarização (potencial de membrana torna-se mais negativo) – O movimento para longe do quinocilio, ou em direção aos estereocílios maiscurtos, impede que os canais de K mecano-dependentes se abram.
Despolarização (potencial de membrana menos negativo) – O movimento em direção ao quinocílio, ou em direção aos estereocílios mais longos, faz os canais de K mecano-dependentes se abrirem, o K da endolinfa rica em K entra na célula.
O aumento de K leva a despolarização da célula. A despolarização da célula leva a abertura dos canais de Ca voltagem dependentes.
O aumento no Ca intracelular faz com as vesículas cheias de neurotransmissor se fundirem à membrana na fenda sináptica, levando a excitação das aferências ao SNC.
3 - Citar as causas mais prevalentes de perda auditiva e as possíveis medidas de prevenção.
Surdez neurossensorial – É quando ocorre lesão nas células nervosas e sensoriais que levam o estímulo do som da cóclea até o cérebro. As doenças que atingem a cóclea e o nervo auditivo raramente têm tratamento.
Surdez por condução – Este tipo de perda acontece quando há algo bloqueando a passagem do som da orelha externa até a orelha interna. Ela pode ocorrer pelo rompimento do tímpano, excesso de cera que se acumula no canal auditivo, introdução de algum material no canal auditivo.
Surdez central – Também chamada de presbiacusia, ela ocorre à medida que envelhecemos por conta do desgaste natural do sistema auditivo. Utiliza-se aparelho auditivo.
Ouvido EXterno – Obstrução (cera, corpo estranho), infecção.
Ouvido médio – Infecção, trauma, otoesclerose, tumores.
Ouvido INterno – Presbiacusia, fármacos, exposição a ruídos, malformações, infecções, doenças autoimunes, meningite, TCE, mudanças de pressão. 
PREVENÇÃO: Não colocar qualquer objeto, incluindo cotonetes, dentro do canal auditivo. Pode acabar forçando a cera para dentro e entupir o canal ou danificar o tímpano.
Vacina nas crianças contra sarampo e caxumba, os efeitos colaterais podem causar surdez. 
Mulher em possibilidade de engravidar realizar imunização contra a rubéola.
4 - Reconhecer o efeito do ruído ocupacional na gênese da perda auditiva.
Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é a perda provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído. Configura-se como uma perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído.
5 - Identificar os métodos diagnósticos clínicos e complementares disponíveis para avaliação da acuidade auditiva e do equilíbrio.
A avaliação dos efeitos auditivos da Pair Para a confirmação da existência de alterações auditivas, é fundamental a realização da avaliação audiológica. A avaliação audiológica é formada por uma bateria de exames: 
• Audiometria tonal por via aérea. 
• Audiometria tonal por via óssea. 
• Logoaudiometria. 
• Imitanciometria.
Teste do equilíbrio
Teste de Romberg - O paciente é colocado em posição ortostática, com os calcanhares unidos e pontas dos pés separados em 30°, cabeça reta, braços ao longo do corpo na posição anatômica, olhos fechados (para inibir a visão) durante um minuto. O exame é considerado alterado se houver queda. Quando o teste traz dúvidas, podemos sensibilizá-lo através de algumas manobras: 
- Manobra de Jendrassik: mãos em oposição e cotovelos na horizontal. 
- Romberg-Barre: colocando-se em pé um diante do outro, em linha reta, diminuindo a base de sustentação. 
- Oscilar cabeça no plano horizontal, de olhos fechados. 
Braços Estendidos - O paciente deverá permanecer com os braços estendidos à sua frente, paralelos entre si, com os dedos indicadores apontando para frente. Em seguida, solicitamos que feche os olhos, observando se o paciente é capaz de manter os braços em posição inicial. O resultado é considerado normal se houver ausência de desvio dos braços após 1 a 2 minutos e alterado se houver desvio de 2 a 3 cm durante o mesmo período. Nas patologias centrais, ocorre queda de um ou de ambos os braços e os desvios não são conjugados enquanto nas periféricas observa-se desvio conjugado dos braços para o lado lesado.
Equilíbrio Dinâmico (marcha) Teste de Babinski-Weil (Prova de Marcha às Cegas) - O paciente deve caminhar, de olhos fechados, para frente e para trás num percurso aproximadamente de 1,5m. Espera-se em indivíduos saudáveis que não ocorra desvio da marcha. No caso de lesão vestibular unilateral, o tônus muscular será assimétrico, provocando desvio da marcha para o lado lesado, descrevendo uma marcha em estrela. Outros tipos de marcha patológica podem ser observados como: marcha ceifante (hemiplegia) e marcha talonante (lesão do funículo posterior – exemplo: sífilis). 
6 - Discutir o impacto psicossocial das perdas auditivas.
A deficiência auditiva tem mais importância em como as relações sociais são construídas ou significadas, ou seja, como a pessoa é falada, olhada e julgada.
Dentre os problemas associados à deficiência auditiva, pode ocorrer o isolamento do indivíduo na medida em que ele deixa de pedir para as pessoas repetirem ou falarem mais alto, devido à vergonha e para não se tornar motivo de zombaria ou de desprezo. 
7 - Identificar os aspectos epidemiológicos e legais de doenças ocupacionais.
A doença ocupacional (DO) ou profissional, portanto, é desencadeada pelo exercício do trabalhador em uma determinada função que esteja diretamente ligada à profissão.
Exemplos de DO são: o escrevente que adquiriu tendinite, o soldador que desenvolveu catarata, o auxiliar de limpeza que sofre com LER, o trabalhador que levanta peso e sofre com problemas de coluna, entre outros.
TUTORIA 3
1 – Reconhecer os mecanismos da visão.
A luz atravessa à córnea, o humor aquoso, entra pela pupila, o cristalino e o humor vítreo e se dirige para a retina, a imagem formada é invertida. O nervo óptico conduz os impulsos nervosos seguindo pelo quiasma óptico, trato óptico, corpo geniculado lateral, radiação óptica e sulcos calcarinos - centro da visão que o interpreta e nos permite ver os objetos nas posições em que realmente se encontram.
A área visual primária corresponde à área 17 de Brodmann, no lábio superior e inferior do sulco calcarino. As áreas 18 e 19 ou área visual secundária são responsáveis pela integração dos estímulos visuais com as experiências anteriores e pela percepção da cor e reconhecimento dos objetos. LOCALIZADOS NO LOBO OCCIPITAL.
Sobre a percepção visual, podemos afirmar que: Decorre da interação entre a retina, núcleos talâmicos e áreas corticais superiores.
- Lesão do nervo óptico (por traumatismo ou glaucoma): cegueira completa do olho correspondente.
Lesão da parte mediana do quiasma ótico (tumores da hipófise que comprimem o quiasma, de baixo para cima): hemianópsia bitemporal, como consequência da interrupção das fibras da retina nasal de cada olho que aqui se cruzam.
Lesão da parte lateral do quiasma ótico (aneurisma da carótida interna, que comprime lateralmente o quiasma): hemianópsia nasal do olho correspondente, porque há interrupção das fibras provenientes da retina temporal deste olho.
Lesão da fita ótica (traumatismos ou tumores que comprimem a fita ótica): hemianópsia direita ou esquerda conforme a lesão se localiza na fita esquerda ou direita.
Lesão do corpo geniculado externo é idêntica à da fita ótica.
Lesão da radiação ótica: se for completa é semelhante à da fita ótica. Normalmente ocorrem lesões de parte destas fibras, o que resulta em pequenas falhas do campo visual - escotomas - ou falhas que comprometem todo um quadrante do campo visual - quadrantopsias.
Lesão do córtex visual (área 17): Lesões completas (pouco frequentes) dão também sintomas semelhantes aos da fita ótica. As lesões parciais são mais frequentes (por exemplo, lesão do lábio inferior do sulco calcarino direito resulta numa quadrantopsia homónima superior esquerda). A visão macular é frequentemente poupada nas lesões da área 17, provavelmente devido à sua grande representação cortical.
2 – Descrever as vias de formação da visão e o mecanismo de formação e interpretação da imagem.
Como manter nítida a imagem de um objeto que se aproxima? A solução foi o cristalino aumentar o seu poder de refração tornando-se mais convexo.A capacidade de focalizar a imagem dos objetos sobre a retina alterando o poder de difração do cristalino é denominado acomodação visual.
Durante a formação da imagem dos objetos próximos, além da acomodação visual, ocorrem movimentos oculares (convergência) e a redução do diâmetro pupilar (miose), nessa ordem. Esses três mecanismos garantem que um objeto seja focalizado automaticamente de maneira nítida sobre a retina, quando começa a se aproximar. Se ele se afastar, acontecerá exatamente o contrário: o músculo ciliar relaxa, os olhos divergem e a pupila dilata.
Em ambientes mal iluminados, por ação do sistema nervoso simpático, o diâmetro da pupila aumenta e permite a entrada de maior quantidade de luz. Em locais muito claros, a ação do sistema nervoso parassimpático acarreta diminuição do diâmetro da pupila e da entrada de luz. Esse mecanismo evita o ofuscamento e impede que a luz em excesso lese as delicadas células fotossensíveis da retina.
Como o encéfalo analisa e monta a cena visual?
Nível Inferior (Retina) - Análise de atributos visuais como contraste local, orientação, cor e movimento.
Nível Intermediário (Córtex Visual)- Disposição das cenas e das propriedades de superfície (primeiro plano e plano de fundo)
Nível Superior (Áreas Corticais Superiores)- Reconhecimento do objeto - memórias, associações.
VIA DE PROJEÇÃO VENTRAL - CÓRTEX TEMPORAL INFERIOR
Principal centro de percepção dos objetos.
Lesões resultam em perda da capacidade de reconhecer objetos.
Sede do mais alto grau do processamento cortical visual.
Duas etapas de reconhecimento dos objetos. A primeira delas de representação sensorial dos objetos e a segunda delas de associação com seu significado.
VIA DE PROJEÇÃO DORSAL - CÓRTEX PARIETAL POSTERIOR e CÓRTEX FRONTAL
Integração da informação para gerar e coordenar os movimentos junto com o sistema oculomotor e musculoesquelético.
Nas outras vias e estruturas o cérebro constrói a informação visual. As regiões de projeção destas vias se relacionam a como o cérebro usa a informação visual para planejar ações.
As zonas secundárias do córtex occipital (visual) possuem a função de integração e sintetização.
A agnosia visual é um distúrbio da percepção visual que leva o paciente a detectar somente algumas partes dos objetos.
Hemianopsias (1/2) – defeito da metade do campo visual.
Quadrantopsias (1/4) - defeito de um quadrante do campo visual.
3 – Descrever as vias sensoriais a partir da retina que não têm função da visão.
DO QUIASMA ÓPTICO 
- Para o hipotálamo, com função de controlar o ritmo circadiano que sincronizam as várias funções fisiológicas do organismo (dia e noite). 
- Para os núcleos pré-tectais no mesencéfalo para desencadear movimentos reflexos dos olhos para focalizar objetos de interesse e ativar o reflexo fotomotor. 
- Para o colículo superior, para controlar os movimentos direcionais rápidos dos dois olhos.
- Para o núcleo geniculado ventrolateral do tálamo e regiões adjacentes, para ajudar a controlar algumas das funções comportamentais do corpo.
Sistema novo – Transmissão direta dos sinais visuais para o córtex visual, localizados nos lobos occipitais. É responsável pela percepção praticamente de todos os aspectos de forma visual, cores e outras variações conscientes.
O NGL possui duas funções: 1ª retransmite informações visuais do trato óptico para o córtex visual – por meio da radiação óptica. Alto grau de fidelidade. Ponto a ponto.
2ª regular a transmissão dos sinais para o córtex visual – o quanto de sinal vai para o córtex.
TBL - Além da Via Primária, temos outras vias projetadas a partir da retina, as Vias Secundárias, não envolvidas diretamente na formação da visão. 
RESPOSTA: Uma das vias se projeta da Retina e chega nos Núcleos Abducentes, sendo responsável pela movimentação ocular. A outra se projeta da Retina e chega à região Pré Tectal Mesencefálica, sendo responsável pelo reflexo pupilar.
VIAS SECUNDÁRIAS - RETINA -> COLÍCULO SUPERIOR (Tecto do Mesencéfalo) -> FORMAÇÃO RETICULAR PONTINA (Ponte) -> NÚCLEOS MOTORES EXTRAOCULARES (Abducentes - VI par craniano / Ponte)
 - movimentação ocular (III, IV, VI pares)
RETINA -> REGIAO PRE TECTAL (MESENCÉFALO) - pequeno grupo de neurônios localizados superiormente aos coliculos superiores).
- reflexos pupilares (quantidade de luz)
4 – Definir os vícios de refração e explicar como ocorre a formação da imagem nestes casos.
Vício de refração é o nome geral dado às doenças oculares como miopia, hipermetropia, astigmatismo, e presbiopia. Problemas que podem ser diminuídos ou completamente resolvidos com o uso de acessórios como óculos e lentes de contato, ou com cirurgias.
- Miopia: dificuldade para enxergar longe. A imagem se forma em frente à retina. O principal fator que influência o aparecimento é a hereditariedade. Em geral, aumenta durante o período de crescimento. Para correção óculos, lentes de contato ou cirurgia. DIVERGENTE – GLOBO OCULAR LONGO .
- Hipermetropia: Dificuldade para focar objetos próximos. A imagem se forma atrás da retina. Correção óculos, lentes de contato ou cirurgia. CONVERGENTE.
- Astigmatismo é causado por diferentes curvaturas corneanas ou por irregularidades na córnea, formando a imagem em planos diferentes o que ocasiona a distorção da mesma. O uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia podem corrigir. A lente é CILÍNDRICA e apresenta efeito oposto ao da córnea.
- Presbiopia (conhecida por vista cansada), normalmente manifesta-se depois dos 40 anos, criando uma dificuldade para focar / enxergar de perto e de longe e está relacionada com a capacidade do cristalino de acomodar-se às variações de distância. O uso de óculos ou lentes de contato são formas de correção. CONVERGENTES OU BORDAS FINAS.
5 – Explicar a relação do diabetes e hipertensão com as alterações da visão relatadas no problema (glaucoma, catarata e perda visual).
Como essas doenças atingem os olhos? O DM TIPO 1 ou 2 — se caracteriza por sua incapacidade de captação de glicose, o que provoca um excesso dessa substância circulando pelo sangue. Nesse cenário, a glicose começa a se ligar a proteínas diversas no sangue e nas paredes dos vasos, acabando por danificá-las. Isso gera uma circulação sanguínea lenta, com predisposição à formação de trombos, e o enfraquecimento das paredes vasculares, aumentando a chance do rompimento dos vasos.
A hipertensão também age diretamente sobre os vasos sanguíneos, que são submetidos a uma pressão maior e acabam sofrendo lesões ou mesmo se rompendo. Uma vez lesionados, a formação de placas de aterosclerose e de trombos é facilitada, o que atrapalha o fluxo sanguíneo normal.
Dessa forma, tanto o diabetes quanto a hipertensão podem ser entendidos como doenças vasculares que prejudicam a irrigação de todos os órgãos do corpo, principalmente aqueles com uma maior quantidade de vasos — como os rins, o cérebro, o coração e, claro, os olhos.
Comorbidades como diabetes, obesidade e, principalmente, hipertensão arterial afetam a circulação sanguínea aumentando o risco de uma oclusão da veia central da retina (OVCR) e de ramos venosos da retina. Esse bloqueio pode acontecer de 3 formas: por meio de coágulos sanguíneos; por acúmulo de gordura nas paredes dos vasos; ou pela pressão anormal nas veias da retina. As duas últimas formas são causadas pelo alto colesterol e HAS elevada.
Quando a veia é obstruída e falta O² a retina, é iniciado um processo biológico para tentar restabelecer o fluxo sanguíneo. Assim, começa a ANGIOGÊNESE, que são tidos como anormais, pois sua formação acelerada causa o vazamento de sangue e líquido dentro da retina, além de formar pequenos focos hemorrágicos que danificam a retina e podem causar a cegueira.
6 – Explicar os mecanismos das lesões apresentadas no problema.
Glaucoma - Doença que acomete os olhos e é provocada pela elevação da pressão ocular. É uma doença que não tem cura e quando não é tratada pode levar à cegueira.
Sintomas - quando a pessoa começa a esbarrar nas coisas, ela pode estar perdendo a visão periférica. Em um olho saudável a taxa de secreçãoé igual a taxa de drenagem. No glaucoma o canal esta parcialmente ou totalmente bloqueado, acumulando o líquido dentro das câmaras, aumentando a pressão intraocular. A pressão empurra o cristalino para trás, pressionando o corpo vítreo, comprimindo e danificando os vasos sanguíneos e as fibras nervosas da parte posterior do olho. Provocando manchas de perda da visão e se não forem tratadas podem levar a cegueira total. 
Catarata é o embaçamento (opacidade) do cristalino, que provoca perda progressiva e indolor da visão.
A visão pode ficar embaçada, perder o contraste e serem visíveis halos em torno de luzes.
Geralmente, a catarata surge com a idade ou se desenvolve sem causa aparente.
A retinopatia diabética (RD) - afeta os pequenos vasos da retina. O aparecimento da RD está relacionado principalmente ao tempo de duração do diabetes e ao descontrole da glicemia. 
FISIOPATOLOGIA - A via dos polióis: A captação de glicose pelo tecido retiniano é independente da insulina. Os níveis de glicose neste tecido estão em equilíbrio com a glicemia plasmática, e o excesso desta ativa a via dos polióis, que converte glicose em sorbitol, através da aldose redutase, e sorbitol em frutose, pela ação da sorbitol desidrogenase. Em muitos tecidos, o acúmulo celular de sorbitol é negligenciável, no entanto, na retina, assim como nos tecidos renal e nervoso, o aumento na concentração intracelular de sorbitol resulta em efeitos osmóticos adversos, os quais levam a um aumento de influxo de líquido, alterações na permeabilidade da membrana e subsequente início da patologia celular. 2 classificações:
- Retinopatia diabética NÃO PROLIFERATIVA - está associada à presença de extensas áreas de isquemia capilar caracterizada pelos exudatos algodonosos; veias tortuosas e dilatadas, em formato de contas; hemorragias na superfície da retina e pelas anormalidades microvasculares intra-retinianas. 
- Retinopatia diabética PROLIFERATIVA – É o estágio mais avançado. Em resposta a intensa isquemia, ocorre a liberação de substâncias vasoativas, principalmente dos fatores de crescimento que estimulam o surgimento de neovasos. Quando a neovascularização aparece na interface vítrea da retina.
7 – Discutir os aspectos psicossociais da perda visual.
O impacto da cegueira, abordado de modo geral, manifesta-se num conjunto de implicações: para a manutenção pessoal e doméstica, para as deslocações, para a leitura e para a escrita, para o emprego, e para o lazer.
Quatro fases distintas de reações: Descrença; Protesto; Depressão e recuperação. Estima-se um período de dez meses para que o paciente percorra essas quatro etapas.
8 – Discutir a legislação e os serviços oferecidos aos portadores de perdas visuais.
A Norma NBR 9050 – Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamento Urbanos visa propiciar “condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma”.
BRAILLE; EDUCAÇÃO ESPECIAL; ACESSIBILIDADE - A acessibilidade, definida pela Lei 10.098, de 19/12/2000.
TUTORIA 4 
1 - Definir termos consciência e inconsciência.
- Consciência é definida como a capacidade do indivíduo de reconhecer a si mesmo e aos estímulos do ambiente.
(Pode-se denominar consciência como o estado de plena noção de si mesmo e do meio).
- Sonolência ou letargia é considerada um estado de diminuição do nível de consciência em que o paciente consegue ser acordado com estímulos brandos. 
- Estupor é um estado de sonolência mais profunda em que o indivíduo precisa receber estímulos vigorosos e repetidos para despertar.
- Coma é o estado de inconsciência de si mesmo e do ambiente, mesmo após estímulos de diversas modalidades e intensidades, em que o paciente permanece de olhos fechados.
2 - Explicar os mecanismos neurofisiológicos de manutenção da consciência.
O sistema reticular ativador ascendente é responsável pelo estado de vigília ou de alerta. É uma rede contínua de células, localizadas em zonas profundas que se estendem pelo bulbo, ponte, mesencéfalo, núcleo subtalâmico, hipotálamo e tálamo. 
Os neurônios da formação reticular possuem longos axônios que se bifurcam originando ramos ascendentes capazes de ativar o córtex cerebral – através do tálamo (diencéfalo) –, bem como feixes descendentes (rede multissináptica).
Sistema multissináptico
Vias ascendentes projeta-se, através do diencéfalo, sobre o córtex cerebral, predominantemente dos núcleos talâmicos inespecíficos (feixe retículo-talâmicos e tálamo corticais).
Descendentes influenciam os sistemas sensitivo-motores da medula espinhal.
FUNÇÕES DO SRAA: 
- Controle do sistema endócrino (direta e indiretamente através dos núcleos hipotalâmicos na síntese e liberação de fatores liberadores ou inibidores = controlando a atividade da hipófise).
- Filtra os estímulos sensoriais antes que os mesmos sejam percebidos pelos núcleos diencefálicos e córtex cerebral.
- Controle do ciclo sono-vigília (múltiplas vias aferentes e eferentes).
- Percepção da dor.
- Manutenção da vigília (neurônios na junção mesencéfalo-diencefálica).
- Controle da atividade da musculatura estriada (retículo-espinhal).
- Controle do SNA (PA, centro respiratório).
- Recebe continuamente informações sensoriais e repassa a diferentes áreas do SNC.
CONSCIÊNCIA
SRAA x diencéfalo x córtex
- A consciência é dependente da integridade funcional do córtex cerebral e de suas conexões subcorticais.
- Os sistemas aminérgicos se projetam para o hipotálamo anterior inibindo as células gabaérgicas do
núcleo pré-óptico ventro-lateral do hipotálamo anterior (VLPO).
ALTERAÇÕES DA CONCIÊNCIA
Fisiológicas – sono
Patológicas - Horizontal (conteúdo) Intoxicação, infecção (Delirium), Psiquiátrico, crises do lobo temporal.
 - Vertical (nível): , Convulsão, Coma.
SONO
Adenosina (produto do metabolismo energético neuronal) acumula-se na fenda sináptica durante a vigília (ação local inibitória).
O prosencéfalo basal (homeostato do sono) é a região onde ocorre o maior acúmulo local de adenosina durante a vigília.
Adenosina desempenha ação inibitória nas células colinérgicas (ação estimulante = vigília).
A redução da atividade colinérgica desinibe as células gabaérgicas do VLPO ao mesmo tempo que deixam de estimular o sistema hipocretinas, dando início ao sono NREM. 
PATOLÓGICAS
Alterações patológicas da consciência (p.e. coma) seriam causadas pela interrupção dos estímulos excitatórios ao córtex cerebral.
Para haver coma é necessária lesão em pelo menos uma das três seguintes estruturas do SNC:
Substância reticular no tronco cerebral (infratentoriais); tálamo bilateralmente (supratentoriais) e córtex bilateral (supratentoriais).
Origens metabólicas: hipo e hiperglicemia, hipóxia, hipo e hipercalcemia, sepse, hipo e hipertermia. 
Origens por trauma, inflamatórias (meningoencefálicas), consumo de drogas, álcool, sedativos hipnóticos, intoxicação por CO² ...
3 - Caracterizar os métodos de avaliação da consciência.
A escala de coma de Glasgow é uma escala padronizada utilizada para avaliação do nível de consciência em pacientes vítimas de traumatismo craniencefálico.
Escala de coma de Jouvet utiliza como parâmetros os dados relacionados com perceptividade E REATIVIDADE.
É ideal para acompanhamento de pacientes em recuperação funcional após quadros neurológicos graves.
4 - Descrever os receptores, a detecção e as vias responsáveis pela percepção tátil.
O tato abrange três tipos de sensibilidade: mecânica, térmica e dolorosa. 
O processo do tato – O tato é sentido pelo qual nós percebemos o toque. Na verdade, o tato é apenas uma das modalidades sensoriais associadas ao sistema sensorial somático que, além da percepção do contato, também é responsável pela percepção de temperatura, dor e do reconhecimento proprioceptivo das diferentes partes do corpo.
A maioria dos receptores do sistema sensorial somático é constituída de mecanorreceptores, sendo os presentes na pele os responsáveis pela percepção do contato. No centro destes receptores, existem axônios não mielinizados, que apresentam canais iônicos mecanossensíveis.Existem tipos de macanorreceptores descritos na pele, com diferentes velocidades de adaptação e tamanhos de campos receptivos, de modo que a estimulação diferencial destes receptores seja traduzida na forma de sensações táteis diferentes. 
Os principais tipos de corpúsculos: 
- Corpúsculos táteis (corpúsculos de Meissner) são receptores sensíveis ao toque localizados nas papilas dérmicas da pele sem pelos. São abundantes nas extremidades dos dedos, mãos, pálpebras, ápice da língua, lábios, papilas mamárias, plantas dos pés, clitóris e glande do pênis.
- Corpúsculos de Pacini (pressão); O corpúsculo lamelado (de Pacin) é uma grande estrutura oval composta por uma cápsula de tecido conectivo multilaminado que envolve um dendrito. Assim como os corpúsculos táteis, os corpúsculos lamelados se adaptam rapidamente. São bem distribuídos no corpo: na derme e tela subcutânea; nos tecidos subjacentes às túnicas mucosas e serosas; em torno das articulações, dos tendões e dos músculos; no periósteo; e nas glândulas mamárias, nos órgãos genitais externos e em determinadas vísceras, como o pâncreas e a bexiga urinária.
- Ruffini: são receptores encapsulados, alongados, localizados profundamente na derme, e em ligamentos e tendões. Presentes nas mãos e abundantes nas plantas dos pés, são mais sensíveis ao estiramento que ocorre quando os dedos ou os membros são movidos.
- Krause (frio); Os receptores de frio, localizados na epiderme, são estimulados em temperaturas entre 10 e 40 °C. Os receptores de calor estão localizados na derme e são mais ativos em temperaturas entre 32 e 48 °C. Os receptores para calor e frio se adaptam rapidamente no início do estímulo, mas continuam a gerar impulsos nervosos mais lentamente durante uma estimulação prolongada. Temperaturas abaixo de 10 °C e acima de 48 °C estimulam principalmente os nociceptores, e não os termorreceptores, produzindo sensações dolorosas.
- Discos de Merkel: receptores táteis de adaptação lenta. Esses receptores táteis são abundantes nas extremidades dos dedos, mãos, lábios e órgãos genitais externos. (encarregados de manter a pressão da pele constante); 
- Terminações nervosas livres (dor): Os receptores sensoriais para dor, chamados nociceptores, são terminações nervosas livres. Os nociceptores são encontrados em praticamente todos os tecidos do corpo, exceto no encéfalo, e respondem a vários tipos de estímulos.
- Os dermátomos são determinadas áreas do corpo inervados por um nervo que sai da coluna vertebral.
Via da sensibilidade epicrítica FASCÍCULO GRÁCIL E CUNEIFORME – tato que permite a diferenciação exata entre tato e pressão, além da sensibilidade profunda consciente. TATO FINO. VIA LEMNISCO MEDIAL.
1ª neurônio: NÃO CRUZADO – a partir de receptores (exteroceptores) da pele e das túnicas mucosas, do periósteo, das articulações e dos fusos neuromusculares, dentre outros, através dos fascículos grácil e cuneiforme do funículo posterior, para os núcleos grácil e cuneiforme do bulbo; colaterais descendentes adicionais.
2ª neurônio: CRUZADO – a partir do bulbo (núcleo cuneiforme e núcleo grácil) para o tálamo (lemnisco medial, corpos celulares de neurônios nos núcleos cuneiforme e grácil).
3ª neurônio: NÃO CRUZADO – a partir do tálamo (núcleo ventral posterolateral) para o córtex cerebral, particularmente para o giro pós-central (fibras talamocorticais, corpos celulares de neurônios no tálamo).
Via da sensibilidade protopática ESPINOTALAMICO ANTERIOR (TATO GROSSO). – via da dor, envolvida a sensação de dores, ESPINOTALÂMICO LATERAL - temperatura e de sensações gerais de pressão. 
1ª neurônio: NÃO CRUZADO - a partir de receptores (exteroceptores) da pele e das túnicas mucosas, etc; para os cornos posteriores, lâminas I a IV (corpos celulares de neurônios nos gânglios espinais).
2ª neurônio: CRUZADO E ALGUMAS FIBRAS EVENTUALMENTE NÃO CRUZAM) – a partir dos cornos posteriores para o tálamo, na formação reticular e para o teto mesencefálico (tratos espinotalâmicos anterior e lateral, trato espinorreticular, trato espinotetal; corpos celulares de neurônios nas colunas posteriores.
3ª neurônio: NÃO CRUZADO – a partir do tálamo, entre outros, para o córtex cerebral, em particular para o giro pós-central (fibras talamocorticais, corpos celulares de neurônios do tálamo).
Vias da sensibilidade epicrítica (em azul) e protopática (em verde) TRATOS AFERENTES.
Vias da sensibilidade epicrítica (em azul) e protopática (em verde) TRATOS AFERENTES.
5 - Diferenciar as diversas percepções táteis: temperatura, pressão, dor, tato fino e tato grosseiro, propriocepção.
O sistema sensorial somático geral (ou sistema somatossensorial) é o responsável pelas experiências sensoriais detectadas nos órgãos sensoriais que não pertencem ao sentido especial.
- Receptores sensoriais dos sentidos especiais (visão, audição, gustação, olfação e equilíbrio) estão restritos à cabeça. 
- Receptores do sentido somático geral estão espalhados pelo corpo todo. Estes evocam as seguintes modalidades perceptuais: 
Tato: Embora o tato, a pressão e a vibração sejam tratados como sendo sensações diferentes, é evocado por mecanorreceptores da pele;
TATO FINO - Sistema epicrítico veiculam tato e informações proprioceptivas. Grande capacidade discriminativa e alta precisão sensorial. 
TATO GROSSO - Sistema protopático veiculam informações térmicas, dor e informações táteis relativas a sensibilidade mais grosseira. Sistema pouco discriminativo e menos preciso. 
Dor: sensação desconfortável evocada por receptores que detectam estímulos mecânicos e químicos muito intensos (ameaçam uma lesão) ou decorrentes de lesões teciduais em curso. 
FIBRAS A –GAMA – SÃO MIELINIZADAS E SÃO PARA DOR AGUDA
FIBRAS C – NÃO SÃO MIELINIZADAS E SÃO PARA DOR CRÔNICA. 
- AMBOS SÃO DE TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES.
Sensação térmica: receptores térmicos para o calor e frio. 
TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES. HÁ RECEPTORES PARA FRIO E CALOR.
Pressão: Receptores localizados na derme.
Propriocepção: evocados pela estimulação de receptores mecânicos presentes nos músculos, tendões e articulações;
6 - Diferenciar urgência e emergência.
TUTORIA 5
1 - Reconhecer as funções das áreas encefálicas relacionadas ao comportamento emocional e funções vegetativas e superiores do SNC.
Tronco cerebral, área pré-frontal, sistema límbico, tálamo e hipotálamo são as áreas encefálicas relacionadas com as emoções e suas expressões. A maioria dessas áreas está relacionada também com a motivação, em especial com os processos motivacionais primários, ou seja, aqueles estados de necessidade ou de desejo essenciais à sobrevivência da espécie ou do indivíduo, tais como fome, sede e sexo. Por outro lado, as áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o sistema nervoso autônomo.
TRONCO CEREBRAL – função: expressão dos estados emocionais, pois dele partem, junto com os nervos cranianos, sinais para o sistema nervoso somático e SNA, desencadeando expressões fisionômicas, lacrimejamento, salivação, sudorese, tremores de extremidades, alterações viscerais nos órgãos torácicos e abdominais como taquicardia, taquipnéia, diarréia ou constipação, e etc.. Essas ações são reguladas pela formação reticular, pelo sistema límbico e pela área pré-frontal, com as quais o tronco cerebral tem conexão.
HIPOTÁLAMO - relacionado com respostas emocionais complexas, como a raiva, o medo, a serenidade e o prazer. O hipotálamo posterior, quando liberado das influências inibitórias do sistema límbico e do hipotálamo anterior, provoca uma expressão de raiva e agressividade extremas. O hipotálamo recebe ordens do sistema límbico para efetuar a expressão das emoções.
A ÁREA PRÉ-FRONTAL - corresponde à parte não motora do lobo frontal. Está relacionada com o comportamento social e emocional do homem e com alguns aspectos da concentração (atenção) e da ordenação de pensamentos.
Outras estruturas: 
Amigdala - é o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando oanimal em situação de alerta, aprontando-se para se evadir ou lutar. Em humanos, a lesão da amígdala faz com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como à visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo, mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão.
Hipocampo - Envolvido com os fenômenos de memória (de longa duração). Quando ambos os hipocampos (D e E) são destruídos, nada mais é gravado na memória. O indivíduo esquece, rapidamente, a mensagem recém recebida. Um hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção a ser tomada para garantir sua preservação.
Tálamo - Lesões ou estimulações do núcleo dorso-medial e dos núcleos anteriores do tálamo estão correlacionadas com alterações da reatividade emocional, no homem. É mais importante pelas suas conexões. O núcleo dorso-medial conecta com as estruturas corticais da área pré-frontal e com o hipotálamo. Os núcleos anteriores ligam-se aos corpos mamilares no hipotálamo e ao giro cingulado, fazendo, assim, parte do circuito de Papez.
Giro Cingulado - A sua porção frontal coordena odores, e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores. Esta região participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do comportamento agressivo. A ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais selvagens, domestica-os totalmente. A simples secção de um feixe desse giro (cingulotomia), interrompendo a comunicação neural do circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-existentes.
2 - Descrever o sistema límbico, suas estruturas e suas funções. 
O Sistema Límbico compreende todas as estruturas cerebrais que estejam relacionadas, principalmente, com comportamentos emocionais e sexuais, aprendizagem, memória, motivação, mas também com algumas respostas homeostáticas. A sua principal função é a integração de informações sensitivo-sensoriais com o estado psíquico interno, onde é atribuído um conteúdo afetivo a esses estímulos, a informação é registrada e relacionada com as memórias pré-existentes, o que leva à produção de uma resposta emocional adequada, consciente e/ou vegetativa. 
Os componentes cerebrais associados ao Sistema Límbico são o Tronco Cerebral, o Hipotálamo, o Tálamo, a Área Pré-frontal. DESCRITOS NA QUESTÃO 1.
3 – Descrever as integrações do sistema límbico com os sistemas endócrino e neurovegetativo.
O sistema nervoso neurovegetativo engloba todos os nervos e centros nervosos que controlam a vida vegetativa, ou seja, as vísceras e as glândulas. Esse sistema participa no controle do organismo e se faz presente em todas e quaisquer funções, proporcionando reações adequadas e coordenadas com o sistema límbico (SL), através de suas intímas conexões com os centros corticais, com os núcleos da base, com o diencéfalo e com a formação reticular. Estas conexões são recíprocas, agindo os centros neurovegetativos sobre os centros da vida e vice-versa, atuando reciprocamente. Há também interconexões anatômicas e funcionais do sistema nervoso neurovegetativo com os núcleos do hipotálamo, que controlam o sistema endócrino e com o sistema imunitário.
A localização de centros neurovegetativos no córtex cerebral:
- Centros vasomotores – Na área motora, na porção posterior do 2ª e 3ª giros frontais (Área Pré-Motora) no Lobo Parietal. Aumento da pressão arterial quando estimuladas. 
- Centros cardíacos – A estimulação do córtex frontal e parietal provoca desaceleração da frequência cardíaca. 
- Centros respiratórios – Estão situados sobre a convexidade do lobo frontal.
- Centros pupilares – A estimulação da 2ª e 3ª circunvolução frontal provoca midríase.
- Centros salivares – Observados na porção posterior da 2ª e 3ª circunvolução frontal.
- Centros sudorais – Situados na base do lobo frontal anteriores ao quiasma óptico com sudorese generalizada, sem elevação térmica.
As funções vegetativas são: 
- Regulação cardiovascular: A estimulação das regiões posterior e lateral do hipotálamo aumenta a PA e FC, já a estimulação da área pré-óptica causa diminuição da PA e da FC. Os sinais do hipotálamo são transmitidos ao centro cardiovascular da formação reticular no tronco encefálico.
- Regulação da temperatura corpórea: Especialmente a área pré-óptica é responsável por detectar a temperatura do sangue que flui por este local. Se o sangue apresentar-se com temperatura aumentada irá aumentar a atividade dos neurônios sensíveis à temperatura, o que gera estímulo para a queda da temperatura como vasodilatação e sudorese. Se o sangue apresentar temperatura baixa, irá diminuir a atividade desses neurônios que gerará mecanismos para aumentar a T, como vasoconstrição.
- Regulação da água corporal: O hipotálamo cria a sensação de sede ou então faz a excreção de água na urina. A sensação de sede é provocada pelo excesso de eletrólitos no sangue que chega ao centro da sede na região lateral do hipotálamo. Já a excreção de água é realizada pelo núcleo supraóptico, que quando os líquidos corporais estão muito concentrados os neurônios irão enviar através de fibras pelo infundíbulo do hipotálamo à hipófise posterior. Essa, então secreta ADH, que lançado na corrente sanguínea irá agir nos tubos coletores dos rins, aumentando a absorção de água, mas deixa passar os eletrólitos, retornando a concentração adequada de água e eletrólitos no sangue.
- Regulação da contralidade uterina e da ejeção do leite pelas mamas: Regulada pelos núcleos paraventriculares. Ao final da gravidez esses núcleos são estimulados e há secreção de ocitocina que realiza a contração uterina. Durante a amamentação o mamilo envia sinais de reflexo a esses núcleos paraventriculares e agora a ocitona irá agir nas células mioepiteliais das glândulas mamarias.
- Regulaçao gastrointestinal e da alimentação: A área relacionada à fome é a área hipotalâmica lateral. Já o centro da saciedade está núcleo centromedial. Já os corpos mamilares estão voltados aos reflexos da alimentação, como lamber os lábios e deglutir. 
Controle hipotalâmico da secreção de hormônios endócrinos pela hipófise anterior: a hipófise anterior recebe seu suprimento sanguíneo que passa 1ª pelo hipotálamo. Assim, vários hormônios inibitórios ou de liberação são secretados nesse sangue pelos diversos núcleos hipotalâmicos. Tais hormônios irão agir nas células glandulares para controlar a liberação de hormônios da hipófise anterior.
4 - Caracterizar os mecanismos relacionados à manutenção da atenção.
Atenção voluntária (endógena) envolve a seleção consciente do indivíduo numa determinada ação, estando por isso, diretamente relacionada com as expectativas e motivações. 
Atenção involuntária (exógena) diz respeito a que é despertado devido às características peculiares de determinados estímulos, ou seja, acontecem quando ocorrem eventos inesperados no ambiente onde o indivíduo encontra-se inserido. 
O Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA), é a estrutura da formação reticular que, presente na parte mais cranial da mesma, principalmente no mesencéfalo, é responsável pela ativação cortical e consequente estado de vigília. Sinais sensitivos externos (como um som de forte intensidade), ao chegar ao córtex, descem à formação reticular e sobem, fazendo conexão com centros talâmicos, até chegar novamente ao córtex, trazendo-nos ao estado vigil, se estivermos dormindo, ou ao estado de atenção (córtex pré-frontal) se acordados. Esse efeito sempre é reforçado pela parte posterior do hipotálamo, que também se relaciona com a vigília. Além disso, o próprio córtex pode estimular o SARA, mantendo-se ativado (acordado), utilizando para isso o poder da vontade, de centro físico inexistente ou ainda desconhecido. Certas drogas ativadoras corticais também agem nesse mecanismo para manter o córtex “ligado”.
A atenção é uma função crucial que permite a interação eficaz do indivíduo com o seu ambiente, além de subsidiar a organização dos processos mentais. Coma atenção, nós podemos selecionar qual estímulo será analisado em detalhes e qual será levado em consideração para guiar nosso comportamento.
5 - Descrever os mecanismos fisiológicos de memória de curto e longo prazo.
Memória é o processo pelo qual a informação adquirida por meio do aprendizado é armazenada e recuperada. Para que uma experiência se torne parte da memória, deve produzir alterações estruturais e funcionais no encéfalo. As partes do encéfalo conhecidas pelo envolvimento com a memória incluem as áreas de associação dos lobos frontal, parietal, occipital e temporal, partes do sistema límbico e o diencéfalo. Memórias para habilidades motoras, como sacar uma bola de tênis, são armazenadas nos núcleos da base e no cerebelo, assim como no córtex cerebral.
Uma das teorias que explica a memória de curto prazo é a da facilitação e inibição sináptica. As vias facilitadas são chamadas de traços de memória, no qual, uma vez estabelecidos, podem ser seletivamente ativados por processo mentais para reproduzir a memoria. Sendo que a memória pode ser positiva ou negativa.
Positiva gera sensibilização da memória, uma vez que possui informações com consequências relevantes. 
Negativa está correlacionada com a inibição da via sináptica e o efeito resultante é a habituação, pois por recebermos muitas informações sensórias, o cérebro deve ser capaz de ignorar informações sem consequências. Então, a memoria em curto prazo é ilustrada pela memória dos 7 – 10 dígitos e dura somente enquanto a pessoa continua a pensar, uma vez que os neurotransmissores liberados na sinapse acarretam inibição ou facilitação que duram apenas alguns segundos.
Habituação caracterizada pelo fechamento progressivo de canais de cálcio e por isso perda progressiva da intensidade, pois se sabe que a entrada de cálcio é o estímulo principal para a liberação do neurotransmissor. Portanto, com o fechamento desses canais não existirá estímulo para a liberação de neurotransmissores.
Memória em longo prazo – caracterizada por alterações estruturais reais, em vez de somente química na sinapse. As mudanças estruturais durante o desenvolvimento dos traços de memória em longo prazo são as seguintes: aumento dos locais onde as vesículas liberam a substância neurotransmissora; aumento do numero de vesículas transmissoras; aumento do numero de terminais pré-sinápticos; e mudanças nas estruturas das espinhas dendríticas que permitem a transmissão de sinais mais fortes. Vale ressaltar que a consolidação acontece com a repetição aumentada das informações, essa por sua vez, promove mudanças químicas, físicas e anatômicas. 
A Memória de Curto Prazo recebe as informações já codificadas pelos mecanismos de reconhecimento de padrões da Memória Sensorial-Motora e retém estas informações por alguns segundos, talvez alguns minutos, para que estas sejam utilizadas, descartadas ou mesmo organizadas para serem armazenadas. A Memória de Longo Prazo recebe as informações da Memória de Curto Prazo e as armazena. Esta possui capacidade ilimitada de armazenamento e, as informações ficam nela armazenadas por tempo também ilimitado.
A memória de trabalho, também chamada de memória operacional, é um tipo de memória de curto prazo que cuida do armazenamento e da manipulação temporária da informação. 
6 - Reconhecer as diferentes formas de classificação de memória, quanto a tempo, função e local.
- Sistemas de Memória se dá em Memória de Trabalho: Pode ser considerada como um armazenamento temporário de informações recentes, mantendo-as durante alguns segundos ou poucos minutos, enquanto estão sendo processadas. (Não produz arquivos). É considerada por muitos autores como um "gerenciador central", responsável por manter a informação online durante a execução de uma determinada tarefa para, então, posteriormente ser registrada (ou aprendida) conforme a necessidade. 
- Memória Declarativa Episódica: são as memórias relacionadas aos eventos, os quais podemos ter participado ou simplesmente assistido. Estas memórias são autobiográficas, são memórias referentes aos nossos conhecimentos gerais.
- Memória Não Declarativa Condicionamento simples e aprendizagem associativa simples: são as memórias adquiridas através da associação de um estímulo com outro estímulo ou com uma resposta (Pavlov); são memórias relacionadas ao "saber como", isto é , para que possamos demonstrar que as temos, precisamos fazer (ex: andar de bicicleta, nadar, saltar, etc.). 
- Pré -ativação (Priming): são as memórias evocadas através de dicas (fragmentos). 
7 - Reconhecer os estágios do processo de aprendizagem.
Um dos grandes mestres da educação, Vygotsky , desenvolveu um estudo sobre o processo de aprendizagem que até hoje é um dos mais aceitos no meio acadêmico. Segundo ele, o processo de aprendizagem acontece em níveis, que são respectivamente: 
1. Nível de Desenvolvimento Real: “Caracteriza o desenvolvimento de forma retrospectiva, ou seja, refere-se a etapas já alcançadas, já conquistadas pela criança ”. 
2. Nível de Desenvolvimento Potencial: “Isto é, sua habilidade capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais capazes”. 
3. Zona de Desenvolvimento Proximal: “Refere-se, assim , ao caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e que se tornarão funções consolidadas, estabelecidas no nível de desenvolvimento real”.
Estágios de Competência no Processo Aprendizagem.
- Incompetência Inconsciente (II): o indivíduo ainda não sabe que não sabe, vive uma “alegria ignorante” por não saber. 
- Incompetência Consciente (IC): o indivíduo toma conhecimento de que não sabe; o que cria nele a curiosidade por aprender, por saber como realizar determinada atividade. 
- Competência Consciente (CC): o indivíduo sabe que sabe conscientemente. 
- Competência Inconsciente (CI): o indivíduo nem sabe mais que sabe, a atividade tornou-se inconsciente. EX: andar.
8 - Relacionar atenção, memória e aprendizagem.
Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem: só se "grava" aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. “Só lembramos aquilo que gravamos aquilo que foi aprendido”. (Izquierdo, 2002).
Os resultados revelaram que os sujeitos com dificuldade no processo de memória apresentavam dificuldades em aprender. 
Crianças com dificuldades de aprendizagem têm dificuldade em lembrar, colocar em ordem e processar informações e estratégias de aprendizagem. 
Os fatores Moduladores da Memória são: Atenção que exerce um papel fundamental sobre a memória. Uma criança desatenta poderá apresentar dificuldades na coleta, análise e classificação das informações novas, ou seja, dificuldades na aquisição ou aprendizado das informações (Rotta e col. , 2006). 
A motivação, um indivíduo com baixo nível de motivação apresentará dificuldades com relação à atenção. Consequentemente haverá um impacto sobre o processo de aquisição de novas informações, ou seja, não haverá a formação de registros (memórias), exercendo uma influência importante sobre o aprendizado (Rotta e col, 2006). 
E o nível de ansiedade exerce um impacto importante sobre o SNC. A ansiedade em níveis muito elevados tem um efeito inibitório, fazendo com que caia de forma significativa o desempenho do cérebro em adquirir e, principalmente, consolidar novas memórias (Rotta e col. , 2006).
9 - Relacionar a privação do sono com memória e aprendizagem.
O aprendizado se caracteriza pela capacidade de adquirir novas informações. Sendo o aprendizado uma variante da memória de longo prazo. A consolidação das memórias ocorre durante o estado de sono REM quando o aprendizado é consolidado. O aprendizado consiste em três processos; adaptação, assimilação e acomodação.
Sono é um estado de inconsciência do qual a pessoa pode ser despertada por estímulo sensorial ou qualquer outro. Há dois tipos de sono que se alternam ondas lentas, também chamadas denão REM (NREM), e as ondas rápidas dos olhos (REM).
As cinco principais características da Síndrome de Kluver Buci são:
Domesticação completa, perversão do apetite, agnosia visual, tendência à oralidade (levar tudo à boca) e hipersexualidade não discriminativa.
Esse padrão de reação - reações de defesa - se relaciona a que região do Sistema Límbico?
R: Hipotálamo e Amigdalas.
Amígdalas - disparador do medo e ansiedade
Zona Medial Hipotalâmico - Hipotálamo de Defesa
Núcleo Pré Mamilar Dorsal
Núcleo Hipotalâmico Anterior
Núcleo Ventromedial do Hipotálamo

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