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RESUMO OMF2 FISIO CARDIACA

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Maria Luíza C. Wanderley de L. Soares
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FISIOLOGIA CARDÍACA
INTRODUÇÃO AO ELETROCARDIOGRAMA
- onda P: causada pela disseminação da despolarização pelos átrios, e isso é seguido pela contração atrial, que causa aumento discreto na curva de pressão imediatamente após a onda P
- ondas QRS: surgem como resultado da despolarização elétrica dos ventrículos, o que inicia a contração ventricular e faz com que a pressão ventricular comece a aumentar, como ilustrado n figura. Portanto, o complexo QRS se inicia pouco antes do início da sístole ventricular.
- onda T: representa o estágio de repolarização dos ventrículos quando suas fibras musculares começam a relaxar, a onda T surge pouco antes do final da contração ventricular. 
FUNÇÃO DOS ATRIOS COMO BOMBAS DE ESCOVA
O sangue flui dos átrios para os ventrículos (80%) mesmo antes da contração atrial. A contração faz com que os outros 20% entrem nos ventrículos; desse modo os átrios aumentam em até 20% a eficácia do bombeamento ventricular.
FUNÇÃO DOS VENTRÍCULOS COMO BOMBAS
- ENCHIMENTO DOS VENTRÍCULOS:
O período de enchimento rápido ocorre aproximadamente durante o primeiro terço da diástole.
Durante o segundo terço, quantidade pequena de sangue nas condições normais flui para os ventrículos, sendo esse o sangue que continua a chegar aos átrios, vindo das veias, fluindo diretamente para os ventrículos.
No último terço da diástole, os átrios se contraem, dando impulso adicional ao fluxo sanguíneo para os ventrículos; isso corresponde por aproximadamente 20% do enchimento ventricular total em cada ciclo cardíaco.
- ESVAZIAMENTO VENTRICULAR DURANTE A SÍSTOLE
Durante esse período, os ventrículos estão se contraindo mas não ocorre esvaziamento. Esse é o chamado período de contração isovolumétrica, significando que a tensão aumenta no músculo, mas ocorre pouco ou nenhum encurtamento das fibras musculares.
A pressão ventricular força a abertura das valvas. Imediatamente, o sangue começa a ser lançado para diante, para as artérias, e cerca d 70% do seu esvaziamento ocorre durante o primeiro terço do período de ejeção, os outros 30% nos outros dois terços do período. Assim, o primeiro terço é o chamado período de ejeção rápida e os outros dois de ejeção lenta.
No período de relaxamento isovolumétrico as pressões intraventriculares diminuem rapidamente de volta aos valores diastólicos. É então que as valvas A-V se abrem para iniciar novo ciclo de bombeamento ventricular.
REGULAÇÃO DO BOMBEAMENTO CARDÍACO
MECANISMO DE FRANK-STARLING
A capacidade intrínseca do coração de se adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo. 
Quando a quantidade adicional de sangue chega aos ventrículos, o musculo cardíaco é mais distendido. Isso por sua vez leva o músculo a se contrair com força aumentada pois os filamentos de miosina e actina ficam dispostos em ponto mais próximo do grau ideal de superposição para a geração de força. Assim, o ventrículo em função de seu enchimento otimizado automaticamente bombeia mais sangue para as artérias.
EXITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO
 
NODO SINUSAL
Tem a frequência mais elevada que qualquer outra região do coração, seu ritmo será o de todo o coração (marcapasso natural)
Por que o vazamento de íons Na e Ca não fazem com que as fibras permaneçam continuamente despolarizadas?
- os canais de Na e Ca se inativam logo após a sua abertura (nesse mesmo tempo grande número de canais de K se abrem): o influxo de Na e Ca cessa enquanto grandes quantidades de K vão para o exterior da célula. 
- os canais de K permanecem abertos por por alguns décimos de segundos, permitindo a saída de cargas positivas (excesso de negatividade dentro da fibra). Termina o potencial de ação. 
VIAS INTERNODAIS
A presença de fibras condutoras especializadas é a causa da maior velocidade de condução nessas faixas.
Vias intermodais anterior, média e posterior: ajudam na dissipação do impulso.
Banda interatrial: fibra de condução especializada, ajuda na dissipação do impulso.
NODO ATRIOVENTRICULAR
Atrasa o impulso por 0,09s para chegar aos ventrículos.
O atraso é importante porque permite que os átrios forcem a passagem de sangue para os ventrículos antes da contração ventricular.
Acontece porque as fibras desse nodo têm o diâmetro muito pequeno e transmitem o impulso lentamente.
FEIXE DE HIS
Apresenta ramos direito e esquerdo, que por sua vez apesentam ramos endocárdicos.
Consegue manter a frequência cardíaca em caso de falha nos nodos mas é muito baixo para manter o ritmo. 
Não possui barreira fibrosa, o que permite que o potencial vá do átrio para o ventrículo mas mesmo assim não seja retrogrado. 
FIBRAS DE PURKINJE
Conduz o impulso do nodo A-V para os ventrículos.
São fibras muito calibrosas, conduzem potencial de ação com velocidade muito maior que as outras fibras (permite a transmissão quase que instantânea do impulso, alta permeabilidade das junções comunicantes – íons são facilmente transmitidos de uma célula para outra).
REGULAÇÃO PELO SNA
PARASSIMPÁTICO (NERVOS VAGOS)
Acetilcolina age mais no nodo sinusal que no AV
A liberação de acetilcolina aumenta muito a permeabilidade da membrana a K, isso faz com que saiam mais K e reduza muito o potencial de repouso.
SIMPÁTICO 
Libera norepinefrina (aumenta a permeabilidade de Ca e Na)
O aumento da permeabilidade de Na e Ca torna mais fácil para o potencial de ação excitar as porções sucessivas do sistema condutor. Esse aumento é no mínimo parcialmente responsável pelo aumento da força de contração do miocárdio.
ELETROCARDIOGRAMA
- Onda P: produzida pelos potenciais elétricos gerados quando os átrios se despolarizam, antes de começar a contração atrial. 
- Complexo QRS: produzido pelos potenciais gerados quando os ventrículos se despolarizam, antes da contração.
- Onda T: produzida pelos potenciais gerados enquanto os ventrículos se reestabelecem do estado de despolarização. Onda de repolarização.
ONDAS DE DESPOLARIZAÇÃO X ONDAS DE REPOLARIZAÇÃO
Durante a despolarização, o potencial negativo normal presente no interior da fibra se inverte.
A onda completa é uma onda de despolarização ao longo da membrana da fibra muscular.
RELAÇÃO ENTRE O POTENCIAL DE AÇÃO MONIFÁSICO DO MÚSCULO VENTRICULAR E AS ONDAS QRS E T DO ELETROCARDIOGRAMA PADRÃO: 
Nenhum potencial é registrado no eletrocardiograma quando o musculo ventricular está completamente polarizado ou completamente despolarizado.
VOLTAGENS NORMAIS DO ELETRO
INTERVALO P-Q OU P-R
O tempo decorrido entre o início da onda P e o início do complexo QRS, corresponde ao intervalo entre o começo da estimulação elétrica dos átrios e o começo da estimulação dos ventrículos (P-Q, aproximadamente 0,16s).
INTERVALO Q-T
A contração do ventrículo dura aproximadamente do início da onda Q (ou R) até o final da T; tem normalmente cerca de 0,35s.
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA DOS BATIMENTOS CARDÍACOS POR MEIO DO ECG
A frequência cardíaca corresponde ao inverso do intervalo de tempo entre dois batimentos cardíacos sucessivos.
Se, de acordo com as linhas de calibração do tempo, o intervalo entre dois batimentos for de 1s, a FC será de 60bpm. 
O intervalo de tempo normal entre dois complexos QRS sucessivos é de cerca de 0,83s, o que corresponde a uma frequência cardíaca de 72bpm.
DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS
- Derivação 1: o terminal negativo é conectado é conectado ao braço direito e o terminal positivo ao braço esquerdo.
- Triângulo de Einthoven: está sobreposto ao tórax, voltagem 0 no ECG
- Derivação 2: o terminal negativo é conectado ao braço direito e o terminal positivo, a perna esquerda.
- Derivação 3: o terminal negativo é conectado ao braço esquerdo e o terminal positivo a perna esquerda.

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