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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITABUNA - BA JOANA, brasileira, solteira, técnica de contabilidade, inscrita no RG sob nº, expedido pelo, inscrita no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliada no endereço, no município de Itabuna - BA, por seu advogado a que esta subscreve, com endereço profissional , nos moldes do art. 105, do CPC, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações ou para fins do art. 77, V do CPC, vem a este juízo, propor a presente ANULAÇÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA pelo procedimento comum, em face de JOAQUIM, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no RG sob nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado no endereço, no município de, pelos fatos e fundamentos jurídicos que serão expostos a seguir: DA GRATUITADE DE JUSTIÇA Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86 c/c art. 1072 do CPC, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO Vem informar que o autor tem interesse na realização da audiência de conciliação, conforme o art. 319, VII do CPC. DOS FATOS A autora, em meados de dezembro do ano de 2016, recebeu a triste notícia de que seu filho, Marcos, fora preso ilegalmente. Após o ocorrido, a autora procurou um advogado criminalista que cobrou o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais). Chegando em casa, arrasada, comentou com seu vizinho, ora réu, que não possuía a quantia necessária para pagar os honorários. O réu, no intuito de auferir vantagem financeira ilicitamente, se propôs a comprar o carro da autora pelo valor solicitado pelo advogado, valor esse abaixo do valor de mercado, proposta essa aceita pela autora. No dia seguinte, a autora descobriu que a avó de Marcos já havia contratado outro advogado criminalista e que ele tinha conseguido a liberdade de seu filho. Diante do exposto, a autora solicitou ao réu que desfizesse o negócio jurídico, porém esse não aceitou. DA TEMPESTIVIDADE O contrato de compra e venda realizado entre a autora e o réu foi realizado em 20/12/2016. Segundo o art. 178, II do CC, o prazo decadencial para pleitear a anulação do negócio jurídico é de 4 (quatro) anos, contados a partir do dia em que se realizou o negócio jurídico. Art. 178 – É de 4 (quatro) anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico. DO DIREITO A lesão é um vício de consentimento, onde alguém obtém lucro manifestamente desproporcional ao valor real do objeto do negócio, aproveitando-se da inexperiência ou da premente necessidade do outro contratante. O réu, dolosamente, com o intuito de auferir vantagem ilícita, se ofereceu para adquirir o carro da autora com o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) abaixo do valor de mercado. Dolo é o nome dado a uma conduta intencional que objetiva causar dano ou resultado ilícito. Para a existência do dolo, é necessário haver tanto intenção da conduta realizada quanto o objetivo do resultado danoso. Diante do exposto, requer a anulação do negócio jurídico realizado entre as partes, conforme os arts. 157, §1º e 171 do CC. Art. 157 – Ocorre lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. §1º - Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que o negócio jurídico. Art. 171 – Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. DOS PEDIDOS Sendo assim, a AUTORA vem requerer ao D.Juízo: Que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça conforme a Lei 7.510/86 c/c art. 1072 do CPC; que seja designada audiência de conciliação ou mediação e a consequente citação do RÉU para comparecer em audiência de conciliação ou mediação, ficando ciente de que não havendo acordo, iniciará o prazo para contestar, na forma da lei; a procedência do presente pedido com a condenação do RÉU com a ANULAÇÃO NEGÓCIO JURÍDICO, conforme art. 157 do CC, eivado no vício de lesão; que seja emitido ofício ao Detran para que seja inicialmente informado a referida demanda e depois de sua procedência para a determinação de averbação do retorno da propriedade à AUTORA; a condenação do RÉU em custas processuais e honorários sucumbênciais . DAS PROVAS Protesta, ainda, a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC. DO VALOR DA CAUSA Atribui-se a presente o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Nestes Termos, Pede deferimento. Local, data. ADVOGADO OAB/xx n°
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