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Constitucional Seção 2

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Mm. Juízo da _ Vara Cível do Foro da Comarca de Fortaleza - Estado do 
Ceará. 
 
 
 
 
 
Magnólia, brasileira, cearense, estado civil, profissão, inscrita no CPF sob 
o nº............., endereço eletrônico............ residente e domiciliada em Imaginária na 
Rua........., CEP: ......... na cidade de Caicó – Ceará, vem por intermédio de seu 
advogado e Procurador conforme procuração em anexo (Doc.X), com endereço 
profissional na rua, bairro, nº, Cidade, CEP, vem, respeitosamente, perante a Vossa 
Excelência, com fulcro no art. 5º, inciso LXXII, alínea a, da Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988, e na Lei nº 9.507/97, impetrar o presente: 
 
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL REPRESSIVO 
Visando proteger direito líquido e certo seu, indicando como coator o 
Secretário de Saúde do Estado, órgão integrante da Administração Pública 
Direta do Estado, e vinculado à Secretaria de Saúde do Estado, sediada na rua, nº 
bairro, Imaginária, Ceará, pelos fundamentos de fato e de direito que se seguem: 
 
I. DA JUSTIÇA GRATÚITA 
 
Esclarece o Autor, que é pessoa pobre na acepção jurídica do termo 
(Doc.X), não estando em condições de demandar, sem sacrifício do sustento 
próprio e de seus familiares, motivo pelo qual, pede que a Justiça lhe conceda os 
benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos das Leis n.º. 5.584/70 e 1.060/50, 
tendo presunção de veracidade, não dependendo tais fatos de quaisquer provas 
conforme Art. 99, §3º e Art. 374, IV do Código de Processo Civil. 
 
Não obstante, O habeas data, por mandamento constitucional, 
caracteriza-se como ação gratuita, razão pela qual não há que se falar em 
recolhimento de custas processuais. 
II. DA TEMPESTIVIDADE 
 
A respeito do artigo 23 da Lei nº. 12.016/2009, que estipula o prazo de 120 
dias, contados da ciência do ato impugnado, para impetração do mandado, trata-
se, pois de ato omissivo do Secretário de Saúde do Estado, órgão integrante da 
Administração Pública Direta do Estado, e vinculado à Secretaria de Saúde do 
Estado em negar o fornecimento dos medicamentos necessários para o 
tratamento da doença da impetrante, esta que foi notificada formalmente da 
negativa de seu pedido no dia 15/10/2017, data em que tomou ciência da 
ilegalidade praticada. 
 
III. DOS FATOS 
 
Magnólia, ora Impetrante, foi diagnosticada com LUPUS, ocasião que 
necessita de cuidados médicos, bem como medicamentos necessários para sua 
sobrevivência. No entanto, por não possuir boas condições financeiras (recebe 
apenas um salário mínimo para seu sustento e de sua família) não goza dos 
benefícios de um plano de saúde pago. Logo, fica mercê da utilização do sistema 
de saúde pública, que muitas vezes deixa a desejar (como no presente caso). 
 
Devido a sua doença, lhe foi receitado o uso contínuo de um medicamento 
específico para esta. 
 
O medicamento receitado para o tratamento da jovem moça compõe a 
lista de remédios a serem gratuitamente fornecidos pelo Sistema Único de Saúde 
(SUS), também constando na relação de medicamentos excepcionais elaborada 
pelo próprio Estado do Ceará. 
 
Diante disso, a imperante procurou a central de distribuição estadual de 
medicamentos mais próxima da casa dela, no município de Caicó, para solicitar o 
medicamento. Entretanto, lá chegando, mais precisamente no dia 10/10/2017, foi 
informada de que o fornecimento de medicamentos de alto custo, mesmo 
aqueles constantes nas listas do SUS e do Governo Estadual, estava suspenso por 
tempo indeterminado por ordem da Secretaria Estadual de Saúde. 
 
Devido ao ocorrido foi enviado um requerimento formal à Secretaria de 
Saúde do Estado, solicitando a compra do medicamento e a disponibilização 
gratuita do mesmo à impetrante. 
 
 A Impetrante, no dia 11/10/2017, protocolou o requerimento junto à 
Secretaria de Saúde do Estado. No dia 15/10/2017 obteve a resposta formal da 
Secretaria, informando que a compra de todos os medicamentos estava suspensa 
por tempo indeterminado. 
 
IV. DA LIMINAR INAUDITA AUTERA PARTE 
 
Da narrativa dos fatos é possível visualizar que o ato coator da Autoridade 
Municipal causou risco à vida da impetrante, pois os medicamentos negados são 
fundamentais para o tratamento que necessita ser iniciado URGENTEMENTE. 
 
Logo, douto Julgador, estão presentes todos os requisitos para a 
concessão da medida liminar que ora se pleiteia, visto o iminente risco de dano 
irreparável à vida da impetrante, ou seja, o perigo na demora no uso dos 
medicamentos pode causar a morte da impetrante (periculum in mora) e há 
também a verossimilhança das alegações ou aparência do bom direito, pois estão 
colacionados aos autos o Laudo médico que confirma a enfermidade, o pedido 
do medicamento e a afirmativa de negativa do impetrado (fumus boni iuris). 
 
V. DO DIREITO 
V. a) Do Cabimento da Ação 
 
Conforme o Artigo 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do 
Brasil: 
“Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública 
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder 
Público.” 
 
 Nesse mesmo sentido é a redação do artigo 1º da Lei 12.016 de 2009 ao 
assegurar que: 
 “Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica 
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de 
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções 
que exerça.” 
 
Registre-se que, para fins de Mandado de Segurança, equiparam-se às 
autoridades os representantes ou órgãos de partidos políticos e os 
administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas 
jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, 
somente no que disser respeito a essas atribuições. 
 
V. b) Da Violação do Direito Liquido e Certo 
 
Existem direitos básicos e elementares garantidos em nossa Carta Magna, 
dos quais podemos extrair logo no inciso “III” do art. 1°., a proclamação de um 
dos seus fundamentos, que é a materialização da dignidade da pessoa humana, 
constituindo objetivos fundamentais desta nação, segundo o subsequente art. 3° 
da mesma Carta Política, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária 
(inciso “I”); bem como, dentre outros escopos, a erradicação da pobreza, da 
marginalização, a redução das desigualdades sociais (inciso “III”), com a 
promoção do bem de TODOS, sem quaisquer discriminação (inciso “IV”). 
 
A manutenção da saúde, e, consequentemente da própria vida, é direito 
líquido e certo do impetrante, portanto, natural, inalienável, irrenunciável e 
impostergável. 
 
Sua inviolabilidade está garantida pela nossa Constituição Federal, através 
do “caput” do art. 5°, 6° e 196, que pedimos “Vênia” para transcrever: 
 
“Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida ....” 
 
“Art. 6° - São direitos sociais a educação, a saúde...” 
 
“Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco 
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” 
 
Já o art. 198 da mesma Carta Federativa, introduziu o Sistema Único de 
Saúde – S.U.S., que estabelececompetência concorrente às três esferas do Poder 
Executivo para disporem sobre as ações e os serviços públicos de saúde em geral: 
 
“Art. 198 - As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, 
organizado com as seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo.” 
 
Ainda, A Lei n° 8.080/90, ao dispor sobre as condições para a promoção, 
proteção e recuperação da saúde, e sobre a organização e funcionamento dos 
serviços correspondentes, possui alguns pontos que merecem ser destacados 
dentro da temática de fornecimento de medicamentos que estamos abordando, 
vejamos: 
 
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS): 9 NPJ Direito 
Constitucional - Sua Petição - Seção 2 [...] III - a assistência às pessoas 
por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da 
saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das 
atividades preventivas. Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de 
atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): [...] d) de assistência 
terapêutica integral, inclusive farmacêutica; [...] VI - a formulação da 
política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros 
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; 
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados 
contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde 
(SUS) são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 
198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes 
princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis 
de assistência; 
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e 
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e 
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade 
do sistema; 
 III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua 
integridade física e moral; 
 
 
VI. DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, vem a Vossa Excelência, Respeitosamente Requerer: 
 
I) O deferimento da gratuidade judiciária da impetrante; 
 
II) a concessão da liminar em si para fornecer o remédio bem como a 
concessão da segurança com a entrega contínua do remédio; 
 
III) notificação do Secretário para prestar informações conforme o art. 7º, 
I da lei 12106; 
 
IV) notificação da secretaria de Saúde conforme o art. 7º II da lei 12106; 
 
V) intimação do procurador do Estado do CE conforme Art.9º da lei 12106; 
 
VI) Pedido de prioridade de julgamento conforme o art. 19 da Lei nº 
9.507/97; 
 
VII) Requer pela condenação do impetrado em custas e honorários 
advocatícios conforme estabelecido nos artigos 82 e 85, ambos do Código de 
Processo Civil; 
 
 
 
Dá-se a causa o valor de R$1.000,00 (mil reais) para fins de alçada 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Caicó, ...... de ................. de .................. 
 
P/p ........................................... 
 
OAB ...............................

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