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Modelo Petição Inicial- Obrigação de fazer

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AO JUIZO DA 4° VARA CÍVEL DA COMARCA DE PARNAÍBA-PI.
CONCEIÇÃO FARIAS, nascida em..., brasileira, viúva, aposentada, portadora do RG n°..., inscrita no CPF sob o n°, residente e domiciliada... vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER PARA O FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
 
Em desfavor da PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PI, pessoa jurídica de Direito Público, CNPJ sob o n° 06.554.430/0001-31, com sede na Rua Itaúna, n° 1434, Bairro Pindorama, Parnaíba-PI, consoante as razões a seguir aduzidas.
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A parte autora pugna, a priori, pelos benefícios da Justiça Gratuita, dispostos na Lei 1.060/50, em face de NÃO POSSUIR RECURSOS FINANCEIROS NA FORMA DA LEI para arcar com as custas do processo e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu próprio sustento, motivo pelo qual faz jus à gratuidade de justiça.
II- DO TRÂMITE ESPECIAL
A autora, já qualificada nos autos, vem, por seu procurador que esta subscreve, requerer, respeitosamente, a PRIORIDADE NO TRÂMITE PROCESSUAL. Conforme documentos pessoais da Autora anexados à Inicial, esta conta hoje com ... de idade, fazendo, por isso, jus ao benefício da prioridade na tramitação de procedimentos judiciais, nos termos do art. 1048 do Código de Processo Civil e art. 71 do Estatuto do Idoso.
III- DOS FATOS
A autora foi diagnosticada com DIABETES MELITUS TIPO 1, conforme exames médicos recentes. A partir disso, foi recomendado que a senhora Conceição fizesse uso de forma URGENTE dos seguintes medicamentos: Insulina de ação rápida (NOVARAPID) e Ranibizumabe (LUCENTIS), os quais somados totalizam a quantia de R$ 2.500,00 por mês. 
Por tratar-se de doença degenerativa, na ausência de tais medicamentos, o quadro clínico da autora se agrava, causando-lhe severos danos, com grave risco a própria vida. 
Outrossim, imperioso é ressaltar que Conceição é aposentada e recebe apenas um salário mínimo mensal, o que torna completamente inviável ela adquirir os referidos remédios que custam mais que o dobro do que recebe mensalmente. 
À vista disso, a parte autora, ao ser informada que poderia conseguir os medicamentos juntos ao Município de Parnaíba, logo foi e realizou todos os procedimentos adequados ao caso. No entanto, seu pedido foi negado pelo ente municipal, o que causou grande transtorno e forte desespero na parte autora, por saber os riscos que o não uso pode lhe ocasionar. 
Destarte, não tendo seu pedido acolhido pela via administrativa, à parte autora intenta a presente ação a fim de receber tutela jurisdicional que assegure o direito à saúde, ora pleiteado.
IV- DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
A Constituição Federal, em seu art. 6°, dispõe acerca da saúde como direito social de todo e qualquer cidadão brasileiro, sem distinção de cor, sexo, religião, classe sociais, etc. O direito inerente à vida, também está previsto, incisivamente, no artigo 196 da Constituição Federal, o qual dispõe claramente sobre o dever do Estado, no que diz respeito aos serviços de saúde pública:
Art. 6° “São direitos sociais a educação, A SAÚDE, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”
Art. 196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
O Sistema Único de Saúde (SUS), financiado com recursos arrecadados por meio de impostos e contribuições sociais pagos pela população é composto por recursos do governo federal, estadual e municipal. Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelas leis nº 8080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e nº 8142/90, o SUS tem como finalidade alterar a situação de desigualdade na assistência à saúde da população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, especialmente ao hipossuficiente. 
Vale citar, a respeito, as ilustres palavras do Professor José Afonso da Silva, in “Curso de Direito Constitucional Positivo”, Ed. RT, p. 698:
“As ações e serviços de saúde são de relevância pública, por isso ficam inteiramente sujeitas à regulamentação, fiscalização e controle do Poder Público, nos termos da lei, que cabe executá-los diretamente ou por terceiros, pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Se a Constituição atribui ao poder público o controle das ações e serviços de saúde, significa que sobre tais ações e serviços tem ele integral poder de dominação, que é o sentido do termo controle, normalmente quando aparece ao lado da palavra fiscalização. O sistema único de saúde, integrado de uma rede organizada e hierarquizada de ações e serviços de saúde, constituiu o meio pelo qual o Poder Público cumpre seu dever na relação jurídica de saúde que tem no polo ativo qualquer pessoa e a comunidade, já que o direito à promoção e à proteção da saúde é também um direito coletivo. O sistema único de saúde implica ações e serviços federais, estaduais, distritais (DF) e municipais, regendo-se pelos princípios da descentralização, com direção única em cada esfera de governo, de atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, e da participação da comunidade, que confirma seu caráter de direito social pessoal, de um lado, e de direito social coletivo, de outro”
Sendo o direito à saúde direito fundamental do homem, tem o Poder Público obrigação de zelar pela melhoria das condições de vida dos hipossuficientes a fim de que os mesmos sempre tenham acesso a um tratamento digno e eficaz.
Dessarte, encontra-se amplamente respaldada a demanda proposta, tendo esta inclusive status de direito fundamental, devendo o Estado de todas as formas somar esforços no intuito de zelar pela saúde da população e de seus direitos. 
	Nesse viés, segue decisão do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO acolhendo o pedido do aludido medicamento junto ao SUS (sistema único de saúde), garantindo-se o direito constitucional à saúde: 
A Constituição Estadual, por sua vez, afirma peremptoriamente que o "Poder Público estadual e municipal"garantirão o direito à saúde" mediante o "atendimento integral do indivíduo, abrangendo a promoção, preservação e recuperação de sua saúde"(art. 219, parágrafo único, "4") (grifo nosso).
Desse modo, o dever do Estado vai muito além do fornecimento de medicamentos, porque integral, importando no fornecimento de tudo de que o indivíduo necessitar para a promoção, preservação e recuperação de sua saúde, em virtude do dever de atendimento integral.
A costumeira alegação de que a Fazenda Pública não pode desviar recursos do atendimento geral do SUS para o cumprimento das determinações judiciais impressiona, mas não convence.
É que o orçamento permite contingenciamento de verbas para necessidades supervenientes e de atendimento inadiável, caindo por terra o argumento da recorrente no que tange a violação aos artigos 165 e 167, da CF/1988. Ademais, não prova nos autos de que não existem recursos.
A alegação, também, de que o fornecimento do medicamento e tratamento ao autor da ação estaria violando o da CF 196, pois estar-se-ia colocando-o à frente de todos os demais usuários do SUS, em violação ao tratamento igualitário, é falsa visto que parte do princípio de um nivelamento "por baixo" do provimento de um serviço essencial à população por parte do Estado.
Nem há ofensa ao princípio da separação dos Poderes (art. 2o, da CF), mas apenas e tão-somente uma prestação jurisdicional in concreto, eis que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito'", nos estritos termos do inciso XXXV, do art. 5o da Carta Magna, não havendo, portanto, ingerência do Judiciário nas atribuições do Executivo.
Enfim, não é o administrador que deve decidir sobre o tratamento, mas o médico que atende o paciente e que se responsabiliza pelo receituário, comose sucede.
A padronização de medicamentos e, quiçá, dos procedimentos ("protocolos") é válida para atendimento corriqueiro, não podendo servir de escusa para a não entrega de medicamento específico necessário ao tratamento do paciente.
Por outro lado, admite-se a substituição do medicamento indicado pelo médico por medicamento genérico, de idêntico princípio ativo, intercambiável com medicamento de referência, de acordo com o disposto no art. 3o, XXI, da Lei 6.360/1976, com redação dada pela Lei 9.787/1999, e "FAQ – Sistema de Perguntas e Respostas" para o Cidadão n° 626 disponível no "site"
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, anotando-se,ainda, o disposto no "FAQ" n° 637:
"O profissional [médico] poderá restringir a intercambialidade, ou seja, a substituição do medicamento de referência pelo genérico, todavia, esta orientação deverá ser escrita de próprio punho, deforma clara e legíveT. (g.n.). (RELATOR XAVIER AQUINO -VOTO N. 18.308 - APELAÇÃO CÍVEL N. 765.890-5/8-00 – TAUBATÉ APELANTES : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO E OUTRO - APELADA : MARIA ISABELA COSTA SILVA, MENOR.)
Em igual sentido é a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:
MANDADO DE SEGURANÇA - ADEQUAÇÃO - INCISO LXIX, DO ARTIGO 5º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Uma vez assentado no acórdão proferido o concurso da primeira condição da ação mandamental - direito líquido e certo - descabe concluir pela transgressão ao inciso LXIX do artigo 5º da Constituição Federal. SAÚDE - AQUISIÇÃO E FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS - DOENÇA RARA. Incumbe ao Estado (gênero) proporcionar meios visando a alcançar a saúde, especialmente quando envolvida criança e adolescente. O Sistema Único de Saúde torna a responsabilidade linear alcançando a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. STF, RE 195192 / RS, RECURSO EXTRAORDINÁRIO, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO
“O direito público subjetivo à saúde representa prerrogativa jurídica indisponível assegurada à generalidade das pessoas pela própria Constituição da República (art. 196). Traduz bem jurídico constitucionalmente tutelado, por cuja integridade deve velar, de maneira responsável, o Poder Público, a quem incumbe formular – e implementar – políticas sociais e econômicas idôneas que visem a garantir, aos cidadãos, inclusive àqueles portadores do vírus HIV, o acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica e médico-hospitalar. O direito à saúde – além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas – representa conseqüência constitucional indissociável do direito à vida. O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por censurável omissão, em grave comportamento inconstitucional. A interpretação da norma programática não pode transformá-la em promessa constitucional inconseqüente. O caráter programático da regra inscrita no art. 196 da Carta Política – que tem por destinatários todos os entes políticos que compõem, no plano institucional, a organização federativa do Estado brasileiro – não pode converter-se em promessa constitucional inconsequente, sob pena de o Poder Público, fraudando justas expectativas nele depositadas pela coletividade, substituir, de maneira ilegítima, o cumprimento de seu impostergável dever, por um gesto irresponsável de infidelidade governamental ao que determina a própria Lei Fundamental do Estado. (...) O reconhecimento judicial da validade jurídica de programas de distribuição gratuita de medicamentos a pessoas carentes, inclusive àquelas portadoras do vírus HIV/AIDS, dá efetividade a preceitos fundamentais da Constituição da República (arts. 5º, caput, e 196) e representa, na concreção do seu alcance, um gesto reverente e solidário de apreço à vida e à saúde das pessoas, especialmente daquelas que nada têm e nada possuem, a não ser a consciência de sua própria humanidade e de sua essencial dignidade. Precedentes do STF.” (RE 271.286-AgR, Rel. Min. Celso Mello, julgamento em 12-9-00, DJ de 21-11-00). No mesmo sentido: RE 393.175-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 12-12-06, DJ de 2-2-07.”
Percebe-se, diante das decisões mostradas, a forma pacífica que os tribunais superiores tratam o tema. Reforçasse, ainda, no caso proposto, a evidente hipossuficiência da autora, que não possui as mínimas condições de arcar com medicamentos indispensáveis para a manutenção de sua vida. A recusa destes por parte do ente público significaria atentar contra direitos fundamentais consolidados na Constituição Federal. 
 
Portanto, figura como direito líquido e certo daquele que não tem recursos financeiros de obter junto aos órgãos públicos medicamentos e aparelhos para se garantir à existência digna, respeitando-se assim, o princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III, CF). Razão esta pela qual é mister que o direito da autora apresentado nesta petição seja julgado procedente.
IV – DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA
Verifica-se que a prova inequívoca presente, ante a incontestável necessidade de ser fornecido o aludido medicamento para a realização do tratamento adequado, fato este comprovado pelos documentos médicos anexados.
Já o “fundado receio de dano irreparável” se verifica em razão do sério agravamento do estado de saúde da demandante, pois enfrenta enfermidade de alta gravidade, cuja a negligência no tratamento pode acarretar danos irreparáveis a sua saúde, com inclusive risco à sua vida.
Diante disso, podemos averiguar a indispensabilidade de que se reveste a pretensão antecipatória, tendo em vista as conseqüências irreparáveis que irão atingir, diretamente, a vida da autora, pois, conforme demonstram os laudos e a recente receita médica, a situação da requerente é de urgência.
Para situações como a da autora, em que há probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, o Magistrado pode conceder tutela provisória de urgência, a fim de que o direito seja resguardado. 
É o que está disposto no art. 300 do CPC, senão vejamos:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”
Nessa linha de entendimento, vênia para transcrever o teor da súmula nº 65 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro-RJ, in verbis:
SÚMULA Nº 65
DIREITO À SAÙDE. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA DE MÉRITO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS. "Deriva-se dos mandamentos dos artigos 6º e 196 da Constituição Federal de 1988 e da Lei nº8080/90, a responsabilidade solidária da União, Estados e Municípios, garantindo o fundamental direito à saúde e conseqüente antecipação da respectiva tutela".
REFERÊNCIA: Súmula da Jurisprudência Predominante (art. 122 do RITJ) nº 04/2001 - Proc. 2001.146.00004; Julgamento em 05/05/2003 - Votação unânime; Relatora: DESA. MARIANNA GONÇALVES; Registro do Acórdão em 15/09/2003 -fls. 5.013/5.020; Const. Fed. 1988 - art. 100; CPC - art. 273 e 730; Lei Fed. 8.437/92 - art. 1º, § 1º e 3º; Lei Fed. 8.952/94; Lei Fed. 9.494/97 Requerente: Centro de Estudos e Debates (CEDES) NOTAS: A antecipação da tutela de mérito é a única forma capaz e eficaz de assegurar o fundamental direito à vida e à saúde.
Por conta disso, em nosso Ordenamento Jurídico percebemos que a finalidade cardeal da medida de urgência, de acordo com a melhor doutrina, liga-se diretamente ao devido processo legal, mais especificamente, a efetividade da prestação jurisdicional. Nesse mesmo sentido, assim pronuncia-se o Mestre mineiro Humberto Theodoro Júnior[footnoteRef:1]: [1: ] 
“Justifica-se a antecipação de tutela pelo princípio da necessidade, a partir da constatação de que sem ela a espera pela sentença de mérito importaria denegação de justiça, já que a efetividade da prestação jurisdicional restaria gravemente comprometida.. Reconhece-se, assim, a existência de casos em que a tutelasomente servirá ao demandante se deferida de imediato.”
Portanto, diante do exposto conhecimento doutrinário e jurisprudencial, é evidente o direito da autora em ser beneficiada com o referido dispositivo destinado à proteção de direitos dos cidadãos. 
V – PEDIDO
	Diante de todo o exposto, requer-se:
a-) o reconhecimento do direito aos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 4° da Lei n° 1.060/50, por ser o autor hipossuficiente, consoante atesta a declaração ora inclusa;
b) a concessão do benefício da prioridade no trâmite processual, pelas razões de fato apresentadas, e pelos termos jurídicos consolidados no art. 1048 do Código de Processo Civil e art. 71 do Estatuto do Idoso;
c-) a citação do réu que é pessoa jurídica de Direito Público, na pessoa de seus representantes legais para, querendo, apresentar defesa técnica, sob pena de incorrer nos efeitos da revelia;
d-) o deferimento de tutela provisória de urgência antecipada, ordenando que o Município de Parnaíba proceda à concessão do tratamento adequado para a requerente, que consiste no fornecimento dos medicamentos Insulina de ação rápida (NOVARAPID) e Ranibizumabe (LUCENTIS), conforme prescrição médica apresentada, ou o equivalente em dinheiro, que corresponde a quantia de R$ 2500,00 (Dois mil e quinhentos reais) mensais. 
e-) seja julgado procedente o pedido autoral para declarar e condenar o demandado em obrigação de fazer, nos termos do art. 461 do CPC, consistente em obrigar o réu a fornecer os medicamentos os quais devem ser usados com extrema urgência, Insulina de ação rápida (NOVARAPID) e Ranibizumabe (LUCENTIS), enquanto perdurar a necessidade do tratamento, conforme as razões acima despendidas;
f-) seja o réu condenado ao pagamento das custas processuais, honorários advocatícios na forma da lei; 
g-) protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova suplementar, documental, pericial e, se necessário, testemunhal;
Dá-se à causa o valor de todos os medicamentos somados que totalizam a importância de ... por mês, enquanto perdurar a necessidade do tratamento. 
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
DIA/MÊS/ANO
ADVOGADO/OAB

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