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relatório dureza das aguas(1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA AMBIENTAL
PROFESSORA: CLÁUDIA CUNHA
AULA PRÁTICA – DETERMINAÇÃO DE DUREZA TOTAL DA ÁGUA
ALUNO(A): ANA ROSA 
ANA PAULA RAMOS
ANTONIO ARCANJO
João Pessoa 
 2013
INTRODUÇÃO
Águas duras são aquelas que exigem consideráveis quantidades de sabão para produzir espuma de modo que, no passado, a dureza de uma água era considerada como uma medida de sua capacidade de precipitar sabão. Esse caráter das águas duras foi, por muito tempo, para o cidadão comum o aspecto mais importante por causa das dificuldades de limpeza de roupas e utensílios. Com o surgimento e a determinação dos detergentes sintéticos ocorreu também a diminuição os problemas de limpeza doméstica por causa da dureza.
A dureza é devida à presença de cátions metálicos divalentes, os quais são capazes de reagir com sabão formando precipitados e com certos ânions presentes na água para formar crostas. Os principais íons causadores de dureza são cálcio e magnésio tendo um papel secundário o zinco e o estrôncio. Algumas vezes, alumínio e ferro férrico são considerados como contribuintes da dureza.
Dureza é um parâmetro característico da qualidade de águas de abastecimento industrial e doméstico sendo que do ponto de vista da potabilização são admitidos valores máximos relativamente altos, típicos de águas duras ou muito duras. A despeito do sabor desagradável que referidos níveis podem suscitar elas não causam problemas fisiológicos. No Brasil, o valor máximo permissível de dureza total fixado pelo padrão de potabilidade, ora em vigor, é de 500mgCaCO3/l.
OBJETIVOS
Conhecer a técnica e determinar o teor de CaCO3 (carbonato de cálcio) presente em uma determinada amostra de água coletada no máximo em uma semana antes, e armazenada em local livre de exposição a luz e em baixa temperatura.
METODOLOGIA
Uma titulação complexométrica representa uma técnica de análise volumétrica que visa à formação de um complexo de coloração, na reação entre o analito e o titulante, sendo usado para indicar o ponto final da titulação um indicador. Titulações complexométricas são extremamente úteis para a determinação de diversos íons metálicos em solução. Um indicador capaz de produzir uma pronunciada mudança de coloração é usualmente usado para detectar o ponto final da titulação complexiométrica.
A análise complexométrica ou complexometria compreende a titulação de íons metálicos com agentes complexantes ou quelantes, sendo um agente quelante qualquer estrutura, da qual façam parte dois ou mais átomos possuidores de pares de elétrons não utilizados em ligações químicas simples.
Dentre os complexantes mais comuns podemos citar a água, a amônia e o EDTA (ácido etilenodiaminotetracético), sendo o EDTA o mais importante agente complexante pois forma complexos muito estáveis com vários íons metálicos. Ainda nestas titulações é muito importante o ajuste do pH do meio em análise, uma vez que em meio ácido, os íons H+ competirá com os íons metálicos na quelação e em meio alcalino os íons metálicos tendem à formação de hidróxidos alcalinos pouco solúveis. Como a ação máxima complexante do EDTA é em meio fortemente alcalino, muitas vezes há necessidade de adição de um agente complexante auxiliar nas titulações.
 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Com o auxilio de uma pipeta volumétrica, transferir uma alíquota de 25 ml da amostra de água para um erlenmeyer de 250 ml.
Adicionar 25 ml de água destilada, 1 ml da solução tampão amoniacal e 50 mg do indicador negro de eriocromo T.
Colocar o erlenmeyer contendo a amostra de água, a água destilada, a solução tampão e o indicador negro de eriocromo T em baixo da torneira da bureta, abrir lentamente a torneira da mesma e gotejar a solução padrão de EDTA.
Seguir com a adição da solução padrão de EDTA (com agitação vigorosa e constante do erlenmeyer) até que a cor da solução contida no erlenmeyer mude de vinho para Azul. Neste instante fechar rapidamente a torneira da bureta, fazer a leitura do volume de solução de EDTA gasto nas escalas da bureta e anotar.
Repetir a operação para encontrar o volume médio, de modo que os volumes gastos não sejam diferentes em mais que 0,1 ml.
RESULTADOS 
Os cálculos de determinação do teor de carbonato de cálcio foram feitos a partir de uma fórmula dada em anexo à marcha analítica. 
Teor de CaCO3 (mg.L-1) = 103(mg.g-1)xMMCaCO3(g.mol-1)xMEDTA(mol.L-1)xVEDTA (L)
 Vamostra (L)
Volume gasto de titulante na primeira determinação: 1,7 ml
Volume gasto de titulante na segunda determinação: 1,6 ml
Média do volume: 1,65 ml
MMCaCO3= 100,09g 
MEDTA= 0,01 mol.L-1
Teor de CaCO3 (mg.L-1) = 103(mg.g-1)x 100,09(g.mol-1)x 0,01(mol.L-1) x 0,00165(L)
							
							0,025(L)
Teor de CaCO3 (mg.L-1) = 660,60 
CONCLUSÃO
Segundo os parâmetros presentes na portaria do Ministério da Saúde n° 2.914 de 14 de dezembro de 2011, que estabelece o imite máximo de 500 mg.L-1 de CaCO3 (Carbonato de Cálcio) para que a água seja considerada própria para consumo, a partir das análises feitas na amostra de água coletada da torneira no bairro de Cruz das Armas está imprópria para consumo, pois o teor de carbonato de cálcio presente na amostra excede o limite em 160 mg.L-1 de água.

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