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Roteiro Final - slides - seminario fisiologia digestória das aves de corte

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SEMINÁRIO DE FISIOLOGIA GERAL APLICADA A ZOOTECNIA – DIGESTÓRIO DAS AVES
SLIDE 1 (LIZANDRA) – Boa tarde, o nosso trabalho é sobre A FISIOLOGIA DIGESTÓRIA DAS AVES. E o grupo é composto pela Alexssandra, pela Andria, pela Camila, pela Gabriella e por mim, Lizandra. O nosso trabalho é totalmente voltado pra aves de produção, mais especificamente aves de corte e poedeiras, como entramos em acordo com o professor, porque como se sabe existem milhares de aves distintas e com bastante particularidades entre si.
SLIDE 2 – Vou começar fazendo uma breve introdução de onde surgiu essa coisa do ser humano, comer, domesticar e vender a galinha. 
A avicultura é praticada e vem se desenvolvendo há muitos séculos, pelos mais distintos povos. Porém não se tem total certeza de onde começaram a serem domesticadas.
Há indícios de que as galinhas vieram do oriente e que lá já eram utilizadas como bens de produção, seguindo certas normas a cerca de 4000 anos.
Diz – se também que os chineses e egípcios já conheciam a pratica da incubação artificial em épocas anteriores a Jesus Cristo.
No inicio, eram utilizadas como animais de estimação, logo como moeda de troca e em seguida como alimento e venda.
Até o século 18, os métodos eram muito rudimentares, pouco se sabia sobre como otimizar a produção ou como seria o método certo de matança, estes foram se aprimorando ao longo de civilizações e culturas. Daí em diante, até o século que nos encontramos, foram vários progressos e descobertas, mesmo que o governo não reconheça e dê a devida importância ao que esse tipo de criação ocupa na economia nacional.
Hoje a avicultura é tão desenvolvida que o agricultor moderno está armado de todos os recursos para alcançar o pleno êxito lucrativo nesse ramo.
Um dos ramos mais estudados, depois da genética é a fisiologia digestiva/nutritiva, para entender melhor a ave e para que se chegue em um curto tempo ao máximo de desempenho possível.
Em efeito as aves são totalmente distintas dos quadrúpedes, digerem com maior rapidez respiram com maior intensidade E sua circulação sanguínea é mais acelerada a temperatura corporal é de 4 a 6 graus maior, são mais ativas, têm maior sensibilidade frente às influências ambientais crescem mais rápido e chegam a maturidade mais cedo.
As práticas em todas as fases da produção – criação, manejo, alimentação, instalações, processos e comercialização - se converteram em atividades muito especializadas. O resultado é que o consumidor tem a sua disposição mais produtos a preços vantajosos, em termos comparativos e que aumentou o consumo per capita.
No geral : As aves são animais vertebrados amniotas, alantoidianos, e homeotérmicos, caracterizados principalmente por seu corpo coberto de penas, por terem maxilares transformados em bicos e desprovidos de dentes e pela presença de ossos pneumáticos, isto é, ossos longos parcialmente ocos em contato com os sacos aéreos dos pulmões. São portadoras de cloaca e todas as espécies são ovíparas, com ovo sujeito à incubação. As aves são bípedes e exibem os membros anteriores transformados em asas e adaptados ao voo. Presença de membrana nictitante, espécie de película que fecha os olhos por debaixo das pálpebras, correndo em sentido horizontal, à maneira de uma cortina. E se subdividem em várias ordens; hoje trataremos das galiformes principalmente, ou seja, de frangos.
SLIDE 3 – ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DIGESTÓRIO DAS AVES – 
Sabemos que o sistema digestório é responsável por diversas e complexas funções: preensão, ingestão, deglutição, digestão, absorção de nutrientes e eliminação de dejetos – totalmente necessárias para a manutenção da vida. Ele é composto majoritariamente por órgãos tubulares, que possuem paredes espessas com diversas camadas, com características e funções distintas – mucosa, submucosa, muscular e serosa. 
Por isso, em sua estruturação, costumamos separar em dois importantes grupos de órgãos/estruturas: um totalmente funcional, que o principal objetivo é fazer com que o alimento que chega pelo bico chegue a cloaca conhecido como CANAL ALIMENTAR que é composto por – 
Um bico córneo, constituído de epiderme queratinizada; A parte dorsal do bico é denominada cúlmen; As bordas afiadas, são os tômios. Na derme do bico córneo superior existem terminações nervosas, que não ocorrem no bico inferior.
Em recém-nascidos, o dente do ovo, cuja função é de quebrar a casca.
Pela Cavidade Oral que é composta por: 
Uma Língua que nas aves onívoras e granívoras tem uma depressão na ponta e elevação na região posterior e é triangular. Na sua base há a elevação laríngea, uma fenda, chamada de glote.
Orofaringe(cavidade oral+faringe) é uma fenda formada pela ausência do palato mole, vai do bico ao esôfago. Se subdivide em coana -> fenda mediana que faz a comunicação da cavidade oral com a nasal e a fenda infundibular, caudal a coana, e é a abertura das tubas auditivas.
Esôfago fica entre a orofaringe (junção de cavidade oral e faringe) e o pró-ventrículo, essa transição é marcada por uma fileira de papilas. tem grande capacidade de distensão, contendo glândulas mucosas.
Papo – Dilatação de uma das porções da parede do esôfago em formato de saco. 
Estômago que é dividido por uma constrição em duas partes – 
Próventriculo (Glandular) mais cranial, É um órgão tubular alongado e fusiforme, situado à esquerda da linha mediana. Sua mucosa está repleta de glândulas tubulares produtoras de suco gástrico responsáveis pela digestão enzimática. Secreta pepsina e HCl.
Moela (Mecânico) mais caudal, Consiste principalmente em duas grossas massas musculares que se inserem em centros tendíneos. Seu interior é alongado e aumentado por dois sacos cegos (cranial e caudal), dos quais o cranial está unido ao proventriculo. A mucosa produz uma secreção que se solidifica formando uma camada queratinóide chamada estrato córneo, tendo a função de triturar os alimentos quando da pressão e fricção provocada pelas contrações da parede muscular. Tem aspecto de lixa com estrias, é de cor amarelada. O piloro e o duodeno originam-se no saco cego cranial.
O intestino ocupa a parte caudal de cavidade do corpo e fica em contato com a moela e o parelho reprodutor. Se divide em duas partes principais que se subdividem posteriormente e o comprimento delas está diretamente relacionado ao tipo de alimento ingerido, todas elas apresentam tecidos linfoides importantes para a defesa do local.
Intestino Delgado se subdivide em:
Duodeno, projeta-se a partir do bordo cranial da moela para o lado direito fazendo um rebordo caudal e novamente se projetando cranialmente. Origina uma estrutura em forma de "U" cujas alças estão fixadas por dobra de peritônio compondo a ASA DUODENAL. Entre as alças se prendem os três lobos pancreáticos. Na porção terminal do duodeno desembocam os ductos pancreáticos e hepáticos. 
Suas paredes são tão finas que o seu conteúdo lhe dá uma coloração esverdeada. O íleo continua a partir do jejuno, sem nenhuma demarcação.
Jejuno- Íleo - Apresenta dez alças presas pelo mesentério como uma grinalda, terminando do lado direito em continuação pelo reto, local onde este recebe os dois cecos. Um curto remanescente cego do saco e pedículo vitelino, o divertículo de Meckel, está presente em 60% das aves, na espiral do jejuno, normalmente na metade distal do jejuno. o jejuno e íleo, não possuem distinção clara, separados pelo  divertículo de Meckel,  um vestígio do saco vitelínico. 
Intestino Grosso – Se subdivide em:
Cecos São dois tubos em forma de fundo de saco, presos um de cada lado da parte final do jejuno-íleo em sentido inverso. o tamanho depende da quantidade de fibras da dieta.
Cólon (reto) – tem 10 cm e termina na cloaca em seu compartimento ventral (coprodeu).
Cloaca - É comum aos aparelhos digestório e urogenital. Através de membranas anulares se divide em:
COPRODEU – é o prolongamento do reto, onde ficam armazenadas as fezes. É o segmento mais cranial. 
URODEU - é o segmento situado entre 2 pregas: COPROURODEAL e UROPROCTODEAL. No urodeu são encontradoso orifício uretérico, a papila do ducto deferente (macho) e a fenda do oviduto (fêmea). 
PROCTODEU - é o segmento mais caudal e mais curto da cloaca e termina no orifício externo. Apresenta a abertura da bolsa cloacal (de fabricius), em sua parte dorsal, que é um acúmulo de tecido linfóide ( com função imunológicas).
E outro que trabalha em segundo plano apenas secretando muco, líquidos e hormônios os ÓRGÃOS ANEXOS que são compostos por 
Glândulas Salivares liberam sua secreção por meio de pequenas aberturas espalhadas na orofaringe.
Fígado dividido 2 lobos, um direito e outro esquerdo, que se unem cranialmente por uma ponte, na linha média. Cada lobo é drenado por um ducto biliar. O lobo direito é maior, apresenta ducto hepatocistico que se estende até a vesícula biliar que está situada em sua superfície visceral. O lobo esquerdo é dividido. Os dois ductos biliares, provenientes de cada lobo, adentram a extremidade distal do duodeno, próximos aos ductos pancreáticos; somente o ducto do lobo direito está conectado á vesícula biliar.
Pâncreas Apresenta cor amarelada e três lobos finos achatados e longos, presos na prega de peritônio que interliga as alças da asa duodenal, dois colocam-se ventralmente e o outro dorsalmente. Apresentam condutos pancreáticos independentes que desembocam na porção terminal do duodeno pouco antes dos condutos hepáticos.
Baço Na galinha, o baço é de cor vermelho-amarronzada, seu formato é redondo e pequeno com diâmetro aproximado de 1,5 cm. Está situado na superfície direita da junção do pró-ventrículo e moela.
Além dos outros sistemas que auxiliam ele: neurológico, sanguíneo, termoregular e etc.. 
SLIDE 4 – FOTOS
SLIDE 5 – FOTOS
SLIDE 6 – Essa foto é pra que vocês entendam a forma estrutural do digestório.
SLIDE 7 – E essa outra, para que consigam enxergar macroscopicamente a localização de cada parte e como se arrumam dentro do organismo.
SLIDE 8– Função de cada compartimento do trato gastrointestinal
SLIDE 9 – BICO 
Varia de tamanho e forma de espécie em espécie
A mandíbula é feita de osso oco ou poroso, para manter o peso ideal para voar
Existem aves com a ponta do bico rígida, pra excercer tarefas tipo quebrar nozes ou matar presas
E aves com a ponta do bico sensível que ajudam na localização pelo toque
SLIDE 10 – ESÔFAGO
É um orgão oco 
Através de movimentos peristálticos ele faz com que o bolo alimentar vá até o papo
2 segundos aproximadamente 	
Mesmo que esteja de cabeça pra baixo
SLIDE 11– PAPO
Possui glândulas mucosas que auxiliam na secreção de enzimas digestivas
No papo ocorre o armazenamento de alimentos 
A pequena digestão de carboidratos por ação enzimática e fermentativa de microorganismos
Ele também permite a regurgitação de alimentos
SLIDE 12 – ESTOMAGO GLANDULAR (PRÓVENTRÍCULO)
É uma das partes constituintes do estômago composto das aves
Encontramos glândulas que liberam suco gástrico ácido, ácido clorídrico e pepsina para a digestão química
SLIDE 13 – ESTÔMAGO MUSCULAR (MOELA)
Compartimento musculado do tubo digestivo 
E apesar da secreção gástrica acontecer no pró-ventrícu, é na moela que ocorre a maior parte da proteólise de proteínas
Tritura alimentos, assim como pequenas pedras e areia que ajudam nessa função
SLIDE 14 – RETO E CECOS
É a parte final do tubo digestivo 
Responsável pela absorção de nutrientes e água, que ocorre em maior parte na luz do intestino delgado
E também pela excreção de resíduos
Algumas espécies podem apresentar 2 cecos: E a função principal deles é transportar monossacarídeos e aminoácidos contra o gradiente de concentração e a digestão microbiana da celulose.
SLIDE 15–FÍGADO-
 Função vasculares, de armazenamento e filtração do sangue
Tem função secretora, produzindo o bile para o tubo digestivo, que é necessária para a emulsificação de gorduras
E também tem funções metabólicas, como o armazenamento de vitaminas A, D B12, ajuda na coagulção de sangue 
Possui coloração amarela durante a incubação devido aos pigmentos da gema 
SLIDE 16 –PÂNCREAS-
Encontrado das alças do duodeno ele é composto de uma parte exócrina e uma endócrina
A parte endócrina consiste de ilhotas de Langerhans que contém células alfa, beta e delta. As células alfa secretam glucagon, as betas secretam insulina e as deltas não foram definidas 
Estes hormônios controlam os níveis de açúcar no sangue
Já a porção exócrina libera enzimas responsáveis pela hidrólise de proteínas, carboidratos, lipídios, e outras substâncias dos alimentos.
SLIDE 17 – CLOACA -
Consiste em três compartimentos, o coprodeo, o urodeo e o proctodeo, que acolhem a saída do intestino, dos ureteres, do oviducto das fêmeas e dos ductos espermáticos nos machos
O coprodeo apresenta epitélio semelhante ao intestino, com funções absortivas de água
No urodeo estão a desembocadura dos ductos urinários e genitais
O proctodeo alberga a abertura da bolsa cloacal
Qualquer patologia no sistema digestivo altera todas as suas funções da cloaca.
SLIDE 18 – Preensão, deglutição e motilidade gastrointestinal
A preensão do alimento varia com o tipo e estrutura do bico, língua, e do hábito alimentar.
A presença do alimento na boca estimula a salivação, bem como o movimento da língua, deslocando o alimento para a faringe, fechando a fenda da coana e este sendo deglutido para o esôfago. 
Para haver a deglutição as aves movimentam a cabeça para frente que resulta no deslocamento do alimento para trás caindo também por peristaltismo no papo, podendo ocorrer refluxo.
Quando o papo está cheio, há formação de um bolo alimentar que é empurrado para o estômago.
Este esvaziamento do papo sofre influência por excitabilidade, medo, ansiedade, stress, reduzindo assim este esvaziamento, e aumentando os riscos de fermentação, conseqüentemente, se desenvolve uma irritação da mucosa e a instalação de uma inflamação e de agentes patogênicos, como é o caso da candidíase ou sapinho dos filhotes e aves debilitadas.
O estômago e o duodeno tem contrações sincronizadas.
O tempo de trânsito do alimento medido em galinhas e frangos foi de 2 a 3 horas, entre a ingestão de um marcador no alimento ingerido, e sua eliminação nas fezes.
Este tempo pode ser influenciado por fatores como: consistência do alimento, tamanho do grão de semente ou ração, idade da ave, estado alimentar, quantidade de água no alimento, sendo que alimentos líquidos e fibras passam mais rapidamente que alimentos sólidos. Os alimentos farelados passam mais lentamente que os peletizados. Essa movimentação pode ser afetada por antibióticos, altos níveis de proteína, adição de líquidos, e doenças que deprimem as funções digestivas.
SLIDE 19 - Para os animais permanecerem vivos, há a necessidade de renovação das células, desenvolvendo a estrutura corporal e mantendo suas atividades vitais. Para isso, os alimentos são primordiais pois são eles que fornecem energia para o nosso corpo.
o funcionamento do sistema digestório ocorre após uma refeição, onde os nutrientes presentes nos alimentos chegam às células através da digestão  e absorção destes no estomago e intestinos. Durante o processo de digestão o corpo produz enzimas digestórias que são capazes de absorver e compartimentalizar o alimento, sendo cada tipo de enzima  especifica para cada tipo de molécula.
SLIDE 20 – TABELAS
SLIDE 21 – Agora que a gente já falou das estruturas, vamos começar a falar do papel de cada uma. Quando a gente pensa num galo gordo, qual é o primeiro passo que vem? Dar comida pra que ele engorde, não é? Mas como que a comida engorda, se ela entra e sai? Não fica armazenada lá dentro... É aí que entram os conhecimentos sobre fisiologia, mais especificamente os locais de absorção. Pra então depois ter uma ideia de nutrição e conseguir em menos tempo e com menos gasto um galo gordo, bonito e sadio, como esse aí da foto. 
SLIDE 22 – PROTEÍNAS – 
são nutrientes fundamentais relacionados a formação de tecidos estruturais, como por exemplo os músculos, ligamentos, ossos; bem como relacionados a formação de enzimas, hormônios,anticorpos e muitas outras substâncias do organismo de qualquer ave. Antes da eclosão do embrião e logo após, a mucosa intestinal do filhote possui capacidade de absorção de proteína da gema, onde são encontrados os anticorpos de origem materna, que protegem o embrião e o filhote. Os anticorpos são proteínas grandes, que não serão mais absorvidas no intestino no decorrer da vida da ave, sem serem quebradas em aminoácidos.
Todas as proteínas são formadas por aminoácidos ligados entre si através de ligações peptídicas. Cada proteína possui uma seqüência diferente de aminoácidos com uma função biológica distinta, determinadas geneticamente. Estes aminoácidos são provenientes da alimentação das aves, na sua maioria de origem vegetal, e parte de origem animal. 
Após a quebra das proteínas em aminoácidos, estes são absorvidos, principalmente na região do íleo, através de mecanismos dependentes de sódio, semelhante a absorção dos carboidratos. A presença de carboidratos afeta a digestibilidade das proteínas. Baixos níveis de vitamina B6, vitamina D, vitamina E e tiamina reduzem a velocidade de transporte de aminoácidos em aves. Patologias intestinais que dificultem a reposição das células de absorção do intestino, reduzem a absorção de aminoácidos.
Quando uma ave permanece em restrição alimentar não severa, e posteriormente fazemos a realimentação, a capacidade de absorção dos aminoácidos é elevada, pois temos grande número de transportadores livres. Porém, quando a restrição é severa, há uma redução no tamanho das vilosidades intestinais, e a conseqüente perda por descamação das células de absorção. Estes casos são relativamente comuns em aves debilitadas, devendo realizar a realimentação gradativamente, até que a reposição do tecido lesado se complete.
SLIDE 23 – CARBOÍDRATOS – 
Os principais mecanismos de digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, sobre ação da amilase pancreática. A ação desta enzima é dependente de cálcio e cloro.
 A absorção dos carboidratos ocorre na forma simplificada e na preferência de galactose> glicose> xilose> frutose.
Esta absorção ocorre na parede do intestino sendo dependente do sistema de transporte de sódio. Alguns tipos de toxinas bacterianas e parasitas inibem este transporte de sódio, dificultando a absorção de carboidratos, enfraquecendo mais a ave doente. 
Quanto a velocidade de absorção, esta é maior para galactose, que a glicose para a frutose, que a manose para a pentose, sendo esta última a digerida com a menor velocidade. Este escalonamento estimula o uso de glicose e frutose por via oral para aves debilitadas ou em stress. O ceco tem função de fermentação dos carboidratos não digeridos no intestino delgado, que viram ácidos graxos voláteis, e são absorvidos como fonte de energia para as aves. A absorção de água e síntese microbiana de vitaminas, também ocorre no ceco, mas estas vitaminas são pouco aproveitadas pelas aves. As aves que não possuem ceco substituem estas funções em outras porções do trato digestivo.
Os carboidratos encontrados nas rações de aves tem origem vegetal, e se constituem principalmente de amido. 
Existem várias fontes de amido com características diferentes de digestibilidade. 
As aves tem maior facilidade de digerir os cereais, em relação a raízes e tubérculos. A batata crua é resistente a degradação pela amilase tanto do papo, como da saliva.
A capacidade digestiva tem início no embrião, com o desenvolvimento da enzima amilase que digere o amido. Após a eclosão, a ave torna-se capaz de digerir rapidamente. 
SLIDE 24– LIPÍDIOS – 
Os lipídios necessários para as aves são encontrados na dieta como ácidos graxos essenciais, cujo fornecimento terá variação com o hábito alimentar das mesmas.
A ação das enzimas do pró-ventrículo e trituração da moela, quebram os lipídios em pequenas partículas, além de quebrar as ligações com as proteínas. Deficiência de proteínas da dieta reduzem a disponibilidade de lipídios no intestino delgado. No duodeno os lipídios sofrem ação dos sais biliares e lipases pancreáticas. As partículas de lipídios digeridos (ácidos graxos) passam através das células intestinais, com a formação de lipoproteínas, as quais são agrupadas e lançadas na circulação sangüínea. 
Na ave jovem a absorção de gorduras é limitada, tornando-se efetiva quando a parede intestinal está em pleno desenvolvimento. Apenas em 2 ou 3 semanas de vida é que a digestão e absorção de gorduras ocorre com todo potencial. Portanto, devemos ter muito cuidado com os alimentos oleosos para as aves jovens.
SLIDE 25– VITAMINAS – 
A camada lipídica formadora das estruturas lipoprotéica das células dificulta a passagem de muitas substâncias, protegendo a célula. Já as proteínas funcionam como poros de entrada de algumas substâncias, principalmente minerais, vitaminas, água, e outras substâncias maiores.
As vitaminas lipossolúveis (A,D, E e K) são absorvidas juntas com os lipídios da dieta. Os fatores que interferem na absorção são: solubilidade em lipídios e a concentração das vitaminas no alimento; ácidos graxos insaturados reduzem a absorção destas vitaminas.
As vitaminas hidrossolúveis (complexo B, biotina, etc.) são absorvidos de formas distintas. Podemos verificar alguns exemplos entre as vitaminas. As aves são capazes de sintetizar vitamina C no fígado a partir de glicose. A biotina é transportada no intestino delgado, que poderá ser inibido por substâncias análogas na dieta. A absorção de riboflavina é ativada na presença de sais biliares.
A síntese microbiana de vitaminas, também ocorre no ceco, mas estas vitaminas são pouco aproveitadas pelas aves. As aves que não possuem ceco substituem estas funções em outras porções do trato digestivo.
SLIDE 26 –MINERAIS – 
Cálcio é absorvido em todo o intestino delgado, principalmente duodeno e jejuno.
Esta absorção é interferida pelo estado nutricional das aves, por dietas deficientes em cálcio, pela solubilidade dos sais de cálcio (CaCl é mais solúvel que o CaCO3), pela presença oxalatos e fitatos, bem como a presença de lipídios de cadeia longa que, inibem a absorção de cálcio. Dietas deficientes de vitamina D suprimem a absorção de cálcio.
O fósforo pode ser absorvido no intestino delgado, na dependência da vitamina D e do cálcio, principalmente na proporção de 1:2 de fósforo e cálcio na dieta. O cloro é absorvido no íleo. O potássio no intestino delgado e grosso. O sódio entra por difusão.
SLIDE 27 – ÁGUA - 
É absorvida pelos cecos
E majoritariamente no reto, onde é proveniente da urina. 
SLIDE 28 – Mecanismos de digestão nos diferentes compartimentos
As glândulas encontradas no trato digestivo, secretam muco para proteção das paredes dos orgãos e lubrificação dos alimentos, e também enzimas digestivas. Uma diferença na secreção das aves, é a presença da amilase na saliva e no papo, mas a amilase do papo pode ter origem nas enzimas regurgitadas do duodeno, das bactérias do papo, das glândulas salivares e da própria mucosa do papo. O alimento no pró-ventrículo estimula a secreção gástrica.
A bile liberada pelo fígado, emulsiona as gorduras para que sejam digeridas através da ação das amilase pancreática. As células hepáticas secretam bile constantemente, que pode ser armazenada na vesícula biliar. A bile contém água, sais biliares, colesterol, lecitina, ácidos graxos, biliverdina e bilirrubina, íons Na+, K+, Ca+, HCO3-, e amilase. Estas enzimas tem atuação na digestão a nível de duodeno.
SLIDE 29 – CAVIDADE ORAL - Não há digestão, embora tenha sido encontrada amilase na saliva das aves domésticas, mas sua atuação parece ser pequena a ponto de ser desprezada, pois há pouca maceração dos alimentos na cavidade oral e rápida passagem pelo esôfago. o muco secretado serve como lubrificação para que o alimento passe com mais facilidade para o esôfago
Papo: Não há digestão embora há relatos que pode haver uma digestão feita por bactérias, presentes no papo ou oriundas do material regurgitado do duodeno.
SLIDE 30 – PROVENTRÍCULO - Secreta acido clorídrico e enzimas proteolíticas,comopor exemplo pepsina que hidrolisa diferente locais nas moléculas proteicas. O Ph do suco gástrico varia de 0,5 a 2,5. (figura do corte histológico de um proventriculo, onde podemos ver os lóbulos de uma glândula assim como seus ductos primários e secundários.
SLIDE 31 – MOELA - Estomago muscular, tritura o alimento através de contrações rítmicas. (3 contrações/minutos), a ingestão de pedras pelas aves auxilia no funcionamento desse órgão. (aqui vemos um corte histológico de um ventrículo, onde podemos ver a camada queratinoide que protege a moela dos ácidos estomacais e uma camada de tecido muscular liso, que dá a funcionalidade ao órgão
SLIDE 32– ÓRGÃOS ANEXOS – 
Fígado: Produz a bile que é secretada no duodeno ajuda na neutralização do quimo. Sais biliares são necessários à emulsificação das gorduras.
Pâncreas: A porção exócrina do pâncreas secreta tanto enzimas digestivas (como por exemplo lípase e colipase) quanto sais (Ex: Na+; HPO4- e HCO3 e bicarbonato de sódio) que possuem ação tamponante, a secreção pancreática das aves é primariamente regulada pelo peptídeo liberador de gastrina produzido pelo proventriculo em resposta a sua distensão. A relação das enzimas digestivas pode ser alterada pela dieta e pela idade da ave.
OBS: A Secreção dos sucos hepático e pancreático é regulado, em parte, por células enteroendocrinas da mucosa intestinal, através da chegada do bolo alimentar no duodeno, a presença de ácidos no pró ventrículo estimula a liberação de secretina.
SLIDE 33 – INTESTINO – 
Intestino delgado: Ocorre a digestão química final. Assim, os enterócitos contém grande quantidades de enzimas digestivas, onde são encontradas peptidases para a degradação proteica, enzimas para degradação de carboidratos e pequenas quantidades de lipase intestinal para a degradação de gorduras neutras. 
Duodeno: Não ocorre nenhum tipo de digestão; 
Jejuno: As células caliciformes presentes na parede do jejuno secretam muco, ao qual está integrada a flora intestinal, os enterócitos deste órgão respondem pela digestão final do alimento, e sua participação também envolve proteínas de membrana, com atividade enzimática, localizadas nas membranas dos microvilos (Dissacaridases, G-glutamiltransferase), as células enteroendócrinas são produtoras de hormônios peptídicos e monoaminas biogênicas, substancias essas que participam na regulação da digestão e absorção de nutrientes. 
Intestino grosso: 
Ceco: No ceco ocorre a fermentação das fibras ingeridas pelas aves através de ação microbiana, há também a produção de vitaminas, porém as mesmas não são absorvidas pela ave. 
Colon e Cloaca: Não há digestão.
SLIDE 34 – Tabela de enzimas digestivas
SLIDE 35 – Relação da temperatura ambiente com a ingestão de alimentos e água.
SLIDE 36 – A alimentação dessas aves se baseia em alguns fundamentos como as necessidades ( que no caso seria a de água, comida, conforto térmico,..) as recomendacões ( para cada tipo existem recomendações específicas, assim para frangos de corte, para poedeiras,..) e o consume ( porque muitas vezes mesmo seguindo todas as orientações os animais não consomem o que deveriam e isso interfere na produção e produtividade. As necessidades também podem variar com o estádio fisiológico e com a saúde das aves. Além disso existem as necessidades de mantença ou manutenção no caso do animal adulto não produtivo e no animal jovem a esta necessidade se acrescenta aquela para o seu crescimento.
SLIDE 37 – Os fatores que interferem no consumo alimentar das aves podem estar relacionadas ao alimento ou ao meio ambiente, principalmente à temperatura.
SLIDE 38 – O consumo de alimentos pelas aves é em grande parte regulado pelas necessidades energéticas. Desta forma o aumento da concentração de energia numa ração pode causar redução de ingestão de alimento. O consumo é menos influenciado pelo teor de proteínas do regime, no caso de carência protéica, algumas espécies tendem a aumentar a ingestão de alimentos.
SLIDE 39 – A temperatura ideal para criação de frangos de corte a partir da quarta semana de vida é 21°C. Com frequência a queda da ingestão de energia é grande em altas temperaturas. Consequências: 1° a medida que a temperatura se eleva o animal vai se encontrar em balanço energético cada vez mais negativo, 2° acima do equilíbrio térmico o apetite cai e o animal se encontra em déficit alimentar, causando redução do desempenho.
 Isso se traduz por uma redução na taxa de engorda.
Solução: para compensar as altas temperaturas, aumenta-se as concentrações de energia e nutrientes das rações, desta forma, mesmo com a ingestão reduzida pelo calor, o frango poderá satisfazer suas necessidades ao ingerir uma ração mais concentrada. 
SLIDE 40 – A água é um nutriente indispensável em qualquer fase da criação, por isso é fundamental fornecer água abundante, limpa e fresca.A água tem papel fundamental nos mecanismos refrigeradores envolvidos na termorregulação das aves, considerando que elas dissipam calor ao consumir água. 
SLIDE 41 – A quantidade de água ingerida aumenta de acordo com a elevação da temperatura ambiente, por isso o consumo de água durante o estresse calórico é limitante para a taxa de crescimento e sobrevivência.
Quando: a Temperatura da água está acima da temperatura corporal da ave, ela diminui o consumo de ração e aumenta o consumo de água. O consumo de água fria constitui uma alternativa para as aves em situação de estresse calórico. 
SLIDE 42 – Apresentação física das rações e relação com ingestão de água e alimentos.
SLIDE 43 – Forma física das rações.
3 tipos:
Ração farelada
Ração triturada
Ração paletizada
SLIDE 44 – Pellet 
A forma física da ração tem um impacto significativo no consumo do animal e a quantidade do pellet é muito importante para garantir os ganhos da peletização. A baixa quantidade de pellet resulta na ocorrência de finos, causando efeito negativo no consumo de ração.
Gráfico: quanto maior incidência de finos na ração, menor o peso vivo e maior a conversão alimentar.
SLIDE 45 – Peletização
Melhora o ganho de peso e a conversão alimentar das aves.
Em muitos trabalhos,a ração paletizada-triturada possui desempenho superior ao da ração paletizada.
SLIDE 46 – Importância da água na produção de frangos de corte.
Funções da agua:
Promove o movimento de nutrientes entre as células dos tecidos dos animais, e também é responsável pela retirada de substâncias tóxicas das células e que deverão ser excretadas.
Responsável pela forma do corpo dos animais, pelo seu alto teor especifico, favorece a dispersão de calor originando durantes as reações químicas que ocorrem no organismo pela sua anta constante dielétrica, que permite a diluição de grande numero de substâncias que são transportadas no organismo.
Participa de praticamente todas as reações químicas que ocorrem no organismo, é fundamental na lubrificação das juntas e na proteção das células do sistema nervoso.
SLIDE 47 – Importância da água na produção de frangos de corte.
Fonte de agua:
Agua de beber
Agua metabólica
Agua nos alimentos
Perda de agua
Respiração
Transpiração
Excreção pelas fezes e urina
SLIDE 48 - Fatores que interferem no consumo de agua
Idade
Tabela: Consumo de agua por frangos de corte
SLIDE 49 - Fatores que interferem no consumo de agua
Sexo
Tabela: efeito do sexo no consumo de agua: Entretanto, também é importante considerar que a diferença de consumo está relacionada com a diferença de peso dos frangos com a mesma idade e também com a composição tecidual de cada um deles com a mesma idade. Deve ser lembrado que quanto maior a deposição de tecido adiposo menor é a deposição de água na carcaça.
SLIDE 50 - Fatores que interferem no consumo de agua
Genética
Temperatura do ambiente
Temperatura da agua
Composição nutricional dos alimentos
Forma física da dieta
Tipo de regulagem do bebedouro
SLIDE 51 - Fatores que afetam a alimentação
Temperatura: ambiente frio as aves comem mais ração para obter as calorias necessárias para manter atemperatura corporal
Ventilação
Qualidade da agua
Qualidade da ração
Refugos: a ração é altamente desperdiçada em aves doentes ou deficientes
Doenças e medicações
Boas praticas de produção
SLIDE 52 - Fatores que podem ajudar a melhorar
Tempo de consumo
Luz: aves jovens necessitam de mais horas de luz com maior intensidade. E for garantido um bom arranque até os 21 dias, os níveis de luz podem ser gradualmente reduzidos, resultando em melhor ganho de peso devido a menor atividade. Programas de luz são necessárias para adequar o consumo aos melhores horários de temperatura e garantir o bem estar animal. 
Comportamento
SLIDE 53 – Então, a conclusão que o nosso grupo chegou é de que: “O conhecimento dos mecanismos fisiológicos é de fundamental importância para o bom desempenho do frango, pois através da aplicação de procedimentos corretos, o fator de produção poderá ser melhorado.”
Sendo assim os procedimentos corretos são o manejo, a nutrição e a sanidade. Mas acima de tudo ter um conhecimento geral sobre todos os outros aspectos, tais como, estruturas, instalações, conhecimento de aves e raças tudo que envolve o bem estar animal.
SLIDE 54 – FIM 
SLIDE 55 – Bibliografias
Livro: ALIMENTAÇÃO DAS AVES, autor Tadeu Cotta, Aprenda Fácil Editora, 2003
Monografia: BARBOSA,T.M. et al. A importância da água na avicultura. PUBVET, Londrina, V.8, N.9, ed. 268, Art. 1785, Outubro, 2014.
Imagens: Google imagens
http://www.cnpsa.embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/anais0304_bsa_penz2.pdf
Livro Fisiologia aviária aplicada a frangos de corte
https://evz.ufg.br/up/66/o/AVICULTURA.pdf
http://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/ARTIGO228.pdf
BENEZ, ESTELA MARIS. Aves – Criação – Clínica – Teoria – Prática Robe Editorial – 3.a Edição 2001.

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